Arquivos Negócios - Página 4 De 13 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Pernambuco e a agenda econômica de 2020

Nos últimos dias de 2019, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec) de Pernambuco anunciou um número recorde de atração de investimentos privados. Em um ano que a economia brasileira ainda andou a passos lentos ou, como citamos na edição de dezembro da Algomais, numa temperatura morna, uma captação de R$ 14,88 bilhões é uma sinalização importante de aquecimento para 2020. Lembro-me de algumas pautas que fazia antes da crise econômica de 2014 e de um número de investimentos da ordem de R$ 50 bilhões que estava sendo aportado no Estado. Isso não foi obra de um ano, mas de um conjunto de três a quatro anos de um trabalho bem agressivo de captação de investimentos para o Estado promovido pelo Governo naquela época. A continuação da atração de recursos privados e a consolidação dos já anunciados são dois aspectos para ficar de olho em 2020. Essa segunda questão tem uma relação direta com outro desafio para o Estado no novo ano: a geração de empregos. Na última PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) publicada pelo IBGE, o Estado amargava uma taxa de 15,8% de desemprego, a terceira maior do País. No Recife, a taxa era de 17,4%, a maior entre todas as capitais. Tanto para o Brasil como para Pernambuco, esse desafio deverá ser um fiel na balança da aprovação da população. Todos os investimentos captados para Pernambuco devem gerar 22 mil novos postos de trabalho, mas num horizonte de médio e longo prazos. Enquanto esses aportes mais industriais não se consolidam, dois vetores relevantes para geração de empregos em especial no Recife são o Polo Médico, que tem inaugurações a serem realizadas em 2020, e o Porto Digital, que tem a previsão de abrir 2,5 mil postos de trabalho neste ano. O maior dos novos investimentos que chegam a Pernambuco é a expansão de produtos da Jeep, em Goiana. Com aporte de R$ 7,5 bilhões, a empresa prevê gerar 9 mil empregos diretos. Como um dos maiores clientes de exportação da montadora é o mercado argentino, que passa por uma profunda crise, esse cenário com sotaque portenho passa a ter um alto interesse nos negócios da indústria em Pernambuco. A agenda econômica nacional, com a perspectiva das reformas tributária e da administração pública, e as eleições municipais são dois aspectos importantes para o desempenho econômico estadual em 2020. Enquanto as perspectivas de crescimento do mercado nacional variam entre 2% e 2,5%, para Pernambuco, a estimativa dos economistas é de números maiores, na casa de 3%. . . LEIA TAMBÉM Pernambuco atraiu R$ 14,88 bilhões de investimentos privados em 2019 AD Diper investe R$ 5,2 milhões em iniciativas de fomento e inovação Política quente e economia morna marcam 2019

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Com a economia lenta, setor industrial aponta para recuperação em 2019

