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Primeira Infância

Profissionais dão dicas para cuidados com a Primeira Infância em classes vulneráveis durante quarentena

A chegada da Covid-19 mudou a rotina de milhares de pessoas. Dentre as várias consequências da pandemia, centenas de escolas foram fechadas seguindo determinação dos governos, deixando milhares de alunos sem aulas. Para amenizar as perdas pedagógicas da medida, estratégias online estão sendo usadas em várias unidades educacionais. Mas a situação é ainda mais desafiante para a população da Primeira Infância que vivem em situação de vulnerabilidade social. Na capital pernambucana, dos 1.645 milhão de habitantes, 125 mil são crianças de 0 a 6 anos, fase onde acontece a base do desenvolvimento da criança como ser humano e onde são desenvolvidas as habilidades físicas, sociais, emocionais e intelectuais. Deste grupo de crianças recifenses, cerca de 41% delas vive em situação de vulnerabilidade social e suas famílias estão cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CAD Único). Para essa parcela da população, 30 dias sem o estímulo correto podem ser determinantes para seu progresso. Portanto, as orientações não servem apenas para o entretenimento, mas são vitais para explorar o pleno desenvolvimento infantil. Neste período, orientações simples podem ajudar e a população deve optar por aquelas que prezam por fortalecer as relações parentais que garantam os estímulos essenciais para os bebês e as crianças como olhar no olho o maior tempo que for possível e conversar com a garotada, pois a atenção e a postura responsiva estimulam interações. Os responsáveis e cuidadores devem incentivar o bebê a se movimentar e evitar ao máximo deixar a criança muito tempo isolada em seu local de descanso (como berço), prezando sempre pelo contato físico ao trazer o infante nos braços ou mesmo fazer com que se movimente neste ambiente de confinamento. Para os bebês, dentro de casa, outras dicas são válidas com a utilização de utensílios domésticos como garrafas PET e almofadas, por exemplo. As garrafas podem servir para a construção de trenzinhos feitos com cola e barbante que ajudam os bebês a desenvolver a segurança nos primeiros passos ao arrastar o brinquedo atrás de si. Latas de leite podem fazer às vezes de um chocalho para estimular a audição e até mesmo uma brincadeira de faz de conta pode ser improvisada com a utilização de acessórios como lenços e colares e chapéus que podem se transformar em fantasias, além de brinquedos que já existam dentro do próprio lar e o estímulo ao contato com livros não pode ser deixado de lado. Aqui a criança deve folhear e tocar os objetos como forma de continuar a ajudar no desenvolvimento dos pequenos enquanto estiverem longe das escolas e creches. As dicas foram elaboradas por um grupo de trabalho (GT) criado para estudar o assunto, encabeçado pela Secretaria Executiva para a Primeira Infância, a Gerência de Políticas para a Criança do Estado e o Núcleo de Pesquisa em Neurociência, Afetividade, Aprendizagem e Primeira Infância (NINAPI) da UFRPE. De acordo com o secretário Executivo para a Primeira Infância, Rogério Morais, o GT está estudando formas de amenizar o impacto das crianças fora da escola. “A rotina em casa, em tempos de quarentena, tem sido difícil. É ainda mais desafiante para os que se encontram em vulnerabilidade. Estas crianças em casa, sem se movimentar, podem ter o desenvolvimento motor afetado. Sem interagir com outras crianças, podem ter o desenvolvimento da fala, cognitivo e social comprometidos. Tomamos o cuidado para não sobrecarregar o cuidador, e destacamos a importância de relações com adultos de referência que garantam oportunidades essenciais para os bebês e as crianças”, disse Morais. Na Prefeitura do Recife, programas como Brinqueducar e o Pertencer, que no momento estão suspensos devido ao período de quarentena, são algumas das iniciativas desenvolvidas para auxiliar no desenvolvimento. “Nós sabemos que o momento não é fácil, é um momento em que a família terá um papel fundamental na vida das nossas crianças”, pontuou o secretário. Uma dica para quem não faz parte da rede municipal de ensino do Recife, que entregou livros junto com os kits de alimentação e limpeza, é acessar o site https://www.euleioparaumacrianca.com.br/. Mantido pela Fundação Itaú, o endereço disponibiliza livros digitais gratuitos que podem ser acessados via computador ou celular. Ao escolher o título, a leitura ganha a ambientação da história, uma vez que cada livro traz um áudio próprio. Para a professora da UFRPE, Pompeia Villachan, a contribuição visa compartilhar o conhecimento científico fundamental sobre o impacto que as relações afetivas cheguem às famílias com crianças. “Com dicas simples poderemos ajudar as famílias a terem ambientes mais favoráveis ao desenvolvimento de relações positivas com a criança, de modo a promover o seu desenvolvimento também nesse período de isolamento”, pontua Pompeia. Brinquedos sustentáveis: Secretaria de Meio Ambiente incentiva atividades que envolvam a criatividade e o processo de reaproveitamento em casa As ideias são simples e propõem um novo olhar aos objetos que já estão em casa através de conceitos sustentáveis que são praticados em sala de aula e nos equipamentos de educação ambiental da Prefeitura do Recife durante o ano Transformar objetos de casa em experiências divertidas é um atrativo para as crianças. Disponibilizar materiais recicláveis e propor a criação de jogos, bonecos e outros brinquedos estimula a criatividade e desperta a consciência sobre conceitos importantes de reaproveitamento e reciclagem que devem ser praticados no lar. As práticas sustentáveis, ora dialogadas em salas de aula da rede municipal, ora em equipamentos de educação ambiental da Prefeitura do Recife, reforçam a importância de estarem presentes na rotina domiciliar. Garrafas PET, rolos de papel higiênico vazios, latas de alumínio, caixas de ovos, caixas de papelão, tudo isso pode ser reaproveitado. “Atividades estimuladas em sala de aula e nos econúcleos sobre reaproveitamento de resíduos podem ser replicados em casa com ajuda de pais e responsáveis. Uma caixa de fósforos vazia e forrada pode se transformar em um dominó, garrafas PETs viram jogo de boliche, um jogo de damas pode ser feito com tampinhas de garrafa PET e um quadrado de papelão, latas de alumínio unidas por barbante podem virar um telefone. Desse modo, estimulamos as crianças a fabricar seus próprios brinquedos e,

