Arquivos Saúde - Página 38 De 52 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Alimentos ultraprocessados alteram controle da saciedade da fome

Elton Alisson/via Agência FAPESP Se o ritmo atual de crescimento da obesidade no Brasil for mantido, o país poderá apresentar em 2020 uma tendência de prevalência semelhante à dos Estados Unidos e do México, com excesso de peso em 35% da população. A avaliação foi feita por pesquisadores participantes do evento com o tema “Obesidade” no Ciclo de Palestras ILP-FAPESP, realizado no dia 20 de agosto na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A prevalência de obesidade no Brasil se intensificou a partir dos anos 2000 e mudanças no padrão alimentar da população contribuem para a escalada do problema. Nas últimas décadas, o brasileiro passou a substituir alimentos tradicionais, como arroz, feijão e salada, por preparações ultraprocessadas. “Houve uma intensificação de um ambiente alimentar obesogênico [que causa obesidade] que influenciou o estilo de vida e contribuiu para o aumento do problema no país”, disse Patricia Constante Jaime, professora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,8% da população adulta brasileira – 26 milhões de pessoas – está obesa. A prevalência desse problema de saúde tem sido registrada em todas as faixas etárias e níveis de renda e em maior proporção em mulheres do que homens. A fim de entender melhor a relação do aumento da prevalência da obesidade com a alimentação, cientistas do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP (Nupens), do qual Constante Jaime faz parte, estudaram o padrão alimentar do brasileiro nas últimas décadas a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. A mais recente edição da pesquisa – que é realizada a cada 10 anos –, publicada em 2009, indicou que o brasileiro tem consumido menos arroz, feijão, carne, leite, açúcar, óleos e gorduras, em troca de mais pães, biscoitos, refrigerantes e outros grupos de alimentos. Mas a constatação de que tem diminuído o consumo de açúcar, óleos e gorduras – nutrientes relacionados ao desenvolvimento da obesidade – intrigou os integrantes do Nupens. “Se tem diminuído o consumo desses nutrientes e a obesidade no Brasil está aumentando, algo não fazia sentido na interpretação desse fenômeno”, disse Constante Jaime. Os pesquisadores passaram a analisar a alimentação a partir do paradigma do nível de processamento dos alimentos e não mais de nutrientes. A análise da dieta por esse ponto de vista indicou diminuição no consumo de alimentos básicos e aumento no de ultraprocessados. Ultraprocessados são formulações industriais com ingredientes derivados de alimentos, como proteína texturizada da soja, adicionada com aditivos para conferir mais sabor, textura e aroma. Estudos feitos com apoio da FAPESP mostraram que esses produtos respondem por 20% das calorias totais da dieta dos brasileiros. “Os produtos alimentícios ultraprocessados não são alimentos industrializados, mas formulações industriais. Eles passam por uma série de processos que fazem com que não seja possível identificar sua matriz alimentar e contribuem mais para o aumento do consumo de açúcar e gorduras, saturadas e trans”, disse Constante Jaime. Os produtos alimentícios ultraprocessados, segundo a pesquisadora, são hiperpalatáveis – concentram sabores que são agradáveis e os tornam irresistíveis –, promovem a adição de consumo de ingredientes como o açúcar e alteram o processo natural de controle da saciedade. “Há estudos que mostram que essas formulações industriais causam alterações nos mecanismos neurológicos relacionados à saciedade”, disse. Gordura, neurônios e melatonina Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), cientistas do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC) – um CEPID apoiado pela FAPESP – têm constatado que uma dieta rica em gordura saturada é capaz de danificar circuitos neuronais relacionados à saciedade. Por meio de experimentos com camundongos, foi demonstrado que gorduras saturadas (como o ácido esteárico) provocam a morte de um grupo de neurônios existente no hipotálamo (região do cérebro), conhecidos como neurônios POMC. Essas células são sensores de nutrientes e têm a função de avisar para o corpo que está na hora de parar de comer e que há energia disponível para gastar. Após a perda desses sensores, os indivíduos passam a sentir cada vez mais necessidade de consumir alimentos ricos em gordura e açúcar. Por outro lado, ficam com o metabolismo mais lento e armazenam grande parte da energia fornecida pela dieta desbalanceada. “Temos indícios de que outros nutrientes podem causar a recuperação desses neurônios que controlam o gasto energético”, disse Licio Augusto Velloso, coordenador do OCRC, durante o evento (leia mais em http://agencia.fapesp.br/26184). Além de mudanças no padrão alimentar, outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade são distúrbios no sono, nos ritmos biológicos e na produção de melatonina. Foi o que comentou José Cipolla Neto, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Esses três fatores são responsáveis pela regulação do balanço energético e do peso corpóreo. Regulam também a síntese de secreção da insulina e de outros hormônios importantes para o organismo. Segundo Cipolla Neto, a troca do período de descanso da noite pelo dia, a redução ou privação do sono e a diminuição da produção de melatonina pela iluminação noturna podem causar ruptura na distribuição rítmica dessas funções biológicas – chamada cronorruptura – e desencadear o desenvolvimento da obesidade. “Uma regulação rítmica diária, que permita a alternância entre os estados de vigília durante o dia e o descanso noturno, além do sono e da produção adequada de melatonina possibilitam uma boa regulação do balanço energético e do peso corpóreo”, disse. Outro fator que pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade é a genética, disse Carla Barbosa Nonino, coordenadora do Laboratório de Estudos em Nutrigenômica, vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. De acordo com Nonino, são conhecidos mais de 100 genes associados ao gasto energético, apetite, saciedade, formação de tecido adiposo e aos metabolismos lipídico e insulínico, entre outros fatores. “Temos procurado analisar a interação da nutrição com o genoma e a saúde de pacientes com obesidade. Essa área da ciência, chamada nutrigenômica, é relativamente nova e a cada dia são descobertos outros genes associados à obesidade”,

