Arquivos Urbanismo - Página 2 De 97 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

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Conorte adota tecnologia Euro 6 e reforça compromisso com a sustentabilidade

Nova frota reduz em até 77% a emissão de poluentes e contribui para melhoria da qualidade do ar nas cidades Com foco em sustentabilidade e inovação, o Conorte está modernizando sua frota de ônibus com a adoção da tecnologia Euro 6, reconhecida por seu alto desempenho na redução de emissões de poluentes. A novidade representa um avanço significativo na preservação ambiental e no cuidado com a saúde pública, beneficiando diretamente a população das áreas atendidas pelas empresas do consórcio. Ao todo, 149 veículos já operam com o novo padrão tecnológico, que supera a versão anterior, Euro 5, ao minimizar a emissão de gases nocivos e partículas tóxicas. Os ônibus Euro 6 contam com novos componentes no sistema de exaustão, que permitem atender às normas ambientais mais exigentes da atualidade. A iniciativa posiciona o Conorte como referência em transporte urbano sustentável no Brasil. A implementação da Euro 6 resulta em uma redução de até 77% das emissões de NOx (óxidos de nitrogênio) e HC (hidrocarbonetos), principais agentes responsáveis pela poluição atmosférica. Essa diminuição tem impacto direto na qualidade do ar e na saúde da população, reduzindo a incidência de doenças respiratórias e outros males associados à exposição prolongada a poluentes do diesel. Além da modernização da frota, o Conorte adota práticas sustentáveis no seu dia a dia, como o gerenciamento correto de resíduos sólidos e líquidos e a execução de um programa de rendimento de diesel que visa o uso mais eficiente do combustível. As empresas do consórcio também possuem certificações ISO 9001 e 14001, reforçando o compromisso com padrões de qualidade e responsabilidade ambiental. Com a adoção da tecnologia Euro 6, o Conorte dá mais um passo decisivo rumo a um transporte coletivo mais limpo e eficiente, promovendo um modelo de mobilidade urbana alinhado às demandas ambientais contemporâneas e ao bem-estar coletivo.

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JeanEmile

Recife inaugura novo sistema viário no Ipsep com foco em transporte público e mobilidade ativa

Obra de R$ 42 milhões inclui binário entre avenidas, faixas exclusivas de ônibus, abrigos e acessibilidade para pedestres A Prefeitura do Recife entrega hoje (6), o novo sistema viário do bairro do Ipsep, como parte do projeto de requalificação urbana da Zona Sul, que totaliza R$ 42 milhões em investimentos. A intervenção, que inclui binário entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Moraes, faixas exclusivas para ônibus e novos abrigos, tem como objetivo melhorar a fluidez do trânsito, priorizar o transporte coletivo e garantir mais segurança para pedestres. Com 1,6 km de corredores exclusivos para ônibus e 11 novos abrigos, a obra tem 25% de financiamento municipal e o restante por meio da Caixa/FGTS. O novo binário conecta importantes vias da região por meio das ruas Jean Emile Favre, Itacari, Raimundo Diniz, Rio Maranhão e Pampulha. As faixas exclusivas para ônibus funcionarão nos dias úteis, das 6h às 8h, nos trechos com maior fluxo, otimizando o tempo de deslocamento nos horários de pico. Além das mudanças na circulação de veículos, a requalificação urbana contemplou melhorias na drenagem, na rede de esgoto e no abastecimento de água, bem como a instalação de piso intertravado e concreto nas calçadas, garantindo mais acessibilidade. Também foram modernizadas a iluminação pública e a rede de telecomunicações, com o embutimento de cabos. A área ainda receberá 400 novas árvores, reforçando o cuidado ambiental da intervenção. “Conseguimos organizar melhor o fluxo de veículos e dar prioridade ao transporte coletivo, com atenção especial à mobilidade ativa e à segurança viária”, afirmou Luis Henrique Lira, presidente da URB. Taciana Ferreira, presidente da CTTU, destacou a implantação de faixas de pedestre com travessia elevada como medida para proteger os pedestres. Para auxiliar a população na adaptação ao novo sistema, agentes de trânsito estarão presentes nos primeiros dias de funcionamento e, em caso de dúvidas, o teleatendimento da CTTU está disponível pelo 0800.081.1078.

