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57% das empresas preveem recuperação no médio-longo prazo

Pesquisa da empresa Boa Vista realizada com empresários, de todo o Brasil, demonstra que, pouco mais de três meses após o início da crise ocasionada pelo novo coronavírus, a fotografia do cenário atual é de cautela e pouco otimismo. 57% das empresas acreditam que vai demorar seis meses ou mais para a recuperação dos negócios. A forte retração das vendas (77%) reflete negativamente no faturamento de 78% das empresas e de 76% no fluxo de caixa. A pesquisa ouviu 1.260 empresários dos setores indústria, comércio e serviços. No que se refere ao quadro de funcionários, mesmo com a crise, 59% das empresas informam que não demitiram. Por outro lado, apenas 3% delas contrataram e 38% diminuíram o quadro funcional, principalmente no setor da indústria e nas médias e grandes empresas. As principais ações para diminuição de quadro foram: demissão (50%), suspensão temporária de contrato (26%) e redução da jornada (24%). O levantamento feito pela Boa Vista também constatou que, em média, 45% das empresas estão pagando apenas parte de seus compromissos. Os micro e pequenos empresários são os que mais vêm sofrendo esse impacto, pois o fluxo de caixa dos mesmos é naturalmente menor. Busca por crédito Em média, 39% das empresas buscaram por apoio financeiro, inclusive, em mais de uma instituição. Os bancos privados foram os mais procurados (40%), seguidos de instituições públicas (21%) e procura por familiares e amigos (14%). Perguntados sobre obtenção de crédito, 49% dos empresários já conseguiram ou estão em vias de receber o crédito solicitado. Mesmo assim, quase metade não obteve sucesso nesta busca (51%). Entre os fatores estão o desconhecimento dos programas do governo (24%) e as exigências impostas (23%), aquém das possibilidades principalmente das PMEs. Para 38% das empresas que adquiriram empréstimo, os recursos serão destinados para alavancar o capital de giro e 37% disseram que o destino será o pagamento de dívidas. Mesmo conseguindo o crédito, para 78% das empresas, o valor concedido será insuficiente para “cobrir” todas os compromissos financeiros. Metodologia A Pesquisa ‘Fotografia atual dos negócios, acesso aos programas de apoio aos empresários e perspectivas de recuperação’ foi realizada pela Boa Vista em junho, com 1.260 empresários, representantes dos setores do Comércio, Indústria e Serviços, de todas as regiões do Brasil. Para a leitura dos resultados considerar cerca de 2 p.p. (pontos percentuais) de margem de erro e 90% de grau de confiança.    

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PIB pernambucano mantém trajetória de recuperação e cresce 1,4% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016. O resultado, sem ajuste sazonal, decorreu do desempenho dos três grandes setores da economia: Agropecuária (12,3%), Indústria (6%) e Serviços (0,6%). Em valores correntes, o PIB pernambucano do primeiro trimestre de 2017 alcançou R$ 40,7 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5/07) pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa (Agência Condepe/Fidem), vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). Na mesma comparação, o PIB nacional registrou queda de 0,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O presidente da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, ressalta que este crescimento não pode ser tratado com muito otimismo, mas também não pode deixar de se falar do bom trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado. “Ainda não podemos falar em crescimento. Os números mostram uma recuperação da economia. Pernambuco foi afetado pela crise um pouco depois do Brasil e começa a sair dela um pouco antes. Alguns dados preliminares de abril e maio são animadores e acreditamos que este 1º trimestre de 2017 realmente seja o ponto de inflexão deste período de crise”, afirmou Maurílio. Na comparação do primeiro trimestre de 2017 com o primeiro trimestre de 2016, contribuiu para o crescimento de 12,3% da Agropecuária o incremento de 48,6% apresentado pela agricultura. As lavouras permanentes caíram 2,5%, influenciadas pelas quedas na produção de coco-da-baía, banana e uva. As lavouras temporárias registraram um crescimento de 73,1%, destacando-se os incrementos na produção de cana-de-açúcar, mandioca, feijão e milho. A pecuária apresentou crescimento de 4,3%, com destaque para o aumento na produção avícola e de leite. Em relação ao crescimento de 6% apresentado pela Indústria no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2016, temos que o comportamento da indústria de transformação foi influenciado, principalmente, pelos desempenhos positivos observados nos setores de produtos alimentícios (8,8%) e de outros equipamentos de transporte (57,1%). O setor de produtos alimentícios foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na fabricação de produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves ou de pequenos animais, biscoitos, açúcar VHP e refinado e massas alimentícias secas. Já o setor de outros equipamentos de transporte foi impulsionado pelas embarcações para transporte (inclusive plataformas), considerando-se também a influência do segmento de veículos automotores. O setor da construção civil, por sua vez, apresentou um crescimento de 2,8% depois de 12 trimestres seguidos de queda, o que aponta para o início de recuperação do mercado imobiliário. No nível nacional, na mesma comparação, a Indústria caiu 1,1%. No setor de Serviços, as atividades que mais impactaram no pequeno crescimento de 0,6%, quando comparado ao mesmo trimestre de 2016, foram: comércio (-0,7%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-1,8%). As atividades de transporte, intermediação financeira e de atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de 3,5%, 13,5% e 3%, respectivamente. No país, esse setor apresentou queda de 1,7%. Ajuste sazonal – Em relação ao quarto trimestre de 2016, o PIB pernambucano apresentou uma elevação real de 0,7%, considerada a série com ajuste sazonal. Esse comportamento decorreu, no trimestre, do desempenho dos três grandes setores econômicos: Agropecuária (13,6%), Indústria (-3,4%) e Serviços (0,7%). De acordo com o IBGE, o PIB a preços básicos do Brasil apresentou crescimento de 1% na mesma comparação. “Se comparado com os grandes estados que divulgaram o PIB em 2017, podemos afirmar que Pernambuco tem o melhor desempenho em termo de crescimento real. Pernambuco, nos últimos dez anos, construiu uma base sólida, diversificou sua economia e está preparado para sair o mais rápido possível dessa crise. O PIB do ano de 2017 está projetado, até o momento, para um crescimento em torno de 0,5% e 1%. Esperamos que seja maior”, finalizou Maurílio Lima. (Agência Brasil)