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Tabagismo é considerado como primeira causa de morte evitável no mundo

Que o hábito de fumar é prejudicial para nossa saúde todo mundo já sabe, e embora seja um assunto bastante discutido, os números de doenças causadas pelo tabagismo ainda são muito impactantes. Na quarta-feira (29), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data instituída para alertar a população sobre os perigos que o cigarro pode promover. O tabagismo é uma doença pediátrica já que o hábito se inicia comumente na infância e adolescência. A relação entre o fumo e o câncer de pulmão, por exemplo, já é bem conhecida, mas outras doenças também podem se desenvolver graças ao tabagismo. Cerca de 90% dos casos de tumores malignos no pulmão estão relacionados ao hábito de fumar, assim como 95% dos cânceres de boca. “O tabagismo é um fator comum quando falamos na causa de vários tipos de câncer. O hábito de fumar aumenta as chances de desenvolver a neoplasia na laringe, faringe, fígado, intestino, rim, bexiga, estômago, ovário e até alguns tipos de leucemia. Esses são apenas alguns exemplos do malefício que o cigarro pode gerar”, comenta Dra. Carla Rameri, oncologista da Multihemo, unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem anualmente por causa do tabagismo, o que o torna a primeira causa de morte evitável no mundo. Desse número, 900 mil são de fumantes passivos, pessoas que não fumam diretamente, mas convivem com pessoas que fazem uso do cigarro. Outras doenças que o tabaco também pode causar são as doenças cardiovasculares e doenças respiratórias obstrutivas crônicas, como a bronquite e enfisema. Com a proposta de ajudar as pessoas a largarem o vício, o Grupo Oncoclínicas tem uma campanha durante o ano inteiro que traz informações sobre o que acontece no corpo depois do fumo. “O intuito é mostrar que nunca é tarde para acabar com o hábito. Os benefícios começam logo após 20 minutos da interrupção do fumo. Depois de oito horas os níveis de monóxido de carbono de sangue ficam regulados e o nível de oxigênio aumenta. Após 48h as terminações nervosas voltam a ficar reguladas e os sentidos como olfato e paladar melhoram, e os benefícios aumentam assim por diante”, explica a oncologista. Para saber de todas as vantagens que acontece após o fumo, a cartilha do grupo está disponível no www.eseeuparardefumar.com.br. No site também é possível calcular o que uma pessoa pode ganhar se parar de fumar levando em consideração a quantidade de maços de cigarro fumados por dia e o tempo que já tem o hábito.