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Poluição dos rios e calor extremo lideram preocupações ambientais no Recife

Pesquisa revela percepção dos recifenses sobre impactos das mudanças climáticas na cidade A poluição dos rios e mares é o problema ambiental mais grave enfrentado pela população do Recife, segundo 43% dos moradores entrevistados pela pesquisa Viver nas Cidades: Meio Ambiente e Mudanças Climáticas 2025, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis e pelo Ipec. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (3), aponta ainda que enchentes e alagamentos (33%) e a poluição do ar e sonora (ambas com 32%) também preocupam os recifenses. Quando questionados sobre os efeitos das mudanças climáticas, a maioria dos entrevistados na capital pernambucana apontou o calor excessivo como o principal impacto. “Para mais de metade das pessoas, o calor excessivo é a principal consequência”, revela o estudo. Em contraste, apenas 8% mencionaram as enchentes e 1% destacaram o deslizamento de terras como efeitos relevantes. A pesquisa também avaliou o papel das prefeituras no enfrentamento da crise climática. No Recife, 82% da população acredita que os governos municipais devem agir ativamente no combate às mudanças do clima. Entre as ações mais esperadas estão a redução do uso de combustíveis fósseis no transporte público, o aumento das áreas verdes, a reciclagem e a compostagem dos resíduos sólidos. O controle do desmatamento e da ocupação de áreas de manancial também foi destacado por 45% dos recifenses. O levantamento abrangeu 3.500 pessoas em dez capitais brasileiras, incluindo Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Apesar das diferenças regionais, o calor extremo foi citado como a principal consequência das mudanças climáticas em nove dessas cidades. A exceção foi Porto Alegre, onde as enchentes lideram as preocupações da população. A iniciativa tem cofinanciamento da União Europeia e faz parte de um programa voltado ao fortalecimento da sociedade civil e dos governos locais na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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86% dos recifenses apoiam a reutilização de prédios abandonados para moradia

Segurança, infraestrutura e moradia acessível são pontos-chave para atrair novos moradores e recuperar prédios abandonados Apesar da atual degradação urbana, o centro do Recife ainda desperta interesse como opção de moradia. É o que mostra uma pesquisa do Núcleo de Inteligência de Mercado da UniFafire, que ouviu mais de 780 pessoas na Região Metropolitana do Recife. Embora 92% dos entrevistados não morem no centro e 68% afirmem não ter intenção de fazê-lo, 27% demonstraram disposição para viver na área central caso haja melhorias, especialmente em segurança e infraestrutura. Entre os fatores que afastam moradores estão a falta de segurança (43,75%), o ruído e a poluição (21,47%) e o alto custo de vida (17,66%). Por outro lado, a proximidade do trabalho e dos estudos (32,76%) e o fácil acesso ao transporte público (24,5%) são aspectos valorizados. Para atrair mais pessoas, 63% dos entrevistados apontam que melhorias urbanas são indispensáveis, enquanto 25% mencionam a importância de incentivos fiscais. Além disso, 41% se inscreveriam em um programa de moradia acessível no centro, e 86% apoiam a reutilização de edifícios abandonados. A pesquisa também investigou quais modelos habitacionais seriam mais bem recebidos. Apartamentos compactos lideram com 40% de preferência, seguidos por imóveis com uso misto — lojas no térreo e residências nos andares superiores — com 31%. Modelos alternativos, como coabitação e habitação social, também foram lembrados. A maior parte dos respondentes tem entre 18 e 31 anos, o que reforça a abertura do público jovem a formatos de moradia mais flexíveis e urbanos. “É urgente a necessidade do poder público em repensar o papel dos centros urbanos. A pesquisa sugere que existe interesse e abertura da população para habitar a área central da cidade, mas é fundamental que essa reocupação ocorra com segurança, infraestrutura de qualidade e modelos habitacionais acessíveis. A reutilização de edifícios abandonados, quando bem planejada, pode ser uma resposta concreta à crise habitacional e à degradação das áreas históricas”, observa o arquiteto e urbanista José Adriano Pereira, consultor da pesquisa e doutorando na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. No entanto, a pesquisa aponta um alerta: 56% dos entrevistados nunca ouviram falar de políticas públicas para revitalização dos prédios abandonados nas áreas centrais. “É um número que acende um alerta sobre a importância de dar visibilidade às iniciativas públicas e fortalecer o diálogo entre governos, investidores e a sociedade”, afirma José Adriano. Para ele, o desafio é transformar o desejo em realidade. “O centro da cidade é desejado, mas ao mesmo tempo evitado. Para reverter esse quadro, é preciso investir em requalificação urbana, políticas de habitação acessível e incentivo à reutilização dos imóveis abandonados”, conclui.

