Arquivos Nordeste - Página 7 De 7 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Nordeste

Convivência com o Semiárido e Cisterna-calçadão são compartilhadas em Angola

Tecnologia social que tem feito a diferença no Semiárido brasileiro, a cisterna-calçadão será compartilhada pela primeira vez com famílias agricultoras de Angola, a partir de um intercâmbio de experiências realizado pela Ajuda da Igreja Norueguesa (AIN) com a ONG Diaconia. A cooperação terá uma duração de 45 dias a começar hoje (15), com a ida do assessor político-pedagógico Afonso Cavalcanti e do pedreiro construtor de cisternas Dilson Nunes de Brito, ambos do Sertão do Pajeú. Na programação, estão previstas oficinas para construção de quatro tecnologias em comunidades rurais de duas províncias do país, que vivenciam realidades semelhantes ao Semiárido, de períodos cíclicos de seca. A iniciativa é um projeto piloto, que também envolve outras tecnologias a serem experimentadas posteriormente, como o biodigestor. “Queremos fortalecer o intercâmbio na perspectiva do conhecimento mútuo. Muito além de implementar tecnologias, queremos aprender, valorizar a cultura local e debater estratégias para que as pessoas manejem o ambiente em que elas vivem, tendo consciência de como as mudanças do clima afetam sua vida”, destaca Afonso. “Pra mim, o momento é de ansiedade e alegria, por essa nova experiência na minha vida”, afirma o pedreiro Dilson, 37 anos, que pela primeira vez vai atravessar o oceano e conhecer outra parte do mundo. Agricultor do Sítio Santa Rita, em São José do Egito, ele já prestou serviços de construção de cisternas em várias comunidades rurais ao longo dos últimos 8 anos. Cisterna Calçadão - Tecnologia que capta a água da chuva por meio de um calçadão de cimento construído sobre o solo, a cisterna-calçadão tem capacidade para armazenar até cerca de 52 mil litros de água. A água captada é utilizada para irrigar quintais produtivos: plantar fruteiras, hortaliças e plantas medicinais, e para criação de animais. A tecnologia faz parte de diversas estratégias desenvolvidas pela Diaconia e parcerias como a Articulação Semiárido (ASA), a partir dos conceitos da agroecologia e da convivência com as mudanças climáticas.

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Parceria com Aché reforça Pernambuco como um hub de distribuição para o Norte e o Nordeste

