Arquivos Urbanismo - Página 42 De 96 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Fabiano Ferraz: "Estamos incentivando a utilização das bicicletas e as caminhadas"

Presidente da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade da Câmara do Recife, Fabiano Ferraz fala nesta entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas, da Revista Algomais, sobre os trabalhos do legislativo municipal, comenta o impacto da pandemia nos transportes do município e destaca o incentivo aos deslocamentos a pé e por bicicletas.  No último mês, a Algomais publicou uma Sondagem sobre Mobilidade Urbana, realizada com os vereadores da Câmara Municipal do Recife. Confira também os resultados dessa pesquisa exclusiva.  Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público . Quais as principais pautas da comissão de mobilidade da Câmara do Recife em 2021? FABIANO FERRAZ - Iniciamos os trabalhos da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade da Câmara do Recife buscando, principalmente, entender quais iniciativas estavam sendo tomadas e quais poderiam aparecer como alternativas para os recifenses dentro desta pandemia do novo Coronavírus. Para isso, realizamos reuniões com representantes do Consórcio Grande Recife e visitamos dois Terminais de Integração de Transporte Público, onde realizamos vistorias e sugestões de melhorias na prevenção à Covid-19. O incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte também é uma das nossas pautas. Criamos a campanha “Bora de Bike”, que começou incentivando os funcionários da própria Câmara ao uso da bicicleta no deslocamento até o trabalho, mas que também tem o objetivo de conscientizar e influenciar todos os recifenses no uso desse meio de transporte mais sustentável. Em uma reunião com a CTTU, discutimos sobre os Planos de Mobilidade e Cicloviário da Cidade. Recebemos em reuniões representantes do Sintespe e Unitrans/PE, além de um debate sobre a Segurança Viária da capital pernambucana, uma parceria da Prefeitura do Recife com a Iniciativa Bloomberg. Especificamente sobre mobilidade ativa, quais as preocupações do legislativo municipal e o que é possível ser feito para incentivar os deslocamentos a pé e por bicicletas? FABIANO FERRAZ - Uma das pautas que estão sendo discutidas dentro do legislativo municipal tem relação com a segurança destes usuários, principalmente dos pedestres que, segundo dados, entre 2017 e 2019, foram as principais vítimas dos acidentes de trânsito (46%). Os ciclistas são 9% destas vítimas. Uma percentagem menor, mas também muito preocupante. Estamos pedindo o aumento no número de vias com ciclofaixas e ciclovias, além da melhora na infraestrutura das calçadas, para tornar os caminhos mais seguros e atrativos, servindo também como incentivo à caminhada. Na sua opinião, como a pandemia impactou essa temática da mobilidade urbana? FABIANO FERRAZ - Com a diminuição das frotas de ônibus, mas com a necessidade de muitos recifenses continuarem trabalhando, a falta de veículos nas integrações acabou levando superlotação para o transporte público. Mesmo com todo o cuidado tomado pelo Grande Consórcio Recife com a limpeza dos terminais, estes são locais propícios para a contaminação. Muitas pessoas também optaram pelo uso mais constante do veículo próprio, buscando se defender do Coronavírus, por causa da própria indicação de distanciamento social. Então temos mais carros nas ruas, circulando pela cidade, o que também influi na necessidade de melhorias das vias. Estamos em constante conversa com o Grande Recife Consórcio, buscando alternativas para diminuir a grande quantidade de pessoas nestes terminais. Também por isso estamos sempre buscando incentivar a utilização das bicicletas e as caminhadas, para aqueles que conseguem chegar aos seus destinos andando, sendo eles mais próximos. O transporte coletivo público no Recife é integrado com os demais municípios (seja o ônibus ou o metrô). Nesse cenário que extrapola os limites do município, é possível que a Câmara Municipal aprove leis que incentivem o transporte público? Caso, sim, que medidas estão em discussão? FABIANO FERRAZ - A Câmara Municipal aprova leis relacionadas à cidade do Recife, cabendo incentivar melhorias dentro do seu município. Entretanto, algumas ações já foram propostas pela Câmara Municipal do Recife, que ultrapassam os limites municipais da RMR, com o intuito de melhorar as condições de transporte coletivo público de toda a população. Foi o caso, por exemplo, da legislação sobre ar-condicionado nos coletivos que se originam no município do Recife, mas adentram outros municípios da RMR, interferindo, dessa forma, na autonomia dos municípios afetados pela proposta. Ainda neste semestre, se discutiu e foi proposto reforçar o transporte público com o apoio das estruturas (veículos e pessoal de operação) dos transportes de turismo e escolar, porém os tipos de veículos disponíveis nestas categorias, além de questões jurídicas complicadas, estão travando a continuidade desta iniciativa. Estamos sempre buscando alternativas que melhorem a qualidade e o serviço oferecido no nosso transporte público. Há alguns meses foi debatido no Recife o escalonamento das atividades econômicas para reduzir a pressão sobre o transporte público nos horários de pico. Qual a sua opinião sobre essa temática? FABIANO FERRAZ - Esta é uma medida que poderia trazer um benefício significativo à redução das aglomerações em terminais e nos veículos, mas sua implementação enfrenta grandes dificuldades, haja vista a intricada relação entre as múltiplas atividades econômicas exercidas na Região Metropolitana do Recife, os variados interesses pessoais dos usuários do sistema de coletivos e as limitações e premissas estabelecidas, política, institucional e administrativamente por cada município integrante da RMR. Por isso que nenhuma das iniciativas já tentadas em cidades brasileiras de diversos portes, surtiu um efeito que pudesse ser considerado um sucesso permanente. Evidentemente, a Comissão de Mobilidade da Câmara do Recife estará atenta à promoção de ideias e sugestões que possam contornar as dificuldades apontadas e propiciem situações de efetivo ganho para a população, no que se refere à redução das aglomerações e a consequente diminuição dos índices de contaminação no transporte coletivo. . LEIA TAMBÉM Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público Estudo aponta maior risco de infecção de Covid-19 em terminais de ônibus Datafolha: 55% dos recifenses considera a mobilidade urbana ruim ou péssima