Os sinais de recuperação da economia brasileira em 2019 têm repercutido na atividade industrial de Pernambuco. Prova disso é que, segundo a última sondagem industrial realizada pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), a recuperação do setor se intensificou no fim deste ano, mostrando que há uma aceleração desse processo. A expectativa do segmento, contudo, é que o Congresso dê andamento às reformas fiscal e tributária em 2020 para que a economia volte a reagir e a atrair investimentos. “Defendemos, principalmente, a necessidade de uma reforma tributária para estimular a produtividade e a competitividade das empresas. O atual sistema tributário brasileiro tem, por exemplo, vinte e sete diferentes legislações para o ICMS estadual e isso impacta consideravelmente a nossa capacidade de sobrevivência e a expansão dos negócios”, destacou o presidente do Sistema FIEPE, Ricardo Essinger. Segundo Essinger, a desburocratização é uma das defesas do segmento porque envolve o empresariado, que, na ponta, é o que dosa o apetite dos investimentos. Apesar de a recuperação econômica patinar, o levantamento mais recente da Federação indica uma boa expectativa dos empresários industriais do Estado para os próximos seis meses, com o aumento da produtividade, da compra de insumos, do aumento das exportações e das intenções de investimentos. Para se ter ideia, o resultado geral do índice chegou aos 63,3 pontos em outubro (último mês disponível da pesquisa), ressaltando que o atual quadro é positivo e propício ao crescimento, já que, em números reais, o setor local apresentou um aumento da capacidade instalada, pulando de 67 pontos para 71 pontos do começo do ano para cá, e da produtividade. Valores acima de 50 indicam aumento na produção, por isso as boas perspectivas. Isso ganha reforço quando analisamos, individualmente, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). No mês de novembro, o ICEI encerrou com 60,6 pontos, puxando para cima a sondagem industrial que vimos acima. Embora o resultado seja positivo para o encerramento do ano, o índice flutuou bastante durante o ano de 2019, começando em janeiro com 63,4 pontos, com sucessivas quedas de fevereiro a maio, quando atingiu 53,8 pontos, em função da morosidade na aprovação das pautas como a da Previdência e a da reforma tributária. Assim como na Sondagem, o ICEI também considera os valores acima de 50 pontos. Mesmo com a temperatura propensa à retomada de investimentos e à criação de empregos, na prática, a Produção Industrial de Pernambuco ainda não reverteu o quadro negativo. Divulgados esta semana, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a produção local registrou queda de 2,6% no acumulado do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho é abaixo da média da indústria nacional (0,1%), porém melhor que o do Nordeste (-3,8%). Entre as atividades que puxaram o índice local para baixo estão equipamentos de transporte exceto veículos (-57,7%), o setor têxtil (-23,4%) e o de alimentos (-7,3%), cujo peso na produção industrial chega a ser de 30%. Embora esse resultado impacte a geração de emprego no setor industrial, o número de desempregados do setor tem caído no acumulado de janeiro a outubro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, saindo de 4 mil para 2,4 mil desempregados. A explicação está na chegada das festas de fim de ano, quando as indústrias produzem mais para repor os estoques e atender ao mercado consumidor. Produto Interno Bruto (PIB) A expectativa é que Pernambuco encerre o ano com o Produto Interno Bruto (PIB) positivo, acompanhando os cenários anteriores. No acumulado do ano, o segundo trimestre de 2019 alcançou a marca de 1,7%. O resultado foi influenciado pelo desempenho da indústria, que, de janeiro a outubro, cresceu 4,2%, seguido do setor de serviços (0,7%) e da agropecuária (10%). O resultado final do ano, no entanto, deve ser divulgado pelo IBGE no começo de 2020.

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Agreste Tex abre inscrições gratuitas para visitantes

Os empresários, profissionais e estudantes ligados à indústria têxtil e de confecção e o público em geral com interesse em visitar a Agreste Tex, feira de máquinas, serviços e tecnologias para o setor, já podem se inscrever gratuitamente no site do evento (agrestetex.com.br). Considerada uma das feiras mais importantes do segmento no Nordeste, a Agreste Tex terá a sua quinta edição realizada entre os dias 24 a 27 de março de 2020, no Polo Caruaru. A promessa é levar para o Agreste pernambucano todas as novidades relacionadas à produção têxtil nacional. Quem passar pela Agreste Tex, além de conferir os estandes das mais de 300 marcas participantes, que oferecem maquinário como bordadeiras ultramodernas e máquinas de costuras de última geração, também poderá participar de uma intensa programação de palestras gratuitas. São esperados em Caruaru profissionais do setor, empresários de todo o Nordeste, compradores, professores e estudantes interessados na indústria da moda. Os primeiros 100 inscritos na feira, e que visitarem o evento, concorrerão ao sorteio de uma máquina de costura Siruba. Uma das novidades da Agreste Tex para 2020 é o aumento da capacidade da feira, que destacará mais de 300 marcas nacionais e internacionais e ocupará área ainda maior do que a ocupada na edição de 2019. O evento tem a expectativa de gerar mais de R$ 300 milhões em negócios, um acréscimo de 20% em comparação com a edição anterior. Em relação à visitação, os organizadores estimam que a próxima edição irá superar os mais de cinco mil registrados em 2019. A Agreste Tex tem a promoção do Febratex Group e realização da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru – Acic. A feira conta ainda com o patrocínio das empresas Santana Textiles, Avil, Silmaq, Makital e Vicunha. O evento é aprovado internacionalmente pela UFI e conta com o apoio da ABIMAQ, Abit, ACIT, ASCAP, NTCPE, Sinditêxtil-PE, GBLJeans, CDL Santa Cruz do Capibaribe e Santa Cruz na Moda. A Feiratur é a agência de viagens oficial do evento. O Febratex Group é uma empresa associada à UBRAFE. SOBRE O FEBRATEX GROUP O Febratex Group é uma empresa 100% brasileira, que está no mercado há mais de 25 anos, especializada na promoção e organização de feiras de negócios, principalmente nos segmentos de máquinas e insumos para o setor têxtil, de confecção e de impressão digital. O portfólio da empresa reúne as feiras Febratex, Maquintex, Signs Norte-Nordeste, Agreste Tex, Tecnotêxtil Brasil e Febratex Summit. Serviço: Agreste Tex – Feira de Tecnologias para a Indústria Têxtil e de Confecção Data: 24 a 27 de março de 2020 Horário: das 16h às 22h Local: Polo Comercial de Caruaru/PE (BR-104, km 62)

