Arquivos Urbanismo - Página 5 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

urbanismo

Próximo ao Ceasa, agricultores plantam e geram renda

Rodovias, viadutos, trânsito intenso e a silhueta dos prédios da cidade à vista. No mesmo quadro, plantação de várias hortaliças, capim e até plantas medicinais. A rotina do urbano se mistura com o cenário e as práticas rurais nas margens da BR-101. A maioria dos recifenses que passa pelas proximidades do Ceasa conhece das janelas dos carros ou ônibus o cultivo do Projeto Integrado das Hortas Comunitárias, que completa 10 anos e já alcança a extensão de 73 hectares. O incentivo do uso das nove alças no entorno do Ceasa para a prática da agricultura urbana surgiu após um processo de desapropriação de ocupações irregulares nessa região. Ao identificar que várias dessas famílias que permaneceram nas vizinhanças estavam em situação de vulnerabilidade social e tinham origens rurais, nasceu a ideia de garantir renda para elas por meio da produção de alimentos. Hoje são 162 agricultores e agricultoras que sustentam suas famílias com uma diversidade de hortaliças que são comercializadas no Ceasa e também destinada a compradores diretos que param nas proximidades da BR-101 em busca de alimentos e ração. “Parte dessa produção, que é muito grande, segue também para as feiras dos bairros vizinhos, como Jardim São Paulo, Roda de Fogo e Engenho do Meio”, relata a coordenadora do projeto, Jaciara Pereira. As principais variedades produzidas no projeto são quiabo, alface, coentro e, principalmente, o capim mian, destinado à alimentação de pássaros, que é o principal responsável pelo faturamento desses produtores. Há ainda o cultivo de macaxeira e milho. Altair de Souza, 47 anos, é um dos agricultores que tirou seu sustento do projeto desde o início. Natural de uma família da zona rural de Vitória de Santo Antão, ele veio ao Recife há 25 anos em busca de um emprego formal. Trabalhou oito anos na área de serviços gerais até ficar desempregado. Cultivar dentro da capital foi a saída para garantir renda para sua família. “Quando cheguei aqui no Recife trabalhava pela comida. Não acreditava que poderia plantar na cidade. Mas cada um tem um destino. Está dando certo”. O agricultor diz que os seus sonhos – de ter uma casa própria, um carro e de financiar os estudos dos filhos – já foram realizados. Sua filha mais velha, inclusive, acabou de entrar na faculdade de educação física. “Não tenho mais sonhos. Os planos de futuro são de continuar”, conta. Também natural de Vitória de Santo Antão, Silvano dos Santos, 50, trabalha há 20 anos na agricultura, sendo 10 dentro do projeto. Ele relata que veio para o Recife já pensando em viver da agricultura. “Vim para cá porque é melhor para viver. Produzimos muito e tem muito cliente. Quando sobra, levamos para o Ceasa”. Ele divide o trabalho do plantio com a esposa, um irmão e um filho. Apesar de ter como carro-chefe da produção também o capim mian e as alfaces, o trecho que a família de Silvano cultiva tem algumas árvores frutíferas, plantas medicinais e ornamentais. Essas produções, realizadas pela mulher, Elenilda Lins, além de serem importante para o autoconsumo, geram uma renda complementar para a família. A produção que garante o sustento das famílias é fruto de um trabalho integrado do Sindfrutas (Sindicato do Comércio de Hortifrutigranjeiros, Flores e Plantas de Pernambuco), da ONG Pedra D’água, do Ceasa e da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), que prestam assistência técnica e oferecem infraestruturas que são fundamentais para o trato da terra e para a comercialização. Uma equipe de 12 pessoas trabalha no apoio desses trabalhadores rurais. Dentro dessa equipe estão, por exemplo, um agrônomo e um técnico agrícola. A professora da UFRPE Rosimar Musser, que é engenheira agrônoma e doutora em botânica, faz a supervisão do projeto. “Após o trabalho de orientação técnica, a produtividade por hectare desses agricultores aumentou em até cinco vezes”, destacou o presidente do Sindfrutas e da ONG Pedra D’água, Alex Oliveira da Costa, que foi um dos idealizadores do projeto. Há um trator e parte de um galpão no Ceasa à disposição desse trabalho sem custo para os agricultores. Eles recebem também adubos e equipamentos de proteção individual (EPIs). Além do apoio na melhoria da tecnologia para a produção, essas instituições foram responsáveis também pelo cadastramento dos agricultores no Sindicato Rural de Jaboatão, que garante o acesso dessas famílias ao INSS. O presidente do Sindfrutas e da ONG Pedra D’água destaca ainda outros benefícios da destinação desses terrenos para hortas comunitárias. “Ao dar uma destinação para essa área, evitamos que outras ocupações irregulares acontecessem na região. Isso garantiu também mais segurança para os mais de oito mil funcionários que vêm diariamente para o Ceasa”, afirmou, referindo-se ao fato de o local não se transformar num terreno baldio. Costa destacou também que o uso dessas terras para a agricultura trouxe um benefício ambiental. Nos períodos de chuvas mais intensas, essas terras usadas para o cultivo acabam sendo o destino da água que antes não tinha onde escorrer e causava alagamentos nessa região. Jaciara Pereira ressaltou outro benefício para a cidade: o estético. “É muito bonito ver o trabalho da agricultura em plena cidade. No período do verão, principalmente, vemos todos trabalhando, felizes, podendo produzir em meio aos veículos e aviões que passam”, emociona-se a coordenadora do projeto. Silvano confirma a avaliação de Jaciara, destacando os olhares dos recifenses que circulam pela rodovia. “Essa plantação chama muito a atenção das pessoas que passam por aqui. Vemos muita gente nos carros filmando”. São muitas as funções que essa experiência rurbana, como conceituou no passado Gilberto Freyre, cumprem na cidade. O relato dos gestores do projeto e dos próprios agricultores reforça os benefícios sociais (de geração de trabalho e renda para as famílias envolvidas), alimentar (de produção em proximidade aos consumidores), ambiental (de cuidado dessas terras e prevenção aos alagamentos) além da manutenção de uma paisagem mais verde, que se contrapõe à urbanização totalizante, tão criticada por Freyre. Para qualificar mais o trabalho desses agricultores, as instituições de apoio estão buscando parcerias para construir pequenas estruturas nos lotes com local para assepsia dos

