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Entender as emoções no cérebro pode levar à descoberta de novas moléculas

André Julião/via Agência FAPESP Lauri Nummenmaa apresenta vários estudos na sequência, concluindo cada um deles com uma piada. A plateia invariavelmente ri, tirando dele um sorriso de satisfação. Se após a palestra ele fosse submetido a uma tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês), provavelmente as imagens geradas pelo aparelho mostrariam uma ativação dos receptores de opioides endógenos do cérebro do professor da Universidade Turku, na Finlândia. A relação entre a capacidade de fazer rir e a construção de laços sociais é um dos temas de pesquisa de Nummenmaa. Seus estudos das emoções, com e sem o uso da PET, foram assunto de palestra realizada na São Paulo School of Advanced Science on Social and Affective Neuroscience. O evento, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie até 31 de agosto, tem apoio da FAPESP. Usada para exames oncológicos e cardíacos, entre outros, a PET não é tão empregada em estudos do cérebro. “No entanto, ela é muito mais potente para o nosso campo do que se imagina”, disse Nummenmaa. A resistência ao uso do aparelho se dá em parte porque quem é submetido a ele tem injetado na corrente sanguínea algum material com radiação. O funcionamento de vários tecidos pode ser visualizado quando a tomografia detecta na corrente sanguínea o decaimento dos isótopos radiativos. “A quantidade de radiação é muito pequena e completamente segura”, disse o pesquisador. Atualmente, ele usa o equipamento para estudar o comportamento dos receptores de opioides endógenos no cérebro, que regulam o processamento motivacional e do prazer. Sua ação no funcionamento do cérebro de pessoas obesas foi tema de um estudo apresentado durante sua palestra. Publicado este ano na Nature Communications, o artigo mostra que, apenas olhando fotos de comidas palatáveis, algumas pessoas têm ativadas regiões do cérebro ligadas ao sistema de recompensa. “Variações nesses receptores podem explicar por que algumas pessoas sentem uma urgência em comer quando são sugestionadas, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade”, disse. Ciência pop De tempos em tempos, os estudos de Nummenmaa aparecem na imprensa especializada graças à explicação de certos comportamentos humanos. Em um deles, ele partiu de estudos que afirmam que macacos usam o toque para manter e reforçar estruturas sociais. Então, submeteu 1.368 pessoas de cinco países europeus a um teste para mostrar o papel do toque nos vínculos humanos. Os voluntários deveriam colorir, em um desenho de uma silhueta humana, que partes do corpo alguém da sua rede estavam autorizadas a tocar (pai, mãe, cônjuge, amigo etc.). Em todas as culturas testadas (Finlândia, França, Itália, Rússia e Reino Unido), a área corporal em que o toque era permitido estava diretamente ligada à relação emocional que o voluntário tinha com a pessoa, independentemente de quando ela o encontrou pela última vez. “Conhecidos próximos e membros da família eram tocados por mais razões do que indivíduos menos familiares”, disse. Em seguida, Nummenmaa levou a plateia aos risos ao exibir um gráfico mostrando que, na média, as pessoas do Reino Unido são as menos propensas a se deixarem ser tocadas por outras de seu círculo social. Em 2014, outro estudo publicado por seu grupo na PNAS ganhou repercussão ao revelar outros mapas do corpo humano, dessa vez das partes envolvidas em diferentes emoções. As imagens mostram desde um corpo quase todo inativo (depressão), até outros bastante ativos na região da cabeça, tórax e abdômen (amor). Uso na saúde Segundo Nummenmaa, as técnicas de escaneamento cerebral dão uma visão tão detalhada do cérebro que podem ajudar a desvendar a origem de condições psiquiátricas e mesmo no desenvolvimento de novos tratamentos. “Técnicas como a PET são excelentes no sentido de que podemos realmente nos aproximar dos fundamentos moleculares e biológicos de várias sensações no cérebro”, disse à Agência FAPESP. “Isso significa que, de um ponto de vista mais amplo, elas podem ser usadas para a identificação e desenvolvimento de novas drogas. Quando tentamos entender a afetividade no cérebro nesse nível, isso pode ajudar quem desenvolve novos medicamentos e moléculas a entender como certas condições são desencadeadas”, disse. Mais informações sobre a Escola: www.mackenzie.br/en/eventos/universidade/sao-paulo-school-of-advanced-science-on-social-and-affective-neuroscience/.