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MedHall inaugura amanhã no Recife

O Recife ganha amanhã (11) o MedHall. Um espaço de compartilhamento de serviços voltado para a área médica. Um modelo de negócio que pode gerar aos profissionais de saúde uma economia de até 40% em comparação aos gastos de um consultório individual. Adriana, Maria Eduarda e Fernando Lucena apresentam o empreendimento com 11 consultórios inteligentes para atendimento médico, que podem ser alugados por turnos, sem burocracia e com alto padrão de atendimento. “O MedHall não é só mais um espaço para compartilhar serviços, ele oferece mobilidade e flexibilidade, ou seja, proporciona ao profissional a oportunidade de diversificar seus locais de atendimento, concentrando-se exclusivamente nas suas consultas, sem as preocupações que tomam tempo num consultório tradicional, tais como contratação de pessoas, limpeza, manutenção do espaço e compras”, afirma Fernando Lucena. Além de consultórios modernos – sendo alguns deles com vista panorâmica – e equipados com mesa para atendimento, maca e itens básicos como gaze, luvas, toucas e máscaras descartáveis, a estrutura do MedHall vai dispor de autoclave para esterilização de materiais e artigos médico-hospitalares, internet de alta velocidade, copa, acessibilidade, estacionamento com manobrista e segurança 24h. “Toda a parte de agendamento de consultas, organização de agenda e controle de pagamentos será feita por uma equipe de recepcionistas treinada para oferecer o melhor atendimento aos pacientes”, completa Maria Eduarda Lucena. A clínica tem capacidade para receber profissionais de diversas áreas da saúde, como endocrinologistas, ginecologistas, cardiologistas, psiquiatras, nutricionistas, gastroenterologistas, mastologistas, pneumologistas, clínicos gerais, entre outros. A expectativa dos sócios é, a partir da inauguração da primeira unidade em Boa Viagem, expandir o conceito de consultórios inteligentes para outras localidades da Região Metropolitana do Recife. O MedHall fica na sala 1702 do Empresarial Cícero Dias, na Rua Padre Carapuceiro, nº 858, em Boa Viagem, próximo ao Shopping Recife.

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Fits receberá terça (10) prêmio na categoria Saúde, na Amcham Recife