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Crea-PE debate projeto do Arco Metropolitano

Um projeto que, há quase 20 anos, permeia a história de Pernambuco, o Arco Metropolitano volta a ser o centro das discussões. De um lado, a real necessidade de desafogar o trânsito da BR 101 no contorno urbano da Região Metropolitana do Recife; do outro, os impactos ambientais que o projeto pode causar. O desafio é achar um ponto de equilíbrio para a implantação do Arco dentro da lógica do desenvolvimento sustentável. Para contribuir com essa discussão e buscar alternativas viáveis sob os aspectos ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) abre espaço para debater o tema, com a participação do poder público e da sociedade civil. O encontro acontece de forma virtual na próxima quinta-feira (8). Ele é organizado pelo Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Crea-PE e é o primeiro evento do eixo “Um projeto para Pernambuco e o Brasil”, que vai debater temas de relevância para o Estado e o País. O Arco pretende ligar Igarassu ao Cabo de Santo Agostinho, criando uma nova alternativa de rota na RMR. “O trecho da BR 101, que liga a Mata Norte, nas imediações de Igarassu, à Mata Sul, na saída de Jaboatão, não suporta mais a quantidade de veículos. É importante uma solução como o Arco Metropolitano, mas precisamos de um projeto num conceito da sociedade atual, com sustentabilidade. Não pode ser qualquer solução. Precisa respeitar o meio ambiente, as boas práticas da engenharia”, destaca o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena. O CTP, que organiza o evento, é um comitê formado por profissionais com experiência e liderança nas áreas de atuação da engenharia, agronomia e geociências. Ele reúne três eixos de atuação: um ligado à educação e à formação do engenheiro, outro com um olhar para a qualidade e inovação na engenharia e, por fim, o terceiro eixo, batizado de Um projeto para Pernambuco e o Brasil, com uma engenharia mais propositiva. Este eixo está sob a coordenação do engenheiro civil João Recena. Ele ressalta que é o espaço onde o Crea pode ter voz e contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico e sustentável de Pernambuco. O primeiro desafio é ajudar a construir alternativas viáveis, do ponto de vista ambiental e econômico, para a implantação do Arco Metropolitano. Segundo Recena, o Arco Metropolitano é hoje o projeto que vai conectar Pernambuco ao desenvolvimento econômico, com ampliação de captação de novos projetos industriais, mas precisa ser feita de forma responsável e equilibrada. “O desafio é enorme para conjugar de forma satisfatória um caminho que possa ser percorrido harmonicamente pela viabilidade econômica e ambiental. Mas estamos abrindo um espaço propositivo para isso mesmo, buscar soluções”, observa Recena, que mediará o debate. O encontro da quinta-feira terá a participação da engenheira civil Fernandha Batista, que está à frente da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, pasta responsável pela execução do projeto. O outro palestrante será o engenheiro eletricista Herbert Tejo, que preside o Fórum Socioambiental de Aldeia. Um dos estudos de traçado previsto para a via passa justamente pela Área de Proteção Ambiental Aldeia Beberibe. “O Arco Metropolitano é uma obra estratégica para a melhoria da infraestrutura logística, e que contribuirá para o desenvolvimento econômico e social do Estado, a partir da melhoria da qualidade no transporte coletivo e do incremento no escoamento da produção. O objetivo do Governo do Estado é assegurar a elaboração de bons projetos de engenharia, que contemplem os aspectos técnicos e socioambientais da iniciativa”, afirma a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. Herbert Tejo, presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, faz questão de frisar a importância do Arco Metropolitano, da necessidade de se criar uma alternativa viária para a BR 101. “Hoje a BR 101 virou uma grande avenida por conta do fluxo de carros”, aponta Tejo. Ele destaca que o ponto principal da sua discussão é referente ao trecho que vai da BR 101 norte à BR 408, no limite de Paudalho/São Lourenço. O traçado, segundo Herbert, causa um impacto ambiental prejudicial não só pela mata, mas por nascentes ribeirinhas. Ele reconhece ser um debate difícil, mas acredita que o evento promovido pelo Crea poderá abrir espaço para ideias viáveis e que contemplem o projeto, respeitando o meio ambiente. O engenheiro civil Maurício Andrade e a engenheira florestal Isabelle Meunier participarão do evento como debatedores. Por conta da pandemia, o encontro acontece de forma virtual. Será transmitido ao vivo a partir das 19h pela TV Crea-PE, no YouTube. Haverá espaço para interação com o público, com perguntas para os participantes. O Arco Metropolitano abrirá uma série de discussões promovidas pelo CTP. Adriano Lucena destaca que o comitê vai participar ativamente dos debates e soluções para o desenvolvimento do Estado. Na pauta, assuntos como a Transnordestina e duplicação da BR 232, no trecho entre São Caetano e Cruzeiro do Nordeste. “São debates que envolvem a engenharia, muito importantes para o Estado, e o Crea não pode ficar de fora”, argumenta Lucena, destacando que o Conselho disponibiliza sua expertise para implantação de projetos sustentáveis, dentro de uma nova realidade tecnológica e moderna para Pernambuco. O que: Debate “Arco metropolitano: o desafio do desenvolvimento sustentável”, promovido pelo Comitê Tecnológico Permanente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco. Quando: Quinta-feira (08/07), a partir das 19h Onde: Transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal TV Crea-PE

