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Urbanismo

Jardim Botânico do Recife ganha nova Arena Arbor e Jardim de Biomas

Da Prefeitura do Recife Reaberto ao público na última sexta-feira (11), seguindo novos protocolos sanitários, o Jardim Botânico do Recife passa a contar com dois novos atrativos: a Arena Arbor e o Jardim de Biomas. Na manhã de ontem (17), o prefeito Geraldo Julio realizou a entrega simbólica dos novos espaços que integram o circuito de visitação do equipamento ambiental da Prefeitura do Recife, que funciona de terça a domingo, das 9h às 15h, no bairro do Curado, com entrada gratuita. “O Jardim Botânico no Recife passou a pouco dos 40 anos. A gente está reabrindo após o controle da pandemia, mas está reabrindo com novidades, com a Arena Arbor. Um espaço para oficinas, palestras, seminários. Um espaço para ecoeducação. O Jardim Botânico recebia só três mil pessoas por ano, na nossa gestão passou a receber 100 mil e agora com essa novidade, tenho certeza que esse número vai ser superado”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. Espaço remanescente de Mata Atlântica na cidade, numa área de 10,7 hectares cercada pela natureza, o Jardim Botânico do Recife passa a contar com a Arena Arbor, um espaço inovador e móvel criado para compartilhamento de conteúdo, oficinas e palestras ambientais. Projetada em madeira certificada e com iluminação composta por 540m de fitas de LEDs (lâmpadas com potência reduzida), a Arena Arbor tem 64m² e foi concebida a partir da metáfora relacionada à árvore, devido ao forte significado que carrega como um elemento natural representante do símbolo da vida. Em sua morfologia foi possível a abstração de cada componente: as raízes formam a base e se elevam em uma arquibancada, o tronco estrutura a arena, a copa confere o fechamento e os frutos serão colhidos ao longo das visitas. O espaço é fruto de uma parceria inédita entre a Prefeitura do Recife e a mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo, CASACOR Pernambuco, o projeto do arquiteto pernambucano Paulo Carvalho esteve entre os concorrentes ao Building of the Year (“Edifício do Ano”) promovido pelo ArchDaily, maior site de arquitetura do mundo, foi classificado entre os cinco melhores projetos na categoria Arquitetura Digital na premiação chinesa Idea-Tops e conquistou o Silver A’ Design Award (troféu de prata) na categoria Arquitetura, Construção e Estrutura, ao lado de grandes nomes da arquitetura mundial na Itália. Com estimativa da vida útil do equipamento é que chegue a 50 anos ao ar livre, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho falou sobre o novo ambiente. “A Arena Arbor é um espaço voltado para palestras ambientais e oficinas. Neste momento, funcionará como um espaço de visitação com limite de capacidade para 13 pessoas por vez. Posteriormente, sediará palestras, oficinas ambientais e também será uma área de permanência para os visitantes a fim de proporcioná-los um lugar para descanso e convivência devido a sua localização em um ponto estratégico do Jardim”, disse José Neves. Um novo jardim temático foi criado em torno da Arena Arbor. Trata-se do Jardim de Biomas, formado por 35 espécies, muitas delas coletadas por analistas ambientais do Jardim Botânico em expedições nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, com o intuito de fortalecer e diversificar a biodiversidade do equipamento. No local formado por ecossistemas da Caatinga, Restinga e do Agreste, os visitantes poderão conhecer quatro espécies ameaçadas de extinção, a Aechmea muricata, Melocactus violaceus, Solanum jabrense e Jacaranda rugosa. Recentemente, o Jardim Botânico do Recife passou a integrar uma rede de intercâmbio de sementes de espécies ameaçadas de extinção com jardins botânicos das capitais brasileiras por meio do Programa Bandeira Verde. Nos próximos dias, o JBR receberá 5 mil sementes da espécie Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr, popularmente conhecida por Garapa, direto da administração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

