Arquivos Glaucoma - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

glaucoma

Exercícios aeróbicos podem ajudar no tratamento de pacientes com glaucoma

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem até 1 milhão de pessoas portadoras do glaucoma, que é a segunda maior causa de cegueira no mundo, atrás apenas da catarata. O glaucoma se caracteriza pela elevação da pressão intraocular associada à condição de neuropatia óptica. A doença é degenerativa, e o paciente diagnosticado perde progressivamente (se não tratada) a camada das células ganglionares, responsáveis por captar a luz, que a transforma em imagem. O que muita gente não sabe é que o sedentarismo pode agravar a doença. Isso porque foi observado, em um grupo de mais de 11 mil pessoas a partir de 40 anos, a incidência de glaucoma era significativamente menor entre os mais ativos. Os cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, chegaram à conclusão que, a cada dez minutos a mais de exercícios entre moderados e intensos durante a semana, o perigo de sofrer com esse problema diminuía 25%. Segundo o médico oftalmologista do HOPE Michel Bittencourt, os exercícios aeróbicos podem ajudar no tratamento do paciente já diagnosticado com glaucoma. “Por ser uma doença com base neurológica vascular, o componente vascular faz com que exercícios, como o aeróbico, aumentem o fluxo sanguíneo na região papilar e isso traga benefícios para a não progressão do glaucoma”, afirmou. Quanto ao levantamento de peso, segundo Michel Bittencourt, estudos comprovam que há aumento da pressão intraocular na prática. “As pessoas que carregam muito peso na academia podem fazer uma Manobra de Valsalva, que é prender o ar ao fazer esforço. Essa movimentação pode aumentar a pressão intraocular. Instrumentos de sopro também não são adequados para esses pacientes, além de mergulhar e nadar com óculos de natação muito apertados”, argumentou. O tipo de exercício ideal para o paciente glaucomatoso é o mesmo que o hipertenso pode e deve fazer. Causas do glaucoma O médico oftalmologista Michel Bittencourt explica que o glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular. As causas podem aparecer em pacientes que tiveram traumas cirúrgicos e mecânicos; tenham pai, mãe ou irmãos com a doença (genético); uso de corticoides; idade avançada; pressão arterial elevada e diabetes.

Exercícios aeróbicos podem ajudar no tratamento de pacientes com glaucoma Read More »

Avanço do glaucoma pode ser evitado com consulta ao oftalmologista

No próximo dia 26 de maio, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) comemora o Dia Nacional do Glaucoma, alertando à população sobre a doença que afeta 4,5 milhões de pessoas no planeta, sendo a segunda causa de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o glaucoma acomete mais de um milhão de pacientes com idade acima de 40 anos. “A estimativa é que, até 2020, mais de 11 milhões de pessoas sejam afetadas pela doença e percam a visão”, comenta o oftalmologista Roberto Galvão Filho, especialista em glaucoma no IOR. A data lembra a população da necessidade de ir regularmente ao oftalmologista para se submeter a exames, pois a forma da doença que responde por 80% dos casos é silenciosa e não causa dor ou apresenta outros sintomas. “Ainda não sabemos quais são as causas que provocam esta doença degenerativa do nervo óptico. Mas, ela é normalmente associada ao aumento da pressão intraocular e, se detectada no início, pode ser controlada”, explica Galvão Filho. Segundo o oftalmologista, corre mais risco de ter a doença quem passou dos 40 anos, tem histórico familiar da doença, hipertensão arterial, diabetes, além de pacientes com alto grau de miopia e pressão ocular elevada. Quem se enquadra nesses grupos deve ir ao oftalmologista uma vez ao ano. “As mulheres geralmente são diagnosticadas mais precocemente, porque elas vão com maior frequência ao oftalmologista. Já os homens, como vão ao médico só quando têm algum sintoma ou desconforto na visão, acabam descobrindo o glaucoma em estágios mais avançados e isso prejudica o tratamento”, comenta Galvão Filho. O Glaucoma é assintomático e, segundo a OMS, 80% dos casos não tratados evoluem para cegueira. “A perda visual só ocorre em fases mais avançadas. Mas é importante ficar alerta, porque se o tratamento não for realizado logo no início a cegueira é irreversível”, alerta o médico. As consultas com o oftalmologista devem ser periódicas. “Antes dos 40 anos, o paciente deve ir a cada dois ou máximo quatro anos. Após essa idade, a revisão deve ser feita uma vez por ano ou, no máximo, a cada dois anos”, explica Galvão Filho. COLÍRIOS - Há diversas possibilidades de tratamento. “Inicialmente, usamos colírios que controlam 85% dos casos. Quando isso não funciona, o paciente é submetido a uma cirurgia com laser ou tradicional, que tem altos índices de sucesso”, diz Galvão Filho. Segundo o médico, o maior avanço cirúrgico, nos últimos anos, são dispositivos intraoculares de redução da pressão. “Implantamos esses microtúbulos dentro do olho para que eles redirecionem e potencializem o fluxo de saída do líquido intraocular, reduzindo a pressão”, explica. Embora o glaucoma não tenha cura, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, pode ser controlado e o paciente pode levar uma vida normal e plena.