A Faculdade Tiradentes (Fits) – que faz parte do Grupo Tiradentes – vai receber, na próxima terça (10/12), o Prêmio Minerva de Inteligência, na categoria Saúde. Concedido pela Academia Brasileira de Ciências Criminais, o prêmio reconhece personalidades e organizações, em diversas áreas, que se destacam pelas práticas de legalidade, eficiência e inteligência. O evento ocorrerá a partir das 19h, na Amcham Recife. Para a diretora-geral da Faculdade Tiradentes, Vanessa Piasson, o prêmio é um reconhecimento do esforço de todas as equipes para oferecer educação de qualidade e serviços à população. A Fits é a única instituição de ensino superior de Jaboatão dos Guararapes, qualificada junto ao Ministério da Educação (MEC), para disponibilizar o curso de Medicina na região de Suape, apresentando conceitos satisfatórios. Atenção básica em saúde Além de formar profissionais e promover a melhoria da saúde da população, o foco da Fits é incentivar a prestação de serviços de atenção básica em saúde, o aperfeiçoamento dos médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do País e na organização e no funcionamento do SUS, além do estímulo à realização de pesquisas aplicadas ao SUS. A estrutura do curso de Medicina da Fits envolve programa de bolsas, corpo docente qualificado, biblioteca de referência na região e laboratórios amplos e modernos, elevando a qualificação profissional da região na área de saúde, ensino, pesquisa e extensão.

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Em cada dez brasileiros, dois foram vítimas de fraudes nos últimos 12 meses

Fim de ano é época propícia para ação de fraudadores, que se aproveitam do aumento de transações financeiras na Black Friday e Natal. Para auxiliar consumidores, SPC Brasil libera monitoramento gratuito de CPF por 30 dias. As transações financeiras pela internet e a circulação de consumidores nos centros de compras crescem consideravelmente com a chegada de datas importantes para o varejo, como a Black Friday e o Natal. Crescem também os riscos de exposição a fraudes e golpes financeiros. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que em cada dez brasileiros, dois (19%) foram vítimas de alguma fraude financeira nos últimos 12 meses. Os dados mostram que o principal problema enfrentado pelos consumidores fraudados é o não recebimento de algum produto que deveria ter sido entregue em sua residência (34%). Outros golpes mais comuns envolvem a entrega de um produto com características diferentes do especificado pelo vendedor (28%) e a clonagem do cartão de crédito ou débito (27%). Há vítimas que tiveram documentos falsos usados na realização de compras (15%) e pessoas que notaram transações bancárias não autorizadas em suas contas (15%). De acordo com o levantamento, quase um terço (30%) dos consumidores foram vítimas de fraude em transações ou compras feitas pela internet. Outros 15% relatam que os golpes aconteceram nas operações realizadas em bancos, sejam agências ou sites e 10% em lojas físicas de grandes varejistas. Há ainda 6% que citam golpes em operações com financeiras e outros 6% em pequenos comércios. Fraudes causaram prejuízo financeiro para 44% das vítimas; quem participar da Black Friday deve pesquisar idoneidade das empresas De modo geral, a pesquisa mostra que 44% das vítimas de fraudes tiveram algum prejuízo financeiro após ocorrência, sendo que 46% não conseguiram recuperar os valores perdidos. Outros transtornos ocasionados pelas fraudes foram o stress (34%), perda de tempo para tentar resolver a situação (20%) e a necessidade de ajustar o orçamento para cobrir prejuízos (17%). Na avaliação do gerente de produtos do SPC Brasil, Michel Felix, as fraudes causam sérios danos aos consumidores que, ao terem suas informações pessoais utilizadas indevidamente, sofrem não apenas prejuízos financeiros, como também podem enfrentar uma verdadeira dor de cabeça. “Além de perder dinheiro, o consumidor pode enfrentar a burocracia de abrir boletim de ocorrência e avisar os órgãos competentes sobre o ocorrido”, afirma Felix. Alguns cuidados podem ser observados para evitar as fraudes. A pesquisa investigou os comportamentos dos consumidores antes da ocorrência da fraude e identificou que 8% forneceram, acidentalmente, seus dados pessoais para terceiros através de ligação ou e-mail. Já 7% tiveram os documentos furtados, 7% tiveram dados de cartões falsificados e 6% perderam documentos pessoais. Para Michel Felix, quem vai comprar na Black Friday deve se certificar da idoneidade do estabelecimento comercial e fazer aquisições apenas em sites seguros e confiáveis. “Alguns sites maliciosos tentam atrair o consumidor com a oferta tentadora de promoções com preços muito baixos. Por isso, antes de fazer qualquer compra pesquise sobre a reputação da empresa e redobre atenção em sites de comércio eletrônico. Também é importante ter cuidado com e-mails fraudulentos. A recomendação é não clicar em link duvidosos. Em vez disso. Procure digitar o endereço do site na barra do navegador. Buscar comentários que outros clientes já fizeram sobre a loja é outra dica preciosa para evitar frustrações”, orienta Felix.

