Arquivos Trabalho - Página 4 De 5 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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75% dos brasileiros ainda não têm flexibilidade no trabalho

O Brasil ainda não se adaptou às novas formas de trabalho. É o que aponta pesquisa da Randstad, líder global em soluções de recursos humanos, em que 75% dos brasileiros afirmaram ainda trabalhar no formato tradicional: no escritório e no horário comercial. De acordo com o estudo realizado em 33 países, os mais desenvolvidos parecem mais avançados no que diz respeito à adoção de formatos flexíveis: na Suécia, apenas 51% dos entrevistados afirmaram trabalhar segundo o modo convencional, o menor percentual dentro deste cenário, enquanto a Índia registra o maior índice, com 85% dos profissionais atuando dentro da sede da empresa e em período comercial. Por outro lado, para quem torce pela mudança nos padrões de trabalho, a notícia é boa: 69% dos indianos acreditam que a maneira de trabalhar está mudando no país; no Brasil, esse percentual é de 45%. “O país está passando por um processo de reformulação das relações de trabalho. As empresas estão adotando gradativamente políticas de home office, horário flexível, trabalho remoto e outras opções que desconstroem o modelo tradicional da década de 80”, explica Jorge Vazquez, presidente da Randstad no Brasil. Motivação Para 90% dos brasileiros, o trabalho flexível permite melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e para 86% deles, isso aumenta a produtividade, criatividade e satisfação. Mas nem tudo é positivo: 38% dos entrevistados sentem que essa flexibilidade também causa grande pressão na vida pessoal, já que nunca conseguem se desconectar completamente do trabalho. Ainda assim, 76% dos brasileiros preferem trabalhar de casa ou de outros lugares que não o escritório, mas apenas 58% afirmam que as empresas fornecem recursos e equipamentos suficientes para que isso seja viável. Esse pode ser um dos motivos pelos quais 57% dos profissionais afirmaram preferir trabalhar no escritório.

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Número de brasileiros que realizam trabalho voluntário cresce 12,9%

A pesquisa Outras Formas de Trabalho 2017, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 7,4 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário, o equivalente a 4,4% da população de 14 anos ou mais de idade. O aumento foi de 12,9% em comparação a 2016. Os dados são baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), da mesma instituição, que considera trabalho voluntário aquele não compulsório, realizado por pelo menos uma hora na semana, sem receber remuneração ou benefícios em troca, e realizado em apoio a pessoas que não moram no mesmo domicílio do entrevistado e não são de sua família. O perfil dos voluntários no país é prioritariamente de mulheres que têm uma série de atividades extras, além de trabalho e afazeres domésticos. Os que desenvolviam atividades voluntárias em 2017 eram 5,1% das mulheres e 3,5% dos homens, fato observado em todas as grandes regiões. Para analisar a intensidade do trabalho voluntário, o IBGE considera a média de horas despendidas na semana em tais atividades. Em 2017, a média foi de 6,3 horas semanais, inferior às 6,7 horas constatadas no ano anterior. A região com maior média de horas foi a Norte (7,1 horas) e a com menor média, a Sudeste (6 horas). A única região com aumento da dedicação ao trabalho voluntário foi a Sul. A região Norte ficou estável e as demais tiveram queda. Detalhamento A quantidade de horas dedicadas ao trabalho voluntário é equivalente entre os homens e as mulheres que realizam esse tipo de atividade. A dedicação ao trabalho voluntário é maior entre os que têm uma ocupação (4,7% do total) do que entre os não ocupados (3,9%). Em relação à idade, a participação nessas atividades é maior entre as pessoas mais velhas: em 2017, 2,9% dos que têm 14 a 24 anos faziam trabalho voluntário; a proporção sobe para 4,6% entre os de 25 a 49 anos; e para 5,1% entre os que têm 50 anos ou mais. Nas regiões Norte e Nordeste, no entanto, a maior taxa foi a do grupo de pessoas de 25 a 49 anos de idade (6,9% e 3,6%, respectivamente). Se considerado o grau de escolarização, a participação é maior entre os que têm nível superior completo (8,1%) do que os que não têm instrução ou têm o fundamental incompleto (2,9%). Para a analista de Trabalho e Rendimento do IBGE, Alessandra Brito, este aumento "pode ser por causa do maior acesso à informação da população graduada, que sabe onde realizar esse tipo de trabalho, uma vez que as pessoas com nível superior completo costumam estar melhor inseridas no mercado, com mais tempo livre, e podem por isso mesmo ter uma maior conscientização frente aos menos escolarizados". Vínculo com associações A maioria dos que desempenham trabalho de voluntariado mantém vínculos com instituições, 91% do total. Pelos dados, 79,8% das pessoas que realizaram trabalho voluntário o fizeram em congregação religiosa, sindicato, condomínio, partido político, escola, hospital ou asilo. O percentual de vínculo com instituições reduziu 1,7 ponto percentual de 2016 para 2017. Regionalmente, o Centro-Oeste apresentou o maior percentual (86,1%), enquanto o Sul teve o menor (74,8%). Por outro lado, aumentou em 0,6 ponto o percentual de realização de trabalho voluntário vinculado associação de moradores, associação esportiva, organização não governamental (ONG), grupo de apoio ou outra organização, fechando em 13% em 2017. Para aprimorar a pesquisa, Alessandra ressaltou que é necessária uma maior disseminação do conceito de trabalho voluntário. "Muitas pessoas ainda relacionam voluntariado a apenas fazer algo para um asilo ou uma organização não governamental. Precisamos lembrar que levar a vizinha ao médico, ajudar um amigo com alguma tarefa ou ficar com a neta do vizinho para ele ir trabalhar também são exemplos de trabalho voluntário individual", disse, em referência aos 9% que se voluntariam sem estar vinculados a instituição. (Agência Brasil)