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Esculturas do Circuito da Poesia ganham QR Codes

As 18 esculturas que integram o Circuito da Poesia do Recife ganharam um QR Code, afixado na placa de identificação. O código, que poderá ser facilmente escaneado pelos smartphones, dará acesso a um áudio sobre o “personagem” e a um vídeo cênico, com trechos da obra de cada poeta imortalizado em pedra e arte nas ruas recifenses. " Agora, todas as 18 esculturas que fazem parte do Circuito da Poesia têm um QR Code ao lado delas. Você pode colocar o telefone e ao ler o QR code, vai abrir uma encenação de alguma poesia, de algum poema desses poetas que fazem parte do Circuito das Poesias. A gente através disso consegue empoderar ainda mais essa obras tão importantes pra nossa cidade e essas pessoas, que contribuíram para formação e cultura do Recife; e fazer isso do Teatro do Parque é muito especial”, detalhou o prefeito João Campos. Os vídeos foram produzidos pela Prefeitura do Recife, em parceria com o Sesc Pernambuco. Atores e atrizes da cidade interagem com seus “inspiradores”, dando vida e voz ao legado de artistas que escreveram seus nomes na história do Recife. Os vídeos têm entre 3 e 5 minutos de duração. Os textos, áudios e vídeos também podem ser acessados na internet, na página: https://circuitodapoesia.recife.pe.gov.br/. Os áudios estão disponíveis em três idiomas: português, espanhol e inglês. Iniciativa da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a ação, batizada de “Recife, poesia viva” é um convite para que a população conheça mais e cuide melhor do seu patrimônio cultural, marca da identidade recifense. CIRCUITO - O Circuito da Poesia é atualmente composto por 18 monumentos, em celebração a grandes nomes da cultura pernambucana: Manuel Bandeira (Rua da Aurora); João Cabral de Melo Neto (Rua da Aurora); Capiba (Rua do Sol); Carlos Pena Filho (Praça do Diário); Clarice Lispector (Praça Maciel Pinheiro); Antônio Maria (Rua do Bom Jesus); Ascenso Ferreira (Cais da Alfândega); Chico Science (Rua da Moeda); Solano Trindade (Pátio de São Pedro); Luiz Gonzaga (Praça Mauá); Mário Mota (Pátio do Sebo); Joaquim Cardozo (Ponte Maurício de Nassau); Ariano Suassuna (Rua da Aurora); Alberto da Cunha Melo (Parque 13 de Maio); Celina de Holanda (Avenida Beira Rio); Liêdo Maranhão (Praça Dom Vital); Naná Vasconcelos (Marco Zero); e Reginaldo Rossi (Pátio de Santa Cruz). Além de eternizados, eles agora estão interativos, prontos para semear as histórias que viveram, contaram e seguem contando nas paisagens do Recife.

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Agricultura urbana resiste em Petrolina