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“O dinheiro público acabou”, analisa Gustavo Franco

A política econômica do País está na direção correta, mas sem a intensidade necessária. Essa é a avaliação do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, que esteve no Recife a convite da Finacap e Guide Investimentos para falar sobre Perspectivas econômicas e reformas em um novo ambiente político. No evento, que teve o apoio da Revista Algomais, o economista falou sobre o Governo Bolsonaro, discorreu sobre a necessidade da injeção de mais recursos privados nos investimentos e respondeu a várias perguntas dos participantes sobre a lenta recuperação da crise que se instalou no País. Como explicar a tímida recuperação da economia mesmo após a aprovação de reformas apontadas pelos economistas como necessárias para a retomada? Para responder a esse questionamento da plateia, Franco falou sobre confiança empresarial e comparou o atual momento político do País com aquele vivido por ele quando era presidente do Banco Central, no governo de Fernando Henrique Cardoso. “O dilema da confiança é o que explica o fato da agenda econômica ser correta, mas pouco eficaz. De alguma maneira não estamos acreditando que vamos levar essas coisas às suas últimas consequências. Talvez a resposta não esteja na economia”, ponderou. De acordo com as últimas estimativas do Ministério da Economia, o PIB de 2019 deve ter um crescimento na ordem de 0,8%. Enquanto isso, o desemprego gira em torno de 12% no Brasil. O economista avalia que o Governo Federal tem feito entregas razoáveis no campo econômico (em referência à aprovação de leis como a da Liberdade Econômica e a Reforma da Previdência). Mas a confiança do mercado não acontece devido à agenda econômica neoliberal não partir do patrocínio do presidente. E para explicar essa conjuntura, recorreu a uma analogia inusitada: “Vemos um casamento de conveniência entre Jair Bolsonaro e o liberalismo econômico. Como todo casamento por conveniência, não é orientado por amor sincero, mas por entregas. Elas têm sido razoáveis, mas não estão sendo o ideal para contemplar a agenda econômica de modernização do Brasil. O presidente não tinha essa pauta como sua, mas ela veio pela via matrimonial. Não está no sangue dele e isso faz com que ela seja conduzida num tom ligeiramente abaixo do ideal”, ilustrou. A situação, na análise de Franco, é diferente daquela dos anos 90, em que FHC (1994-2002) implantou no País uma agenda neoliberal. “Fiz parte de um time muito unido pelo imperativo econômico, que não é o que temos hoje. Não foi o imperativo econômico que elegeu o atual presidente e estruturou a sua agenda”, comparou. Na palestra, uma das críticas do ex-presidente do BC foi para o atual programa de privatizações. Apesar de Paulo Guedes ter afirmado em entrevista ao Valor Econômico do seu interesse em passar para a iniciativa privada todas as estatais brasileiras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobras são algumas das empresas que permanecerão sob comando do Governo Federal, segundo o secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar. O tema ainda conta com a oposição da população. Segundo recente pesquisa da Datafolha, dois em cada três brasileiros (67%) são contrários às privatizações e uma parcela de apenas 25% é a favor da venda. A próxima pauta econômica de Guedes, a reforma tributária, é vista como necessária pelo economista. No entanto, ele avalia que o texto que será aprovado deverá ter um caráter moderado. “Não será a reforma tributária dos sonhos. Há um consenso para a simplificação dos impostos indiretos. Mas essa é a reforma que deveríamos ter feito há 20 anos. Será bem-vinda, é claro. Mas, a segunda, que busca eficiência e equidade, não será feita”, prospecta Gustavo Franco. “Infelizmente as ambições reformistas atuais não são tão grandes, são modestas. Mas tudo o que se conseguir de reforma tributária será bom para o País. Não dá para se queixar de ter sido moderada. Vamos fazê-la para fazer depois uma segunda temporada”, afirmou. INICIATIVA PRIVADA Outro fator que tem atrapalhado a retomada do País é a baixa taxa de investimento privado. Sobre os recursos governamentais que sustentaram o crescimento econômico na última década, o especialista foi taxativo: “o dinheiro público acabou”. Franco criticou, inclusive, os cálculos dos governos estaduais que tentam exibir relatórios positivos de investimentos. “O Estado brasileiro faliu nos três níveis. Alguns Estados chegam a comprometer 80% da sua arrecadação com a folha de pagamento. Ainda acham que vão investir? Não têm a menor chance”, sentenciou. Para ele, o novo ciclo econômico do Brasil precisa passar necessariamente por mais recursos privados do que públicos. “O investimento privado tem que aumentar. O investimento público, no seu conjunto, já foi 7% do PIB na época do milagre econômico e, agora, está abaixo de 0,5% do PIB. O Estado está inchado e doente. Um relatório recente do TCU indicou que das 40 mil obras em andamento no Brasil, 37% estão paradas. Isso indica a incapacidade de execução no setor público”, concluiu.

