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Ocupação Reverbo na Torre Malakoff e Primeiro álbum solo de Martins nas plataformas digitais

Por Yuri Euzébio Musicalmente falando, a coisa mais legal que surgiu em Pernambuco nos últimos anos é o Movimento Reverbo, aliás preciso me corrigir o Reverbo é mais do que uma cena ou movimento, é o encontro no palco de um grupo talentoso de amigos músicos que dividiam salas e terraços de apartamentos do Recife. Pois bem, eis que nesse fim de ano, como um presente de natal antecipado, surge a Ocupação Reverbo na Torre Malakoff. Evento que vai reunir artistas de variadas regiões do Estado celebrando a força e a beleza da música autoral de Pernambuco. As apresentações ocorrem nos dias 5,6 e 7 de dezembro, sempre com dez artistas no palco e rodas de diálogos sobre mercado e conexões no setor da música. Tudo isso com entrada franca. Só sendo muito besta mesmo pra perder essa maravilha. De tempos em tempos, os ouvidos do país se voltam pra cá. Pernambuco se mantém em movimentação constante musical, desde a década de 1960, com a fábrica de discos Rozenblit, que impulsionou a criação musical no país quando as bolachas estrangeiras tomavam conta do mercado nacional, ou quando 30 anos mais tarde, nascia à cena Manguebeat, movimento que trouxe as atenções de volta à música local. Na beirada de 2020, Pernambuco volta a fervilhar e o Brasil começa, mais uma vez, a perceber que é preciso estar atento ao que acontece musicalmente pras bandas de cá. O Reverbo surge em 2016, quando o compositor e produtor musical Juliano Holanda e sua companheira, a produtora cultural Mery Lemos (Anilina Produções), começaram a abrir a pequena sala de sua residência no bairro da Boa Vista para juntar cantautores. Dessa reunião informal, perceberam a potência que a união de vários talentos, tendo a canção como pilar, poderia causar. De lá pra cá, já são mais de dez mostras Reverbo apresentadas no Estado, com circulação no interior de Pernambuco. Nesta edição na Torre Malakoff estarão presentes artistas já cativos da Reverbo, como Ágda, Alexandre Revorêdo, Almério, Flaira Ferro, Gabi da Pele Preta, Gean Ramos, Igor de Carvalho, Isabela Moraes, Isadora Melo, Joana Terra, Jr. Black, Juliano Holanda, Helton Moura, Lucas Torres, Luíza Fittipaldi, Marcello Rangel, Martins, Mayra Clara, PC Silva, Rogéria Dera, Tonfil e Vinícius Barros, que abrem os braços para Camila Yasmine, João Euzé, Larissa Lisboa, Mayara Pera, Thiago Mazuli, Una , Álefe e Sam Silva Percorrendo pequenos espaços culturais mostrando música autoral, com vários artistas em cena, sem que nenhum ganhe destaque. O conjunto é a obra. A música é a protagonista. A obra é dividida e compartilhada, parcerias são formadas, o canto do outro vira o seu próprio canto. “Não é uma cena, nem um movimento. Podemos dizer que é uma movimentação”, explica Juliano. Tive a oportunidade de assistir, esse ano, uma apresentação do Reverbo no Teatro de Santa Isabel e foi um dos melhores shows que já fui na vida, por sinal foi uma das melhores coisas que já vi. Aliás, preciso me corrigir mais uma vez, não foi um show, foi uma mostra de música. Reverbo na Torre Malakoff Nos próximos dias 5,6 e 7 de dezembro, a Anilina Produções realiza mais uma Mostra Reverbo, a maior de todas até aqui. Trintas artistas se dividirão em três dias na Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife) em apresentações abertas ao público (sujeito à lotação). Com incentivo do Fundo Pernambuco de Incentivo à Cultura (Funcultura), a Mostra Reverbo tem direção musical de Juliano Holanda. Além disso, estão inclusas na programação rodas de diálogo com Benjamin Taubkin (5/12, “Conexões do real – música em movimento”), Ronaldo Bastos (6/12, “Nuvem Cigana – Uma canção é leve e pode sustentar”) e Stephany Metódio (7/12, “Interior e ação – a invenção do lugar”). Os portões da Torre Malakoff abrem às 18hrs e as rodas de diálogo serão iniciadas às 19h. As apresentações começam às 21h. A entrada do público será feita por ordem de chegada e o espaço esta sujeito à lotação. SERVIÇO: Ocupação Reverbo Quando: 5, 6 e 7 de dezembro, a partir das 19h Onde: Torre Malakoff (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife) Quanto: