Arquivos gestação - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

gestação

Procedimentos estéticos na gravidez

A gestação é uma fase única na vida de qualquer mulher, que deve ser aproveitada ao máximo. Durante esse período, muitas mulheres costumam abandonar qualquer tipo de esforço físico e tratamento estético. No entanto, com os cuidados certos e sem radicalismo é possível curtir este momento sem deixar de se cuidar e se sentir linda. Diferente do que muitos acreditam, os tratamentos estéticos são bem vindos neste período. A drenagem linfática, por exemplo, é muito importante para diminuir a retenção de líquido (inchaço) e as dores nas pernas comuns na gestação. Já a drenagem facial é uma ótima escolha para as futuras mamães que sofrem com inchaço até no rosto. Além de tudo isso, esse tratamento também promove uma sensação de relaxamento e bem estar. Buscando o alívio das dores nas costas e relaxamento, as gestantes podem apostar em massagens que diminuam a tensão muscular, oxigenam os tecidos e relaxam corpo e mente, mas para aproveitar ao máximo e sem medo “é muito importante escolher um profissional qualificado, que precisa evitar zonas reflexas presentes na lombar (frequentemente usadas para induzir o parto) e cremes com cânfora, que são muito comuns nas massagens relaxantes”, afirma a fisioterapeuta, especialista em estética, Gabriela Laubé. Segundo ela, durante a gravidez a Anvisa contraindica o uso de cosméticos com canfora, chumbo e ureia a partir de uma determinada concentração. Com a ajuda de um bom profissional também é possível a prática da acupuntura. “Somente alguém qualificado é capaz de evitar os pontos contraindicados (que podem induzir o parto prematuro ou um processo abortivo) e ajudar suas pacientes no combate a náuseas e dores de cabeça, já que grávidas não podem fazer uso de inúmeras medicações, alívio de dores musculares, controle da ansiedade e relaxamento”, conta a Gabriela. Outra recomendação importantíssima é evitar os peelings químicos neste período, já que ácidos como retinóico e o salicílico são contraindicados. Uma boa alternativa são os peelings mecânicos e poucos agressivos, como os peelings de diamante e cristal. A gravidez também costuma ser uma fase em que muitas mulheres sofrem com acne, nesses casos vale ressaltar que a limpeza de pele é permitida e muito bem vinda. Por fim, cuidar da saúde e da beleza nessa fase é possível e até recomendável. Para a fisioterapeuta: “Preocupar-se com a alimentação e controlar o ganho de peso é saudável e necessário, mas é indicado deixar os tratamentos redutores de medidas para depois do parto, afinal tanto a eletroterapia quanto as massagens vigorosas no abdome não são aconselháveis nesse período”. Saúde é sempre prioridade, dessa forma, conversar com o seu médico, se informar sobre as restrições da gravidez e escolher um bom profissional são fundamentais para manter a beleza em dia aproveitando ao máximo a gestação, sem prejudicar seu bem estar e do seu bebê.

Procedimentos estéticos na gravidez Read More »

