Arquivos IPA - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) tem novo presidente

Foi anunciado pelo Governo do Estado na última sexta-feira (13) o nome de Joaquim Neto de Andrade Silva como o novo presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca. O instituto atua nas áreas de assistência técnica, pesquisa e extensão rural no fortalecimento da infraestrutura hídrica, com atenção prioritária aos agricultores e criadores. O novo presidente é formado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, e já desenvolveu grandes projetos na área de planejamento agropecuário, inseminação, reprodução, nutrição, pastagem e melhoramento dos rebanhos de bovinos e caprinos na região. No seu currículo está a passagem por três mandatos como prefeito de Gravatá.

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Cervejeiros, voltei!

Depois de uma breve pausa na coluna, o espaço volta com um formato diferente para contarmos o que há de novo no mundo das cervejas, as novidades e eventos do setor. A ideia é abordar tanto o mercado de cervejas pernambucanas, quanto o mercado nacional e internacional, onde o crescimento acontece a passos largos. MANGUEZAL APA Ainda não tinha tido o prazer de experimentar a caçula da Manguezal. E novamente a cervejaria se sobressai com uma excelente APA (American IPA). De corpo mais leve que sua irmã IPA, tem como característica uma pegada cítrica e refrescante. Feita com lúpulos americanos que dão um plus no aroma somando ainda à técnica de dry-hopping em sua produção, que é o processo onde há a adição de lúpulo à cerveja durante o período de fermentação. Excelente pedida!   DEBRON BIER NO MAIOR FESTIVAL CERVEJEIRO DA AMÉRICA LATINA A Debron Bier, dos sócios Eduardo Farias, Thomé Calmon e Raimundo Dantas (na foto abaixo) é a única representante do Nordeste a participar de um dos maiores festivais de cerveja do Brasil e América Latina: o Festival Brasileiro de Cerveja. Para a ocasião, a Debron levará, além dos seus tradicionais estilos, as novidades: NutIpa, Cacahuatl Ipa, Banguê, Session Ipa, Strong Ipa e a Brett Ipa, rótulo que ficou envelhecendo por mais de um ano nos barris de amburana. A 11ª edição do festival acontece até o próximo dia 16 , no Parque Vila Germânica, em Blumenau e conta com 116 cervejarias, que juntas terão mais de 800 rótulos à disposição dos visitantes.  O Festival Brasileiro da Cerveja é considerado o maior evento cervejeiro da América Latina.     ST. PATRICK’S DAY Neste domingo, dia 17 de março, será comemorado mundialmente o St. Patrick’s Day, ou dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda. A tradição começou depois da morte de São Patrício, bispo da Igreja Católica Irlandesa. O folclore sobre o bispo, que mais tarde foi santificado, diz que ele utilizava um trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade para os celtas. Foi assim que o trevo se tornou símbolo do feriado, e que as pessoas começaram a usar roupas verdes e brancas, além de celebrar com muita cerveja e comidas saborosas. Com isso vários estabelecimentos no Recife vão servir o tradicional Chopp Verde, como o Capitão Taberna. O bar foi recentemente reinaugurado e promete, à partir de amanhã, às 10h, servir clones da bebida, culminando às 20h muita música com ao som de Seu Ernest. Capitão Taberna: Rua João Tude de Melo, 77 lj 27 - Recife.   CERVEJARIA BERGGREN TEM NOVOS RÓTULOS Seguindo seu plano de expansão e reposicionamento no mercado, a cervejaria Berggren, de Nova Odessa (SP), agora terá novos rótulos. O portfólio composto por seis cervejas de diferentes estilos ganhou uma repaginada e agora apresenta um design mais artístico e exclusivo, além do logo da cervejaria ganhar destaque no rótulo. As cores presentes em cada garrafa remetem ao respectivo estilo, além da mistura dos elementos, aromas e ingredientes presentes nas cervejas Berggren, que têm se destacado cada vez mais por oferecer uma experiência única aos seus consumidores. A Berggren é uma cervejaria que foi oficialmente inaugurada no mercado em novembro de 2015. Produzindo cervejas de estilo clássico e outras inspiradas na Escola Americana, a Berggren Bier conta com uma fábrica piloto (com laboratório e estrutura de envase) para testar as cervejas – algo presente em poucas cervejarias do País. ESTADO DE NIRVANA Atendendo aos pedidos dos consumidores, a cervejaria Ashby irá lançar uma nova versão da sua clássica IPA Nirvana. A cerveja até então era comercializada em garrafa de 300 ml, porém, o produto passou a ter bastante aceitação já que os brasileiros cada vez mais buscam por opções de bebidas com qualidade e diferenciadas, e agora a garrafa será vendida na versão 600 ml. A novidade estará disponível a partir do mês de abril. A Ashby Nirvana é conhecida por ser uma cerveja encorpada e lupulada, além de um ponto de equilíbrio com amargor e aroma acentuados, e com uma leve opalescência. O teor alcoólico é de 5,5%. Mas não é apenas o sabor que chama a atenção do consumidor, o nome da cerveja também desperta curiosidade. A bebida possui esse nome, pois quem a toma “entra em estado de nirvana”, que é um estado de paz e tranquilidade. O termo tem origem no sânscrito, podendo ser traduzido por "extinção" no sentido de “cessação do sofrimento”. Nirvana é utilizado num sentido mais geral para designar alguém que está num estado de plenitude e paz interior, sem se deixar afetar por influências externas. Ou seja, relax total.