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País cria 77,8 mil postos de trabalho, melhor resultado para janeiro desde 2012

Em janeiro, o Brasil criou 77.822 mil novos postos formais de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. O resultado é o melhor para o período desde 2012, e é a primeira vez desde 2014 que as contratações superam as demissões. O saldo é resultado de 1,3 milhão de admissões e 1,2 milhão de desligamentos. Considerados os últimos 12 meses, de fevereiro de 2017 a janeiro foram criadas 83,5 mil postos com carteira de trabalho. A última divulgação, que trouxe o saldo de 2017, mostrou que o Brasil fechou o ano passado com resultado negativo, foram fechadas 20,8 mil vagas de trabalho. Segundo a publicação, o salário médio daqueles que foram desligados no mês, descontada a inflação, foi R$ 1.636,41. Já o salário médio daqueles que foram admitidos foi menor, R$ 1.535,51. Setores e estados Segundo o levantamento, em janeiro, a indústria de transformação liderou a geração de empregos, com 49,5 mil novos postos de trabalho. O setor é seguido pelos serviços, que registraram 46,5 mil novos postos. No setor de agropecuária foram criados 15,6 mil postos; na construção civil, aproximadamente 15 mil, e, em serviços industriais de utilidade pública, 1,1 mil postos de trabalho. Na outra ponta, o comércio registrou o maior fechamento de postos, foram 48,7 mil a menos no mês. Na administração pública foram fechadas 802 vagas e, em extrativa mineral, 351. Nos estados, São Paulo liderou as contratações, com mais de 20,3 mil novos postos. O estado é seguido pelo Rio Grande do Sul (17,8 mil), Santa Catarina (17,3 mil) e Paraná (11,6 mil). O Rio de Janeiro foi o estado com mais fechamento de postos de trabalho, com a demissão de 98,4 mil pessoas e contratação de 88,6 mil, terminando o mês com 9,8 mil postos fechados. Trabalhos intermitentes e parcial Segundo o Caged, em janeiro, foram feitas 2.860 admissões para trabalho intermitente e 4.982 para trabalho parcial, modalidades que entraram em vigor com a reforma trabalhista. O maior número de contratos intermitentes foi firmado no comércio (1.003), seguido por serviços (879). Já para trabalho parcial, o maior número de contratações foi para prestação de serviços, com 3.230. O setor de comércio aparece com 1.096. No trabalho intermitente, o empregado recebe por período trabalhado - em horas ou diária. Tem direito a férias, FGTS, previdência e décimo terceiro salário proporcionais. No contrato, deverá estar definido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função. O empregado deverá ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes. No trabalho parcial, a jornada poderá durar até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras, pagas com acréscimo de 50%. Um terço do período de férias pode ser pago em dinheiro. Dentre as pessoas admitidas para trabalhos parciais, a maioria é mulher (2,9 mil), jovem (2,5 mil) e tem até o segundo grau completo (2,7 mil). Desligamentos de comum acordo No mês passado, foram feitos 9.356 desligamentos de comum acordo, modalidade que também entrou em vigor com a reforma trabalhista. Esses desligamentos foram informados por 7,2 mil estabelecimentos. A maioria das pessoas desligadas é do setor de serviços, 4,4 mil. Com a nova legislação, o contrato de trabalho pode ser encerrado de comum acordo entre patrão e empregado, com pagamento de metade do aviso-prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. (Agência Brasil)