Próximo ao Ceasa, agricultores plantam e geram renda Read More »

Rec'n'Play: Visão de futuro para a Ilha de Antônio Vaz

O arquiteto e consultor Francisco Cunha conduz neste sábado (5/10) uma palestra e caminhada sobre o futuro da Ilha de Antônio Vaz, no Rec'n'Play. O evento começa às 9h na CDL Recife e, depois, a caminhada seguirá pela Conde da Boa Vista, Av. Guararapes, Rua Marquês de Olinda, Rua da Moeda, Rua do Bom Jesus e Praça do Arsenal. A Ilha de Antônio Vaz compreende Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra. Essa região já foi alvo de várias reportagens da Algomais e recentemente foi o foco do evento RxH 2019 – Uma visão de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21 na Ilha de Antônio Vaz. . Serviço: Data e horário: 05/10, às 9h Local: CDL Recife - Rua do Riachuelo, 105, Boa Vista (Edifício Círculo Católico, sobreloja)   LEIA MAIS SOBRE A ILHA DE ANTÔNIO VAZ  

Rec'n'Play: Visão de futuro para a Ilha de Antônio Vaz Read More »

Semas divulga programação do Parque de Dois Irmãos para o próximo fim de semana

O Parque Estadual de Dois Irmãos está na memória coletiva de muitas gerações de recifenses. Quem passou a sua infância na cidade ou na Região Metropolitana, lembra do local como espaço de diversão, lazer, contato com a natureza e descoberta sobre os animais do zoológico. Para estreitar ainda mais o vínculo com as famílias interessadas pelo tema da sustentabilidade, o equipamento vem reforçando a sua programação de educação ambiental, com destaque para ações lúdicas como peças teatrais, contação de histórias, trilhas ecológicas e atividades na sementeira com espécies nativas da Mata Atlântica. Nesse fim de semana (28 e 29/09), entre 9h e 16h, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, através do Parque, reservou uma programação variada para receber os visitantes. O ingresso custa R$ 2,00 por pessoa. Para comemorar o lobo-guará, eleito o bicho do mês para as atividades educativas do zoo, o equipamento terá ações lúdicas voltadas para crianças e adultos. Coordenadas por biólogos e veterinários da Biotopia Educação Ambiental, parceira do Parque, haverá brincadeiras como jogo da memória, quiz educativo e oficina de origami, além de orientações de como vivem e quais as características do lobo-guará. A tenda da Biotopia ficará montada sábado e domingo, bem em frente ao recinto do lobo, das 9h às 16h, na alameda dos primatas. Outra dica para os visitantes é conferir a exposição de ossos e esqueletos (osteotécnica), formada por 20 peças com estruturas de animais como tartaruga-verde, ema, tigre-siberiano, macaco-aranha, capivara, hipopótamo e onça-suçuarana. A osteotécnica é utilizada na área de ciências biológicas como ferramenta no ensino da zoologia, ramo da biologia que estuda os animais. O funcionamento é na sala ao lado do Centro Vasconcelos Sobrinho de Educação Ambiental, das 9h às 16, durante o fim de semana. No sábado, às 10h30, haverá atividade de enriquecimento ambiental com a anta Biu. Acompanhada por biológos e veterinários do Parque, a ação tem como objetivo da estimular o comportamento do animal, como se ele estivesse na natureza. Às 15h, o enriquecimento será com a lontra, cujo recinto fica próximo ao do leão. Já no domingo (29), acontecem enriquecimentos ambientais com a serpente píton-albina, às 10h30, no setor dos répteis e também com a onça-pintada preta (Pelé), às 15h, na área dos grandes mamíferos. De acordo com coordenadora técnico-científica do Parque, Luciana Rameh, “os enriquecimentos ambientais realizados pela equipe de biólogos e veterinários com os animais do zoo são dos tipos: Social, alimentar, cognitivo, físico e sensorial”, ressaltou. Exposição Mundo dos Répteis - Continua aberta a visitação para a exposição “Mundo dos Répteis”, que traz curiosidades sobre 25 serpentes de 14 espécies, 2 lagartos e uma cobra-de-duas-cabeças. Realizada no Centro Vasconcelos Sobrinho de Educação Ambiental do Parque de Dois Irmãos, no horário de 9h às 16h, a atividade é realizada em parceria com o Serpentário Mata Sul, localizado no município de Rio Formoso. PROGRAMAÇÃO DO PARQUE DE DOIS IMÃOS Serviço Parque Estadual de Dois Irmãos - 28 e 29 de setembro, das 9h às 16h Onde: Praça Farias Neves, s/n, Dois Irmãos, Recife - PE. Ingresso: Preço único de R$ 2,00 por pessoa - gratuito para visitantes com mais de 60 anos, crianças até 1 metro de altura e pessoas com deficiência com seus acompanhantes. Sábado (28 de setembro) 10h30h - Enriquecimento ambiental com a anta Biu Local: Setor dos grandes mamíferos, próximo ao recinto do leão 15h - Enriquecimento ambiental com a lontra Local: Em frente ao setor dos grandes mamíferos Domingo (29 de setembro) 10h30h - Enriquecimento ambiental com a serpente píton-albina Local: Setor dos répteis, no serpentário. 15h - Enriquecimento ambiental com Pelé, a onça-pintada preta do zoo Local: Setor dos grandes mamíferos Sábado e Domingo (28 e 29 de setembro) 9 às 16h - Bicho do mês: Lobo Guará - Atividade de educação ambiental. Oficina de origami, jogo da memória e quiz educativo - Parceria do Parque com a Biotopia Educação Ambiental. Local: Em frente ao recinto do animal, na alameda dos primatas. 9h às 16h - Exposição de ossos e esqueletos Local: Prédio ao lado do Centro Vasconcelos Sobrinho de Educação Ambiental 9h às 16h - Exposição Mundo dos Répteis Local: Parque Estadual de Dois Irmãos (Centro Vasconcelos Sobrinho). Ingressos: R$ 3,00 (a serem vendidos na entrada da exposição, separadamente do ingresso do Parque). Visitantes com mais de 60 anos, crianças até um metro de altura e pessoas com deficiência e seus acompanhantes não pagam.

Semas divulga programação do Parque de Dois Irmãos para o próximo fim de semana Read More »

