Arquivos PIB - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Pernambuco cresce 4,7% e supera média nacional

Estado registra maior alta econômica em 15 anos, impulsionado por investimentos públicos e diversificação da economia. Foto: Yacy Ribeiro Pernambuco encerrou 2024 com um crescimento econômico de 4,7%, o maior dos últimos 15 anos, segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central. O desempenho supera a média nacional de 3,8% e coloca o estado à frente de importantes economias como São Paulo, Goiás e Bahia. A retomada dos investimentos públicos e a redistribuição do ICMS, que fortaleceu as finanças municipais, foram apontadas como fatores decisivos para essa expansão. Todos os setores produtivos pernambucanos cresceram acima da média nacional. O destaque foi a agropecuária, que avançou 11,3% devido à diversificação agrícola. A indústria também teve desempenho expressivo, com alta de 4,6%, impulsionada pelo polo automotivo de Goiana e pela fabricação de produtos metálicos, que registrou um salto de 17,2%. O setor de serviços, que representa a maior fatia do PIB estadual, cresceu 4,4%, enquanto o comércio teve um avanço de 5,4%, ambos acima dos índices nacionais. A governadora Raquel Lyra comemorou os resultados, ressaltando o ambiente favorável para negócios e investimentos. "Nosso time tem trabalhado incansavelmente para fazer de Pernambuco um estado melhor para se investir, trabalhar e viver. Estamos virando o jogo na atração de novos empreendimentos, na geração de emprego e renda e na melhoria da qualidade de vida", afirmou. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, reforçou a importância das políticas públicas na criação de um cenário econômico favorável. "Esse resultado reflete o esforço contínuo da gestão em criar um ambiente de negócios favorável, aliado a investimentos públicos robustos em infraestrutura, que têm sido fundamentais para impulsionar a economia do estado", destacou. Com a retomada do crescimento e um ambiente cada vez mais atrativo para investidores, Pernambuco consolida sua posição entre os estados de melhor desempenho econômico do país, fortalecendo sua competitividade no cenário nacional.

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PIB cresce 3,4% em 2024, impulsionado por serviços e indústria

Consumo das famílias e mercado de trabalho aquecido sustentam a expansão econômica A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. O setor de serviços avançou 3,7%, refletindo o fortalecimento do consumo interno, enquanto a indústria cresceu 3,3%, com destaque para a construção civil (4,3%). Por outro lado, a agropecuária recuou 3,2%, impactada por fatores climáticos que afetaram culturas como soja (-4,6%) e milho (-12,5%). Consumo e desafios para 2025 Pelo lado da demanda, o consumo das famílias foi determinante, crescendo 4,8% graças à melhora do mercado de trabalho e aos programas de transferência de renda. A taxa de desemprego caiu para 6,6%, a menor já registrada, e os juros médios mais baixos ajudaram a manter o consumo aquecido. No entanto, o último trimestre do ano trouxe sinais de alerta, com inflação em alta e impacto negativo na demanda. Para 2025, a economia dependerá do equilíbrio entre política monetária e estímulos ao crescimento. Brasil se destaca no ranking de crescimento econômico global O Brasil conquistou a sétima posição entre 40 países no ranking de crescimento econômico de 2024, segundo dados da OCDE. Com um avanço de 3,4% no PIB, o país superou a média das economias mais desenvolvidas, como as do G7 e da União Europeia. O desempenho brasileiro ficou à frente de nações como Espanha, Turquia e Estados Unidos, mas atrás de potências emergentes como Índia, China e Indonésia.

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FGV estima que o Brasil cresceu 3,5% em 2024

Expansão econômica segue por quatro anos consecutivos, apesar de desafios para 2025 A economia brasileira registrou crescimento de 3,5% em 2024, conforme estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira (17), aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior valor da série histórica. Com esse desempenho, o Brasil soma quatro anos seguidos de expansão econômica, reforçando a recuperação pós-pandemia. O consumo das famílias foi um dos motores do crescimento, com alta de 5,2% ao longo do ano. O investimento produtivo, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), também apresentou avanço significativo de 7,6%. No setor externo, as exportações cresceram 3,7%, enquanto as importações aumentaram 14,3%, impactando negativamente o saldo comercial. Apesar do desempenho positivo, a agropecuária registrou retração de 2,5%, após um ano de forte crescimento em 2023. "A indústria, os serviços e o consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 dos que os já elevados crescimentos registrados em 2023. Pode-se afirmar que em 2024, em termos de atividade econômica, o Brasil teve um ótimo resultado", afirma Juliana Trece, economista e coordenadora da pesquisa. Para 2025, o cenário é desafiador. Internamente, os juros elevados, com a Selic a 13,25% ao ano, podem desestimular investimentos e desacelerar a economia. No contexto internacional, novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos estrangeiros, como aço e etanol, representam ameaças ao setor exportador brasileiro. "Pelo lado interno, os juros elevados, com efeitos negativos na atividade econômica, atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações", alerta a economista. O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no próximo dia 7 de março, consolidando os dados que mostram a trajetória econômica do país.