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Produtividade do trabalho na indústria cresceu 4,5% em 2017

A produtividade no trabalho da indústria de transformação cresceu 1,3% no quarto trimestre de 2017 frente ao trimestre imediatamente anterior e fechou o ano com um aumento de 4,5% em relação a 2016. Nos últimos dez anos, de 2007 a 2017, o indicador teve um crescimento de 8,4%, informa o estudo trimestral Produtividade na Indústria, divulgado nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A produtividade no trabalho é o resultado da divisão do volume produzido pelas horas trabalhadas na produção. "O aumento do indicador, em 2017, reflete o crescimento de 2,2% no volume produzido e a queda no mesmo ritmo das horas trabalhadas", explica o estudo. De acordo com o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a principal razão para o aumento da produtividade em meio à crise econômica é a mudança de comportamento das empresas e dos trabalhadores. "Tanto empresas quanto trabalhadores se esforçam mais durante a crise para não perder a renda. A empresa não quer fechar e, diante da competição mais acirrada e da queda de receita, ela reduz custos e melhora a gestão para ser mais eficiente. Os trabalhadores, por sua vez, não querem perder o emprego. Por isso, buscam ser mais produtivos para que a empresa não quebre e eles mantenham o emprego", analisa Fonseca. O estudo lembra ainda que, em meio à crise, as empresas menos eficientes fecham as portas e os trabalhadores menos produtivos tendem a ser dispensados pelas empresas, que buscam reter os mais produtivos. "Com isso, cai a proporção de unidades menos produtivas no total de unidades fabris de um país. Efeito similar ocorre entre os trabalhadores", diz o estudo. AGENDA DA COMPETITIVIDADE - Renato da Fonseca alerta que a recuperação da economia pode reduzir a pressão pela eficiência e diminuir o ritmo de aumento da produtividade. "Para manter os ganhos de produtividade é preciso aumentar os investimentos em inovação e capacitação nas empresas", diz o economista. Além disso, completa Fonseca, o país precisa avançar na agenda da competitividade e na melhora do ambiente de negócios, com a redução da burocracia, a melhoria da infraestrutura, o aumento da qualidade da educação, a redução da carga tributária e dos custos dos financiamentos.

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Brasil fecha 20,8 mil vagas de trabalho formal em 2017