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Agosto Laranja: Ressonância Magnética é fundamental para o diagnóstico e acompanhamento da Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla atinge mais de 35 mil brasileiros, é o que aponta uma pesquisa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Pensando em promover um maior diálogo sobre a doença, se institucionalizou o Agosto Laranja, com o intuito de divulgar melhor o problema, contribuindo para o diagnóstico precoce. “A esclerose múltipla é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso central. Na doença, o sistema imunológico (defesa) do corpo confunde as células saudáveis com malignas e as atacam, provocando lesões”, explica o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos Lucilo Maranhão Neto. As causas da esclerose múltipla ainda são bastante desconhecidas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. “O diagnóstico precoce é sempre a melhor indicação. E no caso da esclerose múltipla, a ressonância magnética do cérebro é o exame mais indicado, pois consegue detectar a presença de lesões inflamatórias no sistema nervoso central”, afirma o médico. “Hoje, o exame é considerado como o mais sensível e mais completo para diagnosticar a esclerose múltipla e controlar a sua evolução técnica”, completa o radiologista. De acordo com Maranhão Neto, em alguns casos, a ressonância pode ser realizada logo após o primeiro sinal da doença. “Sempre que sintomas que sugerem problemas no sistema nervoso central são observados a recomendação é a ressonância magnética”. O médico ainda afirma que por meio do diagnóstico precoce e de um acompanhamento rigoroso, é possível atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença. “A ressonância magnética é a principal ferramenta para o diagnóstico da esclerose múltipla. Além disso, no primeiro exame, o estudo da medula espinhal também pode fornecer informações diagnósticas e prognósticas de muito valor”, afirma o radiologista. O exame de ressonância é também fundamental no que diz respeito ao monitoramento terapêutico da enfermidade, pois, além de fornecer informações objetivas da sua atividade e progressão, ainda consegue investigar futuras complicações relacionadas. “A ressonância é capaz de detectar lesões que se manifestam de forma silenciosas em pacientes que ainda nãoapresentam os sintomas da doença”, finaliza o médico.

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De mau hálito a dentes amarelados: especialista explica como acabar com os vilões da boca

Pode parecer até ditado antigo, mas nunca deixou de ser verdade: o sorriso é e sempre será o nosso cartão de visitas. Porém, há alguns problemas que são considerados eternos vilões da boca e acabam sendo recorrentes na vida de muitas pessoas. "Mau hálito, tártaro, cáries e dentes amarelados são comuns e a atenção deve ser redobrada. Em todos os casos, a ida ao consultório do dentista é fundamental e deve ser frequente, para evitar consequências mais graves", orienta a dentista Juliana Kruel, da Crie Odontologia.     Conheça os 4 principais vilões da boca: Mau hálito: a dentista explica que o mau hálito pode ser derivado da cavidade oral (má higienização, cáries e próteses mal adaptadas), ou do próprio sistema gastrointestinal. "É necessária uma consulta com o cirurgião dentista para saber se a cavidade está saudável, sem cáries, se o paciente está higienizando da forma correta, e aí será avaliado o grau. Mas, para prevenção e tratamento, o ideal é sempre higienizar bem os dentes e a língua e ir ao dentista regulamente", afirma. Tártaro: o tártaro é também conhecido como cálculo dental, e nada mais é que a placa bacteriana mineralizada, ou seja, não é possível removê-la em casa apenas na profilaxia com o cirurgião dentista. As causas comuns são alimentação inadequada, higienização incorreta ou a falta dela. Além da limpeza no consultório, pode também ser indicado uma raspagem, dependendo do grau. "A prevenção é realizada através da escovação e fio dental regulamente com a movimentação correta", esclarece Kruel. Cáries: a cárie é ocasionada pelo processo de desmineralização do elemento dental, que tem como principais fatores: acúmulo de placa bacteriana, alimentação inadequada e imunidade baixa. Se o problema estiver em um estágio inicial, o tratamento é a aplicação de flúor aliada à higienização. "Caso a cárie esteja em processo intermediário é necessária uma restauração do dente, e há casos em que o problema está tão avançado que é necessário fazer o tratamento endodôntico e próteses", afirma a especialista. Dentes amarelados: consumo de alimentos e determinadas bebidas, medicamentos e hábitos como tabagismo são causas comuns para a presença de manchas e/ou escurecimento nos dentes. Para a dentista Juliana Kruel, o melhor tratamento é o clareamento dental, um processo estético realizado pelo cirurgião dentista onde é aplicado um produto sobre os dentes que clareia a coloração dos mesmos. Existe o caseiro, em que, como o próprio nome diz, o paciente vai aplicar o produto em casa com a orientação do dentista. E o de consultório (a laser), em que o dentista aplica um laser sobre os dentes do paciente, que sai do consultório com o tratamento finalizado. Divulgação Crie Odontologia