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membrana anfibea

Uma membrana para salvar o Recife – Por Mila Montezuma

De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), o Recife é a 16ª cidade global e a 1ª capital brasileira mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global, em especial no que diz respeito à elevação do nível do mar. Diversos estudos já realizados apontam para o alarmante fato de que a nossa cidade pode, simplesmente, submergir até 2100. Ou seja, dentro de no máximo 80 anos, boa parte do Recife pode “sumir” da paisagem, inundada definitivamente pelo avanço do oceano. Boa viagem atual e simulação de cenários futuros de alagamentos para, respectivamente, variação positiva de +1ºC, 2.5ºC e 4ºC. Para cada um desses cenários nível d’água aumenta, respectivamente, 1.00m, 4.70m e 8.90m. Fonte: Simulação da Autora sob modelagem do Google Earth. Diante desse cenário, a pergunta que se coloca para quem é recifense e trabalha com planejamento urbano é: como proteger a capital mais antiga do País, a primeira a completar 500 anos em 2037, e evitar que ela vá parar literalmente debaixo d’água? Procurando responder a essa pergunta e transformar o problema global em oportunidade local para requalificar urbanisticamente o Recife, tive oportunidade de participar do desenvolvimento de uma pesquisa aplicada na Universidade Federal de Pernambuco, cruzando conhecimentos locais com os de outras instituições, como a AA – Architectural Association (Inglaterra), MIT – Massachusetts Institute of Technology (EUA), Université de Toulouse (FRA) e IHE/Delft – Institute for Water Education da UNESCO (Holanda), com o objetivo de projetar soluções inovadoras, adaptativas e mitigadoras de efeitos climáticos tão adversos quando os estimados para o Recife. Sob a urgência de reconsiderar a premissa de estabilidade e construir uma visão de futuro sustentável, nasceu da pesquisa o conceito de uma “membrana anfíbia” capaz de proteger a interface direta da cidade com o Oceano Atlântico. Essa “membrana anfíbia” se materializaria num grande Parque Ecossistêmico na frente oceânica da cidade, ou seja, no mar. Procurando ir além de uma infraestrutura de contenção puramente técnica, a ideia é que seja uma linha ecossistêmica sensível – sociocultural e ambiental – tal qual é o arrecife, berçário natural de onde se originou a cidade. A membrana se acomodaria no relevo marinho e seria formada a partir de processos antrópicos (de intervenção humana) mas, também, naturais (a exemplo das correntes marinhas que naturalmente ajudarão a moldar o novo território). A membrana foi pensada para se desdobrar num sistema de três parques articulados. O primeiro é o Parque Tecnológico-Energético, situado entre 1.000 a 1.500 metros da costa, voltado à geração de energias renováveis: maremotriz, eólica e fotovoltaica. Um objetivo também relevante desta primeira “camada” de proteção é contribuir para a viabilidade econômica da iniciativa. O segundo é um Parque de Ilhas Flutuantes, localizado entre 500 a 1.000 metros da praia, cuja principal função é a de amortecimento do principal intemperismo físico do sistema: a erosão direta provocada pelo impacto das ondas marinhas (“turbinadas”, inclusive, pela elevação do nível do oceano). É uma região que tem o papel de resguardo e regeneração da vida selvagem, com restabelecimento de restingas e coqueirais. Um objetivo relevante, portanto, desta segunda “camada” de proteção é o resgate da biodiversidade. O terceiro é um Parque de Piscinas Filtrantes, a até 500 metros da costa – raio de influência da mobilidade ativa a pé. Seus principais objetivos são a criação de espaço público de qualidade e a purificação das águas, temperando diretamente sua qualidade e controlando o nível das marés. Haverá neste parque específico o restabelecimento da vegetação de restinga, ecossistema hoje ameaçado na cidade, dando início ao ecossistema de transição restinga-mangue, além de canais e coqueirais. É justamente neste parque das piscinas filtrantes que seria locado o indispensável sistema de eclusas (pontos de passagem entre desníveis), válvulas e interfaces sensíveis tecnológicas (a serem desenvolvidas) para controlar a variação das águas em termos de nível, salinidade, e pH, permitindo, inclusive, a circulação de espécies. Um objetivo, portanto, relevante desta terceira “camada” de proteção é a conciliação de estágios simbióticos, humanos e naturais, com a criação de espaços públicos de alta performance e baixo impacto ambiental. No continente, o estuário expandido do Recife pode ser compreendido como a extensão desta membrana anfíbia, lugar de suporte direto da vida continental – humana e dos demais seres vivos – que articularia os três principais corredores ecológicos naturais do estuário ampliado previstos no Projeto Parque Capibaribe, convênio da Prefeitura do Recife com a UFPE por intermédio do INCITI (as bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió) com as demais membranas, buscando a continuidade dos fragmentos de Mata Atlântica e manguezais, ainda existentes no território recifense e de sua influência ambiental direta. Uma vez articuladas as ideias básicas, o conceito da “membrana anfíbia” procura ser um manifesto. A partir dos novos paradigmas, seriam lançadas as bases de um processo participativo com a população em todas as fases, transdisciplinar e construído no tempo. Tudo considerando que o Recife foi “inventado” a partir dos arrecifes que, inclusive, lhe deram o nome de batismo. Em sendo assim, uma parte importante da sua necessária “reinvenção”, face às enormes ameaças que se apresentam pela frente, deveria valer-se deste mesmo “código genético” marinho para criar um parque salvador no horizonte do mar que ajude a cidade a continuar mantendo-se acima do nível da água. Uma membrana anfíbia, portanto, para impedir o Recife de submergir. Mila Avellar Montezuma é arquiteta e urbanista pela UFPE.