*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Petrolina tem pelo menos 5 hectares de agricultura urbana em atividade. A extensão é equivalente a 6 campos de futebol. A plantação dentro da cidade é uma característica antiga do município, de acordo com Helder Ribeiro Freitas, professor do Colegiado de Engenharia Agronômica e do programa de pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Univasf. "As principais experiências de Petrolina são com as hortas comunitárias, não são no quintal das casas, embora devam haver também. Apesar da pandemia, elas continuam. Aqui tem hortas que iniciaram sua produtividade nos anos 80, ou seja, já possuem de 30 a 40 anos de atividade. A maioria não são iniciativas recentes", conta o pesquisador. As hortas estão espalhadas pela cidade, em propostas e públicos diferentes também. "Tem horta no centro, horta na periferia, tem horta em todos os ambientes. As hortas do centro ao longo do tem enfrentado pressão pela valorização dos espaços. Já tivemos o caso de uma bem antiga que acabou sendo bem extinta. Tentaram promover uma mudança de lugar, mas não funcionou.  Foi feita uma reimplantação, mas a maioria deixou de trabalhar. No entanto, a maioria dessas hortas não parou na pandemia". O pesquisador explica que a maioria está situada em terrenos públicos e até em escolas. . . Com a pandemia, apesar das dificuldades na assistência técnica e no acompanhamento de profissionais que davam apoio a essas iniciativas, a necessidade de produção de alimentos e geração de renda foi o combustível para mantê-las ativas. Helder conta que muitos desses produtos, além de servir para o autoconsumo das famílias produtoras, tem chegado também aos supermercados e quitandas.  "Elas são importantes para a gerança de renda, emprego e também para o abastecimento da cidade. Hoje, todos os supermercados tem uma gôndola de produtos orgânicos, além das próprias feiras orgânicas de Petrolina e Juazeiros". Além do esforço das próprias famílias produtoras, que é a principal coluna da agricultura urbana, na experiência de Petrolina, essas iniciativas de cunho comunitário por vários momentos tiveram incentivo do poder público, devido a sua importância social. "Sempre houve algum viés de uma iniciativa pública. Seja da escola, de alguns vereadores, líderes comunitários, associações de bairro. A agricultura urbana aqui tem muito haver com as fragilidades sociais. Isso foi mobilizando a comunidade, os agentes políticos e gestores públicos", afirma Helder Ribeiro.

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Estudo aponta maior risco de infecção de Covid-19 em terminais de ônibus

Da Fiocruz A crença de que as pessoas estão mais expostas a contraírem o novo coronavírus (SARS-CoV-2) no transporte público acaba de ganhar respaldo científico. Um novo estudo da Fiocruz Pernambuco - que recolheu amostras de superfícies situadas em vários pontos do Recife para identificar a presença desse vírus, causador da Covid-19 - concluiu que os lugares com maior risco de contaminação são os terminais de ônibus, com 48,7% das amostras positivas, seguidos dos arredores de hospitais (26,8%). Para essa investigação, foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por diferentes usuários, como maçanetas, torneiras, vasos sanitários, interruptores de luz, leitores de biometria, catracas, corrimão de escadas, entre outros, em diversos pontos da capital pernambucana. Os lugares foram selecionados por atenderem a duas condições: grande fluxo e alta concentração de pessoas; e organizados em seis grupos: terminais de passageiros, unidades de saúde, parques públicos, mercados públicos, áreas de praia e centro de distribuição de alimentos. As amostras foram submetidas ao exame padrão ouro para detecção do novo coronavírus, o RT-qPCR. Do total de amostras obtidas, foi confirmada a presença do SARS-CoV-2 em 97 (24%). Quase metade delas foram recolhidas em terminais integrados de ônibus (47 amostras positivas ou 48,7%), onde as superfícies com maior índice de contaminação foram os terminais de autoatendimento e os corrimões. O pesquisador da Fiocruz PE e coordenador do estudo, Lindomar Pena, ressalva que não foi detectado vírus ativo nos exames. "Porém em algum momento ele esteve ativo naquele local, o que demonstra serem ambientes onde há mais gente infectada circulando", explica. As áreas próximas às unidades de saúde ficaram em segundo lugar, com 26,8 % das amostras positivas. Seguidas dos parques públicos (14,4%), mercados públicos (4,1%), praias (4,1%) e outros lugares (2,2%). O vírus foi encontrado predominantemente em banheiros, terminais de autoatendimento, corrimões, playgrounds e equipamentos de ginástica ao ar livre. As coletas utilizaram ferramentas de georreferenciamento para situar os locais com exatidão. Outro aspecto contemplado pelos estudiosos foi a classificação das superfícies pelo tipo de material. O vírus foi encontrado com maior frequência em superfícies metálicas (46,3%) e plásticas (18,5%). "Tomados em conjunto, os resultados indicaram contaminação extensa por SARS-CoV-2 em superfícies públicas, sugerindo a circulação de pessoas infectadas nessas áreas e um risco potencial de infecção. Os resultados podem ajudar as autoridades de saúde pública a priorizarem recursos e estabelecerem políticas eficazes para conter a transmissão comunitária do SARS-CoV-2 nos pontos de controle críticos da Covid-19 identificados no estudo", complementa Lindomar. O doutorando em Biociências e Biotecnologia em Saúde (BBS) na Fiocruz PE e autor principal do artigo, Severino Jefferson Ribeiro, ressalta a importância dos achados da pesquisa. "Além desses resultados servirem como subsídio para as autoridades de saúde, este trabalho permitiu observar que a população não está seguindo rigorosamente as medidas voltadas para prevenir a transmissão do vírus. E infelizmente, isso acaba refletindo no que estamos vivendo atualmente com o aumento descontrolado do número de casos de Covid-19 no estado", explica Jefferson. Além dele, outros dois pós-doutorandos, cinco doutorandos e duas mestrandas da instituição participam da pesquisa, que conta ainda com a participação do pesquisador da Universidade de Glasgow (Escócia) Alain Kohl.

