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Mozart Santos, João Lin e Nando Zeve inauguram exposição de arte contemporânea, no Recife

Os artistas Mozart Santos, Nando Zevê e João Lin inauguram exposição coletiva, na próxima terça-feira (04/06), a partir das 19h, no Estúdio ZV Tattoo Galeria. Intitulada “Seres Imaginários E Outros Encantados”, a mostra de arte contemporânea reúne mais de 50 obras e objetos que exploram a tradição dos famosos gabinetes de curiosidades, com a suas coleções raras de seres encantados.  A expo também apresenta uma série de obras tatuáveis. Um bestiário criado em conjunto pelos três artistas/tatuadores, que elaboram seus estudos, como quem brinca com as formas cambiantes de um caleidoscópio. Personagens que até então, não habitavam no universo artístico de Zevê, Mozart e Lin transformam-se em obras, elementos e objetos, que podem reverberar em uma tatuagem livre de qualquer padrão.  “Abrimos a porta, ou a jaula, para esses seres brincarem. Sinto que propostas assim destravam a cabeça dos artistas e fazem a gente caminhar por novos mundos”. Aponta Nando Zevê, que é tatuador, artista visual.  Formado em artes plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco, o multimídia Mozart Santos traz para a coletiva, uma média de 20 novos trabalhos, entre pinturas, objetos e projeções. A compilação intitulada“Entemofobia” traz técnicas que variam entre desenhos com tinta acrílica e aquarela sobre papel e de formas variadas, incitam a ressignificação acerca dos medos. “No livro dos Seres Imaginários, o autor Borges descreve várias criaturas fantásticas deixando a construção imagética por conta do leitor. A imaginação pode criar um monstro feroz ou um animal bem humorado. Muitas vezes isso acontece quando vamos criar um desenho tatuável. A pessoa descreve tudo que quer e os sentimentos sobre aquele desejo e a materialização fica por conta do artista. Se a mesma descrição for dada a cada um de nós, seriam três desenhos diferentes, mas sobre a mesma coisa. Assim são os encantados da exposição”. Afirma Mozart.  Artista visual com atuação na produção de gravura, desenho, quadrinhos, ilustração, tatuagem e intervenção urbana, a “tara” pelo desenho, sempre foi a expressão preferida de João Lin, no campo das artes. “A pele como suporte e todas as questões políticas e estéticas que decorrem daí, me interessam quando tatuo e quando desenho para tatuar. “Seres Imaginários E Outros Encantados” une o meu espontâneo interesse no universo, mágico, onírico que exploro nos quadrinhos, na gravura e no desenho, ao diálogo com Mozart e Nando, que também exploram esse tema nas suas produções gráficas e na tatuagem”. Conta João, que traz desenhos em nanquim, lápis de cor, posca e caneta bic, sobre papel, para a mostra. Localizado na Galeria Joana D'Arc – Pina, o Estúdio ZV Tattoo Galeria se configura como um ambiente híbrido de estúdio de tatuagem e local de experimentação com exposições, debates, cursos e residências.“Seres Imaginários E Outros Encantados” fica em cartaz na casa até o dia 13 de junho. As visitações podem ser feitas de 14h às 21h. A entrada é gratuita. Sobre os artistas Mozart Santos iniciou sua trajetória nas artes em 2000. Em seus trabalhos de artista plástico e VJ, histórias em quadrinhos, tatuagens vintage, cinema, vídeo games dos anos 80, sereias e o kitsch do universo circense, são alguns dos elementos sempre presentes em sua estética. Inventor nato, Mozart busca sempre a reinvenção através das artes. Tendo feito cursos em Barcelona e Roma, sua inquietação artística criou o grupo “Quarta Parede”  em 2009, cuja proposta era transformar um prédio abandonado do centro do Recife, em galeria para artistas. Mozart também desenvolveu a “Pare, Olhe e Escute”, exposição do tipo "site específico", sediada nas estações de Camaragibe, Jaboatão e Rodoviária do METROREC. Com diversas mostras de caraterísticas multitecnológicas, atuou como coordenador do Mamam no Pátio, havendo participado como artista/educador de trabalho de intercâmbio entre Brasil e Holanda no Het Domain Museum, cujo projeto ganhou prêmio de mensão honrosa do Ministério da Cultura em 2008. Em 2013 participou do projeto Circuito Abierto, residência artística Brasil / Espanha.   João Lin é artista visual com atuação na produção de gravura, desenho, quadrinhos, ilustração, tatuagem e intervenção urbana. No universo da palavra flerta com a poesia na produção de haicais e roteiros para quadrinhos e animação. Aventura-se no universo da música experimental no projeto Inconsistência, Acaso e Erro e na produção audiovisual de curtas experimentais e de animação. Como artista gráfico recebeu vários prêmios em salões nacionais e internacionais de humor e quadrinhos e editou a revista de quadrinhos independentes: Ragú. Editor de Arte, da Folha de Pernambuco, ilustra para a literatura infanto-juvenil e  tem mais de trinta livros publicados por editoras como a Melhoramentos, SM, Scipione, Dimensão, Planeta, Larousse, entre outras. Foi  Coordenador, Assistente  da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia Recife e curador do FIHQ_PE (Festival Internacional de Humor de Pernambuco, nas edições de 2006 e 2007.   Nando Zevê, 35 anos, é tatuador, artista visual e fundador do ZV Tattoo e Galeria, espaço aberto à experimentações artísticas, que além de exposições, abriga eventos envolvendo tattoo, oficinas e artes visuais. Nando também realiza o Salão Contemporâneo de Tattoo, que acontece em parceria com o festival No Ar Coquetel Molotov, e conta com exposições, performances, bate papo e oficinas envolvendo arte e tatuagem. SERVIÇO Na terça-feira (04/06), a partir das 19h, no Estúdio ZV Tattoo Galeria (Localizado na Galeria Joana D'Arc – Pina) Entrada gratuita Assessoria de Imprensa: Mexe Mexe Comunicação Luma Araujo – (81) 9 8532.6635 Visitação: de 05 a 13 de junho, das 14 às 21h Informações e agendamentos: (81) 9 81 8805.1402