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Caminhada virtual pela Arquitetura Colonial do Recife

Com a pandemia, as Caminhadas Domingueiras, que são conduzidas pelo consultor e arquiteto Francisco Cunha, também foram paralisadas. Neste domingo o grupo retomará suas atividades, mas de forma virtual. Na página do Facebook do Grupo “Caminhadas Domingueiras – Recife PE” haverá uma live sobre o Estilo Arquitetônico Colonial no Recife, que começará às 8h30. Para o passeio virtural, Francisco Cunha convidou o professor de história da arquitetura na UFPE Fernando Diniz. Integram também o evento online o jornalista Rafael Dantas e o designer Rivaldo Neto. Também participantes das caminhadas, eles estão escrevendo com Francisco Cunha o livro “Caminhada pelos Estilos Arquitetônicos do Recife – Uma visão panorâmica a partir das Caminhadas Domingueiras da Cidade”. Link do grupo do Facebook Caminhadas Domingueiras

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Jardim Botânico do Recife reabre ao público nesta sexta (11)

Da Prefeitura do Recife O Jardim Botânico do Recife, equipamento ambiental ligado à Prefeitura do Recife, reabre à visitação com novidades e recomendações para evitar a proliferação do novo coronavírus. A partir do dia 11 de setembro, os visitantes poderão usufruir da beleza do local, seguindo todas as normas de higienização e recomendações das autoridades sanitárias para manter a proteção do público e dos servidores. Nessa reabertura, dois novos espaços passam a integrar o Jardim Botânico a partir do dia 15 de setembro: a Arena Arbor e o Jardim Temático de Biomas, formado por espécies coletadas em expedições realizadas pelos analistas ambientais do equipamento. Para retornar às atividades com segurança, a principal medida será controlar o fluxo de entrada com o limite de 150 pessoas no espaço, no horário de funcionamento de terça-feira a domingo, das 9h às 15h. Ao atingir este limite máximo, os novos visitantes precisarão aguardar a saída de um grupo para ter acesso ao JBR. O controle será feito na recepção, mediante aferição de temperatura com termômetros a laser no ato de entrada. O uso de máscara cobrindo boca e nariz será obrigatório durante toda a visita, assim como o distanciamento mínimo recomendado de 1,5 metro. As caminhadas ambientais só poderão acontecer para grupos de até 8 pessoas do mesmo convívio e, nesta fase, permanecerá suspensa a realização de agendamento para ensaios fotográficos e filmagens. Para circular no equipamento ambiental que abriga fragmentos remanescentes de Mata Atlântica é recomendável usar calças compridas, sapatos fechados e levar a própria garrafa de água. No percurso de visitação, estarão disponíveis totens com álcool em gel para higienização frequente de quem estiver circulando. Locais com algum grau de confinamento, como o orquidário, terá limite de visitação permitido a seis pessoas por vez, enquanto o Jardim Sensorial, que permite às pessoas tocarem em plantas, texturas, formas e sentir aromas, estará fechado. Já o espaço de convivência recebeu sinalização com as normas de distanciamento social entre os bancos. As atividades