Arquivos Inteligencia Artificial - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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IA e a Jornada Humana: Além dos Limites

Como a inteligência artificial redefine o que significa ser humano em um mundo de transformações cada vez mais profundas *Por Rafael Toscano A história da humanidade é, em muitos sentidos, a história da superação de limites. Aprendemos a cultivar o solo, a construir cidades, a cruzar oceanos, a explorar o céu e o espaço. A cada passo, criamos ferramentas que ampliaram nossas capacidades — primeiro físicas, depois mentais. A inteligência artificial representa mais um desses saltos. Mas desta vez, é um salto para dentro: para dentro da mente, da decisão, da criação. A IA nos obriga a perguntar: o que vem depois? O que acontece quando as máquinas começam a fazer coisas que antes só nós fazíamos? E o mais intrigante: o que isso revela sobre nós? Podemos olhar para trás e encontrar paralelos. A invenção da escrita nos permitiu registrar memórias, leis, histórias. Foi uma ampliação da mente humana, capaz de transcender o tempo. Hoje, algoritmos fazem algo semelhante: registram, analisam e até interpretam volumes de informação que nenhum ser humano daria conta de processar. A imprensa de Gutenberg espalhou conhecimento em escala inédita. A IA, por sua vez, pode personalizar esse conhecimento, adaptá-lo a cada pessoa, ampliar o acesso de forma mais precisa. Como a imprensa provocou a Reforma e a Renascença, a IA talvez esteja nos levando a uma nova revolução cultural — uma espécie de renascença digital. E quando falamos da Revolução Industrial, lembramos das máquinas substituindo a força física humana. Hoje, com a IA, é a vez do intelecto ser desafiado. A máquina não apenas executa: ela aprende, toma decisões, faz previsões. Isso nos leva a rediscutir o que é trabalho, o que é valor, o que é criatividade — e até o que é consciência. A medicina oferece outro bom exemplo. O raio-X, no século XIX, revelou o invisível dentro do corpo humano. Agora, sistemas de IA analisam exames com precisão muitas vezes superior à humana, detectando padrões sutis que escapam aos olhos mais experientes. Estamos falando de diagnósticos precoces, tratamentos personalizados, decisões clínicas mais seguras — e, ao mesmo tempo, da necessidade de manter o vínculo humano entre médico e paciente. A exploração espacial levou o homem à Lua. Mas a IA está nos levando a outro tipo de espaço: o do pensamento, da possibilidade de construir consciências artificiais. É um território desconhecido, repleto de perguntas para as quais ainda não temos respostas. E como qualquer território novo, exige cuidado, ética e visão de longo prazo. Talvez a metáfora mais poderosa para a IA não esteja apenas nas tecnologias passadas, mas naquilo que sempre buscamos como humanidade: a capacidade de ir além de nós mesmos. Criar uma inteligência que nos ajude a ver o que não víamos, entender o que não compreendíamos, resolver o que antes parecia insolúvel. Mas atenção: ir além não significa abandonar. Se a IA é uma extensão da nossa mente, ela também carrega nossas contradições. Se não cuidarmos de seus valores, ela ampliará preconceitos em vez de resolvê-los. Se não guiarmos seu uso, ela poderá servir aos interesses de poucos, em vez de beneficiar a todos. Por isso, a jornada da IA é, também, uma jornada humana. Cada avanço tecnológico é um espelho: ele mostra o que valorizamos, o que deixamos de lado, e onde colocamos nossa esperança. A IA pode ser usada para reforçar desigualdades ou para reduzir distâncias. Pode servir ao consumo desenfreado ou ao conhecimento compartilhado. Pode nos afastar ou nos aproximar de quem realmente somos. Avançar com a IA não é apenas uma questão de potência computacional. É uma questão de propósito. Que futuro estamos construindo com essa tecnologia? Que legados queremos deixar? Ao olharmos para trás e vermos as pirâmides, as catedrais, as bibliotecas, os satélites — cada um desses marcos mostra o quanto somos capazes de criar. A IA entra nessa linhagem. Mas ela nos convida a algo novo: não apenas criar uma máquina, mas co-evoluir com ela. Crescer junto. Aprender junto. Decidir juntos. No fim, ultrapassar os limites não é apenas ir mais longe. É ir mais fundo. É entender melhor quem somos e como queremos viver. E se a IA estiver ao nosso lado nessa jornada, que ela seja uma companheira que nos ajude a enxergar o mundo com mais inteligência — e o ser humano com mais humanidade. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de Admnistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Linguagem, comunicação e cultura: A Alma Digital

