Arquivos Pernambuco - Página 107 De 107 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Algomais estreia novo site

A tenta às necessidades de um mundo cada vez mais tecnológico, a Algomais estreou uma nova versão do seu site neste mês. A página está recheada de novidades e muito mais interativa. Através do www.revistaalgomais.com.br, os leitores têm acesso a um conteúdo exclusivo e constantemente atualizado. “Temos que estar antenados com esta área de tecnologia. Antes o site era mais institucional e agora passou a ser muito mais dinâmico”, analisa o diretor-executivo, Sérgio Moury. Com o “upgrade”, o endereço eletrônico ganhou novas seções e um design moderno. Além da edição totalmente digitalizada da revista, o público também poderá ler matérias inéditas. Na página inicial, recebem destaque os conteúdos exclusivos, complementos de matérias da versão impressa e novidades sobre a agenda cultural pernambucana. Os colunistas e as publicações especiais também estão em evidência. “O projeto desde o início foi pensado e discutido com a equipe de redação da revista. Um dos pontos levados em consideração foi trazer algo fora do comum na diagramação e disposição dos elementos na home”, destaca Juan Ropero, diretor criativo da Rubro Studio, empresa responsável pela reformulação do site. A revista chega às principais redes sociais. As notícias são chamadas no Twitter, Instagram e Facebook e os links das matérias direcionam para o site. Já aprovada por 97% do seu público, Algomais promete atingir ainda mais leitores com a reformulação do site. Uma boa notícia para os que moram fora de Pernambuco. “Nós temos uma demanda grande de pessoas que nos procuram para ler a revista, inclusive de outros Estados e até países. Como há uma limitação na tiragem, estamos, então, disponibilizando o conteúdo online para atingir essa público”, coloca Moury. O site ainda foi pensado para a versão mobile.  A página segue, então, o conceito de design responsivo, ou seja, que se adapta às dimensões da tela de celular e tablet. A qualidade do flip (versão em PDF da revista) também foi aprimorada. “Agora, o leitor também pode selecionar, cortar e gravar qualquer matéria, além de pesquisar”, explica o gerente de TI, Alexandre Motta. Outra novidade é a volta da Olhar Cristão. A revista propõe o debate sobre o mundo cristão, além de analisar o papel da igreja na contemporaneidade. Lançada em 2013, a publicação passou a ser um veículo de circulação digital em outubro deste ano. Pelo site, ainda é possível ter acesso a conteúdos atualizados constantemente no blog da Olhar Cristão. O mesmo acontece com a Algomais Saúde, que também tem sua versão em PDF disponível. Com todas essas novidades, a expectativa é ampliar a quantidade de acessos. Assim, os espaços disponíveis para publicidade também ganham destaque. “O site será divulgado através do Google e do Facebook. Então, quem quer anunciar vai ter como ferramenta o que há de mais atual”, acrescenta Motta.

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A voz cristalina de Paulo Molin