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Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: escolha do médico especialista não deve ser feita pelas mídias sociais

As novas tecnologias chegaram para revolucionar as comunicações e a forma como as pessoas se relacionam. Por meio delas, os médicos encontram excelentes oportunidades para estreitar o relacionamento com seus pacientes, atraindo também novos interessados em suas especialidades. No entanto, essas mídias também trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e a responsabilidade médicas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: a internet deve ser utilizada como instrumento de promoção da saúde e orientação da população. Reforça que o critério de escolha de um profissional para a realização de procedimentos estéticos não deve ser o número de seguidores, curtidas, popularidade e da propaganda do “antes e depois” – prática expressamente proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e publicada na Resolução 2.125/15. É fundamental que a população saiba certificar a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes? Essa é uma reflexão que a SBD sugere que todos façam na escolha do profissional que cuidará da sua saúde. O vice-presidente da SBD, Dr. Sergio Palma, recomenda “ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas”. O local onde o procedimento será realizado também deve ser decidido com muito cuidado. Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos.   CRM e RQE Para ser um especialista numa área médica, não basta ter CRM (número que o médico recebe para exercer a medicina), é necessário possuir o RQE: identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que o médico registra o certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha. Para saber se o médico possui registro de especialista, qualquer pessoa pode fazer uma consulta gratuita no site do CFM e CRMs. No caso do médico dermatologista, a checagem também pode ser feita pelo site oficial da SBD. A SBD é a única instituição reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no território brasileiro. Mais informações: www.sbd.org.br.   SBD lança “Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais” para dermatologistas A SBD acaba de lançar um guia prático com orientações objetivas para os dermatologistas sobre o uso responsável das redes sociais. O documento foi produzido pela Diretoria da SBD com a contribuição dos especialistas da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD. A expectativa é que o "Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais" possa auxiliar o médico na hora de usar as redes sociais, bem como na criação de página e perfil pessoal e profissional nessas ferramentas de comunicação, tendo como referência as orientações e normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). “Esperamos que essa cartilha sirva de apoio para todos os dermatologistas. Importante não perder de vista que os conteúdos que compartilhamos, bem como nossa postura, acabam nos diferenciando qualitativamente. Ao observar os critérios definidos pelo CFM, o médico estará valorizando a conduta ética e adequada em sua relação com os pacientes e com a sociedade. Certamente será um subsídio importante”, comenta o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

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47% dos internautas só compram em loja física após pesquisarem na internet, aponta pesquisa da CNDL/SPC Brasil