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Bicicletas reduzem demanda por ônibus e impactam o transporte urbano

Estudo mostra que cada nova bicicleta pode substituir até 52 passagens mensais no sistema coletivo e revela efeitos econômicos e ambientais O uso crescente de bicicletas tem transformado a mobilidade urbana e reduzido a demanda pelo transporte coletivo, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A pesquisa apontou que cada nova bicicleta em circulação resulta na retirada de até 52 passagens mensais do sistema de ônibus. O fenômeno está associado principalmente a reajustes na tarifa do transporte público e ao aumento do preço dos combustíveis, dois fatores que estimulam a migração para meios alternativos de locomoção. A infraestrutura cicloviária também exerce forte influência nesse comportamento. A cada R$ 0,10 de aumento na passagem, surgem 1.068 bicicletas a mais. Quando o combustível sobe esse mesmo valor, outras 1.520 bicicletas entram em circulação. Já a construção de cada novo quilômetro de ciclovia corresponde ao acréscimo de 333 bicicletas. Os dados foram obtidos a partir da análise de um intervalo de dez anos, entre 2010 e 2019, com base em informações oficiais sobre transporte público e aquisição de novos modais. “A sustentabilidade é uma prioridade máxima para as administrações municipais, especialmente nos grandes centros urbanos, onde parcela significativa dos habitantes depende do transporte público. Devemos nos lembrar, no entanto, que os sistemas municipais de transporte enfrentam diversos desafios, incluindo disponibilidade, desempenho, segurança, conforto e valor da tarifa. Do outro lado, as bicicletas, apoiadas por incentivos públicos em razão de seu apelo ambiental, competem com o transporte público”, afirma Luis André Fumagalli, pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. A troca do ônibus pela bicicleta, segundo os pesquisadores, tende a ser definitiva. Usuários que fazem essa transição dificilmente retornam ao transporte coletivo, exceto em condições climáticas extremas. A comparação com outros veículos também é significativa: um novo carro equivale à perda de 25 passagens mensais, enquanto cada motocicleta corresponde a 201 passagens a menos. O cenário aponta para uma mudança estrutural no padrão de mobilidade, com impactos diretos na receita dos sistemas públicos de transporte. Fumagalli destaca que os dados levantados devem orientar o planejamento urbano. “As bicicletas estão absorvendo consideravelmente os passageiros do transporte público e, conscientemente ou não, a administração da cidade vem contribuindo para essa tendência por meio de investimentos em ciclovias dedicadas, serviços de compartilhamento de bicicletas elétricas e bicicletários no centro da cidade”, comenta. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Infrastructure, Policy and Development. ServiçoA pesquisa completa está disponível em: https://systems.enpress-publisher.com/index.php/jipd/article/view/5452

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Recife abre inscrições para 7ª Conferência Municipal da Cidade com 452 vagas