Ônibus elétrico zero poluente circula em fase de testes no Recife

Já está rodando no Recife, em fase de testes, um ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) movido a eletricidade. O diferencial é que ele é zero poluente, 100% elétrico e não consome combustível. De iniciativa da Mobi-PE, operadora da linha 2040 – CDU/Boa Viagem/Caxangá, o veículo será testado durante dois meses. O objetivo é avaliar seu desempenho em linha regular e verificar a possibilidade de utilização de novas tecnologias na frota, com uso de energias limpas e sustentáveis. Maior que um ônibus convencional e menor que um BRT, sua capacidade é para 80 passageiros. Todo o carregamento das baterias, acopladas na tomada de energia, é realizado na segunda garagem da Mobi-PE, no bairro da Várzea. A carga do ônibus elétrico é feita entre três e quatro horas, permitindo que o veículo consiga rodar até 300 km, podendo variar conforme condução do operador. Sua capacidade de potência é de 400 HP (Unidade de potência), enquanto o BRT é de 310 HP. A novidade é fruto de parceria entre a empresa chinesa Build Your Dreams (BYD), referência em energia limpa e maior fabricante global de veículos elétricos (de 2015 a 2018), e a Mobi-PE, operadora da linha. Testes em eventos Além da avaliação em linha regular, o veículo também será testado durante dois eventos de grande porte, que serão realizados na capital pernambucana. Do dia 02 ao dia 05 de outubro, o ônibus elétrico será utilizado durante o REC’n’Play, festival que terá lugar no Bairro do Recife, com mais de 300 atividades. Serão quatro dias de shows, experiências, palestras e oficinas, nas áreas de Tecnologia, Economia Criativa e Cidades Inteligentes. Em novembro, o veículo estará à disposição dos participantes da Conferência Brasileira de Mudanças Climáticas (CBMC), que será realizada entre os dias 6 e 8 de novembro, também no Bairro do Recife.

Ônibus elétrico zero poluente circula em fase de testes no Recife Read More »

Olinda monta 28 estandes no Carmo para Feira de Educação no Trânsito

Nestas terça (24) e quarta (25) a Secretaria de Transportes e Trânsito de Olinda realiza a VII Feira de Educação no Trânsito. Serão 28 estandes montados na Praça do Carmo que oferecerão atividades gratuitas para estudantes das redes pública e particular do município. O horário de funcionamento da feira será das 8h às12h, com intervalo para almoço, e retomada das 13h às 16h. A feira faz parte das ações da Prefeitura de Olinda para a Semana Nacional do Trânsito, celebrada entre os dias 18 e 25 de setembro. Com atividades lúdicas e educativas sobre um trânsito mais seguro, o público-alvo será convidado a entender mais sobre sinalização, excesso de velocidade, embriaguez ao volante, primeiros socorros em caso de acidente, entre outros temas. Também está na programação uma oficina de bicicleta, informações sobre karts - com a exposição de um veículo deste tipo, confecção dos cartões de idosos e deficientes, e muito mais. Para entreter a criançada haverá ainda uma minipista, a presença da Turma do Fom Fom e, ao fim do circuito educativo, brinquedos estarão montados para os pequenos se divertirem. Entre os parceiros presentes na ação estão Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Tembici, Bike Anjo, Samu, Sinal Vida, Operação Lei Seca, Detran-PE, CipCães, e muitos outros.

Olinda monta 28 estandes no Carmo para Feira de Educação no Trânsito Read More »