Entre algoritmos e afetos, o desafio de manter a linguagem humana viva em um mundo cada vez mais mediado pela inteligência artificial *Por Rafael Toscano A linguagem é uma das expressões mais profundas da nossa humanidade. Por meio dela, construímos mundos, compartilhamos ideias, expressamos emoções. E agora, com a inteligência artificial, estamos testemunhando uma mudança sem precedentes: máquinas que compreendem, traduzem, escrevem e até conversam conosco. O que antes parecia ficção científica tornou-se parte do nosso cotidiano. Aplicativos de tradução instantânea, assistentes de voz, chatbots e modelos de linguagem como o que está escrevendo estas palavras são exemplos de como a IA está transformando a comunicação. O campo do Processamento de Linguagem Natural (PLN) tem avançado a passos largos, permitindo que sistemas digitais entendam a estrutura e o sentido da linguagem humana com uma fluidez surpreendente. No entanto, entender palavras não é o mesmo que entender pessoas. A linguagem é cheia de nuances: ironias, emoções, contextos culturais. Embora algoritmos possam identificar padrões, ainda estão longe de captar plenamente a riqueza simbólica das expressões humanas. Traduzir “ao pé da letra” é fácil; entender a alma do que está sendo dito, não. A tradução automática, por exemplo, pode ser útil para quebrar barreiras linguísticas, mas também escancara os limites da IA. Idiomas não são apenas códigos; são formas de ver o mundo. Uma palavra em uma língua pode não ter equivalente direto em outra, porque carrega valores, histórias, visões de mundo. Quando a IA traduz, ela também interpreta — e toda interpretação traz escolhas, recortes, omissões. Além disso, algoritmos treinados com grandes volumes de texto retirados da internet correm o risco de reproduzir — e até amplificar — preconceitos existentes. Já vimos casos em que sistemas de tradução atribuem profissões tradicionalmente masculinas a homens e funções domésticas a mulheres, reforçando estereótipos. A neutralidade linguística é uma ilusão se não houver cuidado com os dados e com o design dos sistemas. Outro campo em ascensão é o da geração de conteúdo por IA. Modelos como o GPT-3 são capazes de escrever artigos, roteiros, poemas e até notícias. Isso levanta questões importantes: quem é o autor? O que é originalidade? Se um texto gerado por IA é indistinguível do humano, ainda assim é arte? Ou estamos entrando em um território novo, onde autoria se torna uma colaboração entre criador humano e máquina? A desinformação é outro ponto sensível. A mesma tecnologia que gera textos coesos pode ser usada para espalhar boatos, criar notícias falsas, manipular discursos. Algoritmos podem fabricar verdades alternativas com aparência de credibilidade. Por isso, a IA também está sendo usada no combate à desinformação, com ferramentas de verificação automática de fatos. Mas aqui surge um paradoxo: confiar na IA para corrigir os desvios da própria IA. Nas redes sociais, a presença da inteligência artificial é quase invisível — mas poderosa. É ela quem escolhe o que vemos, o que deixamos de ver, com quem interagimos. Os algoritmos de recomendação moldam a nossa experiência digital, criando bolhas de conteúdo que reforçam nossos pontos de vista e podem limitar o diálogo. A pluralidade cultural corre o risco de ser filtrada por interesses comerciais e padrões de engajamento. Por outro lado, a IA também tem sido uma ferramenta importante para a preservação cultural. Projetos que digitalizam livros raros, recuperam línguas ameaçadas ou recriam sítios arqueológicos em ambientes virtuais mostram o potencial da tecnologia como aliada