Encontro vai eleger delegados para conferências estadual e nacional e nova formação do Concidade Estão abertas, até 12 de junho, as inscrições para a 7ª Conferência Municipal da Cidade do Recife, que ocorrerá nos dias 19 e 20 de junho, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena. Com o tema “Construindo a Política de Desenvolvimento Urbano: caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”, o evento convida a população a debater os rumos do desenvolvimento urbano da capital. Serão disponibilizadas 452 vagas, sendo 402 para delegados e 50 para observadores. Os delegados terão direito a voz e voto nas deliberações, além de poderem se candidatar a uma das 30 vagas para representar Recife na Conferência Estadual. Também será eleita uma nova composição do Conselho da Cidade do Recife (Concidade), com 45 titulares e 45 suplentes, representando o poder público, a sociedade civil, o setor empresarial e a academia. Durante o encontro, os participantes se dividirão em seis Salas Temáticas com foco em habitação, mobilidade, planejamento urbano, sustentabilidade, segurança e direitos humanos. As propostas discutidas serão apresentadas em plenária e poderão integrar a pauta das conferências estadual e nacional. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do Conselho da Cidade do Recife. Prefeitura realiza 6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Juventude, junto ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (COMDIR), promove nos dias 4 e 5 de junho a 6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife. O evento, com o tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por equidade, Direitos e Participação”, será realizado na Universidade Católica de Pernambuco, das 8h às 17h, reunindo 120 delegados eleitos e representantes da sociedade civil para discutir os desafios e as políticas públicas voltadas à população idosa. Durante os dois dias, os participantes debaterão temas relacionados à Política Nacional da Pessoa Idosa, com foco na promoção, defesa e garantia dos direitos desse público, além da eleição dos representantes do Recife para a Conferência Estadual. O encontro visa sensibilizar a sociedade sobre o envelhecimento plural e fortalecer a participação social na construção de ações que garantam o envelhecimento com dignidade. Serviço:6ª Conferência dos Direitos da Pessoa Idosa do RecifeLocal: Auditório José de Anchieta, Bloco G – Universidade Católica de PernambucoData: 4 e 5 de junhoHorário: 8h às 17hInformações: (81) 3355-8534 | comdirrecife@gmail.com

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Luiz Soares

Futuro do Metrô do Recife: privatização revela impasses na política de transporte urbano

Decisão do Governo Federal frustra promessa de reestruturação feita por Lula. Foto: Wanderson Pontes O Governo Federal autorizou, na semana passada, a concessão do Metrô do Recife à iniciativa privada, o que provocou reação imediata do Sindicato dos Metroviários. A decisão contraria a promessa feita pelo presidente Lula de investir na recuperação da empresa, que enfrenta um processo acelerado de sucateamento desde sua inclusão no Programa Nacional de Desestatização (PND), ainda no governo Bolsonaro. Ontem, o sindicato intensificou sua mobilização: pela manhã, o presidente da entidade, Luiz Soares, participou de um debate na Rádio Jornal, com críticas diretas a Lula e à governadora Raquel Lyra. Já no início da noite, uma assembleia da categoria aprovou o estado de greve e a criação de um Comitê Permanente de Diálogo com o Governo Federal. Rejeição à concessão e alerta ao preço da passagem Durante um discurso incisivo, Luiz Soares manifestou forte oposição à recente resolução do Governo Federal que viabiliza a concessão do metrô do Recife ao Estado, com posterior repasse à iniciativa privada. Para ele, a medida representa um “não ao povo pernambucano”, prejudicando não apenas a categoria dos metroviários, mas milhões de trabalhadores da Região Metropolitana que dependem do sistema ferroviário diariamente. Vai acontecer aqui o que aconteceu com o metrô de BH. Está sucateado e a tarifa saiu de R$ 4,30 para R$ 5,50. Vocês acham que aqui vai melhorar? O povo precisa saber isso. Não vai melhorar.” (Luiz Soares) Ele lembrou ainda a experiência da Supervia, no Rio de Janeiro, que foi privatizada no passado e possui a maior tarifa do País, de R$ 7,90, sem ter recuperado o sistema. Cobrança de coerência ao presidente Lula No discurso, o dirigente sindical cobrou do presidente Lula o cumprimento de promessas feitas em campanha, nas quais teria garantido que não privatizaria o sistema metroviário. Luiz Soares afirmou que se sente traído pela nova diretriz publicada no Diário Oficial da União no dia 22 de maio. “Lula, recupere o metrô e revogue essa resolução. Conceder ao governo do Estado é privatizar. E nós não vamos aceitar isso”. (Luiz Soares) Outdoors comparam Lula e Bolsonaro Durante a passagem do presidente Lula em Pernambuco, nesta semana, o Sindmetro intensificou a campanha contra a privatização do Metrô do Recife, questionando o compromisso do presidente Lula com o transporte público acessível. Em outdoors espalhados pelo interior do estado, o sindicato compara Lula a Bolsonaro, que privatizou o Metrô de Belo Horizonte. “O Presidente Lula esteve em Salgueiro, e colocamos um telão de LED na entrada com a mensagem: ‘Se Bolsonaro privatizou o metrô de BH, Lula, você vai privatizar o do Recife? Porque, se fizer, estará se igualando a Bolsonaro” (Luiz Soares) Audiência pública na Câmara dos Vereadores do Recife e articulação em Brasília Durante a assembleia, o presidente informou que no dia 9 de junho acontecerá uma audiência pública na Câmara dos Vereadores do Recife, convocada pela vereadora Cida Pedrosa, para discutir o futuro do Metrô do Recife. Luiz Soares criticou duramente a falta de abertura de diálogo com o Governo do Estado sobre o projeto de concessão do Metrô do Recife e prometeu intensificar a comunicação com o Governo Federal, especialmente com a Casa Civil e com a Secretaria-Geral da Presidência da República.