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Sondagem: vereadores defendem mobilidade ativa e transporte público

Sondagem da Algomais sobre Mobilidade Urbana ouviu os representantes da Câmara dos Vereadores do Recife para identificar a opinião dos parlamentares sobre o que deveria ser priorizado na cidade para melhorar os deslocamentos diários da população e que projetos de leis estão nos seus planos. Para mapear a opinião da Casa José Mariano sobre a mobilidade urbana, a equipe Algomais entrou em contato telefônico e/ou por e-mail com todos os gabinetes, obtendo o retorno de um terço dos eleitos da atual legislatura. Responderam a um questionário digital, preparado pelo corpo técnico da pesquisa, os vereadores Aderaldo Pinto, Alcides Cardoso, Andreza Romero, Chico Kiko, Cida Pedrosa, Dani Portela, Eriberto Rafael, Ivan Moraes, Luiz Eustáquio, Marco Aurélio Filho, Natália de Menudo, Renato Antunes e  Waldomiro Amorim (Professor Mirinho). PRIORIZAÇÃO Quando questionados se o poder público municipal deveria priorizar a mobilidade "Individual (estimulando o uso de carros e motos)" ou "Coletiva e ativa (estimulando o uso de ônibus, metrô, bicicletas e transporte a pé)", 100% defendeu a segunda opção. Dos respondentes, 92,3% indicaram ainda que deve ser prioridade para a Câmara Municipal legislar e destinar recursos para a mobilidade do Recife. Os parlamentares foram questionados sobre: Qual deve ser a prioridade do poder municipal na promoção da mobilidade? Eles tiveram a opção de marcar mais de uma alternativa neste quesito. "Regulamentar e estimular o uso de transporte coletivo" foi apontado como prioridade para 61,3% dos respondentes. Logo em seguida foi apontado também "Regulamentar e estimular a mobilidade ativa (a pé e por bicicleta)", defendido por 53,8% dos parlamentares. Três parlamentares responderam que não é possível separar a priorização entre o transporte público e a mobilidade ativa. Um vereador mencionou ainda o uso do modal marítimo, através dos rios da cidade. CALÇADAS Perguntamos aos vereadores se a construção e a manutenção das calçadas deve ser uma atribuição do poder público, dos munícipes ou de forma compartilhada. 61,5% defendeu que deve ser compartilhada entre o cidadão e o poder público. Um percentual de 30,8% opina que as calçadas devem ser uma responsabilidade do poder público. Apenas 7,7% concorda com a legislação atual, em que é do cidadão a responsabilidade, mas com a padronização explícita no Plano Diretor. Questionados sobre a avaliação da estrutura das calçadas do Recife: 46,2% consideram regular, 30,8% avaliam como péssima e 23,1% apontam como ruim. Ninguém considera a situação das calçadas como boa. Quando foram perguntados sobre o que deve ser priorizado para estimular a caminhabilidade no Recife, os vereadores puderam responder até 3 alternativas. Em primeiro lugar foi votado "melhorar as calçadas" (92,3%), seguido por "melhorar a segurança no espaço público" (84,6%) e "investir em iluminação pública" (69,2%). Outro índice que alcançou uma votação expressiva foi "investir na arborização para o sombreamento das calçadas" (53,8%). Foram mencionados ainda como alternativas para estimular a caminhabilidade "Realizar campanhas de comunicação de incentivo aos deslocamentos a pé" (15,4%), "Construir mais passarelas sobre os rios do Recife (15,4%). Como sugestões dos parlamentares, que não estavam nas nossas alternativas surgiram ainda: "Promover mais espaços de convivência familiar" e "ampliar os acessos aos morros e áreas planas de difícil acesso".   CICLOVIAS Questionados sobre a avaliação acerca da estrutura de ciclovias do Recife, 69,2% dos vereadores consideram regular, 15,4% apontam que a situação atual é boa. Apenas dois vereadores avaliaram como ruim ou péssima.   FAIXA AZUL Perguntamos a avaliação dos parlamentares sobre o uso de Faixas Azuis (exclusivas para ônibus) para melhoria da mobilidade. As Faixas Azuis são consideradas importantes para 76,9% e razoáveis para 23,1% dos respondentes.   EFEITOS POSITIVOS PARA A CIDADE Perguntamos aos parlamentares a seguinte questão: "Na sua opinião quais os benefícios urbanos/sociais para uma cidade em que mais pessoas se deslocam a pé, bike e transporte público?" 69,2% respondeu que "Melhora a segurança nas ruas, pois há mais pessoas no espaço público". Foram mencionados ainda ganhos na saúde pública, a valorização do comércio de rua e a redução dos engarrafamento. . . O QUE CADA VEREADOR PRETENDE FAZER PARA A MOBILIDADE URBANA Perguntamos aos parlamentares: (1) "Estão nos seus planos criar algum projeto para incentivar ou regulamentar a mobilidade urbana no atual mandato?" e (2) "Como vereador, o que o(a) senhor(a) você pode fazer em 2021 para incentivar a caminhabilidade e o uso de bicicletas nos deslocamentos no Recife?". Confira abaixo as respostas: ADERALDO PINTO  1 - Nessa temática de mobilidade, estamos tentando viabilizar o aplicativo Bora Brasil para dividir as atenções com os aplicativos Uber e 99Pop, para melhorar as condições dos motoristas de aplicativos e dos usuários. Além de termos aprovado no ano de 2019 a obrigatoriedade da renovação da frota de ônibus coletivos, com obrigatoriedade de Ar-Condicionados para melhorar as condições dos passageiros. 2 - Estimular ainda mais os projetos voltados as Bikes que vem sendo feitos na Cidade com a expansão da malha cicloviária dos últimos 10 anos. Fazer crescer cada vez mais o transporte entre bairros da cidade por este modal.   ALCIDES CARDOSO 1 - Lutar para acabar com a indústria da multa. Trabalhar para reduzir o trânsito nas áreas mais críticas, cobrando que a prefeitura faça pesquisa de origem-destino para saber locais o horários de maior fluxo de passageiros. 2 - Calçadas e ciclofaixas.   ANDREZA ROMERO 1 - Há estudos de proposições. 2 - Elaborar propostas que visem o bem-estar da sociedade, através da segurança pública, dos serviços urbanos, de obras de infraestrutura, mobilidade e urbanismo. O Recife deve ser uma cidade que integra, agrega, e não exclui. E, através das redes sociais e dos meios oficiais, trabalhar a conscientização dos recifenses.   CHICO KIKO 1 - Sim. Pavimentação de diversas ruas, além da proibição de estacionamento nas calçadas. 2 - Além das ciclofaixas que solicitamos, ampliar as sinalizações e reformas das calçadas e ruas.   CIDA PEDROSA 1 - 1) Projeto Educativo de estímulo à mobilidade ativa 2) Requerer a regulamentação do Plano Diretor em todos os itens relativos ao Parque Capibaribe 3) Requerer ao poder executivo a estruturação e ampliação de acessos aos morros da cidade 4) Requerer à gestão municipal a ampliação do Programa Calçada Legal, contemplando rotas acessíveis aos equipamentos públicos de:

