Arquivos idosos - Página 2 de 3 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

idosos

Os idosos, os jovens e o trabalho

A aumento progressivo da expectativa de vida, a entrada em vigor da reforma da Previdência, o rápido avanço da tecnologia nas empresas e a baixa qualidade da educação no Brasil são sinais de mudanças profundas para idosos e jovens no mercado de trabalho nos próximos anos. A expectativa de vida do brasileiro alcançou em 2018, segundo dados do IBGE, a marca de 76 anos. Em 1940, por exemplo, era de apenas 45,5 anos. Para 2040, segundo um estudo da Universidade de Washington, com base nos dados do IBGE, a longevidade pode alcançar 82,6 anos no Brasil. Nessa mesma direção, a aprovação da reforma da Previdência, segundo alguns estudos preliminares, apontam uma elevação de sete anos, em média, para o trabalhador se aposentar quando comparado aos níveis atuais. Portanto, o aumento da expectativa de vida e a reforma da Previdência vão exigir dos profissionais mais velhos, sobretudo aqueles na faixa dos 50 anos, a permanência por mais tempo no mercado de trabalho. Não só para atingirem a nova idade mínima de aposentadoria, de 65 anos para homens e 62 para mulheres, como também para a manutenção do seu nível de renda e de qualidade de vida. Entre as consequências da mudança de comportamento profissional dos idosos está o impacto direto nos jovens, pois menos vagas serão abertas nos próximos anos, agravando a tendência histórica de baixa empregabilidade em pessoas de 18 e 24 anos. Para se ter uma ideia, o desemprego nessa faixa etária alcança 26,6%, mais que o dobro da taxa geral de 12,4%, segundo dados do IBGE do primeiro trimestre de 2019. Se incluída nessa equação a variável do rápido avanço da automatização nas empresas, que vai exigir formação tecnológica para construir e operar robôs e algoritmos, os jovens brasileiros terão ainda mais dificuldade no futuro, pois apenas 9% dos alunos que concluem o ensino médio no Brasil têm proficiência básica em matemática, de acordo com dados do Inep/MEC. Os sinais apresentados acima mostram, portanto, a formação de um cenário quase inevitável de aumento progressivo do desemprego. E não apenas causado por fatores pontuais, como as frequentes crises econômicas nos últimos anos no País. Para os próximos 10 anos, fatores sistêmicos mais complexos, como os demográficos e os tecnológicos, sobre os quais a capacidade de reversão é limitada, indicam um grande desafio social para as famílias, as empresas e os governos.

Os idosos, os jovens e o trabalho Read More »

A coluna na terceira idade: uma questão de saúde pública

Cabelos brancos ou ralos, algumas rugas e quadros dolorosos nas costas: o processo de envelhecer traz alguns “companheiros”, especialmente o último, ao indivíduo na terceira idade. Um público de grande relevância e cada vez mais prevalente em nossa sociedade, tanto que no dia 01 de outubro há uma data especial em sua celebração: o Dia Mundial do Idoso, que estimula o debate de medidas para promover mais qualidade de vida e inclusão para todos. No que tange especialmente aos problemas de coluna, tão recorrentes na população mais velha, o neurocirurgião com foco de atuação em coluna e especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), Dr. Alexandre Elias, relata que os índices são altos e se explicam devido ao processo de degeneração natural da região, que deixa o indivíduo mais suscetível ao desenvolvimento de doenças como osteoporose, artrose, hérnia de disco, espondilolistese, mielopatia cervical, entre outras. “Pelo volume e pelas consequências funcionais debilitantes, o problema é considerado uma questão de saúde pública e necessita de medidas tanto preventivas como tratativas adequadas, a fim de obter a reintegração do indivíduo às suas atividades habituais”, ressalta Dr. Alexandre. Por isso, campanhas estimulando a prática regular e adequada de exercícios, o controle do peso e a boa alimentação são de grande importância. E uma vez que alguma disfunção se configure, é necessário o seguimento de métodos multidisciplinares que integrem além de medicamentos bem direcionados, as atividades de fisioterapia, terapia ocupacional e acupuntura, por exemplo. Mesmo quando o problema se torna crônico e não responde às terapias convencionais, ainda é possível aplicar técnicas cirúrgicas modernas e minimamente invasivas, permitindo rápida recuperação do paciente e menos riscos de complicações. “O importante é desmistificar a teoria de que as dores da idade avançada são normais e não têm solução. Elas podem ser comuns, mas devem ser tratadas visando a devolução da autonomia e bem-estar do paciente em qualquer idade”, finaliza o médico. Para entender sobre esta e demais doenças da coluna, confira o Guia da Coluna Vertebral: http://bit.ly/2AnXyf7