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Governo reduz projeção de crescimento do PIB para 2025

Estimativa de avanço passa de 2,5% para 2,3%, com impacto da alta dos juros e cenário externo A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para baixo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025. A nova projeção aponta alta de 2,3%, abaixo dos 2,5% estimados anteriormente. A redução foi influenciada pela elevação dos juros, pela desaceleração da economia no final de 2024 e pelo cenário internacional desafiador. Segundo a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, a decisão leva em conta os impactos da política monetária e o arrefecimento da atividade econômica. “A gente reduziu essa projeção, em parte, pesando o que a gente está vendo na política monetária. E, em parte, porque estamos vendo uma desaceleração mais acentuada da atividade agora no quarto trimestre de 2024”, explicou. Apesar disso, a estimativa considera um desempenho positivo do setor agropecuário, impulsionado pela expectativa de uma boa safra em 2025. A SPE prevê que a indústria crescerá 2,2% no próximo ano, com retração na construção civil e na indústria de transformação, enquanto a indústria extrativa deve se beneficiar da entrada de novas plataformas de petróleo. No setor de serviços, o crescimento foi revisado para 1,9%, refletindo menor geração de empregos e uma redução no volume de crédito disponível. Já a agropecuária deve manter uma alta robusta de 6%, impulsionada por condições climáticas favoráveis e pelo aumento do abate de bovinos. Sobre possíveis impactos da política comercial dos Estados Unidos sob o governo de Donald Trump, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou que ainda não há elementos suficientes para ajustes na projeção econômica brasileira. “É muito cedo para incorporar esse tema em qualquer cenário”, ponderou. A equipe econômica seguirá monitorando os desdobramentos internacionais para eventuais revisões nas estimativas.

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PIB de Pernambuco deve registrar crescimento recorde em 2024