Avanço do glaucoma pode ser evitado com consulta ao oftalmologista Read More »

HOPE oferece moderno tratamento do glaucoma

O Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), um dos maiores e mais bem conceituados hospitais oftalmológicos da América Latina, iniciou cirurgias com o implante micro-invasivo iStent, considerado uma revolução no tratamento cirúrgico do glaucoma. A doença é a maior causa de cegueira irreversível, afetando milhões de pessoas no mundo. “O iStent aumenta a drenagem do líquido intraocular, utilizando a via fisiológica do olho, que é a mais segura. Com isso, conseguimos baixar a pressão intraocular, principal fator de risco do glaucoma e o único fator que pode ser modificado”, explica o oftalmologista Kaio Soares. O HOPE já realizou vários implantes de iStent, todos bem sucedidos e sem complicações. “Até o momento, a redução da pressão intraocular dos pacientes foi de cerca de 30%, resultado considerado muito bom e dentro do que propõe o tratamento com o iStent”, relata. Dentre os benefícios para o paciente, estão desde diminuir o número de colírios, ou até mesmo ficar sem usar colírios; e o principal deles, que é estabilizar a pressão intraocular, evitando a progressão do glaucoma e consequente perda visual. “Para o médico é uma forma de garantir a redução da pressão intraocular sem o risco do não uso correto dos colírios pelo paciente, com uma cirurgia minimamente invasiva e com baixíssimas complicações pós-operatórias. Além disso, há uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, que passam a dispor de um tratamento moderno e seguro, além de termos menos pacientes caminhando para a cegueira”, reforça. Os resultados esperados no pós-operatório são redução e estabilização da PIO (pressão intraocular) a longo prazo; redução do uso de medicações hipotensoras tendo, em muitos casos, a PIO alvo alcançada sem o uso de medicamentos; maiores resultados hipotensores a partir de quatro semanas; excelente perfil de segurança, semelhante à cirurgia de catarata; baixo risco de complicações pós-operatórias; rápida e cômoda recuperação para o paciente. Treinamento – O HOPE é um dos pioneiros nesse tratamento, sendo o Dr Kaio Soares um dos dois oftalmologistas certificados no Estado. Para iniciar os implantes de iStent, o oftalmologista Kaio Soares participou de treinamento com o Dr Carlos Akira, um dos primeiros oftalmologistas brasileiros a ser treinado nesse tipo de implante. Isso reforça o compromisso do HOPE com a segurança do paciente, investindo constantemente em inovações e capacitações para oferecer tratamentos modernos e mais eficazes.