Cinco meses após o governador Paulo Câmara e o presidente do Aché Laboratórios, Paulo Nigro, firmarem acordo assegurando a implantação de uma planta industrial e de uma Central de Distribuição (CD) no Complexo de Suape, o chefe do Executivo estadual e representantes da empresa assinaram, nesta sexta-feira (26.05), no Palácio do Campo das Princesas, o contrato de compra e venda do terreno de 25 hectares onde serão construídos os empreendimentos. A parceria é mais uma iniciativa que reforça a atuação de Pernambuco como um hub de distribuição para o Norte e o Nordeste. “Esse é mais um passo para consolidar Pernambuco como um hub de distribuição das regiões Norte e Nordeste. Será um pólo diferenciado e sabemos que, a partir da instalação dessa fábrica, a cadeia de remédios começará a ter um olhar diferenciado para o Estado, e atrairemos mais investimentos”, afirmou o governador Paulo Câmara, destacando que Pernambuco se consolidará também como um polo farmacêutico. Com um investimento inicial de R$ 500 milhões, a Indústria do Aché vai gerar 500 postos de trabalhos diretos e outros 2,5 mil indiretos. O governador também comentou sobre a força de atração de investimentos demonstrada por Pernambuco, devido, entre outras coisas, à clareza das regras estaduais e a transparência observada nas negociações tocadas pela administração estadual. "Consolidações como essa só acontecem em virtude do cumprimento dos papeis de cada um. Ninguém realiza um investimento como esse se não tem a confiança no parceiro, e Pernambuco recebe um empreendimento privado em um momento de pouca atração de investimentos em outros Estados”, grifou. O investimento realizado pelo Grupo Aché em Pernambuco foi o maior anunciado pelo setor privado no ano passado em todo o País. Paulo revelou que, assim que acabar o período de chuvas, as obras para a implantação dos empreendimentos do Aché começarão. “Entre o final de 2018 e o começo de 2019, já teremos uma fábrica pronta, empregando pernambucanos e sendo referência em medicamentos”, concluiu. O diretor de operações do Aché Laboratórios, Adriano Alvim, elencou os critérios pelos quais Pernambuco foi escolhido para ser sede do grupo no Nordeste. “Além de as regiões Norte e Nordeste serem as que mais crescem no Brasil no segmento farmacêutico, escolhemos devido à infraestrutura, à oferta de profissionais altamente qualificados, às universidades e escolas técnicas”, avaliou. EXPORTAÇÃO - Alvim destacou a localização estratégica do Porto de Suape como um diferencial para o planejamento do Aché. “Especificamente, vamos construir a nossa fábrica no Complexo de Suape porque essa fábrica será a nossa plataforma para crescimento para o Norte e Nordeste, mas, também, para a exportação. É aí que entra a importância do Porto de Suape e de toda a infraestrutura logística”, completou. A expectativa é de que a nova unidade, quando estiver em plena operação, em 2021, aumente a capacidade produtiva do Aché em cerca de 50%. A nova planta - primeira em solo nordestino - será um importante reforço para o polo Farmacoquímico do Estado, que já conta com 11 empresas. O Aché é uma empresa 100% brasileira com 50 anos de atuação no mercado farmacêutico. Hoje, o grupo paulista, que emprega 4,5 mil pessoas, conta com quatro complexos industriais: em Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Londrina (PR) e Anápolis (GO). Também estiveram presentes na cerimônia de assinatura o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry; o secretário Felipe Carreras (Turismo, Esportes e Lazer); o Chefe das Assessorias Especiais, José Neto; o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto; o presidente e o vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos Baptista e Marcelo Bruto, respectivamente. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Movexpo abre credenciamento para visitantes

As pessoas interessadas em visitar a Movexpo – Feira Nacional de Móveis para a Região Norte/Nordeste, que será realizada de 23 a 26 de maio, no Centro de Convenções de Pernambuco, já podem fazer seu credenciamento online gratuito. O evento vai reunir em um só lugar as principais marcas de móveis do Brasil, que vão apresentar novidades e lançamentos em produtos e serviços. A Movexpo é realizada a cada dois anos pelo Sindmóveis (Sindicato das Indústrias de Móveis de Pernambuco), com organização da Reed Exhibitions Alcantara Machado. É muito fácil se credenciar para a Movexpo. Basta acessar o site oficial da feira (www.movexpo.com.br) e clicar no link “Faça seu credenciamento gratuito”. Em seguida aparecem as opções de cadastramento, que pode ser feito através das redes sociais Facebook, Linkedin e Twitter. Se preferir, o usuário também pode fazer o credenciamento através de um e-mail. “Fazendo o credenciamento online, o visitante não vai perder tempo preenchendo o cadastro no dia em que for visitar a feira. O acesso será mais rápido e sobra mais tempo para conhecer as inúmeras novidades desta edição da Movexpo”, diz o diretor da feira, Alexandre Brown. A perspectiva é que 150 expositores participem da feira, que acontece numa área de 25 mil quadrados e deve receber cerca de 20 mil profissionais qualificados. O perfil do público visitante da Movexpo é formado por lojas de móveis em geral, grandes magazines, distribuidores de móveis, compradores de hipermercados e supermercados, profissionais de vendas on-line e representantes comerciais. Veja mais informações no site: www.movexpo.com.br SERVIÇO: 7ª edição da Movexpo – Feira Nacional de Móveis para a Região Norte/Nordeste Local: Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda. Data: 23 a 26 de maio de 2017 Horário: das 16h às 22h Contato comercial: João Paulo Barbosa – (19) 95937952 Joaopaulo.barbosa@reedalcantara.com.br

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Seca prolongada no Nordeste desperta interesse por dessalinização