Avançam as obras da nova Conde da Boa Vista

A Prefeitura do Recife anunciou o início antecipado da terceira fase das obras de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista. A execução dos serviços avançou de maneira célere, com um adiantamento de dois meses na intervenção. Além disso, nesta fase tem início a construção da primeira parada do BRT, a Estação Hospício. "Conseguimos entregar esses primeiros trechos com sucesso e com 60 dias de antecedência, em um tipo de obra mais complicada que chamamos de obra viva, ou seja, não precisamos fechar comércios, as pessoas puderam continuar com suas atividades sem interrupções, no uso do transporte público. Para isso pudemos contar com a ajuda dos comerciantes, da CTTU, do Grande Recife Consórcio, para que a obra pudesse andar mais rapidamente nessas fases", explicou o presidente da Emlurb, Roberto Gusmão. A Estação Hospício será construída entre as ruas do Hospício e Gervásio Pires. A obra será feita entre as fases 03, já iniciada, e 04, e deverá ser concluída em 180 dias. Dessa forma, duas faixas de rolamento, uma em cada sentido da via, serão utilizadas para a realização do serviço no centro da avenida, sem, contudo, afetar as rotas nem as paradas para os usuários de ônibus. A Estação Soledade será feita entre as fases 5 e 6, também com prazo de 180 dias. Outra intervenção anunciada foi a implantação de um protótipo dos quiosques que serão utilizados pelos comerciantes ao longo da Avenida Conde da Boa Vista. Inicialmente, apenas 30 equipamentos seriam disponibilizados para atender a 60 pessoas, mas essa quantidade foi ampliada para 50 quiosques que irão beneficiar 100 trabalhadores do comércio informal. "Fizemos um acordo com eles e aumentamos de 30 para 50 pontos, atendendo a 100 ambulantes. Nós temos uma lista com 94 pessoas cadastradas. Deveremos em breve ter uma lista única com 100 pessoas, de acordo com a lista que temos e a que foi elaborada por eles", disse João Braga, secretário de Mobilidade e Controle Urbano. O PROJETO – A Prefeitura do Recife propôs um projeto arrojado para a Avenida Conde da Boa Vista, principal corredor de transporte coletivo e circulação de pedestres da cidade. As obras foram iniciadas em março deste ano. Ao todo a intervenção foi dividida em seis fases, separadas em duas frentes de obra. O objetivo é humanizar e priorizar a circulação de pessoas na via. A Conde da Boa Vista tem 1,6 km de extensão e conecta o centro da cidade às zonas Norte e Oeste. O projeto inclui iluminação em LED – com postes específicos para os pedestres; canteiro central ajardinado e floreiras nas calçadas; 90 árvores estão sendo plantadas; as calçadas terão, ao todo, mais de 2.000m² de ampliação com esquinas alongadas; as paradas de ônibus instaladas nas calçadas são mais modernas e confortáveis. Duas estações de BRT serão construídas no canteiro central. A nova Conde da Boa Vista está recebendo ainda bicicletários e os quiosques para o comércio informal, desenvolvido em conjunto com os ambulantes. Rampas e pisos acessíveis, além de nova sinalização nas travessias dos pedestres – também com piso elevado; ilhas de travessia; mais lixeiras e nova programação semafórica, com foco também nos pedestres. Os que caminham na via, inclusive, vão ter mais oportunidades de atravessar com segurança. Hoje, eles têm cinco locais voltados para esse fim e, com o projeto, passarão a ter 13. (Do site da Prefeitura do Recife)