HOPE oferece moderno tratamento do glaucoma Read More »

Zika pode causar glaucoma em crianças

Uma equipe de pesquisadores do Brasil e da Yale School of Public Health publicou o primeiro estudo demonstrando que o vírus Zika pode causar glaucoma em crianças que foram expostas ao vírus durante a gestação. A exposição ao vírus Zika, durante a gravidez, provoca alterações congênitas no sistema nervoso central, incluindo a microcefalia. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Brasil e de Yale haviam relatado, anteriormente, durante a epidemia de microcefalia, que o vírus também causa lesões graves na retina, porção posterior do olho. No entanto, até agora, não havia evidências de que o Zika causaria glaucoma, uma condição que pode resultar em danos permanentes no nervo óptico e cegueira. “Identificamos o primeiro caso em que o vírus Zika parece ter afetado o desenvolvimento da câmara anterior ou da parte frontal do olho, durante a gestação, e causado glaucoma após o nascimento”, disse Albert Icksang Ko, professor da Yale School of Public Health e co-autor do estudo publicado na revista Ophthalmology. Ko mantém uma parceria com pesquisadores brasileiros de longa data e tem trabalhado com cientistas do Brasil desde que o Zika apareceu pela primeira vez, nas Américas, para compreender melhor os defeitos de nascença que são causados pelo vírus e os fatores de risco para a Síndrome Congênita do Zika. “Ao realizarem suas investigações sobre a epidemia de microcefalia em Salvador, no Nordeste do Brasil, os pesquisadores identificaram um menino de três meses que foi exposto ao vírus Zika durante a gestação. Embora nenhum sinal de glaucoma estivesse presente no momento do nascimento, a criança desenvolveu inchaço, dor e lacrimejamento no olho direito. A equipe de pesquisa diagnosticou o glaucoma como a causa dos sintomas e, juntamente com os oftalmologistas locais, realizou uma trabeculectomia, uma operação que aliviou com sucesso a pressão dentro do olho”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. “Embora esta seja a primeira incidência conhecida de glaucoma em uma criança com o vírus Zika, os médicos que tratam pacientes com Zika devem estar cientes de que o glaucoma é outro sintoma grave da doença que deve ser monitorado. Pesquisas adicionais são necessárias para determinar se o glaucoma em crianças com Zika é causado pela exposição indireta ou direta ao vírus, durante a gestação ou pós-parto”, explica a especialista em glaucoma do IMO, a oftalmologista Márcia Lucia Marques. O vírus Zika, que é transmitido principalmente através de mosquitos infectados, atingiu níveis epidêmicos em várias áreas do mundo e é de particular preocupação no Brasil, onde a Organização Pan-Americana da Saúde relata mais de 200 mil casos suspeitos e 109 mil casos confirmados da doença. Desde que o surto começou, em 2015, o Zika já chegou aos Estados Unidos, com mais de 4 mil casos relacionados com viagens e 139 casos de mosquitos adquiridos localmente confirmados, de acordo com o CDC. Atualmente não existe vacina para o vírus Zika. A exposição ao vírus Zika, durante a gravidez, provoca alterações congênitas no sistema nervoso central, incluindo a microcefalia. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública do Brasil e de Yale haviam relatado, anteriormente, durante a epidemia de microcefalia, que o vírus também causa lesões graves na retina, porção posterior do olho. No entanto, até agora, não havia evidências de que o Zika causaria glaucoma, uma condição que pode resultar em danos permanentes no nervo óptico e cegueira. “Identificamos o primeiro caso em que o vírus Zika parece ter afetado o desenvolvimento da câmara anterior ou da parte frontal do olho, durante a gestação, e causado glaucoma após o nascimento”, disse Albert Icksang Ko, professor da Yale School of Public Health e co-autor do estudo publicado na revista Ophthalmology. Ko mantém uma parceria com pesquisadores brasileiros de longa data e tem trabalhado com cientistas brasileiros desde que o Zika apareceu pela primeira vez, nas Américas, para compreender melhor os defeitos de nascença que são causados pelo vírus e os fatores de risco para a Síndrome Congênita do Zika. “Ao realizarem suas investigações sobre a epidemia de microcefalia em Salvador, no Nordeste do Brasil, os pesquisadores identificaram um menino de três meses que foi exposto ao vírus Zika durante a gestação. Embora nenhum sinal de glaucoma estivesse presente no momento do nascimento, a criança desenvolveu inchaço, dor e lacrimejamento no olho direito. A equipe de pesquisa diagnosticou o glaucoma como a causa dos sintomas e, juntamente com os oftalmologistas locais, realizou uma trabeculectomia, uma operação que aliviou com sucesso a pressão dentro do olho”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. “Embora esta seja a primeira incidência conhecida de glaucoma em uma criança com o vírus Zika, os médicos que tratam pacientes com Zika devem estar cientes de que o glaucoma é outro sintoma grave da doença que deve ser monitorado. Pesquisas adicionais são necessárias para determinar se o glaucoma em crianças com Zika é causado pela exposição indireta ou direta ao vírus, durante a gestação ou pós-parto”, explica a especialista em glaucoma do IMO, a oftalmologista Márcia Lucia Marques. O vírus Zika, que é transmitido principalmente através de mosquitos infectados, atingiu níveis epidêmicos em várias áreas do mundo e é de particular preocupação no Brasil, onde a Organização Pan-Americana da Saúde relata mais de 200.000 casos suspeitos e 109.000 casos confirmados da doença. Desde que o surto começou, em 2015, o Zika já chegou aos Estados Unidos, com mais de 4.000 casos relacionados com viagens e 139 casos de mosquitos adquiridos localmente confirmados, de acordo com o CDC. Atualmente não existe vacina para o vírus Zika.

