Arquivos Náutico - Página 2 de 2 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Náutico

Grande vitória do Sport em São Paulo; Náutico deixa a lanterna da Série C

*Houldine Nascimento Apesar de um fator importante, dinheiro ainda não é tudo no futebol, felizmente. Isso mantém a prática esportiva imprevisível e, por vezes, surpreendente. Se não fosse assim, o Palmeiras, time com a folha salarial mais cara do Brasil, passaria fácil pelo Sport no Allianz Parque. O clube pernambucano também teve dificuldades para chegar a São Paulo devido à crise de abastecimento que o país vivencia. As duas equipes se enfrentaram no último sábado (26), na arena palmeirense. Um cenário favorável para que o Alviverde paulista vencesse. Não foi o que aconteceu. O Leão fez um primeiro tempo cauteloso e se concentrou em anular jogadas de ataque do anfitrião. A estratégia deu certo até os 32 minutos, quando Keno recebeu um cruzamento da esquerda e abriu o placar. Antes, Magrão salvou uma cabeçada de Antônio Carlos. De tanto insistir, o Palmeiras foi premiado. Sport e Palmeiras têm muita história para contar e, pelo histórico, nada estava definido. Mais incisivo na segunda etapa, o Rubro-negro partiu em busca da igualdade no marcador. Primeiro, Fellipe Bastos arriscou de fora da área, para defesa segura de Jailson. Depois, foi a vez de Anselmo aproveitar escanteio bem batido por Marlone. O capitão leonino cabeceou a bola na trave e, em seguida, aproveitou o rebote, empatando o jogo. A virada também veio com Anselmo, que invadiu a área palmeirense como um trator e chutou rasteiro. Por atuar em casa diante de 26 mil torcedores, o Palmeiras se viu na obrigação de ir para o tudo ou nada e chegou ao empate com Hyoran, que entrou no lugar do vaiado Lucas Lima, em belo chute de fora de área. Magrão ainda tocou na bola. Alguns minutos depois, o Sport passou novamente à frente do placar com Rafael Marques, ex-Palmeiras, que escorou de cabeça para as redes adversárias. O duelo que já foi decisão nacional e de vaga em mata-mata da Libertadores ainda reservava emoção às duas torcidas. De cara com o goleiro rubro-negro, Dudu mandou a bola na arquibancada. Nos segundos finais, Raul Prata puxou a camisa do meia alviverde dentro da área. Coube a Keno ir para a cobrança do pênalti. Magrão defendeu e garantiu os três pontos ao time pernambucano. Grande triunfo do Sport de Claudinei Oliveira, que vai crescendo no Brasileirão. NÁUTICO DEIXA A LANTERNA – No domingo (27), numa vazia Arena de Pernambuco, o Náutico recebeu o Globo (RN) e ganhou por 2 a 0. Ortigoza marcou aos 34 minutos e, já nos acréscimos, Jhonnatan sacramentou a vitória alvirrubra. A partida marcou a estreia do técnico Márcio Goiano. O resultado fez o Timbu trocar de posição com o Globo, que agora está em 10º.

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Náutico volta ao topo em Pernambuco