da memória coletiva. Mas é preciso respeitar os contextos. A tecnologia deve servir à cultura — e não domesticá-la. Outro desafio ético envolve a representação cultural nos sistemas de IA. Vozes artificiais, assistentes virtuais e personagens digitais frequentemente adotam padrões ocidentais, brancos e padronizados. A diversidade cultural precisa ser incorporada desde o design. Não basta traduzir palavras — é preciso traduzir mundos. Nesse cenário, a alfabetização digital e ética torna-se urgente. Precisamos aprender a interagir com a IA com consciência. Entender como os algoritmos funcionam, o que priorizam, que dados usam. Saber identificar quando uma notícia é fabricada, quando uma imagem foi gerada artificialmente, quando uma opinião foi moldada por uma bolha informacional. A linguagem é o que nos conecta. E, quando mediada por inteligência artificial, ela pode tanto aproximar quanto distorcer. O desafio é manter a cultura viva, plural, humana — mesmo em um ambiente digital moldado por códigos. No fim das contas, a tecnologia deve servir à nossa voz — não nos calar. A IA pode ser tradutora, escritora, curadora. Mas somos nós quem damos sentido às palavras. A linguagem é, ainda, a alma do nosso tempo. E a cultura, o coração que pulsa por trás de tudo que queremos preservar. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Educação e Aprendizado: A Revolução do Conhecimento com IA

Como a inteligência artificial está transformando o ensino, desafiando modelos tradicionais, levantando dilemas éticos e abrindo caminhos para uma educação mais inclusiva — ou mais desigual. *Por Rafael Toscano A inteligência artificial está mudando a maneira como aprendemos. E não se trata apenas de tecnologias novas em sala de aula, mas de uma transformação mais profunda: uma mudança na própria lógica do ensino. Em vez de um modelo único, centrado no professor como transmissor de conteúdo, começa a emergir um modelo adaptativo, centrado no aluno — um aprendizado sob medida, moldado por algoritmos que aprendem com o estudante. Sistemas de IA já conseguem identificar onde um aluno está com dificuldade, adaptar o conteúdo, mudar o ritmo e até sugerir novas abordagens de ensino. Essa personalização, que seria inviável para um único professor em uma sala cheia, torna-se possível com o apoio de plataformas inteligentes. O resultado? Um aprendizado mais eficiente, mais envolvente e mais respeitoso com as individualidades. Mas isso levanta uma pergunta importante: a quem pertence esse aprendizado? Quando a IA coleta dados sobre o desempenho dos alunos, seus hábitos de estudo, seus erros e acertos — como essas informações são usadas? A privacidade dos estudantes, especialmente de crianças e adolescentes, precisa ser tratada com o máximo cuidado. A promessa da personalização não pode se tornar uma ferramenta de vigilância. Além disso, há o risco de dependência tecnológica. Um aluno que só aprende com mediação algorítmica talvez tenha dificuldades em desenvolver habilidades que envolvem diálogo, escuta, improvisação — competências humanas que nascem do convívio. É fundamental lembrar que educar não é apenas transmitir informação, mas formar cidadãos, com senso crítico, empatia e capacidade de conviver com o diferente. A IA pode ser uma excelente aliada, desde que usada com responsabilidade. Pode corrigir automaticamente provas, gerar planos de aula, sugerir recursos pedagógicos e até simular experimentos complexos. Com isso, libera o professor para o que mais importa: o contato humano. O papel do educador, nesse novo cenário, não desaparece — ele se transforma. Ele deixa de ser apenas fonte de informação e passa a ser guia, curador, facilitador da aprendizagem. A IA também abre caminhos incríveis para a educação inclusiva. Alunos com deficiências visuais podem contar com softwares de leitura inteligente. Estudantes com dificuldades de aprendizagem podem ter conteúdos adaptados ao seu ritmo. E em comunidades remotas, tutores virtuais podem oferecer apoio que antes era impensável. A tecnologia, nesse contexto, é ponte — não barreira. Mas para que essas promessas se cumpram, é preciso enfrentar um problema