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Pé diabético, um problema grave que atinge mais de 27 milhões de diabéticos

O diabetes é uma doença silenciosa que, quando não tratada e controlada, gera inúmeras complicações. Segundo dados publicados na oitava edição do Diabetes Atlas, desenvolvido pela Federação Internacional de Diabetes, existem 435 milhões de diabéticos no mundo e a previsão é que até 2045 esse número suba para 629 milhões. Só no Brasil, quinto país em número de indivíduos com diabetes acima de 65 anos, já são 12,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. A quantidade de pessoas com a doença no país e no mundo é um dado preocupante. Porém, quando avaliamos os números de mortes causadas por complicações do diabetes, a situação fica ainda mais alarmante. Só no ano de 2017, foram registrados 4 milhões de mortes causadas por problemas de saúde relacionados ao diabetes. Dentre as complicações mais sérias estão: a retinopatia diabética (perda de visão), a nefropatia (lesão ou doença nos rins), a neuropatia (quando os nervos não funcionam corretamente) e o pé diabético (feridas de difícil cicatrização nos pés que podem levar a desbridamentos ou até mesmo amputação do membro). O pé diabético, apesar de parecer mais simples, é uma complicação que atinge cerca de 27 milhões de pessoas. Definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, a complicação se não tratada corretamente pode infeccionar e evoluir para amputação. Pesquisas apontam que a amputação do membro inferior é de 10 a 20 vezes maior na população com diabetes do que na população geral. O paciente diabético precisa tomar muito cuidado com a “saúde dos pés”. Além da dificuldade de cicatrização, ele pode sofrer com a neuropatia diabética - uma complicação que causa formigamento, fraqueza e perda de sensibilidade. “A neuropatia dificulta a percepção do calor, frio e até mesmo de pequenos traumas. Quando o paciente percebe, ele já pode estar com uma lesão grande e evoluída”, alerta Dr. Matheus Cavichioli, cirurgião vascular na clínica Endovascular São Paulo. O caso de um paciente atendido pelo doutor Cavichioli, mostrou a importância de se falar sobre o assunto e alertar as pessoas, principalmente os diabéticos, sobre os riscos que um simples ferimento nos pés pode causar e como é necessário um tratamento rápido e eficiente para conseguir uma boa recuperação e evitar a amputação. “Tratei de um paciente, de 72 anos, com histórico de hanseníase na juventude. Como sequela da doença, ele perdeu a sensibilidade dos pés e desenvolveu uma grande ferida no local. Fizemos várias cirurgias e curativos intensivos para tentar fechar a ferida, porém quando ele voltava a andar ou, simplesmente, apoiar o pé no chão, a feriada abria novamente. Só conseguimos uma cicatrização total quando optamos pelo tratamento com bota ortopédica TCC –EZ logo após a cirurgia. A bota evita atrito e sobrecarga no ponto de maior pressão da ferida, interrompendo o ciclo da úlcera e possibilitando um resultado de 100% de cura. ”, relata o cirurgião vascular. A boa notícia é que esse novo produto, já muito utilizadas no exterior, está chegando ao Brasil e poderá ser utilizada em tratamentos de pacientes pés diabéticos ou qualquer outra doença que envolva lesões graves nos membros inferiores. Um produto novo no mercado brasileiro, de alta tecnologia, que visa evitar a amputação. Sua utilização diminui a pressão plantar em até 69% no início do tratamento. Sua aplicação dura cerca de 10 minutos e o paciente deve ficar com o curativo, assim conhecido popularmente, durante 7 dias. Após este período, o médico faz uma nova avaliação e verifica a necessidade de realizar a troca por uma espécie de “refil” da bota. O TCC-EZ possui um sistema Total Contact Cast, capaz de proporcionar maior proteção ao ferimento. Ele cria uma câmara de cicatrização natural, o que garante a cicatrização ativa da ferida e proporciona um ambiente seguro para o pé, interrompendo o ciclo da úlcera, e possibilitando um resultado de 100% de cura. Há pouco tempo no mercado brasileiro, o TCC –EZ está sendo distribuído pelo Grupo Suprimed e sendo utilizado por renomados médicos e hospitais de todo o país.