A coluna na terceira idade: uma questão de saúde pública Read More »

Sedentarismo: o inimigo do envelhecimento saudável

O sedentarismo pode ser o grande vilão do envelhecimento saudável no Brasil. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram: na América Latina, o país registra o menor índice de prática de exercícios. Se no mundo estima-se que 27% da população não faz atividades físicas com regularidade, por aqui, o número chega a 47%. Em média, um em cada dois brasileiros não tem o hábito de se exercitar com frequência, ou seja, 98 milhões de pessoas. Após os 65 anos, esse índice tende a aumentar. O estudo Healthy Brain and Well-Being: Sedentary Lifestyle can Impact Cognitive Ability Adversely mostra que o sedentarismo contribui para o declínio progressivo das funções cerebrais. Uma das soluções apontadas é a prática de exercícios aeróbicos, que aumentam o fluxo sanguíneo no cérebro, auxiliam na formação de novos neurônios e ampliam o número de sinapses cognitivas entre eles. Resultado: redução de sintomas como ansiedade, depressão, estresse e perda de memória. “Sabe-se que a atividade física é importante para a manutenção da saúde do idoso, bem como sua capacidade funcional. Nas últimas duas décadas foram publicados vários estudos que correlacionaram a atividade física com benefícios na cognição, diminuindo o aparecimento de síndromes demenciais, como, por exemplo, a doença de Alzheimer”, informa a geriatra Ana Catarina Quadrante, que atua na Cora Residencial Senior – rede especializada na promoção de saúde, bem-estar e qualidade de vida de idosos. Outros agravantes do sedentarismo Além do sedentarismo favorecer o desenvolvimento de demências e problemas psicológicos, também tem como um dos agravantes a obesidade. Esta, por sua vez, é o principal fator de risco para o surgimento de doenças como hipertensão arterial, diabetes e até câncer. O problema é o quarto fator mundial de mortalidade. Devido aos altos índices, organizações como a OMS e a SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) recomendam a prática de exercícios como um dos protocolos para o envelhecimento saudável e aumento da longevidade. Com base nisso, a Cora Residencial Senior conta com uma programação de atividades diárias que estimulam as partes física e cognitiva com exercícios aeróbicos, jogos, festas temáticas, bailes e muitos outros, com o objetivo de promover saúde, bem-estar e qualidade de vida aos idosos. Por isso, quem acha que após os 60, é hora de parar, engana-se. A dra Quadrante alerta: nunca é tarde para começar a se exercitar. “Idealmente, a atividade física deve ser mantida durante toda a vida. No entanto, o fato do indivíduo não ter realizado anteriormente, não impede que a inicie, independentemente da idade. É importante manter acompanhamento médico para avaliar as condições de saúde e determinar qual a modalidade de atividade física é mais adequada”. Segundo a OMS, o mínimo recomendado é de 2h30 de exercícios semanais o que equivaleria a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana

Sedentarismo: o inimigo do envelhecimento saudável Read More »