*Por Houldine Nascimento O Náutico coroou o bom início de temporada com o título do Campeonato Pernambucano. Neste domingo (8), o Timbu levou a melhor sobre o Central ao vencer por 2 a 1. O cenário parecia desenhado para um triunfo alvirrubro, com quebra de recorde de público para clubes na Arena de Pernambuco, palco da final. Ao todo, 42. 352 pagantes estiveram no estádio. A torcida do Central também compareceu em peso, lotando a área reservada para os visitantes. O jogo começou como se imaginava, com pressão do Náutico. Logo aos 4 minutos, o atacante Wallace Pernambucano quase abriu o placar para o anfitrião, em boa cobrança de falta na trave. Após os 20 minutos iniciais, o Central se estabilizou e foi tomando conta. Da entrada da área, Fernando Pires mandou uma bomba, para defesa de Bruno aos 25. Dois minutos depois, Gildo recebeu lançamento, driblou Camutanga e empurrou para as redes. O gol legítimo foi anulado em decisão conjunta do assistente Cleberson Nascimento e do árbitro Nielson Nogueira. Além deste lance prejudicial, a Patativa sofria com a postura rigorosa da arbitragem para seus atletas e com um critério mais brando com os jogadores do Náutico. Aos 43, no entanto, o Náutico fez 1 a 0: Júnior Timbó quebra a marcação, invade a área e rola para Ortigoza, que finaliza. A bola sofre desvio de Danilo Quipapá, dizimando qualquer chance de defesa do goleiro França. No início da segunda etapa, outro lance decisivo: Jobson enfia o pé no rosto de Douglas Carioca e recebe apenas um cartão amarelo. Aos 11, o mesmo Jobson marca o segundo gol do Náutico ao driblar dois defensores do Central. A equipe de Caruaru ainda descontou aos 25, com Leandro Costa, de pênalti. E poderia ter empatado aos 34 minutos com Júnior Lemos, o atleta mais habilidoso da Patativa, que arrematou da entrada da área e acertou a trave. Ficou nisso. Festa alvirrubra na Arena. Após 14 anos, o torcedor volta a gritar “é campeão”. O Náutico foi o melhor time da primeira fase e soube jogar o mata-mata. Méritos do técnico Roberto Fernandes e dos jogadores, que compraram a ideia de resgatar o clube. Com casa cheia nas fases decisivas, a torcida provou que o Náutico ainda é um clube viável. A conquista dá força para o Alvirrubro buscar o acesso na Série C. Parabéns ao Timbu! Ao Central, fica a certeza de ter montado um time competitivo e muito forte para a disputa da Quarta Divisão nacional. Agora, a diretoria tem de trabalhar para segurar as principais peças. *Houldine Nascimento é jornalista

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Central e Náutico: 90 minutos para fim de jejum

Noventa minutos para o fim de um jejum. Torcedores de Central e Náutico aguardam com ansiedade o próximo domingo (8), data em que as duas equipes decidem o Campeonato Pernambucano, na Arena de Pernambuco. Já são 14 anos que o Timbu não conquista um título. Muito tempo para um clube considerado grande. Para a Patativa, a espera é ainda maior. É a primeira vez que o time de Caruaru chega à final do estadual, que é realizado desde 1915. Em 1986, o Central terminou o Brasileiro Série B na primeira posição do grupo F. Naquele ano, o campeonato foi dividido em quatro grupos e os primeiros colocados subiram para a Série A no mesmo ano. Dessa forma, não houve disputa pelo título. Por isso, o Alvinegro do Agreste se considera campeão, embora não reconhecido oficialmente pela CBF. No último domingo (1º), mais de 14 mil torcedores encheram o estádio Luiz Lacerda para acompanhar a inédita final. Num jogo com poucas chances de gol, Central e Náutico ficaram no 0 a 0 e tudo será definido mesmo na última partida. O destaque maior veio do técnico Roberto Fernandes, que divulgou uma escalação falsa minutos antes do jogo, o que irritou o treinador adversário, Mauro Fernandes. A Arena de Pernambuco também deve contar com um ótimo público. Isso porque mais de 30 mil ingressos já foram vendidos para a decisão. O grande motivo, evidentemente, é o bom começo de temporada do Náutico, que resgatou o orgulho de seu torcedor. Dessa forma, o Timbu bate o próprio recorde, atingido em 2014 em clássico contra o Sport pelo Pernambucano. Naquela ocasião, 30.061 pagantes compareceram. Por mais notório que seja o baixo nível técnico dos campeonatos estaduais, em geral, as fases finais sempre empolgam por mexer com rivalidades históricas. Quem ganha tem razão para celebrar. A quem perde, resta o lamento. *Por Houldine Nascimento

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A cartilha da queda do futebol pernambucano