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A era dos bebês sedentários

Se por um lado a tecnologia trouxe novas e até pouco tempo inimagináveis perspectivas para a medicina, por outro, suas facilidades também estimulam o sedentarismo. Uma situação que nos deixa mais vulneráveis às doenças crônicas, diminuindo nossa qualidade de vida e longevidade. Longas horas diante das telinhas nos fazem esquecer o passar do tempo e a necessidade de manter o corpo em atividade física. Nem mesmo as crianças pequenas escapam dessa sedução causada por dispositivos eletrônicos. E hoje já se fala até em bebês sedentários. “Essa denominação tem sido aplicada em bebês que gastam horas por dia frente a aparelhos com tela, em especial tablets e celulares, ou ficam períodos longos acordados em cadeiras tipo bebê-conforto”, conceitua João Guilherme Alves, diretor de ensino e pesquisa do Imip, um dos palestrantes do CAM FPS. A Sociedade Canadense de Pediatria, segundo o médico, recomenda que crianças abaixo dos 2 anos não utilizem esses dispositivos e permaneçam menos de uma hora em berço ou cadeiras enquanto acordadas. Para as que têm entre 2 a 4 anos, a orientação é de uma hora de tela por dia. “Quando não estão dormindo, elas devem ter menos de uma hora, em berço ou cadeira”, adverte o médico. O Imip também realizou uma pesquisa recente, na qual 84% dos bebês estudados apresentavam um comportamento sedentário, ou seja, tinham várias horas de tela, mesmo ainda sem completar o segundo ano de vida. Esse percentual foi mais alto do que o encontrado no Canadá (68%). Nesse mesmo estudo, observou-se que o primeiro contato da criança com a tela ocorria muito cedo, por volta dos cinco meses de idade. “Também foi observado que quanto mais horas as mães gastavam frente à TV, mais tempo seus filhos eram expostos à tela. Isso parece demonstrar claramente que os hábitos dos pais passam para os filhos”, conclui João Guilherme. Para as crianças maiores, as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) são de que a prática de exercícios na infância seja realizada, no mínimo, uma hora por dia, com intensidade moderada a vigorosa para fortalecimento muscular e ósseo. Deve ser em sua maior parte aeróbica, mas também inclui atividades de força ou anaeróbicas. Exercícios musculares para crianças e adolescentes, segundo a OMS, melhora aptidão física e composição corporal, incluindo aumento da massa óssea-muscular e redução da gordura. “Mas devem ser feitos após avaliação médica, com prática supervisionada por profissional habilitado e exercícios progressivos”, recomenda João Guilherme. Uma boa maneira de estimular a malhação entre os pequenos é a educação física. “Estudos comprovam que se trata de uma importante intervenção para prevenir as doenças crônicas degenerativas que têm início na infância”, ressalta o diretor do Imip. Apesar dessa importância, João Guilherme afirma que essas aulas são negligenciadas. “Em colégio públicos do Recife, menos da metade dos alunos (44,7%) são assíduos, isto é, frequentam ao menos 80% das aulas. Esse percentual nas escolas privadas é mais elevado, 86%”, revela. Os pais também devem ficar atentos para investir em programas de atividade física extraescolar, que podem incluir até academias de ginástica para crianças. Pois é, elas não são feitas só pra gente grande. Mas devem oferecer segurança e orientação de profissionais habilitados. Sair das quatro paredes e fazer passeios com a garotada em áreas verdes e parques infantis é outra dica importante. “Estudos recentes têm evidenciado que quanto maior a área verde de uma cidade e o número de parques, menor é o surgimento de várias doenças em seus habitantes”, justifica João Guilherme. *Por Cláudia Santos, editora da Revista Algomais (claudia@algomais.com)