Zika pode causar glaucoma em crianças Read More »

Negros e orientais têm mais chances de ter glaucoma

Neste mês, comemora-se o Dia Nacional do Glaucoma - doença degenerativa do nervo óptico, normalmente associada ao aumento da pressão intraocular. O Instituto de Olhos do Recife aproveita a data (26/05) para lembrar a importância do diagnóstico precoce da patologia, que é a segunda principal causa da cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O glaucoma acomete, hoje, mais de um milhão de brasileiros acima de 40 anos. Pesquisas indicam que pessoas negras têm três vezes mais probabilidade de desenvolver glaucoma de ângulo aberto do que indivíduos brancos. O de ângulo estreito atinge mais os orientais. “Por irem mais ao médico, as mulheres acabam sendo diagnosticadas mais precocemente. Muitos homens, por sua vez, só vão ao oftalmologista quando têm algum desconforto visual e descobrem a patologia quando já está em um estágio avançado, o que dificulta o tratamento”, comenta o doutor Roberto Galvão Filho, do IOR. A cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos no mundo. Outra pesquisa da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), divulgada em 2013, reforça essa constatação. Segundo esse trabalho, 80% das pessoas que têm glaucoma só procuram o oftalmologista depois de perceber alterações como perda de visão, olhos vermelhos, desconforto e embaçamento. “Infelizmente, o glaucoma é assintomático. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas, por isso é importante ficar alerta, pois se o tratamento não for feito logo a cegueira é irreversível”, alerta Galvão Filho. Daí a necessidade de ir ao oftalmologista e fazer exames regularmente. “Antes dos 40 anos, o paciente deve ir a cada dois ou quatro anos. Após essa idade, a revisão deve ser feita uma vez por ano ou, no máximo, a cada dois anos”, reforça. RISCO - O médico também destaca alguns fatores de risco que devem ser levados em consideração pelo paciente. Por exemplo, se ele tem casos de glaucoma na família, se tem hipertensão arterial, diabetes ou miopia. Quem está em algum desses grupos deve consultar o oftalmologista uma vez ao ano, pois o diagnóstico precoce sempre auxilia no tratamento. “Pelo fato do glaucoma ser hoje melhor divulgado, as pessoas têm nos procurado mais cedo, mas ainda há pacientes que adiam e acabam tendo mais dificuldades no controle da doença. Muitas vezes, eles só percebem que têm áreas ‘cegas’ na visão depois do nervo óptico ter sofrido danos irreversíveis”, comenta Galvão filho. Segundo a OMS, pelo menos 80% dos casos não tratados evoluem para a perda total da visão. TRATAMENTO - O glaucoma deve ser abordado o mais cedo possível, com a redução da pressão intraocular. O tratamento é feito inicialmente com colírios, que são capazes de controlar cerca de 85% dos casos. “Quando não funciona, podemos usar laser ou cirurgia tradicional, ambos com alto índice de sucesso”, explica Galvão Filho. A evolução maior, no aspecto cirúrgico, tem sido a introdução dos dispositivos intraoculares de redução da pressão. “São microtúbulos que, implantados dentro do olho, redirecionam e potencializam o fluxo de saída do liquido intraocular, reduzindo a pressão. Estes dispositivos já estão sendo usados no IOR”, revela. O glaucoma não tem cura, mas com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, pode ser controlado e o paciente levar uma vida absolutamente normal e plena. Hábitos que aumentam a qualidade de vida sejam eles alimentares, de exercícios ou emocionais também ajudam a combater o glaucoma. “Exercícios aeróbicos, como a natação, por exemplo, podem reduzir a pressão ocular. De um modo geral, a prática regular de esportes ajuda na prevenção e no controle da doença”, comenta Galvão.