A escassez de água, em decorrência da seca que já dura cinco anos no Nordeste, despertou o interesse de empresas e governos para soluções de tecnologia que promovam a dessalinização da água do mar. No último dia 13, o governo do Ceará lançou edital para contratar empresa responsável pela elaboração de uma planta de dessalinização na região metropolitana de Fortaleza, com capacidade para gerar 1 metro cúbico por segundo (m³/s) de água potável para a rede de abastecimento. Esse volume equivale a cerca de 15% do consumo de Fortaleza. Desde 2016, os 17 municípios da região, nos quais moram quase metade da população cearense, são submetidos a uma tarifa de contingência para economizar água. De acordo com o diretor da Região Nordeste, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Francisco Vieira Paiva, “a dessalinização faz parte de um contexto mundial. A indústria usa a dessalinização para processos industriais. Com relação ao consumo humano, países semelhantes ao Brasil, com regiões [climáticas parecidas com as do] Nordeste, têm experimentado essa tecnologia, porque é uma forma de minimizar o impacto às populações. No Ceará, isso salvaguardaria nossos açudes”, explicou. O assunto foi tema de simpósio da Abes, na última semana, em Fortaleza. Oportunidade em que alguns especialistas nacionais falaram sobre os impactos das tecnologias de dessalinização na matriz hídrica do país e também sobre reúso das águas. Embora seja uma realidade em outros países, como Israel e Arábia Saudita, a dessalinização ainda está em seus primeiros passos no Brasil. Fernando de Noronha (PE) é o exemplo pioneiro de alcance público: possui uma usina de dessalinização para consumo humano que apoia o sistema de abastecimento da ilha, especialmente nos períodos de estiagem. O distrito estadual possui apenas um açude, o Xaréu, além de poços. Outras experiências são de iniciativa privada, especialmente industrial. Sérgio Hilsdorf, gerente de aplicações e processos da empresa Veolia, dá o exemplo de uma usina termelétrica que será implantada em Sergipe, que vai utilizar água dessalinizada em seus processos. Ele considera prioritário o uso das tecnologias de dessalinização para atender o consumo humano. Ele afirmou que “a água dessalinizada pode ser utilizada na indústria, mas grandes plantas foram construídas com o objetivo de fornecer água potável para a população das cidades litorâneas com problemas crônicos de falta de chuva. Considero que lançar mão de uma técnica que não é barata, deveria ser para uso nobre, que é o uso potável”. Segundo o diretor da Abes no Nordeste, o uso de água dessalinizada para abastecimento de cidades já era debatido no Ceará 15 anos atrás. Mas, à época, não havia políticas públicas para abranger a inovação. Apesar de a ideia apenas agora começar a tomar contornos reais, Paiva considera que o momento é ideal. “Acredita-se, sempre, que até dia 19 de março [dia de São José, padroeiro do Ceará] vai chover, mas vemos que a realidade não é mais essa. A população, as indústrias e o consumo aumentam. De alguma forma, à adesão a esta nova tendência está atrasada, mas sempre é o momento para começar”, lembrou ele. (Agência Brasil)

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Franchising na Região Nordeste cresce 10,5%

O Nordeste do País já é visto como uma das regiões promissoras para contribuir com o crescimento do setor de franchising nos próximos anos. De acordo com recente levantamento da ABF, o mercado de franquias na Região Nordeste faturou cerca de R$ 9,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 10,5% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. A região corresponde a 14% do faturamento do mercado nacional de franquias no período, que foi de R$ 68,888 bilhões. Em relação ao final de 2015, o mercado Nordestino expandiu 12%, chegando a 23.700 unidades, o que equivale a 16,3% do mercado nacional. “Em marcas, crescemos 4,4%, somando 239 redes. Se olharmos o crescimento de unidades, esses números provam que o Nordeste tem uma grande importância no sistema de franquias brasileiro. É a demonstração de que os empreendedores estão buscando espaços fora do eixo Rio-São Paulo. Somos uma região promissora, temos muitas oportunidades de crescimento”, destaca o diretor da regional Nordeste da ABF, Leonardo Lamartine. A região é responsável por 7,5% das redes no Brasil e diversas delas têm projeção nacional. Mesmo em tempos de instabilidade econômica, todos os estados da Região Nordeste são importantes e têm potencial para crescer nos próximos anos. “O Nordeste é uma região com excelentes oportunidades para os diversos segmentos de franquias. Temos muitos municípios que possuem estrutura para receber grandes marcas e expandir suas unidades. É perceptível que o movimento do franchising para o interior se tornou mais intenso, chegando a cidades com menos de 50 mil habitantes. Várias cidades do interior se desenvolveram muito, formando um novo mercado potencial”, concluiu Lamartine.