Os dados da Agência Condepe-Fidem da economia de Pernambuco para os meses de julho, agosto e setembro são animadores. O PIB no trimestre registrou uma alta de 4,9%, quando comparado com o mesmo período de 2023. O bom desempenho foi puxado pela agropecuária, que cresceu 11,4%. O avanço da indústria foi de 5,3%, enquanto os serviços subiram 3,2%. Na comparação com o trimestre anterior, o PIB de Pernambuco avançou 1%. Nas duas contagens, o desempenho superou a média nacional. Com a aceleração nesse período, o PIB no ano de 2024 poderá voltar a crescer acima da média nacional. Até agora (dado de janeiro a setembro), a economia de Pernambuco cresceu 4,7%, bem acima do Brasil, que registra até o momento 3,3%. As estimativas do Governo do Estado é de que 2024 registre o maior salto da atividade econômica nos últimos 15 anos. Construção do Trem 2 da Rnest avança com pacote de editais de R$ 8,4 bilhões A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, deu um passo estratégico para o crescimento econômico de Pernambuco e do Brasil com a aprovação de sete editais para a construção do Trem 2. O projeto, com investimento superior a R$ 8,4 bilhões, permitirá que a refinaria processe até 260 mil barris de petróleo por dia, gerando emprego e desenvolvimento para a região. Primeira Ram House do Nordeste reforça crescimento da marca de picapes premium O Grupo Italiana inaugura nesta quinta-feira (12), no Pina, em Recife, a primeira Ram House do Nordeste, consolidando a presença da marca líder em picapes grandes. A concessionária conceito, fruto do investimento de Marcony Mendonça e seus filhos, une luxo e sofisticação em um ambiente inspirado no estilo country. Com modelos como a nova Ram 1500 2025 e acessórios exclusivos, o espaço também conta com o Ram Coffee, oferecendo uma experiência diferenciada ao cliente moderno. A Ram, que já domina 76% do mercado de picapes grandes, segue em forte expansão com crescimento de 206% nas vendas acumuladas deste ano. Pernambuco conquista destaque nacional em transformação digital Pernambuco alcançou o 2º lugar na categoria Governo Estadual Transformador do Digital Transformation Awards, promovido pelo Instituto da Transformação Digital (ITD). A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Montenegro, destacou que o reconhecimento reflete o esforço em implementar políticas públicas inovadoras que transformam a vida da população por meio da ciência e tecnologia. Projetos como o Espaço Cria e o Cientista Arretado foram apontados como essenciais para consolidar o Estado como referência nacional em inovação. Evoke lança segunda fase na Reserva do Paiva com foco em sustentabilidade e alto padrão A incorporadora OR lançou a segunda fase do Evoke na Reserva do Paiva, trazendo apartamentos compactos de alto padrão com valores a partir de R$ 635 mil e infraestrutura que alia conforto, inovação e sustentabilidade. O empreendimento, que já atingiu 75% de vendas nas fases 1 e 2, destaca-se pela localização em meio a praias e Mata Atlântica preservada, com áreas de lazer como rooftop com vista 360°, piscina, espaço gourmet, além de tecnologias sustentáveis, como painéis solares e sistema de irrigação automatizado. O Valor Geral de Vendas é estimado em R$180 milhões. Bar do Amparo celebra quatro anos com expansão e festa em Olinda O Bar do Amparo, comandado pelo chef Hiago Magalhães, completa quatro anos em Olinda com uma ampliação que dobrará o espaço da casa. A novidade, localizada ao lado do endereço original, será inaugurada neste sábado (14) com a última edição de 2024 do Samba de Jorge, às 16h. Hiago destaca que a ampliação atende à alta demanda e reforça os cuidados com o público. O evento promete reunir fãs do samba e amigos do bar em um clima especial, com o pedido para que todos compareçam de branco, simbolizando gratidão e celebração.

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Uma década do polo automotivo de Goiana