Mais bem informado e maduro, o consumidor brasileiro tem utilizado cada vez mais a internet como um aliado na hora de ir às compras. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com internautas que realizaram alguma compra on-line nos últimos 12 meses mostra que 47% dos entrevistados sempre fazem pesquisas na internet antes de realizar alguma compra em loja física. Nesses casos, a maioria busca informações sobre preços (38%), detalhes e características daquilo que pretendem adquirir (22%) e também a opinião de outros clientes sobre a experiência de compra (10%). Apenas 18% dos entrevistados compram direto em lojas físicas sem fazer qualquer consulta no ambiente virtual. Outros 35% recorrem à consulta apenas eventualmente, a depender do tipo de produto ou serviço que buscam. De acordo com a pesquisa, os itens mais pesquisados na internet antes da aquisição na loja física são os eletrodomésticos (58%), smartphones (56%), eletrônicos (51%), roupas e acessórios (32%) e cosméticos e perfumes (30%). Quando precisam se informar sobre os produtos ou serviços que pretendem adquirir, 47% dos internautas buscam informações em sites que mensuram índices de reclamações, enquanto 35% preferem os sites ou aplicativos da própria empresa e 34% recorrem aos buscadores, como o Google, por exemplo. Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, com o avanço da tecnologia, as decisões de compra por parte do consumidor passam por múltiplos canais e de forma simultânea, unindo mundo on-line e off-line. “A internet é a grande ferramenta que o consumidor tem em suas mãos para informar-se de forma rápida, prática e bastante abrangente sobre produtos e serviços, comparar preços e pesquisar a reputação das marcas a partir da experiência de outros clientes. Os consumidores estão cada vez mais exigentes e bem informados, transitando o tempo todo por diferentes plataformas durante o processo de compra. A internet trouxe às pessoas a liberdade de comprar quando e onde quiserem e as empresas precisam se adaptar a essa nova realidade”, afirma Costa. 25% dos internautas visitam loja física antes de comprar na internet. Maioria busca ver detalhes de perto e pesquisar preço Se consultar a internet antes de realizar uma compra em lojas físicas tornou-se um hábito do internauta brasileiro, o inverso também acontece, embora em uma proporção menor. De acordo com a pesquisa, um quarto (25%) dos internautas visita uma loja física para conhecer o produto que deseja adquirir na internet. A maior parte toma essa atitude para ver os detalhes e principais características daquilo que está sendo adquirido (17%), além da tradicional pesquisa de preço (12%). Outros 44% tomam essa atitude a depender do produto, enquanto 30% não se importam em realizar a pesquisa, indo direto aos sites ou aplicativos. Os itens que os entrevistados mais procuram ver presencialmente para depois comprar de forma on-line são os eletrodomésticos (53%), smartphones (46%), eletrônicos (41%) e roupas ou acessórios (29%). Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os empresários precisam romper com a separação entre varejo físico e on-line para proporcionar experiências mais completas aos seus clientes. “Houve um tempo em que o mundo virtual e o mundo físico não conversavam. Mas isso acabou. Hoje, os clientes se surpreendem quando a empresa não tem ao menos um canal de atendimento on-line. Isso acontece porque as pessoas estão todo o tempo conectadas, mas continuam sendo consumidores no sentido tradicional. Por isso, investir na qualidade da experiência de compra é entender que o cliente é ao mesmo tempo físico e virtual e tem transito livre entre os diferentes canais de venda e relacionamento”, afirma. Para 83%, lojas on-line praticam preços mais baratos, mas facilidade de troca é vantagem percebida nas lojas físicas O estudo ainda revela em quais tipos de compras as lojas físicas ganham a preferência do consumidor e em quais momentos a compra pela internet leva vantagem. De modo geral, a maioria (83%) relata a percepção de que os preços praticados na internet são mais baratos do que nas lojas físicas. Outro aspecto comparativo que aparece com força é a comodidade (75%) seguida da variedade na oferta de produtos (73%). Também são mencionados como fatores positivos da internet a facilidade para escolher produtos (62%), disponibilidade de informações (59%), agilidade na compra (58%) e melhores formas de pagamento (57%). Em contrapartida, as lojas físicas lideram quando são levados em consideração a facilidade de troca (73%), qualidade do atendimento (51%) e pós-venda (46%). Entre os preferem o ambiente físico para as compras, 40% acham que há menos decepções nesse tipo de compra do que no ambiente on-line e 38% destacam a vantagem de poder levar o produto para casa imediatamente após o pagamento. No geral, a internet é o meio preferido de 62% dos internautas na hora de fazer compras, enquanto 36% ainda preferem as lojas físicas e 1% cita as redes sociais. Já em relação as sensações provocadas por cada tipo de compra, as lojas físicas são consideradas mais seguras (64%), proporcionam compras mais conscientes e racionais (41%) e também prazerosas (37%). Por outro lado, as compras feitas em sites ou aplicativos costumam deixar o consumidor mais ansioso (62%), proporciona compras mais personalizadas (52%) e estimula compras por impulso (43%). 41% dos internautas admite que cede às compras por impulso. Promoções são as principais razões do gasto impensado. Internauta dá nota oito para segurança digital A pesquisa aponta que a impulsividade atinge parte considerável dos internautas. Quase (41%) em cada dez entrevistados admite que nem sempre planeja suas compras on-line, sendo que na maior parte das vezes são tentados pelo desejo de consumo (23%) ou pelo senso de oportunidade (18%) ao se depararem com uma oferta. Nesses casos, os principais motivos das compras impulsivas feitas pela internet são as promoções (67%), as visitas constantes aos sites das lojas (36%) e o recebimento de propagandas (24%). Os tipos de produtos que os internautas menos resistem na internet, mesmo sem saber se tem condições de comprar, são as roupas, calçados e acessórios (37%), cosméticos e

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Para 84% dos consumidores, economia do país continua crítica

