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Neuroarquitetura: como os ambientes influenciam a saúde mental

Arquiteta Gladis Vasconcelos explica como cores, iluminação e elementos naturais ajudam a reduzir o estresse e promover bem-estar Você já entrou em um espaço que transmitiu calma imediata ou, ao contrário, causou ansiedade sem explicação? Essas reações são estudadas pela neuroarquitetura, campo que investiga como os ambientes impactam diretamente nossas emoções e comportamentos. Segundo a arquiteta Gladis Vasconcelos, especialista em interiores, esse conceito tem ganhado espaço em projetos residenciais e corporativos. “Nosso cérebro reage a estímulos do ambiente o tempo todo. A iluminação, as cores, os materiais e até a circulação dos espaços interferem na forma como nos sentimos. É por isso que um consultório pode transmitir calma, enquanto uma casa pode se tornar um refúgio acolhedor”, destaca Gladis. A profissional explica que a neuroarquitetura vai além da estética, ajudando a transformar a funcionalidade dos espaços. De acordo com a arquiteta, escritórios bem planejados podem estimular criatividade e produtividade, enquanto quartos projetados com atenção favorecem o sono e o descanso. “Pequenas escolhas fazem muita diferença. Luz branca intensa em um quarto, por exemplo, pode atrapalhar o relaxamento. Já uma iluminação amarelada, com pontos de luz indireta, ajuda a preparar o corpo para dormir”, detalha. Outro aspecto essencial está na integração com a natureza. “Elementos naturais como plantas, madeira e pedras criam ambientes que reduzem o estresse e aumentam a sensação de bem-estar. Isso é fundamental em um mundo cada vez mais acelerado e tecnológico”, afirma Gladis. Para ela, o maior benefício está em compreender que “a arquitetura não é só sobre beleza. É sobre como os espaços podem cuidar da nossa saúde mental e emocional. A neuroarquitetura nos mostra que morar e trabalhar em lugares pensados para o ser humano é um investimento em bem-estar”.

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Neuroarquitetura: Como os ambientes impactam no cérebro?

Você já parou para observar como os ambientes que você frequenta ao longo de um dia todo influenciam no seu humor, energia, concentração e produtividade? Um destes espaços é justamente o ambiente de trabalho, seja ele numa empresa ou home office. Segundo a especialista em ambientes de trabalho e neuroarquitetura no Brasil, Priscilla Bencke, o local de trabalho afeta diretamente nossas emoções e comportamentos. “Muitas vezes não percebemos as influências do meio externo, pois muitas delas entram em nosso cérebro de forma inconsciente. Por isso, se este espaço for mal projetado, pode ainda prejudicar a saúde física e mental dos colaboradores. Nós somos seres sensoriais. Temos receptores em nosso corpo que interpretam as informações do meio externo e enviam para o cérebro. Consequentemente, isso vai gerar uma emoção, estimulando um determinado comportamento”, explica Priscilla. Pensando nisso, Priscilla trouxe para o Brasil o curso “Projetos para Ambientes de Trabalho” com foco em neuroarquitetura. O curso é organizado pela Bencke Arquitetura e Qualidade Corporativa Smart Workplaces (www.qualidadecorporativa.com.br), em parceria com a Mensch&Büro Akademie (www.menschundbueroakademie.de), da Alemanha. Todo o conteúdo do curso segue os mesmos moldes do que é apresentado na Alemanha, com o diferencial de ter um custo mais acessível aqui no Brasil. Além disso, as aulas são 100% em português e os alunos recebem um certificado alemão com validade no Brasil e exterior. “Lá fora esse curso tem um investimento de aproximadamente R$ 5 mil”, destaca a arquiteta Priscilla Bencke, que é especialista em projetos para ambientes de trabalho e criadora do conceito da Qualidade Corporativa no Brasil. A neuroarquitetura, que já é estudada há mais de 10 anos no exterior e tem muitos dos estudos centralizados na Academy of Neuroscience for Architecture (ANFA), consegue, hoje em dia, comprovar o impacto dos ambientes nas pessoas, por meio de pesquisas com equipamentos como a ressonância magnética, que analisa as áreas do cérebro que são ativadas quando enxergamos determinadas imagens. Influência das cores Cada cor atinge uma área do cérebro de forma diferente a partir da nossa visão, gerando determinados comportamentos em cada pessoa. Esse, portanto, é um dos fatores que devem ser estudados e levados em consideração na hora de projetar um ambiente de trabalho. Considerando o estresse no trabalho, é necessário entender ainda que cada luz emite uma cor que afeta na forma de desempenhar o trabalho. Se um ambiente está com pouca luz, por exemplo, a vista ficará mais cansada, podendo causar dores de cabeça e estresse. Por esse motivo, ao escolher a iluminação do ambiente de trabalho deve ser estudado o quanto será necessário para a prática da atividade. “Existe uma tendência de se colocar apenas a luz branca nos ambiente de trabalho, pois ela evita o sono. Obviamente, quando estamos um longo período de tempo sobre essa luz não vamos conseguir relaxar nosso corpo”, explica a arquiteta. A iluminação natural é uma das formas de se combater o estresse, mas o seu excesso também pode causar o efeito contrário. “Temos que cuidar ainda para que os raios do sol ou a claridade não prejudique a visibilidade dos monitores. Isso acontece muito em escritórios. A pessoa passa o dia inteiro forçando os olhos para enxergar e isso pode gerar dor de cabeça que, consequentemente, influencia no estresse”, alerta Priscilla. Barulhos e ruídos Outro problema que causa o estresse no ambiente de trabalho é o barulho, seja esse interno ou externo. O Brasil vem incorporando uma referência do exterior que é o ambiente de trabalho aberto e sem divisórias. Segundo a especialista, essa é uma forma de otimizar os espaços, porém, o controle da acústica fica prejudicado. Os ruídos que geram o estresse são geralmente: barulho do colega, equipamento, vizinhos e barulhos da rua como buzinas e músicas. “Qualquer ruído que nos desconcentra pode nos levar a irritação depois de um determinado período”, considera Priscilla. Uma solução para o problema, em alguns casos, é uso de equipamento de segurança auditiva ou o fone de ouvido que pode, inclusive, auxiliar no combate ao estresse com músicas. Além disso, a presença de vegetação no ambiente de trabalho ajuda a aumentar o bem-estar e a criatividade em 15%, e a produtividade em 6%. “O nosso cérebro também faz essa referência com uma vegetação artificial, um quadro com imagem de paisagem, revestimento de madeira, pedra, tudo o que simule a questão da natureza. Então, é um investimento acessível e traz muitos benefícios”, indica a especialista;

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