O Brasil fechou 20.832 vagas de trabalho formal em 2017, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (26) pelo Ministério do Trabalho. O número representa redução de 0,05% em relação ao estoque de 2016, quando foram fechadas 1.326.558 vagas. Esse foi o terceiro ano consecutivo de saldo negativo. Em 2015, houve queda de 1.534.989 vagas. Para o Ministério do Trabalho, o resultado de 2017 significa estabilidade do emprego no país. "É um resultado que veio dentro das expectativas. Todas as estimativas de mercado apontavam para algo próximo da estabilidade no emprego", avaliou o coordenador-geral de Estatística do ministério, Mário Magalhães. De acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e as demissões, 14.656.731. Apenas em dezembro, 328.539 postos de trabalho formal foram fechados – queda de 0,85% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números do Caged 2017 já incluem contratos firmados sob novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada parcial e a jornada intermitente. Foram, ao todo, 2.851 admissões para trabalho intermitente no mês de dezembro e 227 desligamentos. Em relação ao trabalho parcial, foram 2.328 admissões e 3.332 desligamentos, no mesmo período. O saldo foi de queda de 1.004 empregos. Setores de atividade Segundo o levantamento, o comércio liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 40.087 novos postos de trabalho. Em 2016 e 2015, houve perda de 197.495 e 212.756 vagas, respectivamente. A agropecuária encerrou o ano de 2017 com saldo positivo de 37.004 postos. No ano anterior, o resultado foi negativo de 14.193 postos. O setor de serviços registrou saldo positivo de 36.945 postos, interrompendo tendência de queda observada em 2016 e 2015 (392.574 e 267.927, respectivamente). Na construção civil, o ano foi encerrado com saldo negativo de 103.968 vagas, ante quedas de 361.874 e 416.689 identificadas em 2016 e 2015. No setor de indústria da transformação, houve redução de 19.900 postos, retração menor que a observada nos dois anos anteriores (324.150, em 2016, e 612.209 em 2015). Regiões O Centro-Oeste e o Sul do país apresentaram saldo positivo de emprego, da ordem de 36.823 e 33.395 vagas, respectivamente, ante resultados negativos de 66.410, em 2016, e 64.887, em 2015, no Centro-Oeste e 147.191 em 2016 e 229.042 em 2015 no Sul. Já as demais regiões do Brasil apresentaram saldo negativo, sendo o Sudeste com 76.600 postos, o Nordeste com 14.424 vagas e o Norte com 26 vagas. Nos anos de 2016 e 2015, os saldos negativos foram de 791.309 e 892.689, no Sudeste; 242.659 e 251.260 no Nordeste e 78.989 e 97.111 no Norte. (Agência Brasil)

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País abre 35,9 mil vagas de trabalho; quarto mês com saldo positivo

O mercado de trabalho brasileiro abriu 35,9 mil vagas formais em julho. É o quarto mês consecutivo com saldo positivo e o quinto mês do ano. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas ontem (9). O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas. O saldo positivo mensal foi impulsionado pelo setor da indústria da transformação, que criou 12.594 vagas. O comércio abriu 10.156 vagas e o setor de serviços, 7.714. A agropecuária vem logo atrás, com a criação de 7.055 vagas. Por fim, a construção civil teve criação de 724 vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, é a primeira vez em 33 meses que a construção civil teve desempenho positivo na criação de empregos. “São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e têm muito a ver com o poder de compra do consumidor”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Segundo ele, a liberação para saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o resultado positivo. "Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões das contas inativas do Fundo de Garantia [do Tempo de Serviço]. O trabalhador teve o direito de usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente. Ou pagar contas, ou utilizar desse dinheiro para fazer investimentos. E isso influenciou no crescimento [do emprego] da indústria da transformação", disse o ministro. Ele prevê, ainda, resultados melhores nos próximos meses. "O Brasil não vai ter mais números negativos em emprego. No mês que vem teremos números bem melhores", disse Ronaldo Nogueira. Segundo ele, contribuirão para o emprego os investimentos já programados da General Motors [montadora de veículos] no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos. Pelo Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado do Caged. "Quarto mês seguido com criação de empregos formais. As 35 mil carteiras assinadas em julho mostram que já estamos vencendo o fantasma do desemprego", disse Temer. Por outro lado, fecharam vagas no mês de julho os setores de serviços industriais de utilidade pública (-1.125), administração pública (-994) e a área extrativa mineral (-224). (Agência Brasil)

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Agropecuária gerou mais de 36 mil novos postos de trabalho no mês de junho