Ainda sem recuperar as perdas ocasionadas pela crise, a maioria dos consumidores brasileiros avalia que a economia vai mal. É o que mostra o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na sondagem de julho, 84% dos consumidores disseram que o cenário atual se mantém ruim ou muito ruim. Desse universo, 73% atribuem como principal razão o elevado índice de desemprego no país. Também pesa a percepção de que os preços vêm aumentando (59%), as taxas de juros seguem em alta (39%) e o dólar está mais caro (26%). Além dos que consideram o quadro ruim, 13% acham que é regular e apenas 2% acreditam que esteja bom. De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o ambiente econômico em lenta recuperação tem afetado a confiança das pessoas, com impacto na retomada do consumo. “O achatamento da renda e o desemprego mostra que, no dia a dia do consumidor, pouca coisa evoluiu com relação ao período mais agudo da crise. A recuperação da confiança requer uma retomada mais vigorosa da economia, que aqueça o mercado de trabalho, mas isso não deve ser visto no horizonte dos próximos meses”, analisa a economista. Se por um lado a maior parte dos consumidores tem a percepção de que a economia vai mal, por outro a visão sobre as próprias finanças é um pouco melhor. O percentual dos que consideram crítico o momento atual é de 43%. Além desses, 11% avaliam a vida financeira como boa e 46% regular. Nesse caso, o custo de vida alto (53%) e o desemprego (41%) são as principais razões dos insatisfeitos com a situação do bolso. Na outra ponta, os poucos que dizem estar com a vida organizada atribuem esse fato ao controle das finanças (61%). Ainda em um cenário de pessimismo, Indicador de Confiança marca 41,0 pontos em julho Praticamente sem evoluir desde janeiro de 2017, o Indicador de Confiança do Consumidor registrou 41,0 pontos em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o indicador ficou praticamente estável – quando o resultado foi de 41,4 pontos. Já ante junho passado, houve um avanço de 2,2 pontos, reação pós-paralisação dos caminhoneiros. Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos demonstram o predomínio de otimismo, ao passo que abaixo de 50, o que prevalece é a visão pessimista. O Indicador de Confiança é composto pelo Subindicador de Cenário Atual, que registrou 28,8 pontos mês passado — próximo ao de junho, que foi de 28,9 pontos —, e pelo Subindicador de Expectativas, que cresceu ao passar de 48,6 pontos em junho para 53,2 pontos em julho. 41% dos entrevistados acreditam que economia permanecerá ruim nos próximos seis meses; 58% estão otimistas com vida financeira Dados do Indicador de Expectativas do Consumidor referentes ao mês de julho mostram que os entrevistados seguem pessimistas em relação aos próximos seis meses, embora os resultados sejam melhores do que quando se avalia o presente: 41% acreditam que o desempenho da economia se manterá crítico, enquanto 36% não se consideram nem otimistas nem pessimistas. Por sua vez, outros 18% mostram-se otimistas. Entre os que não apostam em um cenário favorável, o fator desemprego é novamente mencionado como causa dessa baixa expectativa (57%). Em segundo lugar, aparecem os escândalos de corrupção (51%) e o receio do descontrole dos preços (46%). Entre os que disseram estar otimistas com os próximos meses da economia, mais da metade (53%) não sabe ao certo explicar suas razões. Além desses, 22% têm percebido as pessoas mais otimistas com a economia e 18% notaram que os preços pararam de aumentar. Pensando no futuro da própria vida financeira, o otimismo fica mais evidente: 58% dizem ter boas expectativas para o segundo semestre. Os pessimistas, por sua vez, somaram 10% dos consumidores, enquanto 26% disseram que as perspectivas não eram boas ou ruins. Entre os que não têm boas perspectivas para as próprias finanças, a razão mais citada é o receio de que a situação econômica do país piore (58%). Em segundo lugar, aparece a situação financeira ruim do momento (50%), os preços ainda aumentando (49%) e a falta de perspectivas entre os que estão desempregados (17%), ao lado do medo de perder o emprego (17%). A sondagem também revela que, em julho, 46% dos consumidores afirmaram que o alto custo de vida tem atrapalhado a vida financeira das famílias. O desemprego apareceu em seguida, mencionado por 20%. Se o custo de vida prejudica o orçamento familiar, foi nos supermercados que a maior parte dos consumidores sentiram o aumento dos preços: 91% notaram aumento em relação a junho. Nas contas de luz, houve percepção de alta para 90% dos entrevistados. Metodologia Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança. Baixe a análise do Indicador de Confiança do Consumidor em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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A era dos bebês sedentários