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Painel aborda caminhos para o equilíbrio financeiro

Tiago Monteiro, coordenador da escola de negócios Cedepe Business School, vai realizar hoje (28) em conjunto com o personal financeiro Leandro Trajano o painel “Educação financeira: de devedor a investidor”. O encontro tem como objetivo abordar os primeiros passos na criação de condições favoráveis para o estabelecimento de uma saúde econômica em curto, médio e longo prazo para pessoas físicas e famílias. O painel é gratuito começa às 19h. Por meio de uma abordagem dinâmica e interativa com os participantes, os dois especialistas irão abordar temas como comportamento financeiro, táticas para evitar gastos exagerados, criação de hábitos financeiros mais saudáveis e dicas de investimentos, entre outros assuntos. “Nesta época de final de ano é normal ter muitos gastos com compras de Natal, férias, IPVA, IPTU, matrícula de escola e faculdade. Vamos mostrar como é possível equilibrar as despesas obrigatórias sem abrir mão dos prazeres”, afirma Tiago. Serviço – Painel “Educação financeira: de devedor a investidor” Data: 28/11 Horário: 19h Local: Livraria Jaqueira. Rua Antenor Navarro, nº 138 – Bairro da Jaqueira. Inscrições: https://www.sympla.com.br/educacao-financeira-de-devedor-a-investidor__726752

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Quase 2 mil pessoas renegociam dívidas em mutirão

Para proporcionar o resgate da capacidade de compra do cidadão recifense, com a recuperação de crédito, a Prefeitura do Recife, por meio do Procon Recife, promoveu, neste ano, o 2° Mutirão de Negociação de Dívidas Vencidas. Durante quatro dias, de 19 a 22, no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, 2 mil pessoas foram atendidas, sendo que mais de 1,8 mil conseguiram algum tipo de negociação, com parcelamento da dívida original. A oportunidade diferenciada de negociação foi oferecida em parceria com várias empresas – prestadoras de serviço como Celpe e Compesa, operadoras de telefonia fixa e móvel, bancos e lojas. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) disponibilizou a consulta gratuita no SPC/SERASA para identificação das dívidas já negativadas dos consumidores. “A Prefeitura está chegando junto do cidadão com mais essa oportunidade num momento em que a maioria das pessoas quer fazer suas compras de final de ano ou mesmo entrar em 2020 organizando as finanças”, falou a presidente do Procon Recife, Ana Paula Jardim, lembrando que as pessoas puderam aproveitar a chance, já que estão recebendo o 13° salário. A exemplo de Dona Sueli Batista, que conseguiu resolver suas dívidas com a Compesa e com a Celpe, a maioria das pessoas que compareceu ao Mutirão saiu satisfeita com a negociação. “Também fiquei surpresa com a rapidez e bom atendimento”, elogiou a moradora do Alto Santa Terezinha. A maior parte revelou que a crise e a perda do emprego dificultaram o pagamento das contas, mas que tinham interesse em aproveitar a chance para negociar suas dívidas. Atendimento – O mutirão foi encerrado, mas o consumidor ainda pode ir ao Procon Recife, para buscar acordos para resolver suas dívidas. O interessado pode se dirigir à sede da unidade na rua Carlos Porto Carreiro, 156, Derby, das 8h às 13h. No Compaz Governador Eduardo Campos, localizado na avenida Aníbal Benévolo, s/n, Alto Santa Terezinha e outro no Compaz Ariano Suassuana, Cordeiro. O telefone de contato do Procon Recife é o 3355-3290. O atendimento ao público também é feito pelo e-mail procon@recife.pe.gov.br.