Gratuito (entrada por ordem de chegada. Espaço sujeito à lotação) A ordem e dia de apresentação de cada um dos 30 artistas será surpresa! Martins reúne canções autorais em seu primeiro álbum solo Um dos nomes mais celebrados do Reverbo e na opinião desse jovem colunista que vos posta, uma das vozes mais bonitas da nova geração de músicos pernambucanos , Martins lança o seu primeiro álbum solo autointitulado “Martins”. Simples assim. O rabequeiro tem na sua trajetória artística trabalhos plurais e que correm por várias vertentes: Sagarana, Marsa, Forró na Caixa e agora adentra em uma sonoridade mais intimista e com arranjos limpos, mas sem perder a poesia de vista, reunindo em 11 faixas autorais crônicas cotidianas. Aprendiz de Cláudio Rabeca e Mestre Luiz Paixão, Martins explorou o som da rabeca e a influência da poesia popular em projetos anteriores como o Sagarana e Forró na Caixa. Os grupos carregam nítida influência das regiões mais distintas do interior pernambucano, de onde vem as raízes do artista. Já na “Marsa”, predominaram o estilo rock n’roll com banda elétrica, guitarra e linguagem urbana. Nesse álbum solo, Martins apresenta uma musicalidade mais madura. O disco foi gravado no Recife e parte na Europa durante turnê do artista pela região. Juliano Holanda, de novo ele, assina a direção musical e também é parceiro de Martins em três faixas da obra: “Um só ser”, “Olhos que afagam” e “Vértebra por vértebra”. Esta última foi gravada em Paris, na França, com arranjos da flautista argelina Amina Mezaache em harmonia com cordas (viola, violão e baixo), elementos marcantes em todas as canções do álbum. Entre as faixas mais dançantes do disco está a solar “Me dê”, que traz roupagem swingada com influências do ijexa e da música africana (com trombone, percussão e bateria), sendo a canção autoral mais forte da obra. Como compositor, Martins abraça e convive diariamente com

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Sesc leva programação diversa para o Bairro do Recife no REC’n’Play

Pela primeira vez, o Sesc Pernambuco será um dos participantes do REC’n’Play. Ancorada na sinergia do propósito do evento, a instituição vai promover ações de sustentabilidade, lazer e cultura no Espaço Sesc, que ficará na Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife. No boulevard, a instituição terá um palco e área de convivência na rua para oferecer programação a crianças e adultos gratuitamente de 2 a 5 de outubro. O festival é realizado pelo Porto Digital e Ampla Comunicação, em parceria com a Prefeitura do Recife e Sebrae. “Definimos um calendário de atividades que dialogam com as demandas sociais, trazem diversão, mas que principalmente gerem conhecimento e inclusão”, afirma o diretor do Sesc Pernambuco, Oswaldo Ramos. Assim, utilizando jogos, brincadeiras e linguagens culturais, como artes cênicas e dança, a programação, em parceria com a Rede Globo, vai falar sobre mercado e produção musical, ancestralidade, sustentabilidade, aprendizagem infantil, ludicidade, entre outras temáticas. Durante o período, o público poderá participar de intervenções artísticas, rodas de conversas, aula de passinho, shows, oficina de brincadeiras, apresentação de cosplay e grupos K-pop, videomapping, entre outras ações. Diariamente, das 19h às 22h, o edifício de número 127 da Av. Rio Branco, em frente à Estação do Bike PE, vai receber projeção contando a história do Recife e utilizando a fachada do sobrado como elemento histórico e de resistência. Na quarta-feira (02/10), a abertura da programação acontece às 15h com jogos digitais decodificado para versão humana, como Pac Man e Tétris, além Twister e futebol. Em seguida, haverá vivência de Just Dance. Às 19h, a Cena Recife de Intervenção Artística de Rua (Criar) vai promover as intervenções artísticas “Caixas de Teatro Lambe-Lambe”, “Mágica na Rua” (Vic e Crispin), “Ester” (Odília Nunes) e “A Chegada de Godot” (Luiz Manuel). Após o ato, eles vão participar da roda de conversa “Internacionalização das Artes Cênicas”, com mediação da produtora cultural Paula de Renor. Às 21h, quem encerra a noite é o espetáculo “Roda”, com classificação livre, do mágico Rapha Santacruz. No dia seguinte (03/10), às 