*Houldine Nascimento A temporada 2017 foi desastrosa para o futebol pernambucano: Náutico e Santa Cruz já estão rebaixados para a Série C e o Sport deve cair para a Segunda Divisão. O único que se salvou foi o Salgueiro, que não subiu, mas se manteve na Terceirona. Nos casos de Santa e Náutico, a tragédia se desenhava antes mesmo do início da Série B. O Timbu tinha uma folha salarial girando em torno de R$ 1,2 mi, mas claramente não havia receita para honrar os vencimentos. A “solução” encontrada foi a dispensa dos jogadores mais caros, a saída do treinador Milton Cruz e um readequação à realidade financeira do clube. Com isso, os custos de elenco e comissão técnica foram reduzidos para menos de 500 mil reais. Ainda assim, até o fim da competição nacional, o Náutico segue enfrentando sérias dificuldades para pagar jogadores e demais funcionários, convivendo com o atraso de salário. O torcedor alvirrubro também viu uma constante mudança de técnicos: Dado Cavalcanti, Milton Cruz, Waldemar Lemos e Beto Campos até chegar em Roberto Fernandes. Mas, mais assustador do que isso, são as trocas de presidente. Em menos de um ano, foram quatro gestores. Uma crise interna brutal. Há anos, o Santa Cruz agoniza com verbas bloqueadas devido às inúmeras ações trabalhistas a que responde. Diferentemente do Náutico, não houve mudanças profundas no elenco, mas os atrasos de vários meses nos salários afundaram o time, de volta à Série C após dez anos. Com rodadas de antecedência, Timbu e Cobra Coral tiveram a queda selada. De dificuldade financeira, o Sport não pode se queixar. O Leão da Ilha do Retiro consegue fazer os pagamentos em dia. Este ano, o clube teve a maior receita de sua história, beirando os R$ 120 milhões. Mesmo com dinheiro sobrando, a diretoria rubro-negra não soube lidar com isso. Pior: se hoje o Sport passa por apuros na Série A, muito se deve às patacoadas da cúpula leonina. A começar pela montagem do elenco, que não conta com um substituto imediato para Diego Souza. Quando ele sai, o time fica sem poder de criação. Os dirigentes também não tinham certeza de qual técnico conduziria o time nesta temporada. No início, optaram por manter Daniel Paulista, que esteve à frente da equipe no final de 2016, quando escapou do rebaixamento. Um empate com o Santa Cruz na Ilha foi suficiente para a sua saída. A direção foi atrás de Ney Franco, que ficou parado em 2016. Em menos de dois meses, foi dispensado. O estopim foi a perda da Copa do Nordeste para o Bahia. Ainda no vestiário, Ney soube que não era mais técnico do Sport. Assim, Vanderlei Luxemburgo foi o nome escolhido para assumir o Rubro-negro pernambucano na Série A. No primeiro turno, o time foi bem e terminou entre os seis primeiros da competição. A impressão foi de um ressurgimento de Luxa, em baixa há muitos anos. Na Ilha, só se falava em luta por vaga na Libertadores. No meio do caminho, as coisas começaram a desandar. A permanência de Diego Souza após negociação fracassada com o Palmeiras foi assunto durante um bom tempo. O meia-atacante inclusive fez um pronunciamento criticando a diretoria e ficou por meses sem falar com a imprensa. Somada a isso, está a absurda retirada do Sport da Copa do Nordeste, claro erro do presidente Arnaldo Barros. Era um indicativo de que alguma coisa estava fora da ordem. O segundo turno veio e o time desandou: em 15 jogos, apenas uma vitória. Quando Luxemburgo teve mais tempo para trabalhar, o futebol sumiu. Um divisor de águas foi a goleada sofrida para o Grêmio por 5 a 0. Na entrevista coletiva, Luxemburgo disparou contra o elenco, tirando a responsabilidade de si. A postura do treinador irritou boa parte do plantel. No jogo seguinte, nova derrota, desta vez em casa e para o Avaí, time da zona do rebaixamento: 1 a 0. Estava claro que o técnico não tinha mais o controle do vestiário. Contudo, decidiram mantê-lo. Mais do que isso: renovar seu contrato até o fim de 2018. Na Série A, o time seguia sem vencer. Os resultados não vieram e, mais uma vez, demitiram o treinador no calor do vestiário, após a derrota para o Junior Barranquilla nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Pior que a chegada de Luxa foi sua saída, de um amadorismo impressionante. E eis que Daniel Paulista retorna ao posto de técnico. Por que ele, que não serviu no começo da temporada, seria a solução para os problemas do time? Hoje, o clube está afundado na zona do descenso. No último domingo (12), um vexame diante do lanterna Atlético-GO. Em campo, um futebol letárgico. Restam quatro jogos para o fim do Brasileirão e não há uma perspectiva de mudar o destino do Rubro-negro. Após a derrota, o vice-presidente do Sport, Gustavo Dubeux, disse que iria conversar com o elenco para saber o que estava faltando. Mais uma prova de que a diretoria do clube está perdida. Se o Sport de fato cair, a torcida já sabe quem responsabilizar. *Houldine Nascimento é jornalista

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