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BC organiza mutirão de renegociação de dívidas antes do Natal

Por Wellton Máximo Antes do fim do ano, o Banco Central (BC) promoverá um mutirão para que os clientes renegociem dívidas com bancos antes do Natal e do ano-novo, anunciou hoje (20) o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, ele explicou que o mutirão estará atrelado a cursos de educação financeira. Segundo Campos Neto, as agências deverão funcionar além do expediente normal para a renegociação de dívidas bancárias. Em contrapartida, os clientes passarão por cursos para aprender a administrar o orçamento pessoal e a evitar linhas de crédito com juros elevados, como as do cheque especial e do cartão de crédito rotativo. Com o mutirão, ressaltou o presidente do BC, os clientes poderão limpar o nome antes das compras de fim de ano. Campos Neto disse que a instituição pretende repetir esse tipo de ação em 2020, aliando a educação financeira à concessão de crédito com juros mais baixos, por meio de um sistema de pontuação semelhante ao dos programas de fidelidade. “Queremos fazer ações junto com os birôs de crédito. Quem fizer o curso, acabará tendo uma classificação de crédito superior atrelado ao ganho de pontos que gerem desconto em produtos financeiros. Porque quem tem mais educação financeira tem menos inadimplência”, disse Campos Neto. Pagamentos instantâneos Na audiência pública, Campos Neto anunciou que o BC pretende lançar, até o fim do próximo ano, um sistema instantâneo de pagamentos que funciona 24 horas por dia e sete dias por semana e funcionará como alternativa à Transferência Eletrônica Disponível (TED) e ao Documento de Ordem de Crédito (DOC), que não funcionam de forma instantânea. Atualmente, o valor transferido por DOC só chega à conta do destinatário no dia útil seguinte ou dois dias úteis depois, para transações após as 21h59. No caso do TED, o dinheiro é transferido em alguns minutos para operações antes das 17h. No entanto, a partir desse horário, a transação só é concluída no dia útil seguinte. Segundo ele, o novo sistema diminuirá a demanda por dinheiro em espécie. “Os pagamentos instantâneos devem estar funcionando no fim do ano que vem. O dinheiro vai sair de uma conta para outra, independente de quem seja, empresa ou pessoa física, 24 horas por dia, sete dias por semana. Diminui a demanda por dinheiro em espécie”, declarou. Cheque especial Assim como na audiência pública de ontem (19) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Campos Neto reafirmou que o BC lançará, até o fim do ano, um plano para reduzir os juros do cheque especial das pessoas físicas >. Ele reiterou que esse produto, que cobra juros em torno de 300% ao ano, prejudica principalmente os clientes de baixa renda. “O cheque especial é um produto muito regressivo. Quem está pagando o custo está embaixo na pirâmide. É como se quem estivesse embaixo pagasse o luxo de quem está em cima. É um produto mais usado pela renda mais baixa e por quem tem menos educação financeira. Precisamos fazer uma reengenharia para diminuir regressividade”, declarou. Sobre o spread bancário, diferença entre os juros que o banco paga para captar recursos e cobra do tomador de crédito, o presidente do BC disse que a instituição estuda medidas para tornar mais ágil a recuperação, pelos bancos, de bens dados como garantia (bens usados para cobrir a inadimplência) nas operações de crédito. Segundo Campos Neto, atualmente a recuperação de crédito leva muito tempo sendo discutida na Justiça. Por Agência Brasil

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