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Cuidados com a tatuagem no verão

Para fazer uma tatuagem é preciso prestar atenção em todas as etapas; na hora de fazer a escolha do desenho e região a ser tatuada, selecionar um bom profissional para realizar o trabalho, ambiente, equipamento esterilizado e cuidados pós tattoo. Sérgio Pisani é empresário e dono do estúdio Tattoo You, localizado em São Paulo. Ele garante que os cuidados depois da tatuagem são fundamentais para garantir uma boa cicatrização e evitar possíveis problemas de infecção. Basta seguir as seguintes etapas: logo após terminar a tatuagem é preciso limpar o local e passar um creme de cicatrização para proteger a pele. Depois desse processo é necessário colocar um plástico sobre a área que foi tatuada e retira-lo cerca de duas horas depois, e lavar apenas com sabonete neutro. Depois disso é recomendável passar pomada, em pouca quantidade várias vezes ao dia ou o necessário para deixar a pele úmida e trocar o plástico. É importante ressaltar que a casca que a tatuagem forma é seca e a pele úmida. Por isso se a pele estiver ressecada, na hora em que a pele esticar ela pode rasgar a casca, então é importante que o local tatuado sempre esteja com pomada (em pouca quantidade). Depois de três dias não é mais preciso lavar a tatuagem com sabonete neutro, é só passar a pomada. Do quinto ao sétimo dia a casca cai sozinha. Nos sete primeiros dias não pode tomar sol, nem entrar em piscina com cloro. Depois do sétimo dia a casca já vai ter caído e não será mais preciso passar a pomada, apenas um creme hidratante, mas não pode tomar sol. Se tomar sol durante o primeiro mês do processo de cicatrização da tatuagem há chances de formar queloide, podendo queimar o pigmento da tatuagem. Qualquer coisa que tenha cor, tinta e pigmento e ficar exposto ao sol vai perdendo a cor. Isso é natural. Por isso não faz bem para a pele tomar sol nesse período. Depois do primeiro mês já pode tomar sol, mas é importante passar um bloqueador solar para não queimar a tattoo. É importante seguir todos esses passos para deixar a tatuagem mais bonita e evitar possíveis complicações.

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Com ou sem tatuagem no trabalho?

Uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou destaque nas redes sociais e jogou luz sobre uma antiga discussão: tatuagem pode ser um eliminador na hora de assumir um emprego público? Por maioria, em outubro, a Corte decidiu que o tema merece ser analisado, e, por enquanto, aguarda votação. O debate envolve, no entanto, não apenas o mundo dos concursos, mas abrange o mercado de trabalho como um todo. Afinal, o desenho corporal pode desclassificar um candidato para uma vaga de emprego? Segundo a sócia da ÁgilisRH e da TGI Consultoria, Eline Nascimento, não do ponto de vista legal. A tatuagem não deve ser o foco. “Os indicativos devem ser o desempenho, as habilidades, a atitude frente ao ambiente de trabalho e o cuidado que o candidato tem com a sua apresentação.” O adorno, entretanto, ainda sofre resistência em locais mais tradicionais, como escritórios de advocacia e entidades médicas. É preciso, então, que o profissional tome alguns cuidados. Fazer tatuagens em locais discretos, Enquanto o STF não decide a questão, especialistas orientam profissionais recursos humanos além de utilizar roupas e adereços para cobri-las são alguns deles. Apesar de a escola particular onde trabalha permitir o uso das pinturas, a professora de biologia, Taynara Araújo, 24 anos, prefere esconde-las com anéis, pulseiras e camisas de manga. “Eu evito mostrar, porque sei que há pais que ainda não aceitam muito bem. Tem gente que não entende que a tatuagem não influencia em nada. Muitas pessoas nem imaginam que tenho tantas e quando me encontram em outros lugares, até se surpreendem”, revela. Taynara sabe também que o adorno pode dificultar na hora da contratação. “Minha tia trabalha em um colégio mais tradicional. Recentemente fui enviar um currículo para essa instituição e ela me disse que se eu fosse chamada, teria que ir cobrindo todas as tatuagens, porque lá eles não aceitam de jeito nenhum”, conta. Aliás, algumas dicas podem ser seguidas para uma entrevista de emprego. “A nossa recomendação é que não deixe a tatuagem exposta, que tire o piercing, além de perguntar ao entrevistador se há algum problema da empresa com relação a essa questão”, aconselha Eline. Como se pode notar, mesmo que o preconceito com a pintura tenha diminuído em relação a décadas passadas, a rejeição ainda existe. Isso se deve ao estilo de vida de um povo. Presente na história da humanidade, a tatuagem recebeu valores diferentes ao longo do tempo. No Antigo Egito, por exemplo, os cidadãos já ostentavam os adornos na pele. Aceito por algumas sociedades, a pintura foi, associada a pessoas marginalizadas, por outras. “Há países em que tatuagens estão relacionadas a um padrão de beleza. Então, cada cultura vai ter uma forma diferente de ver a estética”, avalia Eline. O mesmo ocorre quando se leva em consideração o ambiente de trabalho. De acordo com a consultora, é preciso avaliar os valores da empresa no momento em que se escolhe se candidatar. “Apresentação pessoal pode ter uma interferência para aquele segmento de trabalho. Essa é uma questão que passa pela história, pela cultura e pelo produto que uma empresa vende. Afinal, a imagem do profissional, também é a imagem do serviço que ela oferece.” Então, se para alguns exibir as tatuagens não é aconselhável, para outros pode ser um diferencial. É o que nota a jornalista Rebeca Tavares, 29 anos. Dona de uma agência, ela acredita que o desenho gravado no corpo em determinadas situações pode colaborar. “Eu trabalho com a cena cultural e a tatuagem não é um problema, na verdade, ela até ajuda, porque você fica com um ar mais descolado”, acredita. As duas tatuagens que possui ficam em locais mais discretos. Uma na costela e outra no cóccix. Na época, a escolha da localização levou em consideração o futuro profissional ainda incerto. “Acho que o preconceito contra a tatuagem é algo que ficou no passado. A última que fiz tem 7 anos. Acho que se tivesse sido há uns 2 anos, teria sido em um local mais visível.” Tanto que Rebeca já marcou as próximas sessões para uma nova tatuagem, agora, no braço. Independente do ambiente de trabalho, algo é certo: um candidato não pode ser excluído de um processo seletivo ou demitido por ter uma tatuagem.“Uma empresa que, por exemplo, restrinja tatuados ou um funcionário que se tatuou posteriormente, nessa situação, sim, cabe uma ação posterior por danos morais, tendo em vista que pode ser considerado preconceito”, esclarece o advogado Cristiano Lopes. O advogado, que também é professor do cursinho espaço Heber Vieira, é contrário à restrição de tatuagens existente nos editais de certos concursos, como por exemplo, para polícia. “O candidato faz o concurso, passa por todas as etapas de formação e depois faz uma tatuagem. Então, existe certa hipocrisia.” Para ele, a proibição vai de encontro aos direitos constitucionais. “Isso fere, inclusive, o conceito da dignidade da pessoa humana. A própria Constituição estabelece que não possa haver distinção em razão do sexo, da idade, da cor, da raça, das preferências sexuais ou qualquer outra forma de discriminação.” Enquanto o STF não toma sua decisão, um conselho é bem-vindo: “Se você não se sente seguro, não faça, embora, isso não deve ser requisito para se ingressar na carreira pública”, coloca Cristiano. Ele inclusive tem várias tatuagens espalhadas pelo corpo e acredita que elas não interferem em sua vida profissional. “Nas ações não é que eu esconda, mas como eu estou de mangas compridas elas realmente não aparecem. Já em aulas, quando eu vou com camisas de manga curta, eu não sinto nenhum tipo de constrangimento. Embora, perceba que ainda há preconceito.” Eline, por sua vez, observa que esse cenário vem mudando e cada vez mais a tatuagem é aceita. “As pessoas têm se posicionado mais e discutido mais essas questões abertamente hoje.” (Por Camila Moura)

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