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Cachaça pernambucana vai para as Olimpíadas

Os produtores de aguardente, cana e rapadura de Pernambuco vão apresentar até o próximo 21 de agosto, nas Olimpíadas Rio 2016, a cachaça produzida em nosso Estado. A ação ocorre na Casa da Alemanha, local em que, ao longo do evento olímpico, ocorrerão diversos eventos e recepções aos atletas alemães e turistas daquele país. A ação é fruto de uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e a Associação Pernambucana de Produtores de Aguardente, Cana e Rapadura (Apar). "Com essa ação pretendemos divulgar a produção de cachaça pernambucana estimulando, ainda, a formação de parcerias para incrementar a comercialização do produto e apoiar o desenvolvimento desse segmento produtivo, colocando-o como um importante gerador de empregos, renda e riqueza para Pernambuco", disse o diretor-presidente da AD Diper, Jenner Guimarães. Além dos atletas, a cachaça pernambucana será degustada por autoridades como o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, o ministro das relações exteriores, Frank Walter, o governador do estado da Renânia do Norte-Westfalia e o prefeito de Düsseldorf, além dos patrocinadores e organizadores das ações nas Olimpíadas. Pernambuco será o único estado brasileiro a participar do evento com degustação de cachaça. Atualmente, são produzidos cerca de 100 milhões de litros de cachaça ao ano por produtores formais em PE. A mão de obra direta ligada à produção de cachaça gera, por ano, cerca de 4 mil empregos em todo o Estado. "Estamos quebrando com o paradigma de que a cachaça é uma bebida discriminada e sem sofisticação. A cachaça é, atualmente, uma das bebidas destiladas mais consumidas no mundo e, no Brasil, Pernambuco ocupa o segundo lugar no ranking. A presença da cachaça pernambucana na Casa da Alemanha nas Olimpíadas será uma grande oportunidade de consolidar o produto produzido no estado, dentro e fora do país.", afirma a presidente da Apar, Margareth Rezende. Durante o evento, oito marcas estarão disponíveis para degustação do blend: Pitú, Carvalheira, Engenho Água Doce, Triunfo, Sanhaçu, Serra Nova e Quilombo. "O apoio ao ciclo produtivo da cachaça é de extrema importância, pois beneficia do grande ao pequeno produtor de cachaça. A bebida representa 78% do mercado de destilados em volume e tem mantido a quantidade de comercialização com a retração de apenas 3% diante da crise", completou Guimarães.

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Exposição na Arte Maior Galeria retrata praias do Nordeste