Se por um lado a tecnologia trouxe novas e até pouco tempo inimagináveis perspectivas para a medicina, por outro, suas facilidades também estimulam o sedentarismo. Uma situação que nos deixa mais vulneráveis às doenças crônicas, diminuindo nossa qualidade de vida e longevidade. Longas horas diante das telinhas nos fazem esquecer o passar do tempo e a necessidade de manter o corpo em atividade física. Nem mesmo as crianças pequenas escapam dessa sedução causada por dispositivos eletrônicos. E hoje já se fala até em bebês sedentários. “Essa denominação tem sido aplicada em bebês que gastam horas por dia frente a aparelhos com tela, em especial tablets e celulares, ou ficam períodos longos acordados em cadeiras tipo bebê-conforto”, conceitua João Guilherme Alves, diretor de ensino e pesquisa do Imip, um dos palestrantes do CAM FPS. A Sociedade Canadense de Pediatria, segundo o médico, recomenda que crianças abaixo dos 2 anos não utilizem esses dispositivos e permaneçam menos de uma hora em berço ou cadeiras enquanto acordadas. Para as que têm entre 2 a 4 anos, a orientação é de uma hora de tela por dia. “Quando não estão dormindo, elas devem ter menos de uma hora, em berço ou cadeira”, adverte o médico. O Imip também realizou uma pesquisa recente, na qual 84% dos bebês estudados apresentavam um comportamento sedentário, ou seja, tinham várias horas de tela, mesmo ainda sem completar o segundo ano de vida. Esse percentual foi mais alto do que o encontrado no Canadá (68%). Nesse mesmo estudo, observou-se que o primeiro contato da criança com a tela ocorria muito cedo, por volta dos cinco meses de idade. “Também foi observado que quanto mais horas as mães gastavam frente à TV, mais tempo seus filhos eram expostos à tela. Isso parece demonstrar claramente que os hábitos dos pais passam para os filhos”, conclui João Guilherme. Para as crianças maiores, as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) são de que a prática de exercícios na infância seja realizada, no mínimo, uma hora por dia, com intensidade moderada a vigorosa para fortalecimento muscular e ósseo. Deve ser em sua maior parte aeróbica, mas também inclui atividades de força ou anaeróbicas. Exercícios musculares para crianças e adolescentes, segundo a OMS, melhora aptidão física e composição corporal, incluindo aumento da massa óssea-muscular e redução da gordura. “Mas devem ser feitos após avaliação médica, com prática supervisionada por profissional habilitado e exercícios progressivos”, recomenda João Guilherme. Uma boa maneira de estimular a malhação entre os pequenos é a educação física. “Estudos comprovam que se trata de uma importante intervenção para prevenir as doenças crônicas degenerativas que têm início na infância”, ressalta o diretor do Imip. Apesar dessa importância, João Guilherme afirma que essas aulas são negligenciadas. “Em colégio públicos do Recife, menos da metade dos alunos (44,7%) são assíduos, isto é, frequentam ao menos 80% das aulas. Esse percentual nas escolas privadas é mais elevado, 86%”, revela. Os pais também devem ficar atentos para investir em programas de atividade física extraescolar, que podem incluir até academias de ginástica para crianças. Pois é, elas não são feitas só pra gente grande. Mas devem oferecer segurança e orientação de profissionais habilitados. Sair das quatro paredes e fazer passeios com a garotada em áreas verdes e parques infantis é outra dica importante. “Estudos recentes têm evidenciado que quanto maior a área verde de uma cidade e o número de parques, menor é o surgimento de várias doenças em seus habitantes”, justifica João Guilherme. *Por Cláudia Santos, editora da Revista Algomais (claudia@algomais.com)

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Confiança da micro e pequena empresa cresce para 48,9 pontos, mas segue em baixo patamar, apontam CNDL/SPC Brasil