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Experiências com telhado verde inspiram pesquisa de alunos de Engenharia Civil

Uma boa prática que já vem sendo difundida na Europa começa a cobrir a laje de alguns empreendimentos na capital pernambucana. Trata-se do telhado verde, que é a instalação de vegetações nas coberturas dos edifícios, sob a laje, trazendo benefícios ambientais. Além de paisagístico, ajuda na redução das ondas de calor, diminuição no consumo interno de energia elétrica, promove absorção e aproveitamento de água da chuva e reequilíbrio ambiental. Os benefícios desse ‘ecotelhado’ são tema de um TCC de um grupo de alunos de Engenharia Civil do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). Eles avaliaram essa cobertura verde em um bar, em Santo Amaro, e também em uma organização não-governamental, no bairro de Santo Antônio. Nesta, a experiência utilizada era de uma horta comunitária. Para realizar a pesquisa, os alunos de Engenharia fizeram visitas, registraram imagens para análise visual, aplicaram questionário não estruturado aos proprietários e fundamentaram com referências teóricas e artigos. Observaram, entre outros, a inovação, sustentabilidade, materiais utilizados e efeitos desse recurso no empreendimento. Após inspeções da equipe nas duas coberturas, perceberam redução térmica e, consequentemente, no consumo de energia, além de reaproveitamento de água da chuva para a plantação. Apesar dos bons resultados com o uso, os telhados verdes avaliados eram de caráter experimental e que havia algumas faltas na estrutura como problemas de planejamento, infiltração e instalação. Como contrapartida, os alunos trazem formas de aplicação e manutenção corretas para a utilização do sistema, a partir das concepções da engenharia civil e sustentabilidade. “As pesquisas mostram que, até 2050, as migrações populacionais para os centros industriais irão aumentar cerca de 66%. Com isso, as construções de edifícios também irão aumentar, produzindo transtornos de escoamento das águas da chuva e possíveis alagamentos, além do fenômenos das ilhas de calor urbano”, explicou Clodoaldo de Paula, integrante da equipe. Para ajudar a reduzir esse impacto, há inclusive uma lei municipal – de nº 18.112/2015 - que prevê telhados verdes nos novos prédios do Recife, com mais de quatro pavimentos, ou unidades com área coberta acima de 400 metros quadrados. A norma também inclui, nesses empreendimentos, a construção de reservatórios de acúmulo ou de retardo do escoamento das águas pluviais para a rede de drenagem. Clodoaldo de Paula explica que qualquer tipo de imóvel tem capacidade de receber um projeto de telhado verde, tanto os que possuem lajes planas ou inclinadas de concreto, como no caso das coberturas com telhas de fibrocimento ou cerâmica. "Nessas podemos utilizar o substrato e a vegetação depostas numa bandeja apropriada e apoia – las sobre o teto. O ideal é projetar desde o início o imóvel considerando a parte vegetada, pois gerará uma sobrecarga na estrutura. Para estabelecimentos já existentes o recomendado é procurar os especialistas da área (Engenheiro Civil, Arquiteto) para certificar se o sistema estrutural irá suportar o peso extra". Clodoaldo aponta os seguintes impactos positivos para a cidade, se houvesse uma multiplicação dessas experiências de telhados verdes AMBIENTAIS: A absorção das substâncias tóxicas pela vegetação e liberação de oxigênio na atmosfera. O sequestro de gás carbono ajuda a reduzir o efeito das ilhas de calor. Diminuição de empossamentos e enchentes, com o retardo do escoamento da água da chuva para drenagem urbana. SOCIAIS: Melhora o isolamento térmico da edificação protegendo contra altas temperaturas no verão e mantendo a temperatura interna no inverno. Melhora o isolamento acústico da edificação. Isola e absorve ruídos. ECONÔMICAS: Traz redução térmica nos ambientes internos. Dificulta a transmitância de calor e melhora a eficiência energética. Isso pode gerar para a propriedade um payback de investimento em médio e longo prazo.