O azul intenso que colore os mais de 3 mil quilômetros do litoral nordestino, e enche os olhos de milhares de turistas estrangeiros e brasileiros, foi a fonte de inspiração dos devaneios artísticos que originaram as 28 obras da exposição "Artistas pintam praias do Nordeste". O acervo foi minuciosamente selecionado pelo curador, marchand e perito em arte Sergio Oliveira. A exposição irá apresentar a pintura de praias através do tempo, com quadros de saudosos artistas, como Mario Nunes, da década de 60 e Rubens Sacramento, da década de 50, e telas de artistas da atualidade a exemplo de Zé Som, Alexandre Washington e Joel Oliveira. A abertura da exposição acontece nesta quinta-feira (4) e as visitações seguem até o dia 14 de agosto. A Arte Maior Galeria fica na Avenida Conselheiro Aguiar, n° 1472, no Recife Trade Center, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Os valores dos quadros variam entre R$ 800,00 e R$ 8.000,00. "Fui colecionando e consegui reunir obras de uma beleza pictórica raríssima das belas praias do Nordeste do Brasil. É um tema que nunca perde adeptos, acho que por causa da beleza e encantos do nosso litoral, além de ser uma forma de manter nos ambientes das grandes cidades um pouco de natureza", ressalta Sergio Oliveira complementando o que mudou, ao longo do tempo, foi a maneira de retratar as belas praias. "Dos artistas da atualidade temos três diferentes estilos, sendo o Zé Som, que pinta com as mãos num estilo bastante impressionista e quase primitivo; Alexandre Washington, num estilo impressionista suave e limpo, enfatizando a paz que essas praias representam; e finalmente Joel Oliveira, no seu estilo impressionista quase acadêmico", explica o curador. Entre as telas de destaque, está a "Dois Irmãos", que retrata o belo morro do arquipélago Fernando de Noronha. A obra é assinada pelo pernambucano Alexandre Washington e foi pintada com Óleo sobre Eucatex. Os pescadores das praias de Casa Caiada e do Janga, em seus barcos à vela, aparecem nas impressões de Rubens Sacramento. Os ventos fortes do Nordeste são marcas registradas do artista, que é um dos mais reconhecidos pintores de marinhas de Pernambuco. Já as piscinas naturais da praia de Serrambi e o Pontal de Maracaípe aparecem sob o olhar e interpretações de Zé Som, paisagista, florista e pintor cujo trabalho já alcançou países como a Áustria, Alemanha, Suíça, França, República Tcheca, África do Sul, Japão e Cingapura. Também há obras das praias Sumaré, Pipa, Praia da Preguiça, Timbaú do Sul, Carneiros, Maragogi, Coroa do Avião, Porto de Galinhas, Japaratinga, Barra de São Miguel e Praia do Francês.

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ONU combate pobreza em áreas rurais do NE

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da ONU especializada em desenvolvimento rural, lançou  em Brasília uma estratégia para auxiliar o governo brasileiro na luta contra a pobreza no campo. A Fida vai expandir sua atuação no Brasil e investir em dois projetos com foco na expansão da agricultura familiar na região Nordeste. As áreas escolhidas foram as regiões de transição para a Floresta Amazônica, no Maranhão, e a de Mata Atlântica, em Pernambuco. Os dois novos projetos estão atualmente em fase de elaboração. O projeto no Maranhão deve ser aprovado até o fim de 2016 e o de Pernambuco em 2017. A estratégia do fundo se baseia em estudos da Fida e do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Pobreza Os estudos indicam que a pobreza e a extrema pobreza são maiores nas áreas rurais do Brasil e destacam o papel da agricultura familiar na redução da extrema pobreza nessas regiões. O estudo Perfil da pobreza: Norte e Nordeste rurais lembra que, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a diminuição do número de pobres no país entre 2004 e 2013 caiu de 20% para 9% da população e a porcentagem de pessoas extremamente pobres passou de 7% para 4%. Os números são atribuídos à expansão do mercado de trabalho e aos programas de transferências de renda, em especial o Bolsa Família. Mesmo com a queda, o país segue com mais de 18 milhões de pobres. Os números também mostram que essa redução estagnou nos últimos anos. Entre 2012 e 2013 a extrema pobreza aumentou ligeiramente e a pobreza ficou estável, fatos atribuídos a deterioração do mercado de trabalho e a situação fiscal que o país enfrenta e que impacta o gasto social. O estudo informou ainda que, ao mesmo tempo em que a pobreza diminuiu, muitos aspectos continuaram iguais, como a distribuição geográfica da pobreza, que continua concentrada no Norte e no Nordeste, e que, em todas as regiões, as áreas rurais são as mais pobres. FIDA A FIDA financia projetos que objetivam a promoção da agricultura familiar, o aumento da capacidade produtiva e a geração de renda dos pequenos agricultores, além de facilitar o acesso dessas pessoas a serviços como financiamento rural e assistência técnica, com destaque para tecnologias sustentáveis. De acordo com o Fundo, o Brasil apresenta a maior carteira de operações financiadas pelo FIDA na América Latina e no Caribe. Desde 1980, foram financiados 11 projetos de desenvolvimento rural no país. Há seis projetos em operação atualmente nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, beneficiando mais de 250 mil famílias. Esses projetos somam um investimento total de US$ 452.9 milhões, sendo US$ 164,2 financiados pelo FIDA, US$ 212.4 milhões de governos estaduais e federal e US$ 76.3 milhões financiados pelas famílias beneficiadas. (Agência Brasil)