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Como gastar menos de 10 minutos para cuidar, tratar e proteger sua pele

Demaquilante, sabonete de limpeza, esfoliante, tônico, sérum, creme anti-idade, creme para área dos olhos, anti-idade, fotoprotetor. Cuidar da pele facial exige muito, mas quanto tempo será que gastamos quando utilizamos os produtos certos? De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para ter uma ideia do que é primordial para a saúde e beleza da pele, é necessário lembrar da pirâmide de tratamento, cuja base é a hidratação e a fotoproteção, além de higienização. E com o advento dos cosméticos multifuncionais, a rotina skin-care pode ser - muuuuuito - facilitada. Ligue o cronômetro e vem que a gente te explica como cuidar da pele em pouco tempo: Pela Manhã “A ordem é limpar, tonificar, hidratar e fotoproteger. Os produtos multifuncionais e aqueles com secagem rápida podem colaborar para que essa rotina seja eficiente e feita em menos de 10 minutos”, diz o dermatologista Dr. Jardis Volpe, membro da SBD. - Limpar em 1 minuto e meio: “A pele deve ser lavada com movimentos circulares com as pontas dos dedos, massageando bem em todas as áreas, principalmente a região da zona T, que é a região mais oleosa. Cuidado com o sabão na região da linha interciliar para evitar qualquer tipo de blefarite ou conjuntivite. Deixar com que esse sabonete, gel de limpeza ou loção de limpeza, dependendo do tipo de pele, permaneça por um minuto e depois retirá-lo com água”, explica a Dra. Claudia. No geral, é indicada a emulsão de limpeza com extratos calmantes para peles secas e, no caso das oleosas, o sabonete líquido com ácido salicílico pode ser usado. - Tonificar em 2 minutos: “As loções tônicas devem ser aplicadas com algodão por toda a extensão do rosto e pescoço. Esse tônico regula (equilibra) o pH, pode ter característica hidratante, controladora da oleosidade e calmante, dependendo do ativo da formulação”, diz o dermatologista Dr. Jardis. Espere a pele secar e parta para a próxima etapa. - Hidratação em 3 minutos: Pode até parecer muito tempo para aplicar, em creme, algo semelhante ao tamanho de uma ervilha no rosto. Mas em três minutos dá até para combinar uma hidratação com um efeito anti-idade potente. Os séruns podem ser aplicados antes e, por terem ativos concentrados, podem trazer uma série de benefícios. “É importante reforçar nosso sistema antioxidante com o uso tópico de Vitamina C estabilizada, Vitamina E, Alistin, OTZ 10 e ácido ferúlico”, explica a médica. No caso do hidratante, aplicado assim que a pele secar, o ácido hialurônico é a opção mais inteligente e pode mesclar baixo e alto peso molecular (Hyaxel e DSH CN). Fique de olho nas texturas: “Peles mais secas se beneficiam de cremes mais pesados enquanto as peles mais oleosas devem investir em gel e loções oil-free”, diz o Dr. Jardis. - Área dos olhos em 1 minutinho: Região com a pele mais fina e uma das mais sensíveis do corpo, a área dos olhos merece tratamento especial, para prevenir a formação de linhas e sulcos. “As fórmulas devem ser suaves, mas concentradas em ativos que garantam a firmeza e elasticidade da pele”, afirma o Dr. Jardis. - Fotoproteção em 2 minutos: Assim que a pele absorver o hidratante e não estiver “melada”, é hora de proteger. “Essa é uma das etapas mais importantes, mas não adianta passar o protetor solar e se expor diretamente ao sol. Esse filtro deve ser passado, de preferência, 30 minutos antes de sair de casa e sofrer a exposição direta. E nós sempre temos que tomar cuidado com essa aplicação. As recomendações mundiais pelos consensos tanto brasileiros de fotoproteção quanto pelos guidelines internacionais é que se use dois miligramas por centímetro quadrado, mais ou menos uma colherzinha de café. Eu tenho que passar o filtro solar até que essa camada generosa cubra toda a área e eu tenha aquela sensação de que existe um conforto e uma cobertura homogênea”, diz a médica. Se sobrar tempo, você pode ficar à vontade para maquiar a pele, porque o básico você já fez! À noite À noite, no banho, limpe a pele do rosto e repita o ritual de limpeza da manhã, massageando e deixando o produto na pele antes de retirá-lo. Segundo o dermatologista Dr. Jardis, é possível usar também, duas vezes por semana, um esfoliante que vai adicionar mais dois minutos nos seus cuidados diários, mas garante uma textura mais suave e também facilita a absorção dos ativos de tratamento que vem a seguir. Após sair do banho e se secar na toalha, aproveite os primeiros minutos, em que os poros estão mais abertos, e hidrate todo o corpo com loções cremosas e ricas em óleos vegetais. No rosto, gaste cinco minutos na tonificação e hidratação, mas adicione também fórmulas recomendadas pelo dermatologista – e que vão fazer a sua rotina saltar mais alguns minutinhos. “Elas podem contar com o retinol, substâncias clareadoras, renovadoras, estimuladoras do turn-over celular e antioxidantes para máximo efeito antiaging”, finaliza a dermatologista Dra. Claudia Marçal. DRA. CLAUDIA MARÇAL: É médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). É speaker Internacional da Lumenis, maior fabricante de equipamentos médicos a laser do mundo; e palestrante da Dermatologic Aesthetic Surgery International League (DASIL). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas - SP.