Pesquisadora modifica proteína do leite para aumentar sua digestão em idosos

Em 2030, o número de idosos do Brasil ultrapassará pela primeira vez o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento da expectativa de vida desafia a sociedade a desenvolver soluções que promovam um envelhecimento cada vez mais saudável, principalmente com relação aos aspectos fisiológicos do público da terceira idade. Uma iniciativa interessante nesse sentido é o estudo de Juliana Fracola, aluna do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. Em seu trabalho de mestrado, a pesquisadora modificou uma das principais proteínas do leite, a betalactoglobulina, a fim de aumentar sua digestão em idosos. Para transformar a proteína, Juliana utilizou luz ultravioleta (UV) para irradiá-la, gerando uma reação que foi capaz de alterar sua estrutura. Depois do procedimento, a “nova” proteína foi adicionada a uma solução que simula as condições gástricas de idosos da saliva até o estômago, visando verificar a eficiência do processo digestivo. “Obtivemos um aumento de 50% na digestão da proteína irradiada em comparação a que não recebeu ação da luz”, afirma a estudante. O método utilizado na pesquisa também foi aplicado para avaliar como seria o processo digestivo em adultos e crianças. Em ambos os casos, o aumento na digestão foi de 25%. Além de ser facilmente absorvida pelo organismo, a proteína irradiada com a luz passou a ter mais qualidade, pois gerou peptídeos (pequenos fragmentos de proteínas) com funções antioxidantes, anti-hipertensivas e ansiolíticas. “Podemos imaginar, por exemplo, que, se uma pessoa consumir certa quantidade dessa proteína diariamente, poderá ter um maior controle da hipertensão”, explica Daniel Cardoso, professor do IQSC e orientador do estudo. No trabalho, os pesquisadores utilizaram um tipo de luz ultravioleta conhecida por sua função bactericida e esterilizante, a qual já era empregada no tratamento de alimentos para destruir microrganismos. No entanto, os cientistas não imaginavam que a luz UV poderia facilitar a digestão de proteínas. “A pesquisa mostrou uma alternativa capaz de aliar a produção de alimentos nutritivos, com maior qualidade e altamente digestíveis. Isso será muito benéfico ao processo de envelhecimento da população”, diz Juliana, que foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A betalactoglobulina é a principal proteína do soro do leite e, devido a sua formação estrutural, associada a menor capacidade de mastigar e a reduzida atividade gástrica de idosos, tem sua digestão dificultada no estômago. Essa resistência, inclusive, pode causar alergias, como se fosse uma resposta do organismo que deseja metabolizá-la, mas não consegue. Bebida indispensável para quem precisa aumentar a força física e a massa muscular, o leite é composto de água, lipídeos, lactose e proteínas, além de ser fonte de cálcio e vitaminas. Diversas alterações fisiológicas estão associadas ao envelhecimento, como a osteoporose, mudanças nas funções cerebrais, cardiovascular, metabólica e a aparição de sarcopenia – perda natural e progressiva de força e massa muscular. Todos esses problemas podem diminuir a qualidade de vida e a capacidade dos idosos de realizarem atividades básicas do dia a dia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, ano em que, no Brasil, os idosos representarão quase 30% da população nacional, segundo o IBGE. Atualmente, a expectativa de vida no país é de 76 anos. Alternativa promissora – A pesquisa desenvolvida no IQSC poderá trazer benefícios não só para os consumidores de produtos lácteos, mas também para a indústria de lacticínios, que busca processos energeticamente mais baratos, com menor tempo de execução e que atendam a demanda nutricional diária da população. Enquanto as técnicas que envolvem o aumento de temperatura para tratar o leite, como a pasteurização, possuem alto custo energético e podem comprometer a qualidade da mercadoria, alterando sua cor, sabor ou até destruindo suas proteínas, a utilização da luz ultravioleta nesse processo traz diversas vantagens: “Além de apresentar um custo 250 vezes menor que a pasteurização, o tratamento do leite com a luz UV aumenta o tempo de prateleira do produto, modifica menos suas características originais, reduzindo a perda de nutrientes, e tem a mesma segurança alimentar do procedimento tradicional”, explica Daniel. Do ponto de vista industrial e econômico, a exploração das proteínas do soro do leite é de grande relevância. Além de ser importante para a produção de diversos produtos, como biscoitos, iogurtes e suplementos alimentares, o soro do leite atua no estímulo de ganho de massa muscular, manutenção da saúde óssea e ainda contribui para a perda de peso, já que reduz a sensação de fome e a produção de gordura corporal. Há cerca de 10 anos, todo esse potencial não era aproveitado, tanto que o soro do leite era considerado resíduo e servia de ração para animais. Com o interesse da academia em pesquisar sobre o produto e a abertura do mercado para sua utilização, esse cenário tem mudado. Segundo Daniel, há uma força-tarefa mundial que visa o desenvolvimento de proteínas mais nutritivas, e o desafio tem instigado centenas de cientistas. Agora, a partir dos resultados apresentados no estudo de Juliana, os pesquisadores buscarão aprimorar a proteína irradiada com a luz com o objetivo de aumentar ainda mais sua qualidade. O docente afirma que o procedimento adotado no trabalho já está pronto para a utilização na indústria, podendo ser aplicado diretamente no soro do leite para modificar a estrutura da betalactoglobulina. A pesquisa desenvolvida faz parte do projeto temático “Novel aging: tecnologias e soluções para fabricar novos produtos lácteos para um envelhecimento saudável“, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em parceria com a Innovation Fund Denmark. Além do IQSC, estão envolvidas no Projeto as duas unidades da Embrapa em São Carlos, a Instrumentação e a Pecuária Sudeste, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Araraquara e a Universidade de Copenhagen, da Dinamarca