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Unidade prisional abandonada será retomada

Mais um passo para retomar a construção do maior complexo prisional de Pernambuco foi dado ontem (3) com a abertura de edital para contratar a empreiteira que vai finalizar a segunda unidade do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga (CIR), na Zona da Mata Norte. O complexo deveria ser a primeira Parceria Público Privada (PPP) do estado, mas as obras foram paralisadas em 2012, ano em que a obra deveria ter sido entregue. Somadas às de outros projetos, 7 mil vagas no sistema prisional pernambucano serão criadas até 2018. A retomada das obras da primeira unidade de Itaquitinga, a URSA-1, ocorreu em janeiro deste ano, com recursos federais, e tem a entrega prevista para o segundo semestre de 2017, segundo o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. “Em agosto vamos concluir a primeira unidade. Vamos ocupá-la e queremos inaugurar em outubro funcionando plenamente”, disse. A construção da segunda unidade, URSA-2, deve começar em outubro e ser concluída em oito meses. O edital de licitação da obra foi publicado hoje no Diário Oficial do estado. Os trâmites para retomar a construção do complexo ocorreram depois que o governo decretou, em março de 2016, a caducidade do contrato da PPP – um negócio que geraria R$1,9 bilhão em 30 anos ao consórcio Advance-Socializa, que construiria e exploraria comercialmente o complexo prisional. A construção foi orçada em R$ 350 milhões, dos quais 70% seriam investimento privado. Em 2012, no entanto, o consórcio abandonou as obras. Boa parte da estrutura básica já havia sido construída, mas, com o abandono, alguns prédios precisaram de reformas. Segundo a Secretaria de Justiça, 60% da segunda unidade do complexo já está pronta. O custo para finalizar o espaço é de R$ 15 milhões e foi assegurado por um repasse de R$ 44,7 milhões do Fundo Penitenciário Nacional ao estado feito em dezembro do ano passado. O dinheiro serviu para as URSAs 1 e 2, para a construção de um novo presídio no município de Palmares, com 600 vagas, e para a aquisição de equipamentos de segurança. Para iniciar as obras das unidades 3 e 4 do complexo, o governo estadual aguarda a liberação, pelo Ministério do Planejamento, de emendas parlamentares da bancada pernambucana. “Estamos negociando recursos do Orçamento Geral da União, porque a bancada federal, tanto na Câmara como no Senado, por unanimidade, destinou R$ 60 milhões para obras de Itaquitinga 3 e 4, o que praticamente fechará o complexo prisional”, disse o secretário. Projeto modelo Considerado na época de seu lançamento um projeto modelo, o complexo sofreu alterações para a retomada das obras. Antes, duas das cinco unidades seriam voltadas ao regime semiaberto e as demais serviriam para o regime fechado. Agora, para minimizar a superlotação do sistema prisional pernambucano – cujo símbolo é o Complexo do Curado, denunciado internacionalmente por organismos da sociedade civil – todos os prédios serão adaptados para o regime fechado. A mudança aumentou o número de vagas de 650 para mil em cada módulo. O governo estadual deve modificar também características da construção que foram consideradas inadequadas, como o aumento da espessura dos três conjuntos de cercas que delimitam a área do complexo prisional, no lugar de muros. O projeto de Itaquitinga prevê ainda a construção de espaços para atendimento médico, salas de aula, celas adaptadas para pessoas com deficiência e até um aviário para ajudar na alimentação dos presos. (Agência Brasil)

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