Negros e orientais têm mais chances de ter glaucoma Read More »

Pressão arterial elevada crônica aumenta o risco de glaucoma

Um novo estudo publicado na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science (IOVS) descobriu que, a longo prazo, a hipertensão crônica aumenta a suscetibilidade de uma pessoa para o glaucoma. "Estes resultados sugerem que os médicos devem considerar os níveis de pressão sanguínea de um paciente na gestão da doença ocular que potencialmente causa a cegueira", afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. O glaucoma, a segunda principal causa de cegueira no mundo, é uma condição que ocorre quando muita pressão acumula-se no interior do olho. Este excesso de pressão empurra de volta o sangue para os vasos sanguíneos, resultando em perda de visão. Estudos têm demonstrado que a pressão arterial elevada é um fator de risco para o glaucoma. Mas as razões para isto nunca foram claras.  O estudo atual identifica uma razão para essas observações. "Anteriormente, pensava-se que a pressão arterial elevada poderia neutralizar a alta pressão ocular que leva ao glaucoma. Esta teoria foi suportada por estudos anteriores que mostraram que o aumento da pressão arterial, durante um curto período de tempo (uma hora), oferece alguma proteção contra a pressão ocular elevada, tal como a pressão sanguínea elevada assegura que o sangue continua a entrar no olho. No entanto, os dados recolhidos a partir de grandes populações de pacientes com glaucoma, posteriormente, sugeriram que a hipertensão em pacientes jovens protege contra a doença, mas é um fator de risco em pacientes mais velhos", diz a especialista em glaucoma Márcia Lucia Marques. Uma explicação para este fenômeno é que qualquer benefício da pressão alta é perdido com os danos que ela provoca aos vasos sanguíneos, uma consequência da hipertensão, que torna-se mais prevalente. Os autores testaram esta hipótese comparando o efeito da hipertensão aguda (uma hora) e da hipertensão arterial crônica (quatro semanas) em ratos de laboratório com pressão ocular elevada. "Quando os pesquisadores aumentaram a pressão arterial, durante quatro semanas, não obtiveram a mesma proteção contra a elevação da pressão ocular, como no caso de uma hora. O que isto significa é que ter a pressão arterial elevada por um longo tempo compromete a capacidade do olho de lidar com a pressão alta. Parece que a hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos no olho de modo que não pode compensar as alterações no fluxo sanguíneo quando aumenta a pressão do olho", diz Márcia Lucia Marques. Esta nova compreensão das consequências da pressão arterial elevada irá ajudar os médicos a tratarem os pacientes com glaucoma. Em vez de ver a hipertensão como benéfica na luta contra a doença, o estudo sugere que ela deve ser identificada como um fator de risco. Mais estudos nesta área poderão informar melhor como tratar pacientes com hipertensão que também desenvolvem glaucoma.

Pressão arterial elevada crônica aumenta o risco de glaucoma Read More »