Pesquisadora modifica proteína do leite para aumentar sua digestão em idosos Read More »

Os benefícios da dança para os idosos

Desde 2012 a população brasileira acima de 60 anos vem crescendo. Hoje, o número de idosos no país supera a marca de 30 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE. Com o aumento da expectativa de vida, também ocorre a preocupação em envelhecer de forma saudável e, para isso, muito se deve a prática de atividade física. “É importante que o idoso faça exercícios ao menos duas vezes por semana, pois nessa fase da vida o corpo funciona de maneira diferente: o sistema cardiovascular tem sua capacidade diminuída, os movimentos vão perdendo a agilidade e precisão, as articulações perdem a elasticidade, os ossos ficam mais fracos e, com a diminuição de massa muscular, aumenta o risco de lesões”, explica Ludmilla Marzano, especialista de Zumba®, que completa: “as aulas de Zumba Gold® são uma adaptação da aula tradicional com foco nesse público e tem o objetivo de trabalhar o equilíbrio, amplitude de movimento e coordenação". Além de questões fisiológicas, a prática contribui para uma boa saúde emocional, prevenindo ou auxiliando no tratamento de depressão, que é comum nessa idade. Por isso, a dança é uma modalidade muito indicada para esta faixa etária, porque é prazerosa. A especialista conta “em uma aula de Zumba® Gold os movimentos originais são adaptados, tendo menor intensidade. São liberados endorfina, dopamina e serotonina - hormônios que dão a sensação de bem-estar”. Outro benefício que deve ser destacado é a socialização. Segundo Ludmilla, nas aulas coletivas é natural um aluno motivar o outro, criar laços de amizade e companheirismo. “É uma família que se encontra algumas vezes por semana para rir, descontrair, conversar e dançar. Além disso, é uma atividade de baixo impacto e risco de lesão, se comparado a outras atividades físicas. A Zumba® adapta os movimentos às necessidades desse público alvo, focando no equilíbrio, amplitude do movimento e coordenação motora. Não há contraindicações, mas é preciso ter liberação médica para a prática de qualquer exercício físico”, completa Ludmilla. A dança substituiu a prótese Verinha Maluf, 64 anos, foi diagnosticada há 4 anos com artrose no quadril. Ela, que trabalhava como instrutora de Zumba®, ouviu do médico que precisava se afastar da atividade e colocar uma prótese no local. “Fiz exatamente o contrário, não abandonei as aulas. Eu amo dançar e é isso que me mantem viva e feliz. Passei a dançar com ainda mais vontade e incluí na minha rotina alguns exercícios de musculação para fortalecer a região. Continuo sendo acompanhada por um médico e frequentemente faço uma bateria de exames. Hoje, não preciso colocar a prótese, não sinto mais dor, e reduzi o número de medicamentos que tomo", conclui. A dança no combate à depressão Loli Lobos, 72 anos, sofria com depressão profunda e se tratava com medicamentos. “Mesmo com muitos remédios, não me sentia feliz. Já tentei o suicídio algumas vezes, inclusive. Comecei a praticar a Zumba® e me apaixonei, pois a sensação a cada aula era maravilhosa e nenhum remédio era capaz de me dar o mesmo”. Há três anos ela se tornou instrutora da modalidade e suas alunas também estão na terceira idade. “De dez remédios que eu tomava, agora só faço o uso de um. Quero ajudar minhas alunas a terem alegria de vida como eu”, comemora.  

Os benefícios da dança para os idosos Read More »