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Pesquisa mapeia 34 variedades de feijões no Agreste Meridional

Você já imaginou poder saborear todos os dias um tipo diferente de feijão na hora do almoço? Enquanto estamos acostumados a comer apenas o carioca e o mulatinho ou vez por outra o preto dentro da feijoada, só no Agreste Meridional pernambucano foram mapeadas 34 variedades, com diferentes cores, texturas, tamanhos e sabores. Essa descoberta partiu de uma pesquisa realizada pelo extensionista rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) Pedro Balensifer, que desde 2012 faz esse inventário nas propriedades rurais familiares e bancos de sementes crioulas (sementes locais que são passadas de pai para filho, conservadas e manejadas por agricultores familiares). Provavelmente você nunca viu em nenhuma prateleira de supermercado o feijão fogo na serra (vermelho) ou não tenha experimentado em nenhum restaurante a variedade enxofre, com aspecto amarelo, ou o leite, que é bem branquinho. Os nomes são dados pelos próprios agricultores, que escolheram alcunhas ainda mais curiosas para os feijões, como o carrapatinho e o chitadinho. A região escolhida para a pesquisa compreende os municípios de Angelim, Calçado, Canhotinho, Garanhuns, Ibirajuba, Jucati, Jupi, Jurema, Bom Conselho, Lajedo, São Bento do Una e São João, que formam o território produtivo do feijão em Pernambuco, sendo responsável por um quarto dessa cultura no Estado. O Brasil é o terceiro maior produtor de feijão do mundo, sendo responsável por 12% da produção mundial, tendo toda produção praticamente absorvida pelo mercado interno”. Após identificar e provar dessa diversidade, o pesquisador se detém agora a estudar no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (Posmex) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) a razão desses produtos não chegarem na mesa dos pernambucanos. “Esses agricultores seguem cultivando esses feijões porque gostam de consumir ou mesmo por tradição dos pais, já que são variedades que atravessam gerações”, afirma Balensifer. Sem interesse da indústria e dos atravessadores que compram nas feiras, essas sementes já teriam sumido se não fosse a persistência dos produtores. “Muitos desses feijões são bastante saborosos, mas ficam marginalizados no mercado. Os agricultores continuam produzindo, mas encontram dificuldades de obtenção de renda com seus produtos, especialmente pelos baixos preços pagos por intermediários, já que uma minoria tem acesso à venda direta ao consumidor. Assim, um dos grandes desafios para a produção da agricultura familiar consiste no quesito comercialização, principalmente das variedades crioulas”, explica.   FEIRAS As feiras agroecológicas de Pernambuco podem ser uma alternativa para escoamento dessa produção, na análise do extensionista. “Essas feiras já comercializam uma vasta biodiversidade de produtos que não encontramos nos supermercados, além de possuírem um tipo de consumidor disposto a buscar sabores diferentes e interessado em comprar diretamente dos produtores”, aponta Balensifer. Enquanto não encontram os caminhos que levem esses produtos para a mesa dos consumidores, Pedro relata que diversas estratégias de comercialização solidária vão garantindo o escoamento dessa produção, como a troca entre famílias produtoras e as vendas em circuitos locais, em pequenos mercados. Para reverter esse quadro de desinteresse e ampliar o acesso da população aos produtos locais, ele afirma ser necessário um processo de reeducação alimentar da população. “O cardápio típico que temos na nossa mesa e que está à venda nos supermercados é fruto de um processo de padronização da indústria de alimentos e de propaganda da grande mídia televisiva”. Ao consumirmos essas variedades ajudaríamos a conservar a biodiversidade agrícola e a própria história da agricultura”, defende o pesquisador. Ele conta que, no mundo, os feijões começaram a ser cultivados há 5 mil anos no México. “A continuidade de tantas variedades é fruto do trabalho de manejo dos agricultores ao longo de muito tempo”. Em um esforço de articulação dos agricultores, órgãos públicos e sociedade civil organizada para garantir a continuidade dessas culturas foi criada a Rede de Sementes Crioulas do Agreste Meridional de Pernambuco (Rede Semeam). Essa organização promove feiras de troca de sementes crioulas, palestras, seminários e formação de Bancos Comunitários de Sementes com o objetivo de resgatar e conservar a biodiversidade agrícola da região. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

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As Imperial IPAs, o topo do amargor (por Rivaldo Neto)