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Em um mês, meio milhão de novos devedores no País

O número de consumidores com contas em atraso voltou a subir nas quatro regiões analisadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o indicador das duas instituições, no último mês de abril frente a igual período do ano passado, houve um aumento de 5,80% no volume de brasileiros inadimplentes no consolidado das regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul. O indicador não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, conhecida como 'Lei do AR', que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo. Somente na passagem de março para abril, aproximadamente meio milhão de brasileiros (500 mil) deixaram de pagar alguma conta e foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando mais de 59,2 milhões de consumidores em todo o país com o CPF negativado, enfrentando dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou contrair crédito de modo geral. Isso significa que 39,9% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos está inadimplente e com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o aumento na quantidade de consumidores negativados reflete as dificuldades do atual cenário macroeconômico com piora dos índices de renda e aumento das demissões. "Ao longo dos últimos meses, o movimento da inadimplência tem sido influenciado pela contínua piora do cenário econômico, que corrói a renda das famílias, e pela maior restrição ao crédito. Por um lado, a restrição limita o potencial de endividamento das pessoas, mas, por outro, a queda da renda impõe ao consumidor dificuldades para pagar dívidas e honrar seus compromissos financeiros", diz o presidente. Das quatro regiões contempladas pelo indicador, é no Nordeste onde o número de inadimplentes mais tem crescido, com alta de 7,64% em abril frente a igual mês do ano passado. Em seguida aparecem as regiões Norte (4,38%), Centro-oeste (4,26%) e Sul (4,15%). A região  com 15,7 milhões de negativados apresenta algo como 40% da população adulta e o Sul, com um total de 8,1 milhões de consumidores negativados, apresenta a menor proporção (36,8% da população adulta). Com 5,4 milhões de nomes registrados nos cadastros de devedores, a região Norte apresenta, em termos proporcionais, o maior número de consumidores inadimplentes: 47,0% da população adulta da região está com o nome inscrito nos cadastros de devedores. O Centro-Oeste, que possui 4,9 milhões de pessoas com contas atrasadas tem a segunda maior proporção de inadimplentes frente a sua população total: 43,7%. Os dados da região Sudeste não são apresentados devido as dificuldades impostas pela chamada 'Lei do AR', que vigora no Estado de São Paulo. Sem esta lei, o número real de consumidores inadimplentes em âmbito nacional pode ser ainda maior do que o verificado pelo indicador. Dívidas com água e luz lideram crescimento Além do aumento na quantidade de devedores, também houve alta na quantidade de dívidas registradas nos cadastros de inadimplentes. Neste caso, considerando as quatro regiões analisadas, a variação positiva foi de 6,09% na comparação anual – abril deste ano frente a abril do ano passado – e de 1,12% na comparação mensal, entre março e abril de 2016, sem ajuste sazonal. A abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia revela que o brasileiro tem enfrentado dificuldades para realizar o pagamento, até mesmo, de contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi causado pelos atrasos cujos credores são as empresas concessionárias de serviços como água e luz, com alta de 16,68% na base anual de comparação. "Além das dificuldades para custear despesas básicas, o resultado também reflete a disposição crescente dessas concessionárias em negativar os consumidores inadimplentes, como forma de acelerar o recebimento dos compromissos em atraso. Tem se tornado mais comum que essas empresas negativem o CPF do residente antes de realizar o corte no fornecimento", afirma a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em segundo lugar, destaca-se o crescimento de 5,34% das dívidas bancárias, que englobam atrasos no cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, seguido pelo comércio (4,64%) e pelo setor de comunicação, que leva em consideração o não pagamento das contas de telefonia, internet e TV por assinatura. Ainda que o crescimento das dívidas no setor de contas de água e luz seja o principal destaque do mês de abril, as dívidas com os bancos são as que concentram, proporcionalmente, o maior número de pendências, com participação de 41,59% no total de dívidas em atraso das quatro regiões, seguido do comércio, com 24,20%. Metodologia O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), com exceção da região Sudeste, uma vez que a chamada "Lei do AR" impõe dificuldades para negativação no estado de São Paulo. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.

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