de educação ambiental estão temporariamente suspensas com o intuito de evitar aglomeração e manuseio em objetos, assim como as visitas guiadas devido a impossibilidade de respeitar o distanciamento necessário. No dia 15 de setembro, novos atrativos passarão a fazer parte do circuito de visitação. O primeiro é a Arena Arbor, um espaço inovador criado para compartilhamento de conteúdo, encontros e palestras, fruto de uma parceria inédita entre a Prefeitura do Recife e a mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo, CASACOR Pernambuco 2018. Montada no Jardim Botânico do Recife, a Arena Arbor tem a sustentabilidade como destaque no projeto assinado pela startup pernambucana Selvagen, do arquiteto Paulo Carvalho, onde a estrutura tridimensional respeita o espaço em que é inserida, unindo a arquitetura à natureza já existente no local. Iluminação natural, uso de iluminação em LED e estrutura de encaixe são só mais outros pontos que tornam uma construção sustentável. O projeto esteve entre os concorrentes ao Building of the Year (“Edifício do Ano”) promovido pelo ArchDaily, maior site de arquitetura do mundo, foi classificado entre os cinco melhores projetos na categoria Arquitetura Digital na premiação chinesa Idea-Tops e conquistou o Silver A’ Design Award (troféu de prata) na categoria Arquitetura, Construção e Estrutura, ao lado de grandes nomes da arquitetura mundial na Itália. A estimativa da vida útil do equipamento é que chegue a 50 anos ao ar livre. No acesso ao espaço, foi criado um novo jardim temático, o Jardim de Biomas, com espécies coletadas em expedições realizadas por analistas ambientais do Jardim Botânico do Recife, muitas delas ameaçadas de extinção, e que somará aos outros sete jardins temáticos disponíveis. Recentemente, o Jardim Botânico do Recife passou a integrar uma rede de intercâmbio de sementes com jardins botânicos das capitais brasileiras por meio do Programa Bandeira Verde, com intuito de conservar e proteger a biodiversidade das regiões. Para proporcionar a ampliação da produção de substratos para os cuidados com a natureza do equipamento público ambiental também foi desenvolvida uma nova composteira no Jardim Botânico e está sendo viabilizado um projeto para ampliação do viveiro de mudas. Os funcionários do JBR estão treinados para ajudar a proteger a saúde de todos, assim como a preservação da flora, fauna e a tranquilidade nos caminhos da natureza deste remanescente de Mata Atlântica na cidade. “Durante todo o período em que esteve fechado à visitação, o Jardim Botânico do Recife continuou realizando sua manutenção de rotina, tanto no viveiro de produção de mudas, quanto nas coleções científicas, como orquidário, cactário, passifloraceae, seguindo todas as recomendações de segurança e saúde. Contamos com a colaboração de todos os recifenses nesta retomada, respeitando estas normas para podermos desfrutar a beleza da natureza com segurança”, pontua o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho.

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Primeiro corrimão feito de plástico reciclado é instalado em comunidade do Recife