Alerta para Síndrome Alcoólica Fetal

O Brasil não tem estatísticas oficiais, nem programa de prevenção específico sobre a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), doença que atinge bebês de mulheres que ingeriram bebidas alcoólicas durante a gravidez. O alerta é da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que está lançando este mês uma ferramenta para ampliar a conscientização das mães e profissionais da saúde sobre os danos da ingestão de álcool durante a gravidez para os bebês. Os pediatras destacam que a doença não tem cura e pode trazer danos irreversíveis para as crianças, como retardo mental e anomalias congênitas. A plataforma pode ser acessada no site da SBP), onde estão informações gerais sobre a doença e orientações de prevenção e tratamento para mulheres e pediatras. O objetivo, segundo entidade, é aumentar a repercussão da campanha nacional #GravidezSemAlcool e reduzir a ocorrência de novos casos da Síndrome. Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência de Síndrome no Brasil já foi estimada em 1 a cada 1.000 nascidos vivos, índice menor que o registrado em termos mundias (3 em cada mil). Em nota, o ministério reconhece, no entanto, que a estimativa nacional pode estar subestimada, “considerando a dificuldade de diagnóstico, a não obrigatoriedade da notificação e a tendência crescente de consumo de bebidas alcoólicas pelas mulheres e seu consumo significativo pelas gestantes no Brasil”. O ministério e a SBP destacam um estudo feito em 2008 em uma maternidade pública de São Paulo, em que duas mil mulheres no período pós-parto foram ouvidas. A pesquisa apontou que a incidência do risco de desordens de neurodesenvolvimento relacionados ao álcool chega a 34,1 bebês a cada mil nascidos vivos. O estudo revela ainda que mais de 70% das mulheres pesquisadas relataram que a ingestão ocorreu sem o conhecimento do estado de gravidez. A nota traz também a informação de que outros estudos locais realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro apontam que 33% a 40% das gestantes consomem bebida alcoólica em algum período da gestação, sendo que 10% a 21% o fazem durante toda a gravidez. O Ministério da Saúde ressalta ainda que “diferentes levantamentos nacionais apontam uma preocupante tendência de aumento do consumo de álcool por mulheres em idade fértil (10 a 49 anos)”. Entre os dados está a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que, nas últimas edições, mostrou que o consumo de bebida alcoólica entre adolescentes (13 a 17 anos) pode ser até 13% maior entre as meninas do que entre os meninos da mesma idade. Para os pediatras, a ausência de dados afeta o conhecimento sobre o problema e na formulação de políticas públicas de prevenção ao problema. “Não há qualquer programa oficial para prevenção dos efeitos do álcool no recém-nascido. No Brasil, as ações do governo focam na prevenção ao consumo das drogas e do álcool, mas, de forma geral, a Síndrome Alcoólica Fetal não é combatida. Nem sequer se sabe o número de afetados que existem no país. Há um déficit de comunicação sobre o assunto e a ausência de prevenção faz com que esse problema, que existe há décadas, se torne sem solução”, disse Luciana Silva, presidente da SBP. Perfil das mães Apesar da falta de dados oficiais, os médicos apontam, que o perfil das mães que dão à luz crianças com a síndrome segue um mesmo padrão. “Geralmente, a gestante alcoolista tem um baixo padrão socioeconômico e educacional, seu estado nutricional é comprometido, ela é afetivamente carente e deprimida, sua gravidez não é desejada e o companheiro também é dependente do álcool”, explicou Luciana Silva. O obstetra Olímpio Moraes, que trabalha em uma das maiores maternidades públicas de Recife, explica que a subnutrição potencializa os efeitos do álcool e acrescenta que os casos são mais frequentes em mulheres alcoolistas e que fazem associação do álcool com outras drogas. O médico sugere que a síndrome pode ser melhor prevenida se houver fortalecimento das ações de planejamento familiar, que podem evitar a ocorrência de gestações indesejadas. “A recomendação é que as mulheres que usam álcool procurem um método contraceptivo de longa duração, como o DIU (Dispositivo Intrauterino que, colocado no útero, evita a gravidez) ou a laqueadura para não acontecer uma gravidez indesejada. E quando ela quiser engravidar, tem que tratar o alcoolismo e utilizar o ácido fólico mais ou menos 12 semanas antes para prevenção de anomalias e doenças neurológicas, como anencefalia. Então, o ideal é só deixar de usar o método contraceptivo quando já não estiver bebendo e, quando grávida, fazer pré-natal adequado”, recomendou Moraes, que também é diretor da Federação Brasileira das Associações de Obstetrícia e Ginecologia (Febrasgo). Nível de consumo Os médicos alertam que um simples gole de bebida alcoólica pode atingir o bebê. Por outro lado, esclarecem que nem todos as crianças que foram expostas ao álcool durante a gestação desenvolvem a síndrome. Segundo estudo citado pela campanha, estima-se que, das mulheres que usarem álcool na gravidez, de 30 a 50% delas terão filhos com alterações clínicas do desenvolvimento. Para a SBP e outras entidades que estão envolvidas na campanha, diante do risco e do desconhecimento de níveis seguros de consumo de álcool durante a gestação, a recomendação é que a mulher interrompa imediatamente a ingestão de álcool assim que a gravidez é constatada. “Não se conhece até hoje nenhum nível de álcool no sangue materno abaixo do qual as malformações deixem de ocorrer. Portanto, tolerância zero para ingestão de bebida alcoólica durante a gravidez é a principal recomendação dos médicos. E os profissionais de saúde devem procurar estudar o assunto para orientar as mães. Este é um alerta continuo e ilimitado”, afirmou a pediatra Conceição Segre, coordenadora da campanha nacional. “O ideal é não beber, porque a gente não tem esse nível de segurança. Claro que, com uma pequena ingestão uma vez ou outra, a possibilidade de causar algum mal é muito pequena, mas a gente não tem um nível de segurança, então deve-se evitar ao máximo. Quem está amamentando não deve beber, porque o álcool passa para o leite”, reforçou o obstetra Olímpio Moraes. Diagnóstico

Alerta para Síndrome Alcoólica Fetal Read More »