Quais as mudanças e o que não mudou na cidade que recebeu um dos maiores investimentos industriais de Pernambuco no século? A Algomais inicia hoje a série de reportagens Uma década da chegada do polo automotivo. O projeto teve apoio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Meta Journalism Project, em parceria com o International Center for Journalists (ICFJ). *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com) Há 10 anos, o solo que por séculos foi destinado ao plantio da cana-de- -açúcar passou receber as obras de um conjunto de fábricas que em pouco tempo estariam produzindo veículos com tecnologia de última geração. Encabeçada pela Stellantis (fusão da Fiat Chrysler com a montadora PSA Group), o polo automotivo emprega mais de 13 mil pessoas, promovendo uma série de transformações em Goiana. Com um investimento bilionário, o empreendimento impactou também um cinturão de cidades vizinhas e mexeu até na balança comercial de Pernambuco. Os primeiros veículos só saíram da linha de produção há sete anos, mas as mudanças na economia e na rotina local começaram desde que os primeiros tijolos foram erguidos. A virada de chave da secular atividade agrícola praticada na região para dar lugar a um dos parques industriais mais avançados do mundo teve como um dos principais efeitos a mudança da perspectiva profissional dos jovens. Além da chegada de um grande player internacional, o município assistiu ao encerramento de duas grandes empregadoras do setor agro, as usinas Maravilha (no final de 2011) e Santa Tereza (2017), além da fábrica de Cimento Nassau (2017), essas duas últimas pertencentes ao Grupo João Santos. Uma mudança brusca de cenário que abriu caminho para a transição da matriz de empregos e da oferta de profissionais. Hoje, 85% dos trabalhadores que atuam na Stellantis são mão de obra local, de Goiana e de cidades vizinhas, como Igarassu e Itambé. Muitos filhos de pequenos comerciantes, agricultores ou pescadores passaram a integrar a linha de produção da empresa ou dos sistemistas, que fornecem peças e equipamentos. O polo emprega ainda profissionais das capitais do Recife e de João Pessoa. Weslley Vasconcelos (foto abaixo), 25 anos, é um dos jovens que aproveitou a oportunidade de ter uma multinacional na região para dar seus primeiros passos profissionais. Morador de Igarassu, município que fica a 30 quilômetros do polo, ele entrou aos 18 anos na fábrica. Em sete anos, foram sete promoções até sua posição atual de supervisão de logística. “Meu pai sempre trabalhou em indústrias, mas nunca teve formação. Minha mãe era camareira de um hotel. Eu saí do ensino médio direto para a planta e nesses anos eu só pude crescer. Fiz uma faculdade de administração. Sou a primeira pessoa da família com ensino superior. Hoje faço a gestão de 73 pessoas, sendo 80% delas daqui da região”, afirmou Weslley, que agora participa de um programa de desenvolvimento de jovens talentos da empresa para prepará-lo para os próximos passos na multinacional. Como morador da região, ele comenta que percebeu uma transformação forte principalmente em Goiana. “Tudo mudou na Mata Norte. Vemos hoje uma nova Goiana, com muito investimento em comércio, valorização das moradias, novos hotéis na região. Estamos num processo de transformação da capacitação também. Antigamente tudo era voltado para o setor agrícola, hoje está se voltando para a área industrial e automobilística. Há muito interesse dos jovens em investir neles mesmos, de se qualificarem para as oportunidades de emprego no polo”. Junia Morais, 21 anos, teve a oportunidade de viver uma experiência profissional no setor industrial e retornou para Goiana. Com formação técnica na área de segurança do trabalho, ela atuou em uma terceirizada do polo por um ano e três meses, antes de dar passos profissionais para fora do Estado. “Isso foi bom, me abriu um leque de oportunidades e networking. Surgiu uma oportunidade de trabalhar na Heineken em São Paulo, onde passei um tempo. Mas voltei agora para tentar um trabalho próximo de casa, da família. A principal mudança na cidade foi a movimentação, o comércio mudou bastante, temos hoje oportunidade de fazer novos cursos. Trouxe oportunidade para os goianenses”. A chegada do polo automotivo e de outros grandes empreendimentos, como a CBVP (Companhia Brasileira de Vidros Planos) e, em menor escala, a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados), gerou empregos industriais e um efeito renda para o comércio e serviços que ampliou muito o estoque de vagas na cidade. Em 2011, último ano antes do início das obras de construção civil, eram 12.766 mil postos de trabalho registrados em Goiana. O dado mais atualizado, da Relação Anual de Informações Sociais, elaborado pela Agência Condepe-Fidem, no ano de 2020, foi de 21.733. Mesmo considerando a crise econômica, que se arrastou no Brasil a partir de 2015, o fechamento de grandes empregadores da região e a pandemia, o aumento no período foi de 70,2%. “Chegamos numa região onde não havia uma cultura automotiva. A região da cana-de-açúcar se abriu para o novo, com muita vontade de aprender e de crescer. Trabalhamos muito o desenvolvimento das pessoas para estabelecermos essa cultura automotiva, que é muito singular dentro da indústria. Hoje estamos em uma fase de consolidação, porque é um conhecimento que conseguimos formar. A gente tem a planta, mas é um polo que envolve diversas pessoas, outros produtos e tecnologias que compõem o carro. Os nossos produtos mostram a força da transformação que foi feita na região”, afirma Mateus Marchioro, o plant manager na Stellantis Goiana. Essa consolidação do polo, em paralelo às outras novas atividades que chegaram ao município, fizeram o PIB de Goiana crescer de R$ 1,2 bilhão em 2012 para R$ 10.2 bilhões em 2019. O crescimento registrado do primeiro ano das obras da fábrica em 2012 para 2019, que é o último ano com dados fechados do PIB municipal pelo IBGE, foi de 754%. “Em 2010, a participação da indústria da Mata Norte representava 4,4% do PIB industrial de Pernambuco. Em 2019, ela pulou para 19,1%. A região passou a participar com quase um quinto do valor agregado industrial. Hoje

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Setor industrial de Pernambuco foi o segundo que mais cresceu no País