estrutural: o acesso desigual à tecnologia. A revolução da IA na educação corre o risco de aprofundar desigualdades se apenas alguns puderem se beneficiar dela. É preciso garantir conectividade, equipamentos, formação de professores e políticas públicas que democratizem essas inovações. Outro ponto crítico é a formação ética dos próprios educadores. Professores precisam ser preparados não apenas para usar ferramentas de IA, mas para refletir sobre elas. Entender seus limites, seus impactos e seus potenciais. A alfabetização digital e ética passa a ser tão importante quanto ensinar matemática ou português. Há também um campo emergente e promissor: o uso da IA na pesquisa educacional. Com grandes volumes de dados, é possível entender melhor o que funciona no ensino, o que precisa ser melhorado, e como diferentes contextos influenciam o aprendizado. A IA pode nos ajudar a tomar decisões mais baseadas em evidências e menos em suposições. No entanto, é essencial manter o olhar humano. A empatia, a escuta ativa, o estímulo ao pensamento crítico — essas são qualidades que nenhuma IA, por mais avançada que seja, poderá replicar com a mesma intensidade. A educação, no fim das contas, é um encontro entre seres humanos. E é nesse encontro que o aprendizado mais profundo acontece. A inteligência artificial pode nos ajudar a ensinar melhor. Mas quem ensina a IA o que é importante ensinar? Quem define o que é essencial para o futuro de uma criança, de um jovem, de uma sociedade? Essas são perguntas que exigem mais do que programação. Exigem sabedoria, diálogo e compromisso com o humano. Por isso, a revolução do conhecimento que a IA traz não é apenas tecnológica. Ela é pedagógica. É filosófica. É política. E, acima de tudo, é uma oportunidade de reimaginar o papel da escola, do professor e do aluno no século XXI. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Pesquisa revela que 74% dos brasileiros apoiam a isenção do Imposto de Renda

Uma enquete realizada pelo Instituto de Pesquisa Realtime Big Data revelou que 74% dos brasileiros são favoráveis à proposta de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais, além de um desconto parcial para rendimentos de até R$ 7 mil. Embora a proposta, apresentada pelo presidente Lula e enviada ao Senado, tenha recebido ampla aceitação, menos de 50% dos entrevista dos acreditam que essa medida poderá ajudar a economia do País. Apesar de popular, a medida sofre resistência no mercado e no Congresso Nacional, onde o Governo Lula tem minoria. A redução dos impostos proposta pelo Governo Federal para a base de menor renda da população deve ser o principal embate da política econômica em 2025. O assunto já é conhecido por 63% da população. UFPE INAUGURA CURSO DE GRADUAÇÃO EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA IMPULSIONAR CARREIRAS NO SETOR TECNOLÓGICO A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) dá um passo significativo na formação de profissionais na área de tecnologia com o lançamento do curso de bacharelado em Inteligência Artificial. O curso marca a continuidade do perfil de pioneirismo do CIn (Centro de Informática da UFPE) na pesquisa em IA no Brasil, iniciado na década de 1970. Com 50 vagas disponíveis para o ano letivo de 2025, os interessados poderão utilizar suas notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) dos últimos três anos para se inscrever. INVESTIMENTO DE R$ 13,2 MILHÕES FORTALECE A PESQUISA ONCOLÓGICA EM PERNAMBUCO A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou um investimento de R$ 13,2 milhões para o Hospital do Câncer de Pernambuco, com recursos do ministério, por meio da Finep. O aporte permitirá a criação do Centro Integrado de Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia, o primeiro do tipo no Estado. Este novo centro será fundamental para o armazenamento de amostras de pacientes com alta qualidade, possibilitando estudos genômicos e o desenvolvimento de novos biomarcadores de diagnóstico e alvos terapêuticos. Além disso, com a liberação inicial de R$ 9,3 milhões, o HCP ampliará seu Centro de Pesquisa Clínica, aumentando sua capa cidade de realizar estudos em