Da Secretaria de Inovação Urbana da Prefeitura do Recife Na última quinta-feira (03), ocorreu a inauguração do primeiro corrimão de plástico reciclado na Rua José de Menezes, na comunidade de Dois Unidos. O Programa Recicla Mais, realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria Executiva de Inovação Urbana do Recife, em parceria com as Tintas Coral. Na ocasião, aconteceu também a segunda fase da feirinha sustentável com os moradores. O local escolhido para implantação foi a comunidade de Dois Unidos, vencedora da Gincana Julho sem Plástico que arrecadou mais de 200 Kg de plástico em 2019. A combinação da instalação do mobiliário com a transformação no espaço público, é uma conquista da população local que se engajou, mobilizou a vizinhança e realizou a conscientização ambiental. O corrimão instalado na escadaria pretende auxiliar e promover uma solução de acessibilidade, garantindo mais segurança durante a locomoção da população do entorno. “Esse corrimão se apresenta como uma alternativa importante para a cidade. E simboliza exatamente o que é a política pública de inovação urbana aqui no Recife. Dar solução nova para os desafios urbanos, antigos ou novos, e, sempre, com o cidadão. Um dos eixos do ReciclaMais é transformar o lixo em oportunidade, em solução para o dia a dia das pessoas. Já estávamos fazendo peças simples como saboneteira, fruteira, porta lápis e agora o desafio é fazer mobiliários urbanos para a cidade: uma lixeira, um banco ou até mesmo um corrimão como esse”, afirma, o Secretário Executivo de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi. Todo o material arrecadado está sendo transformado em peças de utensílios domésticos, como vasos, fruteiras, saboneteiras, assim como alguns mobiliários urbanos, lixeiras e assentos. Um marco importante do programa para a cidade do Recife foi a instalação do primeiro corrimão de plástico reciclado, produzido dentro das normas de segurança da ABNT. Para desenvolver o corrimão foram utilizados 35kg de plástico tipo 2, o que corresponde a aproximadamente 267 garrafas de amaciante de 3 litros ou 1250 embalagens de xampu de 325ml. Para a Gerente Geral de Intervenções Urbanísticas, Flaviana Gomes, o corrimão além de ser sustentável não precisa de nenhum tipo de manutenção como pintura. “O corrimão foi projetado de forma segura, de acordo com as normas de segurança. Passamos por um processo de testes para ver a estabilidade, dimensionando para ser implantado na comunidade de forma segura. Ficamos impactados com a junção do corrimão ser feito com o resíduo plástico. A reciclagem criativa impactou toda a equipe, pois além de ser sustentável ele não precisa de manutenção de pintura”, destaca. As famílias também receberam uma pracinha de lazer e diversão para as crianças. Na área existia um terreno abandonado e um ponto crítico de lixo, mas através das intervenções com engajamento dos moradores, o local foi convertido em uma pracinha mirante, com piso e bancos para que os moradores possam sentar e desfrutar da vista e do jardim. A pedido das crianças, foi construído também um escorrego com uma caixa de areia. O brinquedo não só tem a função de proporcionar um momento de lazer para as crianças, como também, melhorar o equilíbrio; ajudar a desenvolver a noção de segurança e de proteção e contribuir no aperfeiçoamento da postura e como qualquer brinquedo, que é compartilhado, permitir o desenvolvimento da sociabilidade. Também foi feito um campinho de futebol na rua em que as crianças costumavam jogar. O Programa Recicla Mais já concluiu a primeira fase da feira sustentável nas comunidades do UR-10, Alto José Bonifácio, Sítio São Brás, Vasco da Gama, Campo da União, Morro da Conceição, Burity, Lagoa Encantada, Brasília Teimosa, Alto José do Pinho e Dois Unidos com protagonismo e envolvimento dos moradores locais. Além de gincanas, com as crianças que aconteceu em 2019, em 20 escolas da rede pública municipal do Recife. Com atuação dos professores, alunos e familiares, preocupadas com o meio ambiente, foram arrecadadas quatro toneladas de lixo plástico, reduzindo o impacto ambiental.

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PCR apresenta projeto para parque no terreno do antigo Aeroclube