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BNB destina R$ 5 bilhões para retrofit de imóveis em centros urbanos do Nordeste

nha de crédito com recursos do FNE tem prazos de até 15 anos e foca na reocupação de áreas centrais Construtoras e empresários do setor da construção civil contam com nova oportunidade de investimento em 2025: o Banco do Nordeste (BNB) está disponibilizando R$ 5 bilhões em crédito para projetos de retrofit em imóveis antigos localizados nos centros urbanos. A iniciativa utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e busca estimular a revitalização de prédios para uso comercial ou residencial. A linha de financiamento está disponível via FNE Industrial, com prazos de até 15 anos e até cinco anos de carência. Segundo Luiz Abel Amorim, diretor de Negócios do BNB, o crédito pode ser contratado diretamente com o Banco ou por meio de parcerias público-privadas (PPPs). “Além do estímulo ao setor da construção, os projetos de retrofit movimentam a economia e atraem novos públicos para as regiões centrais das cidades”, destaca. A medida atende a uma diretriz do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), que autorizou o uso do FNE em projetos de reocupação urbana. O objetivo é incentivar a recuperação de centros históricos e comerciais, promovendo a retomada de atividades econômicas nessas áreas que, em muitos casos, sofrem com o esvaziamento populacional e comercial. A proposta também dialoga com o desafio habitacional enfrentado pelo Nordeste, que registra um déficit de 1,7 milhão de moradias. Ao transformar imóveis ociosos em novas residências, o retrofit se apresenta como uma alternativa sustentável para a expansão habitacional e o planejamento urbano inteligente nas principais cidades da região.

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44% do território do Recife tem risco alto para inundações