Américas, Europa, Ásia, África, Oceania... Nos cinco continentes, quase todos os países comemoram o Dia da Criança. Em muitos, no mês de outubro, como no Brasil. Entre nós, a data foi criada em 1924, mas só em 1960, quando a Estrela e a Johnson & Johnson lançaram a Semana do bebê robusto, começou a ser comemorada. Desde então, é de grande importância no calendário promocional das empresas. Nesta página, no entanto, não se busca falar do calendário promocional. Neste momento, o Dia da Criança é um motivo para falar de uma criança pernambucana, um menino-prodígio. Seu nome, Paulo Fernando Monteiro Molin, que ganhou fama como o pequeno grande cantor Paulo Molin, um descendente de franceses nascido no Recife em 2 de janeiro de 1938. Aos 8 anos de idade ele começou a cantar, e com apenas 12 anos gravou, em 1950, seu primeiro disco, um 78rpm, contendo as músicas Olinda, cidade eterna e Recife, cidade lendária, ambas de Capiba. Ainda tão jovem, Paulo Molin já era um cantor profissional, contratado da Rádio Tamandaré (Recife), tinha suas músicas tocadas nas emissoras de rádio de todo o Nordeste, e seus discos eram disputados. Recife começava a ficar pequena para o seu talento, levando-o a migrar para o Sudeste. Primeiro para o Rio de Janeiro e em seguida para São Paulo. Ali ele experimentou uma fase de intenso trabalho. Foi contratado pela Rádio Nacional, gravou Igarassu, cidade do passado, de Capiba, e a canção A chama, de Capiba e Ascenço Ferreira. Gravou o bolero Bem sabes, o samba-canção Por quê?, com acompanhamento de Lírio Panicalli e sua orquestra; gravou também o fox-canção Daqui para a eternidade, uma versão de Lourival Faissal; e o samba-canção Se você vai embora, de Luiz Fernando e Nelson Bastos. Naquele mesmo ano, gravou ainda o samba Não tenho lar, e participou da coletânea Carnaval 1955, da gravadora Sinter, com a marcha Não aguento este calor. Em 1955, ano que marcou o auge do seu sucesso, Paulo Molin foi tema de reportagem da então famosa Revista do Rádio, e participou do LP Feira de Ritmos, da gravadora Sinter, interpretando o fox-canção Daqui para a eternidade. Chegou 1956, e ele lançou, pela Mocambo, a saudosa gravadora pernambucana, o tango Caminho errado e o samba Desligue este rádio. No ano seguinte, gravou as baladas-rock Sereno, que veio a fazer parte da trilha sonora da novela Estúpido cupido, da Rede Globo; Como antes (Come prima), sucesso da música italiana; o samba Quem sabe; os boleros Sinto que a vida se vai e Prece do perdão; além da guarânia Serenata suburbana, de Capiba. Entrava ano saía ano, a agenda de Paulo Molin era repleta de compromissos. Em 1958, ele gravou os rocks-balada Minha janela, de Fernando César e Ted Moreno, e Se aquela noite não tivesse fim, de Nelson Ferreira e Ziul Matos. Mais um ano de trabalho intenso se passou, e chegado 1959, gravou as marchas A vida é boa e Bebo sem parar. Em 1960, ele gravou o samba Estamos quites, o bolero Fui eu, e lançou, pela Mocambo, o LP Surpresa com diferentes músicas gravadas em 78 rpm, além da balada És a luz do meu olhar, de sua autoria. Passou a integrar o elenco da gravadora Copacabana e participou da coletânea Tudo é carnaval - Nº 1 interpretando a marcha Eu não sou doutor, de G. Nunes, B. Lobo e F. Favero. Em 1961, gravou Olhando estrelas, um fox de M. Anthony e Paulo Rogério, e a guarânia A deusa da montanha, de Hilton Acioli e Marconi da Silva. Em 1962, participou da coletânea Tudo é carnaval - Nº 2, com a marcha Viva a cegonha, de Silvio Arduino e Ercilio Consoni. No mesmo ano, de volta à gravadora Continental, gravou a balada Chorando por você, de Roy Orbison e Noe Nelson, em versão de Romeu Nunes; e o samba É tua vez de sorrir, de Fernando César e Luiz Antônio. Ainda em 1962, ingressou na gravadora Philips e gravou, com acompanhamento de Portinho e sua orquestra, o bolero-mambo Teimosia e a Balada do desespero, ambas de Francisco de Pietro. No mesmo ano, gravou pela Mocambo o samba-canção Inconstante, de Aloísio T. de Carvalho, e o samba Rosa do mato, de Sérgio Ricardo e Geraldo Serafim. Em 1963, lançou, pela gravadora Philips, o LP Meu bom amigo Capiba, interpretando as belas Olinda cidade eterna, Recife cidade lendária, Praia da Boa Viagem, Maria Betânia, Cais do porto, Igaraçu cidade do passado e Que foi que eu fiz, todas composições solo de Capiba, e mais Depois, de Capiba e Talma de Oliveira; e A mesma rosa amarela, Claro amor e Não quero amizade com você, de Capiba em parceria com poeta Carlos Penna Filho. Ainda naquele ano, participou da coletânea Carnaval bossa nova, da gravadora Fermata, com a marcha Quem tem mulata, parceria dele com Vicente Longo e Waldemar Camargo. Em 1964, gravou duas marchas para a coletânea Carnaval - Vol. 1, da Philips, Balzac disse, de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, e Me leva, de Waldemar Camargo e Vicente Longo. Assim, ao longo da carreira Paulo Molin gravou 15 discos em 78 rpm e três LPs pelas gravadoras Continental, Mocambo, Copacabana, Philips e Fermata. Foram seus anos de ouro, em que ele chegou a atuar também no cinema, fazendo parte do elenco do filme Zé do periquito, produzido e estrelado por Mazzaropi. O tempo, contudo, indiferente ao que as pessoas almejam, passara. Novos valores eram surgidos, mudavam as predileções musicais. Paulo Molin, então, resolveu fixar-se em Guaxupé, interior de Minas Gerais, onde, lado a lado com a atividade jornalística exercida na Folha do Povo, um jornal local, prosseguiu em sua carreira de cantor, embora àquela altura da vida a voz estivesse muito distante daqueles tempos do Recife. Em Guaxupé ele construiu amizades, conquistou a admiração de todos, criou fama, marcou positivamente a cidade. Tanto, aliás, que recebeu o título honorífico de cidadão guaxupeano. Paulo Molin calou-se para sempre no dia 26 de agosto de 2004, aos 66 anos, em

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