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Prefeitura lança Programa Embaixador da Primeira Infância do Recife

Amanhã (terça, 10), a partir das 14h30, a sede da Prefeitura do Recife, será o ponto de encontro entre formadores de opinião e militantes pela causa das crianças e seus responsáveis para o lançamento do Programa Embaixador da Primeira Infância do Recife. A iniciativa, que contará com a presença da Primeira Dama Cris Mello visa ampliar os esforços para a elaboração do Plano Municipal para a Primeira Infância. O encontro acontecerá no nono andar. O Programa consiste em uma sensibilização da sociedade para que os interessados façam a adesão através da Plataforma Colab – onde já estão sendo recolhidas sugestões para o plano desde fevereiro – e se engajem para ampliar a participação popular na consulta pública através de seus contatos pessoais. Qualquer pessoa pode se inscrever e também participar da consulta desde que tenha email e CPF. Basta baixar o Aplicativo Colab, disponível gratuitamente para os sistemas Android e IOS e clicar em ‘quero ser embaixador’ na área da consulta pública do Plano Municipal para a Primeira Infância do Recife. Para quem quiser dar sua opinião, a pesquisa também está disponível através do https://consultas.colab.re/primeirainfanciarecife, sítio onde qualquer cidadão também pode deixar suas colaborações para o Plano. Ao optar por ser um embaixador, o internauta recebe um link personalizado por email que pode ser enviado aos seus contatos, além de sugestões de imagens, textos e vídeos para compartilhar com seus amigos e conhecidos. O link personalizado garante que cada contato responderá à consulta graças ao intermédio deste colaborador e cada resposta contará para o sistema de pontuações que gera recompensas cidadãs. A partir de cinco respostas através do link o sistema de compensações é gradual e inclui acesso a materiais acadêmicos sobre a Primeira Infância, menção no documento da Lei como Embaixador e credencial para participação como convidado do Seminário Internacional da Primeira Infância do Recife, que acontecerá durante a Semana do bebê, em maio. O acesso às recompensas cidadãs acontecerá após o término da consulta pública, em 28 de março. O resultado do levantamento subsidiará a elaboração do Plano Municipal para a Primeira Infância (PMPI), que terá a duração de 10 anos (2020-2030). O trabalho terá ainda a participação de outros setores da sociedade. De acordo com o secretário Executivo para a Primeira Infância, Rogério Morais, a ideia é ampliar o debate e ter a participação de um maior número setores da sociedade. “É um Plano para dez anos e desejamos que as pessoas se identifiquem com as aspirações propostas nele e assim tenham um senso de pertencimento”. Formadores de opinião se somam a esforços – Para reforçar o time e ampliar a participação popular na consulta pública, uma série de formadores de opinião ligados ao tema já abraçou a causa como Carol Levy, Fada Magrinha, Tio Bruninho, ONG Casa das Asas e Blog Maetamorfose, entre outros. Plano elaborado a muitas mãos - O Plano Municipal para a Primeira Infância é o segundo passo após a instituição do Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 18.491), publicada em maio de 2018, e que estabelece princípios, diretrizes, instrumentos e competências para a formulação e a implementação de políticas públicas para a primeira infância em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento integral infantil e no desenvolvimento do ser humano. A primeira infância se caracteriza pelos primeiros 6 anos de vida da criança. O levantamento está sendo coordenado pelo Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Cidade do Recife (Comdica) em parceria com Prefeitura do Recife por meio das Secretarias Executiva para a Primeira Infância e de Educação e ocorre até o março. Além da consulta pública online, as crianças do Recife que estudam na Rede de Ensino Municipal estão participando de uma consulta pública sobre o que esperam que a Cidade ofereça para elas. Entre os quesitos sobre os quais os alunos opinarão está “O que sonho na cidade para mim”. Cerca de 40 mil crianças do grupo IV ao 3º Ano do Ensino Fundamental e com idades entre 4 e 8 anos, de 246 Escolas da Rede, 18 unidades conveniadas e dez colégios particulares participarão da consulta.

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