Dá para o Recife se prevenir de eventos extremos? *Por Rafael Dantas *Publicado em 23.05.2024 A situação dramática do Rio Grande do Sul liga um sinal de alerta em todo o País. No Recife, capital brasileira mais vulnerável ao aquecimento global e a 16ª em todo o mundo, há uma corrida contra o tempo. Segundo relatório inédito produzido pelo IRRD (Instituto para Redução de Riscos e Desastres), iLIKA (Instituto Keizo Asami) e pela APC (Academia Pernambucana de Ciências), 44% do território recifense tem um risco alto para inundações. Jones Albuquerque,professor da UFRPE e pesquisador do IRRD, iLika e da APCE, faz uma comparação entre o período da Covid-19 e os eventos extremos. Ele afirma que enquanto as cidades brasileiras conseguiram reagir ao período da crise sanitária, a adaptação às catástrofes provocadas pelas mudanças climáticas não têm tido a mesma resposta. Ele lembra que muitos municípios brasileiros, inclusive, guardam nomes que explicam a origem desses lugares, ligados a regiões alagadiças. Avanços do passado sobre a região das águas, com inúmeros aterros, que hoje reivindicam de volta o seu espaço. “Este episódio no Rio Grande do Sul nos alerta para estarmos preparados. Lembremos que o Brasil é cheio de cidades e bairros com nomes sabiamente batizados por nossos antecessores como Canoas ou Porto Alegre. No Recife, não é diferente. Basta averiguarmos a origem dos nomes Várzea e Afogados, além do mais famoso de todos que batiza nossa capital, a Veneza Brasileira”, salienta. Segundo Jones, os modelos matemáticos para analisar as transformações climáticas mudaram em 2021, mas os sistemas de monitoramento de riscos de desastres do País não se adaptaram a essa mudança. Essa nova modelagem foi apresentada pelos cientistas Syukuro Manabe, Klaus Hasselmann e Giorgio Paris, há três anos, o que lhes rendeu a conquista do Prêmio Nobel de Física, que reconheceu o trabalho deles para compreender os sistemas físicos complexos. O modelo ajuda na compreensão dos componentes que explicam o clima da Terra. O trabalho se propunha a quantificar a variabilidade desses eventos e a entender os efeitos do aquecimento global. A fenomenologia dos dados climáticos, segundo Jones mudou muito e já não é mais possível fazer projeções a partir do modelo antigo.” Ela não parece ser mais linear. É muito inconstante e gera projeções errôneas por muito tempo, até que a gente tenha dados suficientes para entender essa fenomenologia”, informou Jones Albuquerque. Entre os variados indicadores que se relacionam com esses episódios extremos, o pesquisador destaca o índice de CO2 na atmosfera e a temperatura dos oceanos. Ambos muito acima das médias históricas. O derretimento das geleiras e a morte dos corais são alguns dos sintomas dessas mudanças. Ao olhar como esses eventos intensificam as vulnerabilidades para a capital pernambucana, Jones afirma que 52% do Recife está sob risco de ocorrência de inundações – somando o alto risco (44,05%), médio risco (6,8%) e baixo risco (1,3%). Os cálculos são feitos a partir de dados de satélites, comparando a altimetria (medição de alturas ou de elevações) dos terrenos e do nível do mar. “Isso foi comprovado