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Sociedade Brasileira de Dermatologia lança campanha com orientações sobre a dermatite atópica

A dermatite atópica é uma doença da pele comum na população brasileira. Até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos podem ser acometidos. Trata-se de uma doença crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social. Em campanha veiculada nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta a população sobre o que é a doença, causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados. Nas peças divulgadas, a população também é lembrada da importância de procurar o médico dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento da doença. Pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas, principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho, áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas. “Na maioria dos casos, os pacientes com dermatite atópica não possuem na pele a substância que auxilia no fator natural de hidratação que todas as pessoas possuem, sendo assim, é como se faltasse uma película gordurosa na pele do indivíduo e é essa película que protege das agressões externas. Uma das queixas mais comuns de quem tem a doença é o impacto na vida social, embora com alguns cuidados seja bastante possível aumentar o bem-estar do paciente”, explica a Dra. Ana Mósca, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A doença é controlada com a identificação e controle dos fatores desencadeantes, além de medicação adequada. Alguns dos fatores para o desenvolvimento da doença são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional. “Qualquer contato com superfícies ásperas, pelos, exposição solar ou produtos de higiene/limpeza tem efeito desencadeador. É importante que o paciente atópico viva em um ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular poeira. O apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família”, afirma o Dr. Samuel Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Para combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem se reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para que o produto segure ao máximo a umidade da pele”, afirma Ana Mósca. O uso de imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados.  Cremes e pomadas de cortisona também são eficazes no controle da doença, no entanto, devem ser indicados e usados corretamente para se evitar efeitos colaterais a longo prazo. A fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso requer cautela e deve ser discutido com o médico. “Tratamentos com raios ultravioletas costumam ficar restritos apenas aos casos especiais e de difícil controle em razão dos efeitos colaterais da terapia”, salienta Samuel Mandelbaum. Sempre procure um médico para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso. Uma relação de parceria com o médico contribui muito para o tratamento da dermatite atópica. Busque um médico dermatologista associado da SBD: http://www.sbd.org.br/associados/.