Esta semana foi marcada por importantes datas referentes à agricultura brasileira, culminando hoje (28) , no Dia do Agricultor. O setor, que é um dos principais da economia do país, engloba desde o agronegócio a agricultura de subsistência, envolve também movimentos sociais, indígenas, quilombolas, agricultores familiares, em uma produção capaz de abastecer grande parte do mercado interno e ter desempenhos de destaque no mercado externo. A Lei que instituiu a agricultura familiar no Brasil, Lei nº 11.326/2006, completou 11 anos na segunda-feira (24). Na terça-feira, foi comemorado o Dia da Agricultura Familiar. Os dados do setor são representativos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da crise, o setor agropecuário como um todo teve um avanço de 1% do Produto Interno Bruto (PI B) no primeiro trimestre deste ano. O PIB do setor cresceu 13,4% na comparação com o último trimestre do ano passado, no melhor desempenho em termos trimestrais desde 1996. Em termos de geração de empregos, a agropecuária teve o melhor saldo (diferença entre admissões e demissões) entre os setores econômicos, com 36.827 novos postos, conforme os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Além da agricultura, apenas a administração pública teve saldo positivo, de 704 novos postos. Os demais setores tiveram mais demissões que admissões. Já a agricultura familiar faz a comida chegar até a mesa de cada brasileiro; produzindo mais 50% dos produtos da cesta básica. “O agricultor, além de fazer a diferença para a produção, é quase um geneticamente modificado, porque tem muita coragem de pegar todos os seus recursos do ano, jogar no chão como semente, esparramar bem - não tem jeito de juntar - e depois ficar ali, torcendo para chover, para não chover, para receber na hora de vender. É um cidadão muito corajoso, que faz muita diferença para a humanidade", diz o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Para este ano é esperada uma safra recorde de grãos, com a produção de 237,2 milhões de toneladas, um aumento de 27,1% ou 50,6 milhões de toneladas frente às 186,6 milhões de toneladas da safra passada, de acordo com a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento. Agricultura Familiar Segundo dados do último Censo Agropecuário, a agricultura familiar representa 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros e é o setor responsável pela base econômica de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes e responde por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional. Esses agricultores ocupam um quarto da terra agrícola, mas produzem 87% da mandioca do país, 69% do feijão, 59% dos porcos, 58% dos lácteos, 50% dos frangos, 46% do milho, 33,8% do arroz e 30% do gado do Brasil. "O agricultor familiar tem um papel importante no desenvolvimento do nosso país, conquistou [desde o governo de Fernando Henrique Cardoso] políticas públicas e reforçou economicamente o setor. Tivemos uma melhora significativa nas condições de vida do agricultor familiar", diz o coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil, Marcos Rochinski. Rochinski, no entanto, diz que o setor está preocupado com a perda de benefícios devido à extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, transformado no governo de Michel Temer na Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário e no contingenciamento de recursos, que de acordo com a Confederação, chegou a 47% em determinadas políticas. "Nossa posição é tradicionalmente mais comemorativa, mas esse ano é mais de protesto, para trazer a tona que estamos perdendo os investimentos. Não é à toa que alguns números começam a dizer que a fome volta a assolar e ser presente no meio rural, coisa que tínhamos conseguido eliminar. Tivemos melhoras significativas, mas nesse momento, estão todas em risco", diz. Segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, foram disponibilizados R$ 30 bilhões para serem investidos na safra 2017/2018, como prevê o Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020, lançado em maio deste ano. "Acreditamos que há um aumento na participação da agricultura familiar no contexto geral da agricultura brasileira. Para se ter ideia, o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], em 2006, disponibilizava R$ 7 bilhões, hoje, são R$ 23 bilhões. Triplicou em dez anos", ressalta o subsecretário da Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Everton Augusto Paiva Ferreira. Disputas O campo também é palco de disputas. Esta semana, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encampou a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que teve início no último dia 25. O movimento ocupou terras do ex-deputado e ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do empresário Eike Batista, do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira e do grupo Amaggi, da família de Blairo Maggi, entre outras. Em nota, o MST diz que ocupou terras de pessoas acusadas, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e outros. O movimento, que tem suas origens em organizações que existem no país desde meados do século 20, reúne hoje cerca de 350 mil famílias, segundo o próprio MST. O grande assunto é a reforma agrária, com a desapropriação ou compra de latifúndios improdutivos pela União e redistribuição das terras para famílias que deverão usá-las como meio de sustento. Segundo o MST, isso permitirá a reestruturação não só da concentração da propriedade da terra no Brasil, mas do jeito de produzir. (Agência Brasil)

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Participação de idosos no mercado formal de trabalho cresce 30% em cinco anos