Gestante pode e deve fazer atividade física

A atividade física durante a gestação controla o ganho de peso, reduz as dores lombares, previne contra algumas doenças, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, facilita o trabalho de parto e melhora o sistema cardiovascular beneficiando mamãe e bebê. “Porém, é fundamental conversar com o médico antes de iniciar qualquer exercício. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer, pois, em alguns casos, há restrições como a gravidez de gêmeos e contraindicações quando há o risco de parto prematuro, por exemplo”, alerta a Dra. Karina Hatano, médica de exercício e do esporte e especialista em gestante. Os treinos devem ser relaxantes e bem orientados, além de respeitar as limitações da mulher. Os intensos precisam ser evitados porque podem prejudicar o desenvolvimento fetal. Após o nascimento do bebê também é importante dosar a intensidade para não afetar a produção do leite materno. Para melhorar a circulação sanguínea e diminuir os inchaços, as melhores atividades são as aeróbicas principalmente caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Associando-as, sempre que possível, à musculação e ao alongamento. “Com o passar dos meses o centro da gravidade se altera e consequentemente a postura. Essa mudança provoca dores nas costas. O alongamento e os exercícios de fortalecimento muscular, ajudam a relaxar e prevenir incômodos próprios da alteração anatômica na gestação, principalmente nas costas e nas pernas. Evitam ainda a incontinência urinária e diástase na barriga, quando a parede dos músculos do abdômen se divide ao meio, na vertical, partindo o umbigo”, explica Karina. A médica alerta, porém, para ficar longe dos exercícios com forte contração no abdômen, como os abdominais hipopressivos pois aumentam a chance de hérnia umbilical. Na pós-gestação a atividade física também é fundamental. “Nos seis meses após o parto, os hormônios da gestação que ainda estão no organismo da mamãe aceleram a perda de peso e propiciam maior definição da silhueta. A volta à forma de quem pratica atividades nesse período é muito mais rápida se compararmos com quem espera mais tempo para recomeçar a se exercitar”, comenta a especialista. Para a prática de exercícios é importante ainda tomar certos cuidados como estar sempre bem hidratada, usar roupas adequadas, evitar esportes com traumas na barriga e se alimentar antes das atividades Sinais de alerta durante a atividade física na gravidez No caso de apresentar pelo menos um destes itens, deve parar imediatamente e consultar o médico para saber se pode ou não continuar a fazer a atividade física. · Visão turva ou embaçada; · Enjoo; · Falta de ar; · Palpitações; · Tontura; · Dor abdominal; · Desmaio; · Dor no peito; · Sangramento vaginal; · Contrações uterinas; · Perda de líquido amniótico; · Dor de cabeça; · Dor no peito; · Dor na panturrilha e inchaço; · Queda do movimento fetal; · Fraqueza muscular. Situações em que não se deve fazer atividade física na gravidez · Doença cardíaca, pulmonar ou ortopédica; · Gravidez de gêmeos, com risco de prematuridade; · Placenta prévia depois das 26 semanas de gestação; · Pré-eclâmpsia; · Sangramento uterino ou vaginal; · Diminuição dos movimentos do feto; · Retardo no crescimento intrauterino; · Hipertensão e hipotireoidismo mal controlados.

Gestante pode e deve fazer atividade física Read More »

Emagrecer ajuda a engravidar

Controlar o peso com uma dieta equilibrada e atividade física pode ajudar as mulheres a engravidar, além de reduzir o risco de complicações durante a gravidez e desenvolvimento de doenças crônicas nos descendentes. De acordo com o estudo publicado na revista científica "Fertility and Sterility", mulheres que irão realizar tratamentos de reprodução humana, especialmente aquelas com IMC (índice de massa corporal) a partir de 35, devem ser orientadas a realizar uma dieta antes de iniciar o tratamento, para dessa forma terem mais chances de atingir o objetivo de ser mãe. De acordo com a especialista em reprodução humana do IVI Salvador, Genevieve Coelho, as pacientes dentro do IMC normal precisam tomar menos medicação hormonal para estimular seus ovários e a redução de peso em alguns casos pode ajudar para que a gravidez aconteça de forma natural sem tratamento. “Dependendo da paciente, a única coisa que está impedindo-a de engravidar é um desequilíbrio hormonal que pode ser solucionado com a perda de peso”, afirma a ginecologista. Aborto espontâneo, parto prematuro, hipertensão e diabetes gestacional são algumas das complicações aumentadas entre obesas. De acordo com o estudo publicado na revista científica "Journal Gynecological Endocrinology", devido a um fator chamado “programação fetal”, que se relaciona à influência do ambiente uterino no desenvolvimento fetal, se durante a gravidez a gestante estiver obesa, o fator de risco do descendente desenvolver doenças crônicas, cardíacas, síndromes metabólicas ou diabetes tipo II na adolescência e na idade adulta é mais elevado. Homens obesos também podem ter problemas para conceber A fertilidade masculina também reduz com a obesidade. “Fizemos estudos dentro do nosso grupo de clínicas com 1.931 casais e comprovamos que os homens obesos ejaculavam uma média de 8 milhões de espermatozoides a menos. Em um tratamento de reprodução humana isso pode ser menos relevante, porque fazemos uma seleção dos melhores espermatozoides para fecundar o óvulo no laboratório, mas na gravidez espontânea, as chances de engravidar podem ser afetadas”, explica  Genevieve.  

Emagrecer ajuda a engravidar Read More »