PCR sensibiliza população no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Para marcar o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra Pessoa Idosa, neste sábado, 15 de junho, a Prefeitura do Recife promove antecipadamente ações de sensibilização nesta quinta-feira (13), para alertar que a Violência contra a Pessoa Idosa deve ser entendida como uma grave violação aos direitos humanos. A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e, no Recife, as ações serão promovidas pelas Secretarias de Desenvolvimento Social, Juventude, Política Sobre Drogas e Direitos Humanos, por meio da Gerência da Pessoa Idosa, e de Saúde do município, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. As ações envolverão a população com a realização de esquetes teatrais, que tratam da violência sofrida pelas pessoas idosas nos transportes públicos de passageiros. A ideia é sensibilizar sobre o respeito e o cuidado com as pessoas idosas nesses espaços. A esquete será apresentada pelo Grupo Teatral Fábrica, nos Terminais Integrados (TIs) de Passageiros CDU Várzea, das 7h30 às 9h30, e da Estação Central do Metrô Recife, das 12h às 13h30, e das 16h às 17h. Na oportunidade, também serão distribuídos aos passageiros bottons da Campanha “Vivas para Velhice”. Também, nesta quinta-feira (13), será realizado o Seminário “Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa”, realizado pela Universidade Católica (Unicap), a partir das 8h30, no auditório G1, Bloco G, 1º andar. Na segunda-feira (17), numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, será realizada ação na Praça do Derby, das 8h às 12h. Nessa atividade a população receberá orientações na Unidade Móvel da SDS (delegacia móvel para acolhimento das denúncias); orientações sobre o envelhecimento e da rede de proteção e garantia dos direitos da pessoa idosa, com a distribuição de material informativo sobre o tema. Profissionais darão orientações sobre saúde bucal, além de ofertar serviços de aferição de pressão, glicemia, vacinação contra a gripe para populações prioritárias e distribuir preservativos, além de atendimento da equipe da vigilância ambiental. São parceiros na iniciativa as Secretarias de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Estado (SDSCJ), de Defesa Social, Justiça e Direitos Humanos, além do Ministério Público, Defensoria Pública e o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. População de idoso - No Brasil, a população passa por uma profunda mudança em suas características demográficas, principalmente no que tange o crescimento expressivo das pessoas com mais de 60 anos de idade, em especial o subgrupo de pessoas com mais de 80 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem quase 20 milhões de pessoas idosas no país, representando 11% da população. Em Recife, a situação não é muito diferente dos demais municípios do Brasil e hoje a cidade é a terceira capital com maior taxa de população idosa, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo o IBGE, em 2010, o percentual de pessoas idosas no Recife era de 11%. Frequentemente, a pessoa idosa se cala sobre os abusos sofridos e se isola para que outros não tomem conhecimento desse tipo de violência, prejudicando assim sua saúde mental e sua qualidade de vida. A violência contra a pessoa idosa não está relacionada apenas a agressão física. A negligência, por exemplo, tem crescido segundo o Disk 100 da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Rede de Saúde - A Política Municipal de Saúde da Pessoa Idosa tem o objetivo de recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. É alvo dessa política todo cidadão recifense a partir dos 60 anos. A política possui três eixos: prevenção/promoção, assistência e educação permanente. Prevenção – Programa Nacional de Imunização, garantindo imunização aos idosos recifenses, inclusive aos acamados; Fortalecimento das ações realizadas pelo Programa da Academia da Cidade (42 pólos), estimulando atividade física regular; atividades do Núcleo de Apoio às Práticas Integrativas, que desenvolve várias práticas, tais como: meditação, tai-chi-chuan, bioenergética, psicomotricidade, dança circular, biodança, fisioterapia, plantas medicinais, yoga e arte terapia atendendo, em sua maioria, idosos integrantes de vários grupos; Assistência - O atendimento clínico, bem como o monitoramento das questões de Saúde, acontece na Atenção Básica, em que os idosos são acompanhados e monitorados por vários profissionais da Estratégia de Saúde da Família. Nas unidades, há encontros nos grupos de discussão, dispensação de medicamentos (com consultas farmacêuticas) e orientações necessárias. Os casos mais graves são referenciados para consultas especializadas nas Policlínicas.; Nos serviços de odontologia os idosos são atendidos pelas Equipes de Saúde Bucal, e, quando necessitam de um tratamento especializado (estomatologia, endodontia, pacientes com necessidades especiais, periodontia e cirurgias bucomaxilofacial) ou prótese, são referenciados aos 8 Centros Especializados de Odontologia (CEO’s); O Serviço de Atendimento Domiciliar(SAD) dispõe de 540 Leitos e equipe multidisciplinar. Atende a pacientes acamados que, em sua maioria, são pessoas idosas mediante a avaliação de profissionais; Saúde da Mulher, com consultas com Médico/Enfermeiro, citologia – demanda espontânea; exames de mamografia e complementares (colposcopia, ultrassonografia etc); Educação permanente – São trabalhadas questões referentes à Política de Saúde da Pessoa Idosa através de capacitações, encontros, reuniões e seminários; Facilitadores de Grupos de Saúde dos Idosos (ACS, médico, enfermeiro, NASF); e capacitação direcionada a outros profissionais da Atenção Básica.