O número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu cerca de 30% entre 2010 e 2015. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho, em 2010 havia 5,8 milhões trabalhadores com carteira assinada nessa faixa etária, e o número passou para 7,6 milhões em 2015. Também foi registrado um aumento na participação de trabalhadores com mais de 65 anos, que passou de 361,3 mil em 2010 para 574,1 mil em 2015, um aumento de 58,8%. Dados da Rais mostram que o setor de serviço é o que tem mais receptividade aos trabalhadores mais velhos. Quase 2,6 milhões de trabalhadores entre 50 a 64 anos estavam empregados com carteira de trabalho nesse segmento em 2015. Outros 200,4 mil tinham mais de 65 anos. No mesmo ano, a administração pública empregava 2,5 milhões de pessoas entre 50 e 64 anos, seguido da indústria de transformação, com 923 mil empregados nessa faixa etária, e do comércio, com 864 mil trabalhadores. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais de 2 milhões de pessoas de 50 a 64 anos e 99,2 mil com mais de 65 anos perderam o emprego nos últimos 12 meses. No mesmo período, houve 931,4 mil contratações de pessoas nas duas faixas etárias. O Ministério do Trabalho está estudando a criação de uma nova divisão para cuidar de questões de discriminação, entre elas contra idosos no mercado de trabalho. A expectativa é dar uma atenção maior ao combate ao preconceito no ambiente de trabalho. (Da Agência Brasil)

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Pequenas empresas contrataram 60% mais que grandes em 2016

As micro e pequenas empresas admitiram 9 milhões de trabalhadores em 2016, 60% mais que os 5,7 milhões contratados pelas grandes e médias empresas no período. A informação é do levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O número maior de contratações das micro e pequenas empresas verificou-se em todas as faixas etárias. O maior número de contratações por parte dos pequenos empresários, no entanto, ocorreu na faixa etária de 25 a 39 anos, em que as micro e pequenas empresas empregaram 4,3 milhões de trabalhadores, 59,2% mais que os 2,7 milhões das médias e grandes empresas. A segunda faixa etária com mais contratações pelos pequenos negócios foi abaixo dos 24 anos. Nesse caso, as micro e pequenas empresas empregaram 2,8 milhões de trabalhadores em 2016, 55,5% a mais que o 1,8 milhão contratado pelas médias e grandes no mesmo período. A análise mostrou ainda que tanto as empresas pequenas quanto as grandes dão preferência à contratação de trabalhadores mais jovens. A maioria dos contratados nos dois tipos de empresa têm entre 25 e 39 anos. Nas micro e pequenas empresas pessoas dessa faixa etária representaram 47,5% dos contratados no ano passado. Nas médias e grandes empresas, corresponderam a 47,4%. Os trabalhadores acima de 65 anos representaram um percentual muito pequeno dos contratados em 2016: 0,3% nas micro e pequenas empresas e 0,2% nas médias e grandes. Quando compara-se a quantidade de contratados em números absolutos, no entanto, os pequenos negócios saem à frente. Enquanto médios e grandes empresários contrataram 11.120 pessoas nessa faixa etária em 2016, os pequenos empreendedores contrataram 24.454, o equivalente a 120% a mais. Automação O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, avalia que características específicas das micro e pequenas empresas contribuíram para que elas garantissem mais contratações que as médias e grandes em meio à crise econômica. “O desemprego na grande empresa não é só conjuntural, é estrutural. As grandes empresas estão eliminando postos de trabalho, usando mais automação. A pequena empresa não tem tanta tecnologia, além de ter grande presença no setor de serviços [intensivo em mão-de-obra]”, afirma. O economista Gilberto Braga, professor da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Ibmec, no entanto, analisa que a própria crise econômica contribui para a criação de empregos em micro e pequenas empresas, ao empurrar profissionais desempregados para o trabalho por conta própria. “O ambiente de crise empurra muitos profissionais de empregos tradicionais para se tornarem empreendedores. Essas pessoas, que perderam empregos formais, acabam abrindo a própria pequena empresa e, consequentemente, contratando outras pessoas. É um fenômeno comum”, destaca. Jovens e idosos Para Afif Domingos, a pesquisa mostra que pequenas as empresas são “porta de entrada e saída” para o mercado de trabalho, por contratarem pessoas no início e fim da carreira. Segundo o presidente do Sebrae, a contratação dos mais jovens deve-se à possibilidade de treinamento da mão-de-obra. “Uma empresa grande quer alguém que ela não tenha que treinar. Ela quer o mais qualificado. Na pequena empresa o funcionário vira auxiliar de caixa, depois gerente, vai fazendo a carreirinha dele”, comenta. O presidente do Sebrae ainda atribui a contratação de maior número idosos a um ambiente “mais humano” nas micro e pequenas empresas. “A pequena empresa é uma macrofamília. O ambiente é muito pessoal. Há um relacionamento mais humano. Muitas vezes o funcionário da pequena empresa vai ao médico frequentado pelos donos”, exemplifica. O economista Gilberto Braga ressalta que o profissional jovem custa mais barato para a pequena empresa, que dispõe de um caixa mais modesto. Além disso, o treinamento é mais viável. “Pelo fato de você ter na pequena empresa, normalmente, um dono que participa da gestão, o aprendizado se dá de forma muito mais rápida que na grande onde você precisa de um treinamento formal”, afirma. No caso dos idosos, o professor do Ibmec ressalta que há vantagens na contratação de funcionários mais velhos. “Dependendo do idoso, ele tem experiência. O empresário não tem custo de transporte, pois há gratuidade. Além disso, o idoso tem preferência no atendimento bancário e em todas as repartições públicas. Antes, se tinha o office boy. Hoje, temos o office old”, diz. Setores O levantamento do Sebrae apontou que o setor de serviços foi destaque nas contratações das micro e pequenas empresas em 2016, com admissão de 3,2 milhões de trabalhadores. O segundo setor com maior número de contratações foi o comércio, com 2,8 milhões. O empresário Felipe Evangelista, dono de uma hamburgueria em Brasília, conseguiu abrir vagas no setor de comércio este ano, apesar da já longa crise econômica. Nos meses de janeiro e fevereiro, ele contratou dois funcionários. Para Felipe, “o mercado sempre oscila” mas é preciso resistir. “Não pode se deixar levar pelo momento difícil. A crise pode revelar novas possibilidades Com a escassez de emprego, existem muitos profissionais bons desempregados. Tem que saber buscar”. (Agência Brasil)