parceria com a indústria farmacêutica e proporcionando acesso a tratamentos mais eficazes para os pacientes. GRUPO DISLUB EQUADOR FORTALECE SUA GOVERNANÇA CORPORATIVA COM NOVA LIDERANÇA Marcelo Magalhães (à esquerda) novo CEO do Grupo Dislub Equador, com Sérgio Lins que passa a integrar o Conselho do Grupo. O Grupo Dislub Equador inicia uma nova fase em sua governança corporativa com a nomeação de Marcelo Magalhães como CEO, substituindo Sérgio Lins, que agora faz par te do Conselho do grupo. Com mais de 40 anos de experiência no setor de energia, Magalhães liderou a PetroReconcavo por 16 anos, onde foi fundamental na estruturação da empresa. Essa transição visa fortalecer a governança do grupo, que possui mais de 500 revendedores no Nordeste e presença em 15 estados do Brasil, além de operações no Norte e Centro-Oeste do Equador. “Nosso compromisso é continuar inovando e expandindo nossa presença de forma estratégica, sempre alinhados às necessidades do mercado e de nossos clientes”, conclui Magalhães. PERNAMBUCANOS ADOTAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM SUAS ROTINAS, APONTA PESQUISA DA TIM Uma pesquisa realizada pela TIM, por meio da plataforma TIM Ads, revelou que os pernambucanos estão cada vez mais incorporando a IA (Inteligência Artificial) em suas rotinas diárias. Com 1.384 respostas coletadas, o estudo mostra que 76% dos entrevistados já ouviram falar sobre IA, e 57% afirmam ter utilizado alguma ferramenta, com 73% utilizando com frequência. As assistentes virtuais lideram a preferência (33%), seguidas por tradutores automáticos (26%) e IAs para vídeos e música (27%). O levantamento também indica que 30% dos entrevistados usam ferramentas pagas de IA e 24% demonstram interesse, desde que os preços sejam acessíveis. Reconhecendo a crescente demanda por capacitação, a TIM oferece o curso gratuito “ChatGPT para Aumentar sua Produtividade” em parceria com o Descomplica, que já registrou 180 mil inscrições.

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Polêmicas à parte, o ChatGPT é um ponto de inflexão para a inteligência artificial

N as últimas semanas, um dos assuntos mais falados é o ChatGPT, um aplicativo baseado em inteligência artificial, que é capaz de produzir textos que simulam a linguagem humana. Como sempre acontece com as novas tecnologias, as polêmicas se espalham rapidamente, misturando dúvidas e medos. O ChatGPT pode substituir os professores na sala de aula? Vai acabar com os jornalistas? O Google está com os dias contados? A proposta desse artigo é tentar esclarecer algumas dessas questões, em parceria com o próprio ChatGPT. Por que não? Antes de tudo, vamos deixar que o ChatGPT se apresente. Eu sou o ChatGPT, um grande modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI. Fui projetado para entender e gerar texto semelhante ao humano e ajudar os usuários em uma ampla gama de tarefas, como responder a perguntas, escrever, resumir e muito mais. Fui treinado em uma grande quantidade de dados de texto, o que me permite entender e gerar texto com alto grau de precisão. Meu limite de conhecimento é 2021 e meu objetivo é fornecer respostas úteis e precisas com o melhor de minhas habilidades. Por que o ChatGPT é revolucionário, como se diz por aí? ChatGPT, abreviação de "Conversational Generative Pre-training Transformer", é considerado revolucionário por causa de sua capacidade de gerar texto humano. Isso é possível graças à sua grande arquitetura de rede neural e ao uso de uma técnica chamada pré- -treinamento, que permite aprender padrões de um grande corpus de texto. Uma das principais razões pelas quais o ChatGPT é considerado revolucionário é sua capacidade de gerar texto virtualmente indistinguível do texto escrito por humanos. Isso abre uma ampla gama de possibilidades para aplicativos como tradução de idiomas, resumo de texto e conversão de texto em fala. Agora vamos às polêmicas: o ChatGPT pode substituir um professor? O ChatGPT não pretende substituir os professores humanos, mas sim auxiliá-los. Um professor humano traz qualidades únicas para a experiência de ensino, como interação pessoal, apoio emocional e orientação. Os