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Obesidade infantil: riscos para insuficiência renal

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) afirma que a obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal A preocupação da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) diz respeito aos dados divulgados à imprensa pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apontando que o número de crianças e adolescentes acima do peso entre 5 e 19 anos chega a 124 milhões. "Trata-se de uma epidemia, tendo como agravante a grande possibilidade de que mantenham o sobrepeso ou a obesidade quando chegarem à idade adulta", afirma o diretor científico da SBN, Marcelo Mazza. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que 33% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos estejam acima do peso. De acordo com o nefrologista, a obesidade traz complicações sérias para os rins, como o diabetes e a hipertensão, que danificam os órgãos e abrem as portas para a doença renal crônica. "A obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal, não só como um fator isolado, mas por, na maioria das vezes, estar acompanhado de hipertensão arterial e do diabetes", explica Mazza. O médico ressalta que, além do fator genético, na maioria dos casos a falta de atividade física e da alimentação desregrada e hipercalórica são os principais fatores que levam as crianças à obesidade, por isso é fundamental uma mudança de hábitos para evitar o aparecimento de doenças graves como a renal crônica. "Isso precisa envolver toda a família e a toda a sociedade, pois as crianças são influenciadas por elas na escolha do estilo de vida". Em suas campanhas, a SBN reforça a importância da prática de exercícios, alimentação equilibrada, ingestão de quantidade adequada de água e de evitar o tabagismo. "São medidas possíveis que, se tomadas desde cedo, conseguem impedir que a criança chegue à vida adulta como mais um obeso, sem saúde e com mais probabilidades de desenvolver doenças', conclui o especialista.

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Taxa de mortalidade causada por câncer de pulmão pode aumentar em mais de 40%, segundo pesquisa

A taxa global de mortalidade por câncer de pulmão nas mulheres deve aumentar em 43% até 2030, é o que diz um levantamento feito pelo governo da Catalunha, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa foi divulgada no começo deste mês pelo Câncer Research, jornal da Associação Americana para Pesquisa do Câncer. No total foram investigados números de 52 países, sendo 29 na Europa, 14 nas Américas, 7 na Ásia e 2 da Oceania. No mesmo estudo também foi mostrada a taxa de mortalidade causada pelo câncer de mama. Ao contrário do câncer de pulmão, uma boa notícia: o de mama tende a diminuir e a queda será de aproximadamente 9% até 2030.  O levantamento ainda falou onde esses números serão mais expressivos. A maior taxa do câncer mamário está prevista para a Europa, apesar da tendência de diminuição. Por outro lado, a Ásia ficou com as menores taxas, apesar da tendência de aumento. Já para o câncer de pulmão, a maior taxa de mortalidade está prevista para a Europa e Oceania, enquanto a menor está na América e Ásia. No Brasil, o câncer, em seus diferentes tipos, é a segunda maior causa de morte, segundo o IBGE. A doença perde apenas para doenças cardiovasculares como infarto e hipertensão.  Para tentar amenizar o aparecimento da patologia, ter uma vida mais saudável se faz altamente necessária. Embora seja uma doença com diferentes níveis de intensidade, hábitos simples do dia a dia podem fazer toda a diferença para combatê-la. “Praticar exercício físico regularmente, evitar consumo exagerado de gordura, alimentos enlatados, defumados, carboidratos, álcool e não fumar. O tabagismo é uma das principais causas de cânceres, inclusive”, comenta Dr. Rafael Caires, oncologista da Multihemo, unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife.

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