As recentes revisões de crescimento da economia para baixo e a percepção de piora no ambiente de negócios têm afetado o humor dos empresários de menor porte que atuam no comércio e no ramo de serviços. É o que mostra o Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa calculado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No último mês de julho, o indicador que acompanha a confiança desses empresários ficou em 48,9 pontos, um pouco acima do observado em junho (46,4 pontos). Apesar do crescimento, o dado alcançado no mês é o segundo mais baixo desde agosto de 2017, quando se encontrava em 47,4 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos refletem confiança e, abaixo dos 50 pontos, refletem desconfiança com os negócios e com a economia. Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a tímida melhora do cenário econômico, com inflação sob controle e manutenção dos juros em baixo patamar, ainda não se traduziu em melhora efetiva no dia a dia do empresariado. “A recuperação econômica segue lenta e vem frustrando as expectativas de que poderia esboçar uma reação mais rápida neste segundo semestre. Houve uma frustração no ritmo de melhora e o quadro geral se deteriorou nos últimos meses, sobretudo após a crise de desabastecimento com a greve dos caminhoneiros. Além disso, o grau de incerteza no campo eleitoral impacta a confiança e a disposição dos empresários de menor porte em realizar investimentos”, afirma o presidente. O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa é formado pelo Indicador de Condições Gerais, que mede a percepção dos entrevistados sobre a performance da economia e de seus negócios nos últimos seis meses e pelo Indicador de Expectativas, que mensura as perspectivas que eles aguardam para o horizonte de seis meses em diante. 63% dos micro e pequenos empresários avaliam que a economia piorou nos últimos meses; queda nas vendas é principal causa da visão negativa Os dados do Indicador de Condições Gerais mostram queda na comparação com o ano passado. Em junho de 2017 o índice estava em 37,3 pontos e retrocedeu para 34,8 pontos em julho de 2018. No último mês de junho, ele estava em 33,4 pontos. A escala do indicador também varia de zero a 100, sendo que apenas resultados acima de 50 pontos são considerados positivos. Em termos percentuais, para 63% dos micro e pequenos empresários o cenário econômico se deteriorou nos últimos seis meses, contra apenas 12% que visualizaram melhora. Para outros 25% o quadro não se alterou. Quando a análise se detém ao seu negócio, o percentual de empresários que sentiram piora na performance de suas empresas diminui para 46% da amostra, mas ainda assim é a visão predominante para a maior parte dos entrevistados. Apenas 18% notaram alguma melhora nesse intervalo dos últimos seis meses e para 34% a situação não se alterou. Dentre os que notaram piora em suas empresas, a queda das vendas é o sintoma mais evidente da crise, mencionada por 76% dos entrevistados. Para 36% o aumento nos preços de insumos e matéria-prima prejudicaram a performance da empresa no período, ao passo que 15% sentiram os efeitos negativo da inadimplência dos clientes. Para os que sentiram melhora dos negócios, a maior parte (55%) atribui essa percepção ao aumento das vendas. 56% dos micro e pequenos empresários estão otimistas com seus negócios para o futuro; 42% esperam aumento do faturamento para os próximos seis meses Mesmo com um retrospecto pessimista e a avaliação de que o país não se encontra em situação confortável, os micro e pequenos varejistas e empresários do ramo de serviços nutrem alguma esperança com relação ao futuro. Exemplo disso é que o Indicador de Expectativas avançou de 56,1 pontos em junho para 59,4 pontos em julho. Pela metodologia, resultados acima de 50 pontos apontam uma prevalência de otimismo. Ainda assim, trata-se do segundo menor patamar desde dezembro de 2017, quando ele estava em 59,0 pontos. De acordo com o levantamento, mais da metade (56%) dos micro e pequenos empresários manifestaram otimismo com os próximos seis meses do seu negócio – os pessimistas representam apenas 13%. Quando levada em consideração as expectativas com a economia como um todo, a proporção de otimistas cai para 39%, puxando o percentual de pessimistas para 24%. Entre os que manifestam otimismo com relação ao seu negócio, a razão predominante são os investimentos que realizaram no empreendimento (35%) que imaginam que renderão bons resultados. Há ainda um terço (33%) de entrevistados que confiam na boa gestão do negócio e 29% que não sabem explicar as razões do otimismo.  Para os que confiam na melhora da economia para daqui seis meses, a maior parte (55%) não sabe explicar os motivos deste sentimento: apenas confiam que coisas boas devem acontecer. Há ainda 24% que citam a melhora gradual de alguns índices econômicos. Por outro lado, entre os pessimistas com o próprio negócio, 51% acham que as vendas estão em baixa e um terço (34%) tem a opinião de que que é difícil empreender no Brasil. As incertezas políticas (59%) são a principal causa dos que estão pessimistas com o futuro da economia. Outra constatação apontada pelo levantamento é que a maioria dos empresários esperam aumento do seu faturamento. Em cada dez micro e pequenos empresários, quatro (42%) acreditam que as receitas irão crescer nos próximos seis meses. Apenas 6% esperam uma queda, ao passo que 47% imaginam que haverá estabilidade frente ao patamar atual de vendas. O que justifica a expectativa de melhora do faturamento é, em primeiro lugar, a busca de novas estratégias de vendas (40%). Já para aqueles que acreditam que haverá queda das receitas, a crise aparece como a principal razão, mencionada por 69% desses empresários. “Os dados mostram que o micro e pequeno empresário brasileiro mantém boas perspectivas mesmo diante de um cenário adverso. Isso pode se explicar pelo fato de que muitos deles acreditam

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Obesidade infantil: riscos para insuficiência renal

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) afirma que a obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal A preocupação da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) diz respeito aos dados divulgados à imprensa pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apontando que o número de crianças e adolescentes acima do peso entre 5 e 19 anos chega a 124 milhões. "Trata-se de uma epidemia, tendo como agravante a grande possibilidade de que mantenham o sobrepeso ou a obesidade quando chegarem à idade adulta", afirma o diretor científico da SBN, Marcelo Mazza. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que 33% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos estejam acima do peso. De acordo com o nefrologista, a obesidade traz complicações sérias para os rins, como o diabetes e a hipertensão, que danificam os órgãos e abrem as portas para a doença renal crônica. "A obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal, não só como um fator isolado, mas por, na maioria das vezes, estar acompanhado de hipertensão arterial e do diabetes", explica Mazza. O médico ressalta que, além do fator genético, na maioria dos casos a falta de atividade física e da alimentação desregrada e hipercalórica são os principais fatores que levam as crianças à obesidade, por isso é fundamental uma mudança de hábitos para evitar o aparecimento de doenças graves como a renal crônica. "Isso precisa envolver toda a família e a toda a sociedade, pois as crianças são influenciadas por elas na escolha do estilo de vida". Em suas campanhas, a SBN reforça a importância da prática de exercícios, alimentação equilibrada, ingestão de quantidade adequada de água e de evitar o tabagismo. "São medidas possíveis que, se tomadas desde cedo, conseguem impedir que a criança chegue à vida adulta como mais um obeso, sem saúde e com mais probabilidades de desenvolver doenças', conclui o especialista.