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Pesquisa: 44,64% dos jovens apoiam líderes comprometidos com enfrentamento das mudanças climáticas

A Eureca, consultoria que conecta e desenvolve jovens para o mercado de trabalho, tendo como co-autoras o Davos Lab, e a Global Shapers, iniciativa da juventude do Fórum Econômico Mundial, apresentam a edição brasileira da pesquisa “Construindo Nosso Futuro”. Trata-se de um chamamento à Juventude Brasileira a compartilharem sua visão sobre o cenário brasileiro dentro na Economia, Emergência Climática, Liderança, Política e Tecnologia. O recorte nacional deste levantamento integra uma pesquisa global realizada em mais de 150 países, com o objetivo de identificar cenários e comportamentos que possibilitam traçar um plano de recuperação pós-pandemia de Coronavírus voltado para a juventude. O levantamento analisou mais de 1.100 reflexões enviadas de forma online por jovens com média de idade de 28 anos e de todas as regiões do Brasil. As respostas foram coletadas durante o mês de Abril e as análises dos dados consolidadas em Maio. A pesquisa revela a opinião dos jovens brasileiros em assuntos relacionados com Economia, Emergência Climática, Liderança, Política e Tecnologia: https://davoslab.com.br/resultados/ . Alguns dos destaques identificados na pesquisa são: Trabalhos inclusivos 27,21% dos jovens indicam que a Remuneração é o atributo determinante na procura por emprego; na sequência foi apontado o Plano de Carreira e Perspectiva de Crescimento Profissional (25,34% ) como determinante. Responsabilidade e Ética Social 84,95% dos jovens concordam que todas as organizações do setor privado (não apenas as empresas públicas) devem ser responsabilizadas por padrões de ética sociais, ambientais, de governança e de tecnologia; 33,21% acreditam que os aprendizados e estudos propagados no Ensino Superior é a principal chave para influenciar as empresas na adoção de métricas ambientais, sociais e de governança; na sequência estão Maior Pressão do Consumidor (25,67%) e Incentivos Financeiros mais Fortes com 15,44%. Acesso Digital 78,47% apontam que o acesso a internet e ferramentas digitais são um Direito Humano Básico. 67,71% dos jovens indicam que o Governo deve ser o principal parceiro da sociedade para melhorar o acesso digital e a internet das pessoas. Letramento Digital 44,01% dos entrevistados apontaram que a maior desvantagem das redes sociais, tanto para reguladores como para usuários, é a Desinformação e Divulgação de Notícias Falsas. Emissão Zero 59,45% dos jovens brasileiros afirmam que o Governo deveria fazer da aceleração da ação climática um objetivo fundamental para a recuperação econômica. 44,64% dos entrevistados afirmam que vão votar ou apoiar os líderes políticos que se comprometem a tomar medidas ousadas, imediatas e ambiciosas para enfrentar a crise climática. 53,22% concordam que as Instituições Financeiras, incluindo os bancos, devem parar de apoiar a expansão dos combustíveis fósseis por meio de empréstimos e serviços financeiros. Consumo Consciente 45,70% dos jovens posicionam que Governos e Orgãos Internacionais devem agir para regulamentar e aumentar a disponibilidade de produtos sustentáveis. Futuro da Política Como forma de engajamento na política 21,55% responderam que pretendem fazer parte de um Negócio de Impacto Social, seguido de 19,63% se voluntariar para trabalhar em uma Organização sem Fins Lucrativos e 14,74% pretendem trabalhar em uma Organização Internacional. 45,35% indicam que a principal capacidade do líder político do futuro deve ser “Demonstrar liderança responsável e sustentável”, seguido de 33,83% que “Representa e/ou abraça a diversidade e inclusão”. Segundo, Carolina Utimura, CEO da Eureca, a pesquisa tem importância vital no espaço de fala para os jovens e isso traz um direcionamento imprescindível para atender tais demandas: "É crucial ouvirmos as vozes das juventudes e direcionarmos aos tomadores de decisão. Podemos, aos poucos, observar a mudança de prioridade (como a estabilidade financeira e de carreira) que afetará o comportamento das novas gerações. Em paralelo, vemos cada vez mais o pedido de urgência que organizações, especialmente as privadas, sejam mais responsáveis socialmente e ambientalmente. Se ainda há dúvidas que o ESG é um movimento duradouro ou não, os jovens nos trazem que seus valores nos levarão ao caminho de um progresso responsável com as comunidades." conclui.