Da Agência Brasil O setor industrial nacional cresceu em oito dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem de setembro para outubro. O resultado mostrou também que nove localidades superaram o patamar pré-pandemia de covid-19: Amazonas, Santa Catarina, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Sul. O resultado foi divulgado ontem (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior influência no resultado nacional em outubro foi o Paraná, onde houve crescimento de 3,4%. É a sexta taxa positiva consecutiva, com ganhos acumulados de 51,5% nesse período. O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, disse que o resultado se deve em grande parte ao crescimento do setor de máquinas e equipamentos, bastante atuante na indústria do estado. Pernambuco (2,9%) e Santa Catarina (2,8%) também tiveram crescimento acentuado. A indústria pernambucana voltou a crescer após registrar recuo em agosto (-3%) e setembro (-1,1%). Já a indústria catarinense registrou alta acumulada de 52,4% entre maio e outubro de 2020. A Região Nordeste (1,7%) também teve alta maior do que a média nacional (1,1%). Segundo o IBGE, os estados de Mato Grosso (1,1%), do Ceará (0,5%), de São Paulo (0,5%) e de Minas Gerais (0,4%) completam a lista de locais com aumento de produção industrial em outubro, com destaque para a indústria paulista, que, apesar da alta menor que de outras regiões, teve a segunda maior influência, dado o tamanho do parque industrial. “Este mês, a maior influência na indústria paulista foi do setor de outros equipamentos de transporte, principalmente veículos ferroviários, com a produção de vagões”, afirmou Almeida. Segundo ele, tradicional motor da indústria do estado, o setor de veículos também foi importante para a taxa positiva. O estado registrou a sexta taxa consecutiva, com acumulado de 47% no período, e está 5,3% acima do patamar pré-pandemia de fevereiro. Entre as quedas, Rio de Janeiro (-3,9%) e Goiás (-3,2%) registraram os recuos mais elevados. É o segundo mês seguido de queda na produção em ambos os estados, acumulando, nesse período, perdas de 7,8% e 3,3%, respectivamente. De acordo com o IBGE, a queda no setor de derivados do petróleo, área com muita influência na indústria fluminense, foi uma das responsáveis pelo resultado do estado. Já a produção industrial goiana teve a perda mais intensa desde novembro de 2019 (-6,4%), puxada pela diminuição do índice no setor de alimentos, muito atuante na produção local. “O setor de derivados do petróleo e biocombustíveis também influenciou negativamente na indústria goiana”, disse Almeida. Espírito Santo (-1,8%), Pará (-1,8%), Amazonas (-1,1%) e Bahia (-0,1%) também apresentaram resultados negativos em outubro na comparação com setembro. Já o Rio Grande do Sul repetiu o patamar de produção de setembro e se manteve estável.

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Mercado financeiro prevê queda de 6,25% na economia este ano

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano chegou a 6,25%. Essa foi a 16ª revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,89%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão da semana passada. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. Dólar A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,40. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,08, contra R$ 5,03 da semana passada. Inflação As instituições financeiras consultadas pelo BC continuam a reduzir a previsão de inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela 12ª vez seguida, ao passar de 1,57% para 1,55%. Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,14% para 3,10%. A previsão para os anos seguintes - 2022 e 2023 - não teve alterações: 3,50%. A projeção para 2020 está abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual em cada ano. Selic Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, a mesma previsão da semana passada. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa caia para esse patamar (2,25% ao ano) na reunião do Copom deste mês, marcada para os dias 16 e 17 e nas reuniões seguintes ao longo deste ano seja mantida pelo comitê. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,38% ao ano. A previsão da semana passada era 3,29%. Para o fim de 2022 e de 2023, as instituições financeiras mantiveram as previsões anteriores para a taxa anual: 5,13% e 6%, respectivamente. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

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Guedes reduz previsão de queda no PIB e diz que exportação para China cresceu

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil não está passando por choque externo por causa da pandemia da covid-19. Guedes participa de audiência pública virtual na Comissão Mista do Congresso de Acompanhamento das Medidas Relacionadas à Covid-19. Segundo Guedes, as previsões iniciais de queda da economia neste ano eram de 6%, sendo que desse percentual um terço viria de impacto externo, gerado por queda das exportações e interrupção de comércio, entre outras. “E dois terços seriam da disrupção interna, pelo fato de fazermos o isolamento social, interrupção de cadeias de pagamento e desaquecimento”, explicou. O ministro disse, no entanto, que o choque externo não está acontecendo. “As exportações para os Estados Unidos e para a Argentina, os dois maiores parceiros depois da China, caíram acima 30%. Para União Europeia caíram 2% [ou] 3%. Mas para a China, [as exportações] subiram 25%, 26%. Como a China é mais do que a soma de Estados Unidos, Argentina e União europeia, as exportações brasileiras estão inalteradas". O ministro disse que se a queda da economia prevista inicialmente que era de 6% agora está em 4%. (Da Agência Brasil)

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