professores são responsáveis por criar um ambiente de aprendizagem seguro e inclusivo e por fornecer orientação e apoio emocional para seus alunos. O ChatGPT e outras ferramentas baseadas em IA têm o potencial de auxiliar os professores em diversas tarefas, como planejamento de aulas, notas e avaliações, aprendizagem personalizada. Além disso, ferramentas baseadas em IA, como o ChatGPT, não podem substituir a criatividade, a flexibilidade e o pensamento crítico exigidos de um professor. Mais uma polêmica: o ChatGPT pode acabar com os jornalistas? É importante notar que, embora o ChatGPT possa tornar as tarefas do jornalista mais eficientes, ele não deve ser usado como um substituto para os jornalistas humanos, mas sim como uma ferramenta para auxiliá-los. O ChatGPT, como qualquer outra ferramenta baseada em IA, também pode ter algum impacto negativo nas tarefas dos jornalistas. Os jornalistas podem se tornar muito dependentes do ChatGPT e de outras ferramentas de IA, levando à falta de pensamento crítico e criatividade em seu trabalho. O conteúdo gerado pelo ChatGPT pode não ter o toque humano e a perspectiva pessoal que é importante no jornalismo. O ChatGPT pode ser treinado em um conjunto de dados que contém desinformação ou viés, que pode se espalhar pelo conteúdo gerado. O conteúdo gerado pelo ChatGPT pode conter erros ou imprecisões, o que pode comprometer a qualidade e a credibilidade das notícias relatadas. Vamos falar de negócios. O Google está com os dias contados? O ChatGPT é um modelo de geração de linguagem e não é um motor de busca como o Google. No entanto, pode ser integrado a mecanismos de pesquisa para melhorar a qualidade dos resultados e a experiência do usuário. A tecnologia ainda está em seus estágios iniciais e ainda está longe de igualar as capacidades do Google, que usa um algoritmo complexo que leva em conta muitos fatores e é capaz de retornar os resultados mais precisos e relevantes possíveis. De uma forma geral, dá para notar que as respostas geradas pelo ChatGPT são sempre polidas e políticas. Isso não é à toa. Como é explicado nas respostas geradas pelo próprio ChatGPT, houve um pré-treinamento realizado por humanos. De certa forma, essa técnica traz em si mesma um viés por eliminar o contraditório, tornando as respostas muito “limpinhas e bem-comportadas”. Apesar de ser uma grande evolução, a minha avaliação é que ainda tem um caráter artificial e robótico. Até porque seres humanos não escrevem assim na vida real. Ainda bem. Analisando as respostas, temos que levar em conta que são usadas fontes existentes sobre o tema pesquisado. Então, não há um novo pensamento. Sobre o Google, não dá para comparar ainda uma ferramenta de busca diretamente com uma IA de linguagem natural. O escopo de um buscador é muito maior. Mas o ChatGPT é uma ameaça real ao Google se for incorporada aos mecanismos concorrentes, porque facilita a vida dos usuários, que não precisam clicar em diversos links. Um diferencial que o Google terá que correr atrás. No caso dos professores, o problema não está apenas em uma possível substituição, mas também no uso inadequado do ChatGPT pelos alunos, podendo afetar o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade. Na resposta sobre os jornalistas, diferentemente do que o chat GPT considerou, haverá um grande impacto na profissão, pois a automatização levará à necessidade de menos jornalistas (incluindo advogados também) para fazer o mesmo trabalho. Por outro lado, a IA não terá como fazer uma reportagem investigativa, pois ela só reproduz o que já foi escrito pelo ser humano. Essas foram apenas algumas questões que pudemos responder nesse artigo. Fato mesmo até agora é que quem se deu bem com o ChatGPT foi a Microsoft, principal financiadora da tecnologia desde o seu início, e que fechou um acordo no valor de US$10 bilhões para incorporar a inovação em vários de seus produtos, tais como Word, Powerpoint, Azure, Outlook e Bing. Considerando as informações até agora divulgadas, a adoção do ChatGPT no Word e no Outlook, auxiliando a produção de textos e de e-mails, parece ser a

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