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Prefeitura do Recife entrega 2 km de novas avenidas com ciclovia na região do Rio Beberibe

Da Prefeitura do Recife O prefeito João Campos entregou mais de dois quilômetros de obras de saneamento e requalificação das margens do rio Beberibe. As obras foram executadas pela Secretaria de Saneamento do Recife e estão dentro do programa PAC Beberibe. O investimento foi em torno de R$ 29 milhões, incluindo pavimentação, ciclovia, drenagem, esgotamento sanitário, abertura de vias e desobstrução das margens. “Estamos aqui na margem do Rio Beberibe, em uma nova obra construída pela Prefeitura do Recife, com expansão de vias, de ciclofaixa e de calçadas. A gente sabe que é fundamental melhorar a infraestrutura da cidade e aqui a gente pode estar ajudando as pessoas com a drenagem e expansão do saneamento”, disse o prefeito João Campos. As margens do Rio Beberibe ganharam mais 1,5 km de avenida, começando na avenida Cidade do Monteiro e conectando-se com importantes vias da região, como as avenidas Hildebrando de Vasconcelos, Uriel de Holanda e Beberibe. A pista de rolamento tem 7 m de largura, com calçadas, acessibilidade, sinalização, iluminação pública, redes coletoras de esgoto, galerias de drenagem pluvial e arborização. Foi feita também uma nova avenida de 700 metros nas margens do Rio Morno, afluente do Beberibe, até a Rua Guarajá. A população passa a contar também com a Ciclovia Beberibe, que tem 2 km de extensão e se conecta à Ciclofaixa Sebastião Salazar, formando, assim, uma rede de 68 km conectados entre o Centro e a Zona Norte da cidade. Até o final de setembro, o Recife terá 160 km de malha cicloviária para garantir a segurança dos ciclistas e fomentar a mobilidade ativa. Devolver a dignidade a quem vive em áreas ribeirinhas é um compromisso da gestão, como lembrou Erika Moura, secretária de Saneamento do Recife. “A gente hoje está entregando 2,2 quilômetros de via pavimentada, com calçamento e ciclofaixa, para dar mais dignidade, saúde e qualidade de vida às pessoas. A gente retirou a população das palafitas, removeu mais de 2 mil pessoas para habitacionais e hoje aqui está entregando uma obra de grande impacto para a vida dos moradores.” CRESCIMENTO - A malha cicloviária do Recife vem recebendo destaque devido à sua evolução nos últimos anos. A cidade foi a que mais avançou na execução do Plano Diretor Cicloviário de Pernambuco, com mais de 70% das rotas complementares sob responsabilidade da PCR cumpridas. Em 2019, o Recife foi eleito a quarta cidade com a rede cicloviária mais acessível do Brasil em um índice do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) que contabiliza a população que está até 300 metros próximo a uma estrutura cicloviária. Desde o início da pandemia da Covid-19, já foram implantados 39,8 km de rotas cicláveis na cidade.

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Estudantes de Engenharia desenvolvem usina que gera energia sustentável

A preocupação com o meio ambiente vem levantando diversas questões de como preservar a natureza e seus recursos. Com a pandemia, houve uma diminuição de 5% na emissão de carbono, em comparação ao ano de 2019. Porém, a ONU afirmou no fim do ano passado que, para evitar desastres ambientais, seria necessária uma redução anual de 7,6% nos níveis de emissão pelos próximos 10 anos. No Brasil, aproximadamente 57% da matriz energética utiliza recursos hídricos para geração de energia elétrica. Um recurso natural cada vez mais escasso em função do efeito estufa e do aquecimento global. Com intuito de contribuir para a geração de energia sustentável, estudantes do 7º período do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário dos Guararapes, sob orientação do coordenador do curso Sidney Cunha, desenvolveram uma usina de células fotovoltaicas, que transformam raios solares em energia. O projeto durou três meses e está alocado no estacionamento dos funcionários do campus Piedade da UNIFG, em Jaboatão dos Guararapes, e é capaz de alimentar o laboratório de Instalações Elétricas do Campus. “Uma das principais vantagens de construir uma usina solar é o fato de poder ser utilizada para a geração de eletricidade em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais, utilizando fontes de energia provenientes da natureza, sem degradá-la, sendo uma ótima fonte de energia renovável”, explica o professor Sidney Cunha. O projeto mostra como é possível integrar a prática à tecnologia incrementando o processo de ensino e aprendizagem com conhecimento específico proveniente das várias áreas da Engenharia.

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