PCR sensibiliza população no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa Read More »

Diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida de pacientes com Doença de Alzheimer

Já existem mais de um milhão e seiscentas pessoas acometidas pelo Alzheimer no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). A previsão é de que o número de casos no mundo atinja 135,5 milhões até 2050, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O dia 21 de setembro é Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, por isso, ao longo de todo o mês, diversos órgãos e instituições do Brasil realizam uma campanha para promover os cuidados com a saúde dos idosos e informar sobre a patologia. Com o aumento da expectativa de vida da população e, consequentemente, do número de idosos no País, é preciso cada vez mais que as famílias estejam informadas sobre a doença, para que seja feito o diagnóstico precoce, elemento que é essencial para proporcionar um aumento na qualidade de vida dos pacientes. O Alzheimer é uma doença neurológica degenerativa, progressiva e irreversível, caracterizada por perdas graduais da função cognitiva (atenção; concentração; raciocínio; memória), e distúrbios do comportamento (agressividade; irritabilidade) e afeto. A doença é o tipo de demência mais comum e reduz a capacidade de trabalho e relação social, interferindo no comportamento e na personalidade do indivíduo. A terapeuta ocupacional e coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Holiste, Michelle Campos, aponta que o prognóstico da doença de Alzheimer é difícil, pois a patologia progressivamente vai incapacitando o indivíduo, e interferindo na realização de tarefas básicas, como se vestir, tomar banho, alimentar-se, dentre outras. Michelle explica que ocorrem diversas alterações na cognição, no comportamento e no humor do paciente. Um dos sintomas mais típicos do mal de Alzheimer é a perda da memória. “Geralmente a memória antiga é preservada por mais tempo, porém os fatos que acontecem recentemente são esquecidos facilmente”, pontua. O psiquiatra da Holiste, André Gordilho, salienta que nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico rapidamente e reforça o papel da família. “Na grande maioria dos casos, o idoso só procura ajuda especializada quando uma outra pessoa percebe os sintomas e tem a iniciativa de agendar uma consulta, não raro à contragosto do paciente. Essa teimosia característica da terceira idade deve ser observada com atenção, pois, muitas vezes isso já é sintoma”, observa. O médico enfatiza que a melhor forma de abordar o idoso é com carinho, tentando apresentar a situação. Segundo Michelle Campos, o tratamento indicado para estes pacientes é no intuito de retardar o avanço da doença. “O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e preservar, por mais tempo possível, as funções cognitivas, a autonomia e independência na realização das atividades de vida diária. Além de planejar uma rotina, promover integração social e realizar orientação familiar”, explica.

Diagnóstico precoce pode melhorar qualidade de vida de pacientes com Doença de Alzheimer Read More »

Com o envelhecimento populacional, doença de Alzheimer deverá aumentar nas próximas décadas