Avançam as obras da nova Conde da Boa Vista Read More »

Fórum da Fecomércio debate as políticas de desenvolvimento urbano

O crescimento acelerado e a falta de planejamento urbano adequado acarretaram inúmeros problemas que prejudicam a qualidade de vida das pessoas, além de causar problemas sociais, ambientais e econômicos. Pensando nisso o Instituto Fecomércio-PE e o Sebrae realizam, nesta terça-feira (17), o Fórum de Debates: Políticas de Desenvolvimento Urbano e o Impacto nos Pequenos Negócios. O evento acontecerá na Faculdade Senac e contará com a presença do arquiteto e ex-gerente da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Medellín, Carlos Mario Rodríguez, que estará pela primeira vez em Pernambuco. “O fórum debate a minimização das dificuldades comuns de um processo de urbanização desordenado. Algumas cidades já adotaram políticas de desenvolvimento que trouxeram resultados que asseguram um funcionamento de modo harmonioso e sustentável. Um exemplo disso é Medellín, que antes era reconhecida pelo amplo comércio de drogas e hoje é modelo de inclusão social por meio de projetos urbanísticos”, destaca a diretora executiva do Instituto Fecomércio-PE, Brena Castelo Branco. Para debater esse tema, o Fórum contará com a presença do secretário de Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, e do secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti. Palestrante de destaque Durante os anos de 2004 e 2011, Carlos Mario Rodríguez foi responsável pela gestão e desenvolvimento integral dos projetos e programas urbanos estratégicos definidos nos Planos de Desenvolvimento Municipal da Prefeitura de Medellín. Exercendo um trabalho de destaque, Rodríguez é vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles estão as premiações do “Ex Aequo”, na Bienal de Arquitetura de São Paulo-Brasil; do projeto urbano integral da Zona Nordeste da cidade de Medellín, na XXI Bienal de Arquitetura da Colômbia e da medalha de ouro na categoria Design Urbano, da XVI Bienal de Arquitetura de Quito. As inscrições no Fórum de Debates podem ser feitas no site da Fecomércio-PE e são gratuitas. Mais informações pelo telefone (81) 3231-6175. SERVIÇO Fórum de Debates: Políticas de Desenvolvimento Urbano e o Impacto nos Pequenos Negócios Palestra “Como Medellín se tornou exemplo mundial de urbanismo” 17 de setembro | 8h30 às 11h30 Faculdade Senac Rua do Pombal, nº 57, Santo Amaro, Recife/PE

Fórum da Fecomércio debate as políticas de desenvolvimento urbano Read More »