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Taxa de mortalidade causada por câncer de pulmão pode aumentar em mais de 40%, segundo pesquisa

A taxa global de mortalidade por câncer de pulmão nas mulheres deve aumentar em 43% até 2030, é o que diz um levantamento feito pelo governo da Catalunha, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa foi divulgada no começo deste mês pelo Câncer Research, jornal da Associação Americana para Pesquisa do Câncer. No total foram investigados números de 52 países, sendo 29 na Europa, 14 nas Américas, 7 na Ásia e 2 da Oceania. No mesmo estudo também foi mostrada a taxa de mortalidade causada pelo câncer de mama. Ao contrário do câncer de pulmão, uma boa notícia: o de mama tende a diminuir e a queda será de aproximadamente 9% até 2030.  O levantamento ainda falou onde esses números serão mais expressivos. A maior taxa do câncer mamário está prevista para a Europa, apesar da tendência de diminuição. Por outro lado, a Ásia ficou com as menores taxas, apesar da tendência de aumento. Já para o câncer de pulmão, a maior taxa de mortalidade está prevista para a Europa e Oceania, enquanto a menor está na América e Ásia. No Brasil, o câncer, em seus diferentes tipos, é a segunda maior causa de morte, segundo o IBGE. A doença perde apenas para doenças cardiovasculares como infarto e hipertensão.  Para tentar amenizar o aparecimento da patologia, ter uma vida mais saudável se faz altamente necessária. Embora seja uma doença com diferentes níveis de intensidade, hábitos simples do dia a dia podem fazer toda a diferença para combatê-la. “Praticar exercício físico regularmente, evitar consumo exagerado de gordura, alimentos enlatados, defumados, carboidratos, álcool e não fumar. O tabagismo é uma das principais causas de cânceres, inclusive”, comenta Dr. Rafael Caires, oncologista da Multihemo, unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife.

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Número de inadimplentes cresce 4,31% em julho, apontam CNDL/SPC Brasil

A atual situação econômica vem desafiando as famílias brasileiras. Ao encontrar dificuldades em equilibrar o orçamento, muitos acumulam contas em atraso e acabam por ingressar em cadastros de devedores. Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de consumidores com restrição no CPF cresceu 4,31% na comparação entre julho e o mesmo período do ano anterior. Ao todo, o país fechou o mês passado com 63,4 milhões de negativados. Esse número representa 41% da população adulta. Quanto ao volume de dívidas em nome de pessoas físicas, a inadimplência avançou 1,47% na comparação anual, ou seja, de julho de 2017 a julho de 2018. Já na comparação mensal, isto é, entre junho e julho deste ano, houve uma queda de 0,82%. Os dados por setor revelam que o crescimento mais expressivo foi o das contas de serviços básicos, como água e luz, cuja alta registrada é de 7,66% na comparação anual. Em seguida aparece o número de dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, que subiu 6,90%. “O desemprego elevado e a renda achatada dos brasileiros seguem contribuindo para esse avanço no quadro de inadimplência. Ainda que o país tenha superado a recessão, a recuperação da economia continua mais lenta do que o previsto, agravada pelo clima de incertezas das eleições”, avalia o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. Mais da metade dos negativados no país tem entre 30 e 49 anos, representando 32 milhões de brasileiros A maior parte dos negativados está entre o público de 30 a 49 anos, de acordo com estimativa da CNDL/SPC Brasil. Nessa faixa, o volume de devedores com CPF restrito chegou a 32 milhões em julho — mais da metade do total de inadimplentes (51%). Outro destaque é a parcela significativa de jovens, entre 25 e 29 anos, que está inadimplente — representando 46% do total ou 8 milhões de pessoas. Já entre os que possuem idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 19%. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, o percentual é de 33%. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o desequilíbrio das finanças afeta em maior grau a faixa etária de 30 e 49 anos por ser um momento de construção da vida pessoal e profissional. “É nessa fase que muitos formam família ou constituem novas uniões, além de buscarem a consolidação do patrimônio. Isso implica em assumir diversos compromissos financeiros e, com as dificuldades que a crise ainda geram, a conta nem sempre fecha no final mês, levando à inadimplência ”, analisa. Inadimplência cresce 10,41% no Sudeste; região também concentra maior número de negativados, com total de 27 milhões O Indicador aponta ainda que a região Sudeste apresentou a maior alta no volume de inadimplentes, cujo crescimento foi de 10,41% em julho frente ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Nordeste, que avançou 4,84% na quantidade de devedores. As variações também foram positivas no Centro-Oeste (3,49%), Norte (2,78%) e Sul (2,64%). Além de ser responsável pelo maior crescimento da inadimplência em julho, o Sudeste concentra, em números absolutos, a maior fatia de negativados no país: 27 milhões de consumidores. Na sequência aparece o Nordeste, com 18 milhões de devedores com dívidas em atraso; o Sul, com 8 milhões; o Norte, com 6 milhões; e o Centro-Oeste, com 5 milhões. Metodologia O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Câncer de boca: doença registra 14 mil novos casos por ano no Brasil e mata mais de 4 mil brasileiros por ano

