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Pé diabético, um problema grave que atinge mais de 27 milhões de diabéticos

O diabetes é uma doença silenciosa que, quando não tratada e controlada, gera inúmeras complicações. Segundo dados publicados na oitava edição do Diabetes Atlas, desenvolvido pela Federação Internacional de Diabetes, existem 435 milhões de diabéticos no mundo e a previsão é que até 2045 esse número suba para 629 milhões. Só no Brasil, quinto país em número de indivíduos com diabetes acima de 65 anos, já são 12,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. A quantidade de pessoas com a doença no país e no mundo é um dado preocupante. Porém, quando avaliamos os números de mortes causadas por complicações do diabetes, a situação fica ainda mais alarmante. Só no ano de 2017, foram registrados 4 milhões de mortes causadas por problemas de saúde relacionados ao diabetes. Dentre as complicações mais sérias estão: a retinopatia diabética (perda de visão), a nefropatia (lesão ou doença nos rins), a neuropatia (quando os nervos não funcionam corretamente) e o pé diabético (feridas de difícil cicatrização nos pés que podem levar a desbridamentos ou até mesmo amputação do membro). O pé diabético, apesar de parecer mais simples, é uma complicação que atinge cerca de 27 milhões de pessoas. Definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, a complicação se não tratada corretamente pode infeccionar e evoluir para amputação. Pesquisas apontam que a amputação do membro inferior é de 10 a 20 vezes maior na população com diabetes do que na população geral. O paciente diabético precisa tomar muito cuidado com a “saúde dos pés”. Além da dificuldade de cicatrização, ele pode sofrer com a neuropatia diabética - uma complicação que causa formigamento, fraqueza e perda de sensibilidade. “A neuropatia dificulta a percepção do calor, frio e até mesmo de pequenos traumas. Quando o paciente percebe, ele já pode estar com uma lesão grande e evoluída”, alerta Dr. Matheus Cavichioli, cirurgião vascular na clínica Endovascular São Paulo. O caso de um paciente atendido pelo doutor Cavichioli, mostrou a importância de se falar sobre o assunto e alertar as pessoas, principalmente os diabéticos, sobre os riscos que um simples ferimento nos pés pode causar e como é necessário um tratamento rápido e eficiente para conseguir uma boa recuperação e evitar a amputação. “Tratei de um paciente, de 72 anos, com histórico de hanseníase na juventude. Como sequela da doença, ele perdeu a sensibilidade dos pés e desenvolveu uma grande ferida no local. Fizemos várias cirurgias e curativos intensivos para tentar fechar a ferida, porém quando ele voltava a andar ou, simplesmente, apoiar o pé no chão, a feriada abria novamente. Só conseguimos uma cicatrização total quando optamos pelo tratamento com bota ortopédica TCC –EZ logo após a cirurgia. A bota evita atrito e sobrecarga no ponto de maior pressão da ferida, interrompendo o ciclo da úlcera e possibilitando um resultado de 100% de cura. ”, relata o cirurgião vascular. A boa notícia é que esse novo produto, já muito utilizadas no exterior, está chegando ao Brasil e poderá ser utilizada em tratamentos de pacientes pés diabéticos ou qualquer outra doença que envolva lesões graves nos membros inferiores. Um produto novo no mercado brasileiro, de alta tecnologia, que visa evitar a amputação. Sua utilização diminui a pressão plantar em até 69% no início do tratamento. Sua aplicação dura cerca de 10 minutos e o paciente deve ficar com o curativo, assim conhecido popularmente, durante 7 dias. Após este período, o médico faz uma nova avaliação e verifica a necessidade de realizar a troca por uma espécie de “refil” da bota. O TCC-EZ possui um sistema Total Contact Cast, capaz de proporcionar maior proteção ao ferimento. Ele cria uma câmara de cicatrização natural, o que garante a cicatrização ativa da ferida e proporciona um ambiente seguro para o pé, interrompendo o ciclo da úlcera, e possibilitando um resultado de 100% de cura. Há pouco tempo no mercado brasileiro, o TCC –EZ está sendo distribuído pelo Grupo Suprimed e sendo utilizado por renomados médicos e hospitais de todo o país.

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Março de 2018 tem o menor número de homicídios dos últimos 19 meses em PE

Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Pernambuco tiveram, em março de 2018, sua menor incidência em uma série de 19 meses. Os 366 casos registrados no mês passado só estão acima das estatísticas de agosto de 2016, quando houve 362 CVLIs. Em comparação a março de 2017, quando se contabilizaram 551 homicídios, a redução foi de 33,58% (ou 185 assassinatos a menos). Esse foi o terceiro mês seguido de 2018 com declínio dessa modalidade criminosa em relação aos mesmos períodos do ano anterior. Os dados da segurança pública, com seus diversos recortes, foram disponibilizados pela Secretaria de Defesa Social em seu portal (www.sds.pe.gov.br) no último domingo (15/04). Na sexta-feira passada (13/04), foram publicadas as informações sobre os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), que também caíram (-22,5%), levando-se em consideração 2017. Em todo o mês de março deste ano, 89 municípios não registraram CVLIs e 76 apresentaram reduções. No dia 30 de março, a Região Metropolitana do Recife, composta por 15 cidades, não teve nenhuma pessoa assassinada. O mesmo cenário se verificou em cinco dias de março (04, 20, 25, 26 e 31) em 61 cidades do Sertão Pernambucano que compõem a Diretoria Integrada do Interior 2 (Dinter 2) – incluindo Petrolina, Salgueiro, Serra Talhada e Arcoverde. No Recife, a redução entre os marços deste e do ano anterior foi de 41,1% (56 em 2018, contra 95 em 2017). O feriado da Semana Santa (de 30 de março a 1º de abril) foi o menos violento desde a criação do Pacto pela Vida, em 2007. Com 21 CVLIs, esse período de 2018 teve 63% de queda nos homicídios em relação à Semana Santa de 2017. Nos últimos dez anos, as estatísticas mais baixas desse mesmo feriado tinham sido em 2013, quando foram contabilizados 36 assassinatos. MOTIVAÇÕES - As principais motivações para os homicídios em março continuaram a ser o envolvimento com o tráfico de entorpecentes, os acertos de contas e outras atividades criminosas, que tiveram relação com 72,4% dos óbitos. Dos 366 CVLIs, 5 - ou 1,4% do total - foram de criminosos que entraram em confronto com policiais. Em fevereiro deste ano, foram 7 ( 1,7% das motivações daquele mês) casos assim e, em janeiro de 2018, 12 (2,7%) suspeitos faleceram confrontando as forças de segurança. A maior parte dessas 24 pessoas integravam quadrilhas especializadas em investidas a bancos e instituições financeiras. “Recebemos essa queda nos CVLIs em praticamente todo o Estado, pelo terceiro mês consecutivo, sem qualquer comemoração, pois ainda estamos longe dos nossos objetivos, que são poupar o máximo de vidas que pudermos e aumentar a tranquilidade e sensação de segurança dos pernambucanos, do Litoral ao Sertão. O planejamento que fazemos no Pacto pela Vida e os investimentos autorizados pelo governador Paulo Câmara na segurança nos permitem vislumbrar maiores avanços. Não há, no entanto, como não agradecer aos policiais militares, civis, científicos e bombeiros, que estão muito motivados e conscientes do seu papel fundamental na garantia do bem-estar social”, avalia o secretário Antônio de Pádua. MULHER – O número de feminicídios diminuiu 43% em maço de 2018, em relação a março de 2017. Quatro mulheres foram vítimas desse crime, contra sete no ano anterior. Os casos de estupro também caíram, tendência já observada em janeiro e em fevereiro. A redução no mês passado foi ainda mais acentuada: - 18,72% casos. Em março de 2017, 203 vítimas desse tipo de crime registraram queixa. Um ano depois, 165 recorreram à polícia para denunciar um estupro sofrido durante o mês. Outro aspecto que se ressalta em março é que as mulheres têm procurado mais as delegacias para denunciar a violência doméstica e familiar. No mês, 3.480 casos foram notificados, contra 2.837 em março de 2017. Um aumento de 22,66%. A ampliação dos serviços policiais especializados contribui para essa maior notificação. Em 2017, a SDS implantou mais uma Delegacia da Mulher, desta vez em Afogados da Ingazeira, no Sertão, e abriu uma nova unidade no Cabo de Santo Agostinho (Região Metropolitana). INVESTIMENTOS – Em 2017, o Governo de Pernambuco aplicou R$ 4,46 bilhões na SDS, o maior volume de recursos já registrado. Para 2018, a previsão de orçamento está em R$ 5 bilhões. Esses investimentos possibilitaram um dos maiores reforços já vistos nas forças de segurança pública do estado. Desde setembro do ano passado, 2.822 PMs e 1.241 policiais civis (incluindo 140 delegados) e científicos foram nomeados e estão nas ruas. No próximo mês, 300 bombeiros serão integrados ao efetivo e, no segundo semestre, será aberto um novo concurso para a PMPE, com previsão de 500 vagas. Entre os investimentos recentes, destacam-se a entrega de 1.313 viaturas para as forças de segurança; a criação de 9 delegacias de repressão ao narcotráfico; 9 unidades regionais da polícia científica; implantação do 25º Batalhão da PM, em Jaboatão dos Guararapes; instalação do Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp), em Caruaru; e as Companhias independentes de Tamandaré e Araripina, além de um grupamento do Corpo de Bombeiros em Surubim. “Para este ano, vamos entregar o 2º Biesp, com sede em Petrolina, o 26º Batalhão da PM em Itapissuma, beneficiando o Litoral Norte, e a Companhia Independente de Lajedo, no Agreste Meridional. Pelo Corpo de Bombeiros, estão sendo construídos novos grupamentos em Arcoverde, Araripina, Petrolândia e Palmares, possibilitando ações mais rápidas e efetivas de resgates, salvamentos e fiscalizações nessas cidades e regiões”, complementou Pádua. PRODUTIVIDADE – Durante o mês de março de 2018, as polícias de Pernambuco apreenderam 18,5% mais armas do que em fevereiro do mesmo ano. Foram 569 armas retiradas de circulação, 89 a mais do que no mês anterior. O número de pessoas presas em flagrante também tem crescido mês a mês: de 2.180 autuações em janeiro, as polícias pernambucanas passaram para 2.350 em fevereiro e, depois, para 2.756 em março. (Governo do Estado de Pernambuco)

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