Projeto Janelas para o Rio começa a ser implantado em Caruaru

Preservação ambiental e valorização do espaço público. Foi com esse objetivo que o governador Paulo Câmara assinou, nesta terça-feira (27/08), a ordem de serviço para o início das obras de construção do primeiro Parque Ambiental Janelas Para o Rio. Com investimento total de R$ 6 milhões, o novo equipamento será implantado no terreno da Escola Municipal Altair Nunes Porto, localizada no bairro do Cedro, em Caruaru. O local fica às margens do Rio Ipojuca, configurando a formação de um parque linear dentro da Área de Preservação Permanente (APP). Além de proteger as margens do rio de usos indevidos e ajudar a recuperar seus afluentes, o projeto busca incentivar a convivência social e o exercício da educação ambiental. “O Projeto Janelas para o Rio vai implantar três parques lineares nas cidades de Caruaru, São Caetano e Gravatá. Hoje, tive a satisfação de autorizar o início das obras em Caruaru. É uma iniciativa que dialoga com o meio ambiente e estimula a população a preservar um patrimônio que é de todos”, declarou Paulo Câmara, reforçando o compromisso do Governo de Pernambuco com a questão do meio ambiente, assunto que figura entre as grandes prioridades mundiais. . . O parque contemplará, ao todo, uma área de 6,65 hectares, sendo 1,58 hectares no lado Norte e 5,06 hectares no lado Sul. Destes, 3,06 hectares serão áreas reflorestadas. A estrutura contará com passeios (calçadas), arborização e vegetação paisagística, pista de corrida, passarela de pedestres sobre o rio, quadras esportivas, playgrounds, portaria, administração, quiosque, sanitários, bloco destinado à educação ambiental, área de reflorestamento, mobiliário urbano, sinalização e iluminação pública. “O equipamento busca criar essa interação do rio com as localidades, trazendo toda a preocupação com a revitalização e a importância da preservação ambiental, além da questão social. A obra vai ser iniciada amanhã, com previsão de nove meses para estar pronta. O parque tem um tamanho muito parecido com o Parque da Jaqueira, no Recife, e vai conseguir atender toda a população de Caruaru”, explicou a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. O projeto foi desenvolvido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), dentro do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca - PSA Ipojuca, e é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). (do blog do Governo de Pernambuco)

Projeto Janelas para o Rio começa a ser implantado em Caruaru Read More »

Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife

“Teatro em cena – edifícios e casas de espetáculos do Recife” é o tema do livro de autoria da arquiteta pernambucana, Luiza Andrada, que será lançado no dia 22 de agosto, às 18h, na Livraria Jaqueira. Na ocasião, a autora faz uma breve explanação da publicação que traz um levantamento tipológico dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir do século XIX apresentando as variações das edificações, hierarquias e sua relação com o contexto urbano, o período histórico e a sociedade que produziu esse rico patrimônio material da capital pernambucana. A obra foi escrita com base no trabalho de pesquisa desenvolvido na graduação em Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), em 2012, sob a orientação da professora e arquiteta, Amélia Reynaldo, e só agora será lançada com o incentivo do Fundo de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura) e produção executiva assinada por Clarisse Fraga, do Bureau de Cultura. De acordo com a autora, a escolha do tema se deu devido à importância dos edifícios e salas de teatro, e à singularidade destes exemplos enquanto tipologia. Além disso, ela destaca a carência de estudos mais aprofundados e específicos sobre as edificações, mesmo sendo algumas delas protegidas por uma legislação que, na teoria, garante a preservação. “É notória a necessidade de difusão desse conhecimento dos prédios culturais da cidade. E o livro é uma forma de ampliar esse conhecimento e contribuir para a sua preservação e valorização”, considera Andrada. Na pesquisa elaborada pela autora, ficou demonstrado que o teatro sempre teve uma grande aceitação por parte do público recifense desde as primeiras encenações ao ar livre, até os dias de hoje. Uma citação da atriz Geninha da Rosa Borges atesta: “O século passado tinha um interesse muito vivo pelos espetáculos cênicos, a ponto até de alguns particulares, inclusive escritores, manterem palcos próprios em suas residências, encenando peças em família”. Em Pernambuco, as primeiras manifestações teatrais eram apresentadas ao ar livre, pelas ruas antigas de Olinda e Recife. Apenas em 1722, o Recife passa a contar com um teatro permanente, com a construção da “Casa da Ópera”, denominada depois de Teatro São Francisco, demolido em 1850. Depois, com a chegada dos cinemas no Recife, em 1895, várias casas de espetáculo foram utilizadas nos primeiros anos para exibição cinematográfica. O Teatro de Santa Isabel foi um dos que funcionou como cinema. Depois houve a proliferação de cines-teatros como o Pathé e o Royal, na Rua Nova, e o Polytheama, na Barão de São Borja. Em meados do século XX, após muitas casas de espetáculos serem transformadas em cinemas e igrejas de cultos evangélicos, houve um crescente esvaziamento das edificações. Edifícios próprios para teatros implantados em lotes urbanos não foram mais construídos. E o que se predomina atualmente são as salas construídas como um espaço dentro de outros edifícios, como por exemplo, o Centro de Convenções de Pernambuco. Em “Teatro em cena - edifícios e casas de espetáculos do Recife”, o leitor se depara com um verdadeiro apanhado histórico, onde é possível identificar os edifícios e casas de espetáculos existentes e demolidas, ao longo dos séculos XIX e XXI, num total de 44 teatros, sendo 29 construídos de fato para exibição de espetáculos e 12 como um espaço de apresentações artísticas dentro de outros edifícios. A relação contempla desde o mais antigo, o Teatro Apolo (1840), até a última edificação neste período, o Luiz Mendonça (2011). Outros 3 teatros que são: Ideal Cinema, Dramático e Faz que Olha foram listados, porém não foi possível identificar as datas de construção por falta de registros que comprovem. A idéia da autora foi fazer uma relação do contexto urbano no qual a sociedade recifense estava inserida no final do século XIX e início do XX, quando a cidade vivia um crescimento, uma efervescência social, política e intelectual, onde se buscava novas formas e espaços de convivência que sofriam influência de aspectos culturais de países europeus, especialmente a França. E a construção de teatros traria a modernidade desejada à época. “Ir a uma casa de espetáculos era um novo acontecimento social, um evento importante onde às pessoas podiam ver e ser vistas”, destaca Luiza Andrada. Na publicação, a autora identifica as duas categorias de teatros existentes que são os que foram construídos para a finalidade e as salas de espetáculos localizadas dentro de outro edifício, como parte do programa arquitetônico. No entanto, do total de teatros listados no livro, o foco foi dado à categoria dos que possuem edificação própria, contemplando 17, sendo que 13 ainda existem e 4 foram demolidas. São 15 edifícios construídos e 2 localizados ao ar livre, são eles: Apolo, Santa Isabel, Valdemar de Oliveira, Parque, Hermilo Borba Filho, Sítio da Trindade, Joaquim Cardozo, Maurício de Nassau, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Concha Acústica da UFPE e Arraial, e os demolidos Cineteatro Pathé, Cineteatro Royal, Teatro Polytheama e Cineteatro Moderno. A obra também mostra que a maior parte das casas de espetáculo do Recife localiza-se relativamente próxima e em locais com grande fluxo de pessoas. As construções estão em áreas privilegiadas, perto de lagos, praças e ruas movimentadas. E que a maior concentração de edifícios e salas de teatro está no centro da cidade, enquanto as casas de espetáculos mais recentes estão mais distantes do centro. O projeto do livro, um rico documento de preservação e identidade cultural do Recife, é direcionado a arquitetos, historiadores, engenheiros, gestores e produtores culturais, estudantes, professores, profissionais das artes cênicas e ao público em geral interessado na arquitetura e história dessas edificações. “Pelo levantamento de dados que contêm é uma importante fonte para projetos de restauro e conservação dos equipamentos culturais da cidade. Além de ser uma guarda da memória dos edifícios que já foram demolidos, valorizando o patrimônio material do Estado”, aponta a produtora, Clarisse Fraga. Cada exemplar é acompanhado de um QR code com a versão em pdf acessível do livro. SERVIÇO: Lançamento Livro: Teatro em Cena, de autoria da arquiteta Luiza Andrada

Livro desvenda história dos teatros e casas de espetáculos do Recife Read More »