15h, haverá apresentação de cosplay e de grupos K-pop, seguida do Just Dance. A programação noturna se abre para um dos fenômenos do Recife: o Passinho. O gênero será discutido na roda de conversa “Arena periférica – a cultura da periferia no mercado criativo”, com integrantes do Passinho e representantes da Secretaria de Juventude do Recife, mediado pelo bailarino recifense Dielson Pessoa, às 19h, seguida da apresentação de Ozz Malocas do Recife e Clarinha do Passinho, que também encerrarão as atividades, às 21h10, com um aulão para o público. Na sexta-feira (04/10), das 15h às 17h, será oferecida oficina de jogos cooperativos e, das 17h às 19h, o Sesc vai realizar uma edição de “Happy Holly”, uma ação com música e DJ para celebrar a alegria. Neste dia, os participantes devem usar camisa branca. A programação noturna vai se pautar na ancestralidade, com a apresentação do “Contos de Ifá”, projeto do Laboratório Digital do Centro Cultural Coco de Umbigada. Em seguida, os integrantes participam da conversa “Terreiros digitais ou como conectar a tradição dos povos originários”, com mediação de Ricardo Brasileiro. Às 21h, o Coco de Umbigada, com mais de 20 anos de trajetória, fará apresentação. O último dia terá programação ampliada para participação de famílias. No sábado (05/10), haverá oficina de construção de brinquedos para pais e filhos no turno da manhã, a partir das 9h, e à tarde, das 14h às 16h. Às 19h, a produtora musical Mery Lemos vai mediar a roda de conversa “O mercado (disputado) da música ou como desenvolver nossos arranjos de produção”, com a presença do Reverbo, que conta com Flaira Ferro, Helton Moura, Igor de Carvalho, Isadora Melo, Joana Terra, Juliano Holanda, PC Silva e Tonfil. Sofia Freire, que fará pocket show às 20h, também vai participar da conversa, que vai discutir estratégias e avaliar o atual cenário de produção sonora independente. A última apresentação da noite é o Reverbo. Sustentabilidade – A educação ambiental começa desde o planejamento do REC’n’Play, com uma formação voltada para toda a equipe gestora sobre o consumo e descarte sustentável, e segue durante toda a realização dele, permitindo o destino correto de resíduos em todos os polos. Para isso, o Sesc vai disponibilizar 19 estações de reciclagem no Bairro do Recife. Cada uma terá a intervenção de um educador ambiental, que atuará sensibilizando o público sobre práticas sustentáveis. Uma das estações ficará no Porto Digital e vai coletar resíduos eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis, itens recicláveis e não-recicláveis. O ponto terá também máquina interativa para recolhimento de latas e uma máquina para recebimento e trituração de itens produzidos com pvc, como cartões bancários e de plano de saúde. Além dessa estação, haverá outras no CESAR School, Portomídia, teatros Hermilo Borba Filho e Apolo, Sinspire, Paço do Frevo, Softex, Cais do Sertão, Cinema 222, Escola Porto Digital, CESAR Bom Jesus, Centro de Artesanato, Associação Comercial de Pernambuco, Centro Cultural Correios, Accenture Innovation Center, FabLab e duas na Av. Rui Branco. Nelas, será possível destinar pilhas, baterias, vidros, materiais recicláveis e não recicláveis e itens orgânicos. Com expectativa de recolher uma tonelada de resíduos, o material será destinado à cooperativa Recicla, que fará a reintrodução ou transformação na cadeia produtiva. As pilhas e baterias serão encaminhadas para a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee); os produtos em pvc serão utilizados em artesanato sustentável; e os produtos eletro-eletrônicos vão virar arte pela Cooperativa de Gestão e Inovação Entidades Sociais (Coogema). Programação – Espaço Sesc no REC’n’Play 02/10 – quarta-feira 15h às 17h – Jogos humanos: Pac Man, Tétris, Twister e Futebol de tecido 17h às 19h – Just Dance 19h às 22h – Videomapping (projeção) sobre a história do Recife no edifício de número 127 da Av. Rio Branco 19h – CRIAR - Cena Recife de Intervenção Artística de Rua 20h – Roda de conversa “Internacionalização das Artes Cênicas” 21h – Espetáculo “Roda”, com Rapha Santacruz 03/10 – quinta-feira 15h às 17h – Apresentação de Cosplay e K-pop 17h às 19h

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