Três vezes mais comum nos homens, os tumores na cavidade oral representam o quinto tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, com 14,7 mil novos casos previstos para 2018 (11,2 mil na população masculina), matando mais de quatro mil brasileiros por ano. As estimativas são do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Desse total de diagnósticos, 70% a 80% ocorrem em fase mais avançada da doença, resultando em pior qualidade de vida, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação e maior complexidade no tratamento e na reabilitação do paciente. O Brasil tem a 3ª maior incidência de câncer bucal do mundo, atrás apenas da Índia e da antiga Tchecoslováquia. Segundo um levantamento do SEER, do Ministério da Saúde dos Estados Unidos, a sobrevida em cinco anos é realidade para mais de 80% dos pacientes quando descobrem a doença no estágio mais inicial. Se há metástase, esta taxa cai para 20%. De acordo com o dentista Flávio Nader, da Crie Odontologia, geralmente as lesões de câncer de boca aparecem como uma pequena ferida ou verruga que não cicatriza e não dói. Também pode aparecer como manchas brancas ou vermelhas que podem aparecer na mucosa das bochechas ou língua. "Já, no caso do câncer de lábio o ressecamento, perda de elasticidade, esbranquiçamento e o aparecimento de feridas podem ser sinal do início do câncer", explica. Segundo a oncologista clínica Rafaela Pereira da Aliança Instituto de Oncologia, o câncer de boca é causado por diversos fatores em conjunto, e hábitos como fumar e/ou consumir de bebidas alcoólicas aumentam as chances. "Além deles, nos últimos anos, aumentou a incidência da doença associado ao vírus sexualmente transmissível HPV por meio do sexo oral. Nos lábios, a exposição aos raios UVA e UVB, sem o uso de um protetor solar adequado, também é fator de risco extra", explica a médica. Para o diagnóstico correto, o fundamental é um exame clínico que detecte as lesões em estágio inicial. "O dentista é o responsável pelo diagnóstico inicial e pelo encaminhamento para o oncologista, pois muitas vezes é necessário algum tipo de tratamento adjuvante à remoção cirúrgica", esclarece Nader. "Após o passo inicial com o dentista, parte-se para o exame endoscópico e a videolaringoscopia, a fim de avaliar possível prolongamento do tumor para essas áreas ou diagnosticar a presença de um segundo tumor primário", esclarece a oncologista. O tratamento para a doença alia a cirurgia de remoção da lesão, que costuma ser com grande margem de segurança, reforçando a necessidade de diagnóstico no estágio inicial. Além disso a radioterapia costuma ser utilizada como adjuvante. Por isso, é tão importante, o trabalho em conjunto do dentista e do oncologista. "A frequência de visitas ao dentista, quando o paciente está em tratamento de câncer (não só na boca), deve aumentar. A quimioterapia costuma diminuir o potencial imunológico, aumentando o risco de infecções mais graves. Além disso, a radioterapia em cabeça e pescoço aumenta a possibilidade de radioosteonecrose, uma condição destrutiva muito difícil de tratar e acontece nos casos em que se tem algum tipo de infecção óssea durante o tratamento radioterápico", conclui o dentista Flávio Nader. Já a oncologista Rafaela Pereira reforça que, uma equipe multidisciplinar é fundamental no pré-operatório. "As consultas ambulatoriais com o oncologista são mensais nos primeiros 18 meses e passam a ser bimestrais até o terceiro ano. "A partir daí trimestral até os cinco anos e após cinco anos, semestral", conclui Pereira.

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