Manguebeat despertou a consciência ambiental

“Emergência! / Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! / Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo suas veias. / O modo mais rápido, também, de enfartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar seus rios e aterrar os seus estuários (...)” A acidez do texto do manifesto Caranguejos com cérebro demonstra o cenário de desvalorização do mangue e a inércia criativa, econômica e cultural da cidade, no qual os jovens recifenses estavam imersos no período. O manguebeat, para muitos analistas, surge como uma resposta contundente àquela realidade, com o intuito de devolver o ânimo e reavivar o orgulho dos cidadãos da capital pernambucana. “Foi como se destampasse uma panela de pressão, havia toda uma energia reprimida no Recife. Era uma cidade morta no mapa, foi como se toda essa energia explodisse de uma vez só e isso contaminou, ou melhor, energizou todas as outras áreas da cidade”, relembra Renato L., jornalista e um dos expoentes do movimento. Renato L., o ministro da Informação do Manguebeat (título conferido por Chico Science), conta que sempre fez parte do movimento uma preocupação com o então estado da cidade e que aquela realidade incomodava todos os integrantes da cena. “O mangue surge como uma espécie de resposta à situação do Recife enquanto cidade. Tanto o punk como o hip hop trabalham muito nas letras a realidade ao redor e ambos foram muito fortes nas influências do movimento. A letra de A Cidade é preciosa para definir o que toda cidade brasileira sofre, de crescimento desigual”, esclarece o ex-secretário de Cultura. “Isso modificou a percepção do recifense e as pessoas passaram a olhar a cidade de outro jeito. O próprio termo mangue passou a chamar a atenção para o meio ambiente na época”, destaca Renato. A partir da explosão do manguebeat, lembra o jornalista, a população passou a ser tomada por uma série de novos sentimentos, como o de orgulho, tanto do ecossistema quanto de ser recifense, em contrapartida à antiga síndrome de patinho feio que assolava os moradores. “Recife foi apelidada da Seattle brasileira, por conta do Nirvana. Realmente, estava acontecendo muita coisa na cidade naquela época” destaca Hugo Montarroyos, fã das bandas. Dengue, baixista da Nação Zumbi, destaca que o movimento impactou outras localidades, provocando uma maior união entre seus habitantes. “Naquela época, os bairros se uniram mais. Lembro que éramos de Rio Doce, em Olinda, e tinha gente de Peixinhos, Candeias (Jaboatão dos Guararapes) e do próprio centro do Recife, além de pessoas de outros lugares, como Casa Amarela e o Alto José do Pinho. As partes das cidades se conheceram, trocaram experiência e já está na hora disso voltar a acontecer”, instiga o músico. . . Uma união que se reflete na característica do movimento de acolher diferentes ritmos. Ao contrário dos outros grandes movimentos da música popular brasileira, o manguebeat não se caracterizou por um padrão musical, mas o que unia os componentes da cena era uma noção coletiva, é o que explica Fred Zero Quatro, líder do Mundo Livre S/A e uma das cabeças à frente da cena. “O que conectava todo mundo, era um sentimento comum, uma postura de amor à diversidade. Vem daí essa alegoria com o manguezal, que é o ecossistema berçário de quase todas as espécies marítimas”, explicou. “Há, então, essa alegoria da diversidade ecológica com a diversidade cultural, e toda uma vontade de valorizar o espontâneo, a riqueza contida no multiculturalismo”, completou. Toda essa analogia com o ecossistema acabou também por despertar na população local o sentimento de valorização dos manguezais que até então era desprezado. “Antigamente havia uma visão do mangue como um local sujo, insalubre, fétido, cuja única função era o aterramento para a construção de novos imóveis e isso mudou”, constata André Galvão, que era editor da editoria de Cidades do Jornal do Commercio na época. O jornalista assistiu de perto a essa transformação, impulsionada também por organizações não governamentais e pelos veículos de comunicação. “A população hoje em dia quer conhecer o outro lado da cidade, o lado do mangue, o lado da lama e isso não seria possível sem a atuação das ONG’s, o forte apoio da imprensa e, sobretudo, a revolução cultural encabeçada por Chico Science e Fred Zero Quatro”, evidencia Galvão. “Você não tem como desatrelar uma coisa da outra, porque ao cantar sobre o mangue, ou gravar um clipe no estuário, ou conceder uma entrevista falando sobre o manguezal, as pessoas começaram a se interessar e a entender a importância do mangue para a cidade”, analisa o jornalista. O manguebeat, culturalmente, chamou a atenção da cidade para o estuário e também revigorou o movimento ambientalista, segundo Galvão. “Foi um processo de retroalimentação”, conclui. A ideia de que as letras ácidas com temática urbana sobre a realidade recifense acabaram por influenciar ativistas ecológicos é compartilhada por pessoas do movimento como Renato L. “Quando rolou essa movimentação do Ocupe Estelita, muitos anos depois da cena mangue, conheci muitas pessoas que acamparam lá no Cais, e os mais velhos me disseram que circulou ali o mesmo tipo de energia que eles sentiam na explosão do manguebeat, como se mais uma vez a cidade estivesse viva”, detalhou. É, parece mesmo que num dia de sol, Recife acordou com a mesma energia do dia anterior. *Por Yuri Euzébio, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)   VEJA MAIS 25 Anos depois: qual a herança da cena mangue? 

Manguebeat despertou a consciência ambiental Read More »