em 2022, cruzando os pontos de alagamentos já marcados pela Defesa Civil de Pernambuco e pelo órgão de monitoramento do trânsito. Alguns desses pontos precisaram de resgates especializados, dentro das áreas de risco vermelho”, explica Jones Albuquerque. Embora os eventos mais traumáticos do Recife estejam relacionados às cheias dos anos 1970 a cidade viveu uma situação dramática em 2022. Nesse episódio mais recente, as comunidades vizinhas à Bacia do Rio Tejipió foram as mais afetadas. Os milhares de desabrigados e mais de 100 mortes deixaram uma marca. Olinda e Jaboatão também computaram baixas e muitas áreas críticas de alagamento. Fora da região metropolitana, Pernambuco assistiu a uma grave cheia no ano de 2010, na Bacia do Rio Una. Cidades como Barreiros, Palmares e Água Preta tiveram um vasto rastro de destruição. Prédios públicos, igrejas, comércios e muitas casas ficaram submersos. Parte do município precisou ser reconstruído numa área mais elevada. As catástrofes na capital e no interior indicam, há alguns anos, a necessidade de intensificar a adaptação do Estado aos efeitos do aquecimento global. “Precisamos atuar preventivamente para reduzir os impactos dos eventos extremos. Temos que focar na resiliência. Isso vai envolver aspectos de engenharia, sociais e, com certeza, ecológicos. No episódio que aconteceu no Rio Grande do Sul, por exemplo, nenhuma cidade aguentaria esse volume de chuva, mas existiram falhas na preparação para esses eventos. Podemos pensar: será que o Recife é vulnerável a algum evento desse? Com certeza. O nível do mar está subindo, com a tendência de termos dias piores pela frente”, considera o engenheiro e professor da UPE e da UFPE, Jaime Cabral. O pesquisador, que tem larga experiência em recursos hídricos (água subterrânea e drenagem urbana) avalia que houve um choque de realidade nas instituições ligadas ao monitoramento e prevenção desses eventos extremos no Recife, após 2022. O Estado, também, após os traumas das cheias da década de 1970 respondeu com infraestrutura. As barragens ao longo do Capibaribe contribuem com esse papel de proteger a capital da descida veloz das águas pelo curso do rio. PROMORAR E AS RESPOSTAS DO RECIFE AOS RISCOS Uma das reações da capital pernambucana aos traumas deixados em 2022 é o Promorar (Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Socioambiental). O poder municipal conseguiu um aporte do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) de R$ 2 bilhões para proteção de encostas, urbanização integrada em comunidades vulneráveis e a macrodrenagem da Bacia do Rio Tejipió. “O sistema de macrodrenagem da cidade está extremamente sobrecarregado. O Rio Tejipió costumava ter em alguns locais 70 metros de largura e hoje tem locais com 10 a 15 metros”, exemplificou a secretária executiva do Promorar Recife, Beatriz Carneiro Menezes. O programa prevê a retirada de pelo menos três mil imóveis de áreas de maior vulnerabilidade, para o direcionamento dessa população para lugares próximos às mesmas comunidades, mas em regiões sem riscos. Sobre o desafio de executar essa macrodrenagem do Rio Tejipió, a secretária conta que foi concluído