Nesta sexta-feira, 21, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International (ADI), federação que representa mundialmente 85 entidades, as demências afetam mais de 47 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são estimados 55 mil novos casos de demências todos os anos, a maioria decorrentes do Alzheimer. O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o geriatra Carlos André Uehara, chama a atenção para o fato da população brasileira estar envelhecendo de forma acelerada. “Na Europa, a transição demográfica foi um processo muito mais longo do que está acontecendo no Brasil. Em menos de 100 anos nós praticamente duplicamos a expectativa de vida”, explica. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há 28 milhões de pessoas acima dos 60 anos em 2018. Até 2060 este número subirá para 73 milhões. A projeção da ADI é de que já foram gastos mais de 818 bilhões de dólares para o tratamento de demências no mundo, soma que deve chegar a 1 trilhão ainda em 2018. No Brasil, não há dados oficiais sobre quanto que é gasto para tratar o Alzheimer ou outras doenças cognitivas, porém a tendência é que os custos aumentem nos próximos anos, segundo o coordenador do programa de Residência Médica em Geriatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Renato Bandeira de Mello. “Pensando em saúde pública e otimização do manejo do transtorno cognitivo leve e da doença de Alzheimer, é fundamental que se mude o modelo de assistência atual para tratamento de doenças neurodegenerativas, desenvolvendo ações interprofissionais que melhorem a funcionalidade e qualidade de vida desses pacientes e seus familiares ”, diz Mello, que também é diretor científico da SBGG. “O Sistema Único de Saúde apresenta foco predominante na cura e controle de doenças depois de seus diagnósticos ao invés de evitá-las. Diante do rápido envelhecimento populacional e estimativas alarmantes a respeito das síndromes demenciais, urge incremento de ações preventivas”, complementa Uehara. Atendimento na rede pública O diagnóstico da Azheimer é clínico, ou seja, depende da análise de um médico geriatra ou neurologista para avaliar a capacidade cognitiva do indivíduo. Entretanto, a SBGG alerta para a falta de especialistas capacitados para o diagnóstico de demências em pacientes com 60 anos ou mais. Segundo a Demografia Médica, feito pelo Conselho Federal de Medicina, há 1.817 geriatras no país em 2018, sendo que 60% estão na região sudeste. Atualmente há um especialista para cada 15,4 mil idosos, número muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de um geriatra para cada mil idosos. No Brasil, mais de 14 milhões de idosos dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, que neste mês completou 30 anos. “Não haverá exércitos de especialistas para atender esta demanda”, diz Mello. Uma das soluções será a capacitação de profissionais de saúde para identificar quais idosos possuem maior risco de adquirir algum tipo de demência. Treinamento que já existe, mas que é muito incipiente, segundo Renato. “Isso deveria ser um foco importante pensando em saúde pública e imaginando que o diagnóstico e prevalência da doença deverá aumentar nas próximas décadas”, diz. Se há poucos especialistas para diagnosticar a doença, há ainda menos profissionais para tratar o paciente de forma adequada. Apesar de não ter cura, os indivíduos com algum tipo de demência respondem de forma positiva quando há um trabalho multidisciplinar com psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e enfermeiros, entre outros, apontam os especialistas da SBGG. Segundo Renato, “o suporte de tratamento e reabilitação desses pacientes ainda é precário no sistema público, concentrado predominantemente em centros universitários.  Atualmente há poucos centros de referência que possuem este tipo de infraestrutura que ofereça tratamentos integrais à doença”. Uma doença desigual Apesar do Alzheimer afetar pessoas de diferentes classes sociais, a baixa escolaridade é um dos fatores de risco para o surgimento de demências após os 60 anos. Isso ocorre porque o ensino formal contribui para a criação de redes neurais mais complexas e estimula o cérebro a elaborar uma reserva funcional maior que será gasta ao longo da vida. Ou seja, um indivíduo que frequentou o ensino superior possui menos chances de adquirir de forma precoce Alzheimer ou outra doença neurodegenerativa do que o indivíduo que foi instruído apenas até no ciclo básico. Segundo o relatório Education at a Glance 2018, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação primária no Brasil é universal e atinge 100% das crianças acima dos 6 anos de idade.  Entretanto, a porcentagem de adolescentes (entre 15 e 19 anos) e jovens adultos (entre 20 e 24 anos) matriculados em qualquer nível de ensino cai para 69% e 29%, respectivamente. “O maior nível de escolaridade, assim como a maior prevenção e controle de outros fatores de risco, tem contribuído para estagnar a incidência dessa doença nos países desenvolvidos”, explica Mello. Nem todo esquecimento é Alzheimer Vários fatores podem influenciar na memória, como a visão, a audição, a atenção, a concentração, a motivação, o humor, a cultura e as aptidões natas como a facilidade que cada um tem para lembrar-se de rostos e nomes, por exemplo. O uso de medicamentos e algumas doenças clínicas, neurológicas e psiquiátricas podem prejudicar o funcionamento correto da memória. Alzheimer e outras patologias neurodegenerativas devem ser acompanhadas de perda funcional do cérebro, afetando tarefas rotineiras e progressivamente tornando o idoso mais dependente. Os exames clínicos são solicitados para comprovar ou excluir causas de demências secundárias, como lesões cranianas, isquemias, sinais de acidente vascular cerebral ou tumores cerebrais, além de analisar outros problemas de saúde que podem impactar na capacidade funcional do cérebro, como falta de vitamina B12, mau funcionamento da tireoide e doenças infecciosas. Sobre a SBGG A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a

Com o envelhecimento populacional, doença de Alzheimer deverá aumentar nas próximas décadas Read More »

Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil

Aproximadamente 18% dos idosos com diabetes nos Estados Unidos são tratados de forma inapropriada; ou por excesso de medicamentos ou por subtratamento, revela um estudo publicado recentemente no Journal of General Internal Medicine. A pesquisa foi feita com base nos dados de 78 mil pacientes com mais de 65 anos em dez estados dos EUA – as informações são do Medicare, programa de assistência médica do governo federal americano. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. João Eduardo Nunes Salles, afirma que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose. “É fundamental atentar-se às particularidades que tangem o tratamento do diabetes, não apenas medicamentoso, mas comportamental e nutricional. Além do avanço do sedentarismo e da obesidade, o envelhecimento populacional também tem grande impacto no aumento dos casos de diabetes”, avalia. No Brasil, segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A SBD estima que 16 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença. Salles alerta também para a importância do controle da doença, sobretudo para diminuir o risco de cardiopatias – segundo a International Diabetes Federation, pessoas com mais de 60 anos e portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco de três a quatro vezes maior de morrer por doenças cardiovasculares. “Há alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e suas complicações. Conhecimento e acesso a tratamentos adequados são fundamentais para preservar a doença no idoso, aumentando sua expectativa e qualidade de vida”, atesta o especialista. O geriatra Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), faz uma ponderação e explica a necessidade de avaliação ampla ao idoso diabético para racionalizar tanto o diagnóstico como o tratamento dessa condição. “Saber avaliar o idoso de forma multidimensional é fundamental para o processo de tomada de decisões clínicas. Por exemplo, em pacientes com Doença de Alzheimer com comprometimento cognitivo importante ou quando há limitações e vulnerabilidade físicas em decorrência de outras doenças graves, o excesso de exames e tratamentos, assim como o controle rígido do diabetes podem aumentar o risco de complicações e prejudicar a qualidade de vida desses pacientes”. O especialista também destaca que, por meio da Avaliação Geriátrica Ampla, é possível identificar em outro extremo os idosos robustos, em que a idade isoladamente, mesmo quando superior a 80 anos, não limita a indicação dos tratamentos com objetivo de controle de complicações a médio e longo prazo. “Nos idosos plenamente funcionais, mesmo que longevos, não se deve restringir tratamentos somente pela idade em si. Este é um equívoco que pode levar ao subtratamento de condições controláveis”. Sendo assim, recomenda-se que as indicações de exames, procedimentos e tratamentos sejam ponderadas individualmente de acordo com a funcionalidade daquele idoso. A SBGG, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, aponta que o controle rígido dos níveis glicêmicos em idosos frágeis pode trazer mais riscos do que benefícios, sobretudo quando há hipoglicemias graves ou recorrentes. Baseado nesta ponderação, recomenda-se não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Sobre a SBD Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil. Sobre a SBGG A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.

Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil Read More »

Estudo relaciona cirurgia de catarata e diminuição da mortalidade em idosos

Uma recente pesquisa publicada pela revista científica JAMA Ophthalmology, uma das principais revistas de oftalmologia do mundo, aponta que a cirurgia de catarata pode aumentar a longevidade. O estudo é baseado no acompanhamento de mais de 74 mil pacientes com catarata por mais de 20 anos. “Existia uma hipótese de que operar catarata diminuiria a mortalidade, porém não havia nenhum estudo grande embasando isso. Essa pesquisa revela um resultado importantíssimo, que comprova que a cirurgia de catarata diminui sim o risco de mortalidade geral dos pacientes e as relacionadas a diversas causas específicas”, relata a médica oftalmologista Bruna Ventura, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). De acordo com a pesquisa, as pacientes que passaram pela cirurgia de catarata apresentaram menor mortalidade ligada a doenças vasculares, neurológicas, pulmonares, infecciosas, câncer e também a relacionada a acidentes. Os cientistas adiantam que esse é o primeiro estudo e que virão outros, pesquisando a mortalidade específica para cada doença. “Mas a diminuição da mortalidade relacionada à cirurgia de catarata é algo que já foi comprovado”, comemora a médica. E completa: “a equipe do HOPE vê na prática, a cada cirurgia que fazemos, o incrível impacto no dia a dia do paciente”. Além de melhorar a qualidade de vida do paciente, o fato de enxergar melhor – após a cirurgia – também diminui o risco de quedas, tão presente nessa faixa etária, atingindo um terço dos idosos brasileiros por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Catarata – Caracterizada pela opacidade do cristalino, a catarata provoca baixa visão e dificulta tarefas do cotidiano, como ler e dirigir. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo. Como a expectativa de vida da população está crescendo, nos próximos anos esse número tende a ser ainda maior. Quando não tratada, a catarata pode causar cegueira.

Estudo relaciona cirurgia de catarata e diminuição da mortalidade em idosos Read More »