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Ações de economia solidária como alternativa para crise

Debatedores defenderam na terça-feira (25) que ações de economia solidária sejam adotadas como políticas públicas de Estado e não de governo para garantir sua continuidade. A discussão sobre o tema foi feita no 4° Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, em Brasília. A economia solidária também foi apontada como alternativa de geração de trabalho e renda no momento em que há altas taxas de desemprego no país. A vice-presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol Brasil) e ex-diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária do governo do Rio Grande do Sul, Nelsa Nespolo, disse que é preciso contar com políticos comprometidos com a sustentabilidade para fortalecer a economia solidária. “Não queremos políticas de governo, queremos políticas públicas de Estado porque elas permanecem e as políticas de governo passam. Temos que ter governos comprometidos com esse público e esses trabalhadores. Quando um gestor está executando uma política social, ele está fazendo sua obrigação”, disse Nelsa Nespolo. O ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ex-titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da prefeitura de São Paulo Artur Henrique defendeu a adoção, pelos municípios, de legislações que usem o potencial das compras públicas como meio para fortalecer o modelo de comércio solidário. “Podemos utilizar mudanças na legislação para transformar a política pública. Não apenas uma decisão governamental que com uma canetada alguém resolve acabar com o que está em vigor, é uma lei aprovada que obriga o processo de licitação cumprir determinadas para priorizar micro e pequenas empresas e cooperativas”, disse Artur Henrique. A secretária de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo da Bahia, Olívia Santana, avalia que, com o desemprego, a economia solidária se coloca como uma alternativa para garantir autonomia financeira. “Temos que entender a economia solidária como uma estratégia econômica fundamental de resistência a toda essa crise que estamos vivendo. Diante de um quadro de descenso do emprego formal é preciso priorizar, investir, não deixar regredir as políticas de geração de renda e os empreendimentos da economia solidária são fundamentais”, disse. A opinião é compartilhada por Artur Henrique que também considera que, com o atual quadro de desemprego, a economia solidária se impõe como alternativa. Olívia Santana avalia ainda que nos momentos de crise os projetos de economia solidária estão entre os primeiros a sofrer cortes orçamentários, quando deveria ocorrer o inverso. “É uma nova lógica diante do que está posto na economia capitalista”. O 4° Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável é realizado pela Frente Nacional dos Prefeitos e ocorre até 28 de abril. O evento é realizado a cadas dois anos e nesta edição reúne gestores municipais e estaduais com o tema central “Reinventar o financiamento e a governança das cidades”. (Agência Brasil)

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