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Lais Duanne

Lais Duanne: "A habitação hoje é uma emergência"

Gerente de operações da TETO conta como a ONG ajuda pessoas que moram em condições precárias a terem uma casa, por meio de mutirões de voluntários e moradores. Também são construídas sedes comunitárias, banheiros públicos, além de viabilizar o acesso à água. Ela fala ainda do trabalho realizado no Recife e com vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Morar em condições precárias significa muito mais do que residir num local que não tenha o mínimo de conforto. Implica também em não ter um CEP que garanta o acesso a políticas públicas como poder matricular os filhos na escola. Ou, ainda, ao voltar do trabalho durante um dia de tempestades, não saber se a casa foi soterrada ou se as roupas e a cama estarão enxutas. Tudo isso provoca um nível de estresse e depressão elevado em moradores submetidos a essa instabilidade. Esse é o cenário encontrado pelas pessoas que atuam na TETO Brasil, uma ONG que, diante da emergência do problema habitacional, oferece soluções transitórias emergenciais para quem mora de forma insalubre em favelas. No seu método de trabalho, casas são erguidas em mutirão por voluntários e moradores, a partir de modelos e tecnologia desenvolvidos pela organização. Além de habitações, também são construídas sedes, lavatórios e banheiros comunitários. Mais de 25 comunidades foram impactadas no País, mais de 400 projetos de infraestrutura implantados e mais de 5 mil moradias construídas. Laís Duanne, gerente de operações da TETO Brasil, conversou com Cláudia Santos sobre a atuação da ONG, especialmente no Recife. Também abordou o impacto das mudanças climáticas no agravamento do problema habitacional no País e as ações realizadas para atender vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.  Você poderia nos contar como surgiu a TETO e quais os propósitos da organização? A TETO surgiu no Chile, em 1997, quando moradores e voluntários se juntaram para construir uma capela e perceberam que era possível também construir moradia para as pessoas que viviam no território e haviam perdido tudo. A mística da TETO é fazer encontros improváveis, juntar jovens voluntários com moradoras e moradores de territórios hipervunerabilizados para construir inicialmente moradias. Atualmente, o foco da TETO é em habitabilidade, trazendo soluções para que a existência em territórios que têm direitos negados seja possível e digna. Além de moradia, a organização também faz sedes, lavatórios e banheiros comunitários, sempre seguindo a lógica de unir moradores e voluntários gerando soluções e transformação.  Qual o perfil dos voluntários? Hoje não há restrição, o time de voluntários é diverso, atinge dos 16 a 70 anos de idade. Todos podem botar a mão na massa com a TETO, mas há predominância de jovens universitários que também buscam desenvolvimento profissional, como estudantes de engenharia e arquitetura. Eles se sentem atraídos pelo nosso trabalho porque podem usar o conhecimento técnico para transformar a realidade das comunidades em áreas vulnerabilizadas. Muitos de nossos voluntários vivem essa experiência de construir casas sem nunca terem pegado num martelo. São guiados pela nossa metodologia de estar no território e sair com outra perspectiva, querendo construir um Brasil melhor para todos.  Quais são as soluções oferecidas pela TETO? Em relação a moradias, no Brasil, atuamos hoje em soluções transitórias emergenciais. É o caso de alguma família, por exemplo, que perdeu o barraco precário onde morava em decorrência da queda de uma árvore ou vive em casas de lona e chão de terra batido. Atuamos nessas emergências constantes retirando famílias do contexto de vulnerabilidade para uma moradia digna. Temos uma cartela de soluções de moradia cuja metodologia de execução vai da mais simples a algumas mais complexas, sempre com a premissa de serem construídas por mãos voluntárias, de forma rápida. Essas Moradias de Emergência são casas mais simples, com o padrão de 18m², que construímos em maior volume geralmente num final de semana.  Os voluntários, basicamente, derrubam os barracos e constroem casas no lugar. Elas têm duração prevista de 5 a 10 anos, e a perspectiva é tirar os moradores dessa realidade de desespero inicial de moradia para que possam se preocupar com outras questões do cotidiano como procurar um emprego, a educação dos filhos, ter mais qualidade no sono para ir em busca dos seus objetivos no dia seguinte.  O outro tipo é a Moradia Semente. Ela tende a durar mais de 20 anos devido aos materiais utilizados e vem com banheiro, cozinha e uma sala. Assim, ratificamos que a moradia é a base dos outros direitos. Quando o direito à moradia é negado, há um combo de negação de outros direitos que afeta o todo da existência do cidadão. As famílias que moram em casas que não têm CEP, por exemplo, não conseguem acessar o sistema de saúde pública ou matricular os filhos na escola.  Além da moradia, temos outras soluções como a sede comunitária, que são espaços com até 72m² usados para encontros, atividades com crianças, distribuição de cestas básicas etc. Geralmente, nos territórios onde fazemos esses centros comunitários, viabilizamos o acesso à água e iluminação nas principais ruas da comunidade a partir de energia solar. Outra solução da TETO são os banheiros comunitários cuja demanda é grande nos territórios onde atuamos. Há comunidades em que poucas famílias têm banheiro em casa. Há outras iniciativas nossas como pontes, parques, praças, que vêm a partir de demandas no território.  Como é o processo para implantar as soluções e a participação das pessoas beneficiadas nas comunidades?  Nossa metodologia de trabalho tem moradoras e moradores como centro. Quando buscamos novos territórios para atuar, fazemos um mutirão de visitas para conhecer várias comunidades ao mesmo tempo, nós nos aproximamos buscando um match com o perfil dos territórios. Com muita coragem, procuramos territórios hipervulnerabilizados onde, geralmente, as casas são barracos, as famílias não têm acesso a banheiro, por exemplo. Há organizações que escolhem favelas urbanas, outras atuam junto à habitação social, mas a escolha da TETO é em cima dessa urgência.  Quando vamos conhecer as comunidades, deixamos claro que não vamos dar nada, mas construir juntos, e o relacionamento se constrói a partir

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