A variação mais intensa das IPAs (Indian Pale Ale) são as Imperial IPAs, que possuem um consumidor extremamente segmentado deste estilo criado nos EUA. São cervejas com um grau potencialmente alto de amargor, fortes mesmo. O seu IBU - International Biterness Unit, medida que afere o grau de amargor – é alto. Porém essa medida não fornece informações sobre as sutilezas de sabor, mas serve como um guia geral e dá uma certa referência a quem se aventura em provar este estilo de cerveja, que têm como característica imediata ao experimentá-la a tônica de amá-la ou odiá-la. É bom dizer que o paladar humano é capaz de sentir até um determinado valor de IBU. Além desse valor a percepção é indiferente e isso fica em torno de 120/150 IBU, no máximo. Mas se você amar, isso se torna é um “casamento” sem crises. Essencial para o sabor da cerveja, o amargor é extremamente complexo, sendo decisivo para definir e caracterizar muitos estilos. E vai muito além do lúpulo, embora este ingrediente seja fundamental para sua existência, até porque são necessárias generosas quantidades para se chegar a uma Imperial IPA de respeito. Se você se enquadra no perfil dos hopmaniacs (lúpulomaníacos) é verdadeiramente amor ao primeiro gole. Infelizmente o clima no Brasil não é propício ao cultivo no lúpulo, por possuir em sua maioria o clima tropical. A planta se desenvolve melhor em climas frios. Mesmo assim já há sinais, estudos e experiências para que o cultivo de lúpulo vingue em solo nacional, talvez esteja aí um dos caminhos para a explosão definitiva da cena cervejeira brasileira, além de desonerar microcervejarias e cervejeiros em geral, já que ele é um insumo caro e importado. Mas vamos as cervejas. Se é pra falar das Imperial IPAs vamos com uma nacional produzida pela cervejaria Imigração de Campo Bom(RS), a Roleta Russa. Contendo 7,6%Vol e com 120 IBU é uma cerveja com notas cítricas e herbais. Retrogosto muito bom. Tem coloração alaranjada com reflexos âmbar e espuma branca com ótima persistência. É turva e um pouco adocicada no final. Para comer com uma linguiça alemã e mostarda de mel ou com um bom salame imperial. Tem uma garrafa bastante curiosa com uma tampa fliptop em forma de um tambor de revólver, contendo uma bala em alusão ao seu nome. Outra cerveja nacional que também vale muito a pena é a Vixnu, da cervejaria Colorado. Como não podia deixar de ser, a Colorado ousa em alguns dos seus rótulos com insumos diferentes como é o caso da Cauim, uma Lager que contém macaxeira. Mas na Imperial IPA foi posto rapadura. Isso deu um equilíbrio delicioso entre o malte e toques de caramelo e as notas cítricas de maracujá. Ela vem carregada de aromas cítricos de maracujá e no caso desta cerveja, contém os lúpulos Galena, Cascade, Simcoe, Amarillo e Citra. Os mesmos que são usados no seu Dry-hopping caracterizando este estilo. Com seus imponentes 9,5%Vol, 75 IBU, tem um tom acobreado, muito aromática e espuma persistente. É sem dúvida uma cerveja “extrema”. Experimente com um queijo gorgonzola. A cervejaria escocesa BrewDog é espetacular, e como não podia deixar de ser, fez uma Imperial IPA verdadeiramente sensacional. Realmente “Hard”, a BrewDog Hardcore IPA é um show de cerveja. Topando tomá-la com seus 9,2%Vol e 150 IBU (amargor nas alturas), frutada, com toque de caramelo. Ela realmente é “potente”. Os lúpulos Centennial, Columbus, Simcoe, dão um toque especial e único. Uma bebida para ser apreciada juntamente com sabores fortes e apimentados, queijos com cristais de sais, comida mexicana ou uma boa moqueca. É cerveja mais amarga produzida no Reino Unido. Momentos amargos nem sempre são ruins, no mundo da cerveja ela é tudo de bom! Pode apostar! MUNDO CERVEJEIRO A Amstel, quinta maior marca de cerveja do mundo, fez seu lançamento oficial no mercado pernambucano, com um evento no último dia 15 de agosto. A gigante holandesa, de propriedade da Heineken, vem com uma proposta de brigar com as cervejas comerciais mais populares com uma qualidade muito melhor que as que hoje se encontram no mercado. Feita com ingredientes naturais e sem conservantes, o produto realmente tem uma qualidade superior e com uma embalagem das mais bonitas. Segundo o gerente comercial da marca Luciano Gomes, a estratégia da cervejaria é bastante agressiva. “O preço é um diferencial, são realmente muito atrativos e competitivos”, afirma. A Amstel será comercializada em latas de 350ml, 473ml e garrafa de 600ml. O chope da marca já circula também em bares e restaurantes da capital pernambucana. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas (rivaldoneto@outlook.com)  

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