A Prefeitura do Recife apresentou na última quarta-feira (2) o projeto voltado para o terreno do antigo Aeroclube, localizado no bairro do Pina, Zona Sul da cidade. A área, que está recebendo as obras dos Habitacionais Encanta Moça I e II, com 600 moradias voltadas para as famílias das palafitas da comunidade do Bode, vai abrigar também o maior parque urbano da cidade do Recife, uma Upinha 24h e uma creche municipal. O projeto contempla ainda espaço de preservação da memória do Antigo Aeroclube de Pernambuco, conservação e recuperação de 5,4 hectares de área de mangue, urbanização da margem do Rio Pina, de onde sairão os moradores das palafitas para os habitacionais e melhorias na infraestrutura do entorno. Em visita ao local, o prefeito Geraldo Julio afirmou que os projetos  de engenharia estão todos concluídos e a forma de financiamento está garantida. “Estou aqui no terreno do antigo Aeroclube onde, além da obra do habitacional que está andando a todo vapor, a gente vai fazer o maior parque da cidade. É um parque de 12 hectares, quatro a mais que o Parque da Jaqueira. Nós vamos ter aqui preservação de mangue e a implantação de um econúcleo. Na parte histórica, nós vamos ter o memorial do Aeroclube e também a preservação do traçado da antiga pista de pouso. Aqui vai ter campo, quadra, parque infantil, vai ter parque inclusivo e também um Parcão. Nós vamos ter uma pista de cooper com 1,5km, uma circuito de bicicleta e uma pista de bicicross. Vamos ter também pista  de skate e de patins, além de anfiteatro. É um novo espaço, de convivência, esporte, lazer, preservação ambiental e de preservação histórica da nossa cidade”, disse o prefeito. Com 11,9 hectares de área total, o Parque Aeroclube será 52% maior que o Parque da Jaqueira, que tem 7,8, terá o dobro do tamanho do Parque Santana, que tem 6 hectares e é mais de 3 vezes maior que o Parque Dona Lindu, também localizado na Zona Sul da cidade, com 3,4 hectares de área total. O parque será equipado com anfiteatro, pista de cooper de 1.560 metros de extensão, circuito para bicicletas, quadra polivalente, campo de areia, pistas de skate, de bicicross e de patins e patinete e mais um Parcão. O parque ainda terá mobiliário urbano inclusivo, parque infantil e academia de ginástica, também acessíveis para pessoas com deficiência. O parque terá ainda uma área voltada para a memória do antigo Aeroclube de Pernambuco, com a preservação de 75% da antiga pista de pouso e decolagem e construção de um memorial sobre o histórico aeródromo de formação de pilotos que funcionou no terreno. Os equipamentos do parque ficarão distribuídos nas duas porções de terra firme do terreno, dividido pela Via Mangue, para ter acesso serão construídas duas passarelas de 428 metros de extensão e 5,5 metros de largura. INFRAESTRUTURA – O projeto prevê ainda um reforço na infraestrutura urbana da comunidade Encanta Moça, com o alargamento da rua Gago Coutinho, e implantação de ciclovia ligando à avenida Domingos Ferreira, instalação de Sistema de Abastecimento de Água e de Estações de Tratamento de Esgoto, além de iluminação pública e outras melhorias. Além disso, está prevista a urbanização da margem do Rio Pina, no Bode, de onde sairão os moradores das palafitas para a moradia segura e digna garantida pelos Habitacionais Encanta Moça I e II. MEIO AMBIENTE – Localizado há poucos metros da maior área de manguezal urbana do Brasil, o projeto prevê a manutenção de 4,7 hectares de mangue dentro do terreno além da recuperação de outros 0,7 hectares na margem do Rio Pina. Além disso, o Parque terá mais um Econúcleo, equipamento de preservação e conscientização ambiental da Prefeitura do Recife. Será o terceiro Econúcleo da cidade, hoje presentes no Parque da Jaqueira e no Jardim Botânico do Recife. VIABILIDADE – O investimento total do projeto previsto é de R$ 99,5 milhões, dos quais R$ 72,5 milhões são de investimentos para a construção do Parque Aeroclube, somados aos investimentos  de infraestrutura necessários incluindo os Sistemas de Abastecimento de Água, de Tratamento de Esgoto, obras viárias entre outros. R$ 6 milhões é o valor previsto para a Creche Municipal e outros R$ 6 milhões para a Upinha 24h. Já a urbanização da comunidade do Bode, tem o custo de R$ 15 milhões. Entendendo o volume considerável de recursos necessários para executar o projeto, a Prefeitura do Recife elaborou uma proposta de viabilidade econômica, que prevê a destinação de uma aera total de 13,1% do terreno, por meio de leilão / concorrência pública à iniciativa privada. O vencedor do leilão arcaria com todo o custo da parte pública do projeto que engloba 86,9% da área do antigo Aeroclube. Conheça detalhes do projeto – Habitacionais Encanta Moça I e II com 600 moradias para as palafitas do Bode – Maior parque urbano da cidade com 11,9 hectares, anfiteatro, pista de Cooper, de ciclismo – Upinha 24h – Creche para 224 crianças – Espaço de preservação da história do antigo Aeroclube de Pernambuco com manutenção de 75% da pista de pouso e decolagem original – Urbanização da margem do Rio Pina, na comunidade do Bode – Alargamento de Vias, construção de ciclovia, implantação de iluminação pública e outras melhorias estruturais no entorno do terreno

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Cabo de Santo Agostinho implementa sistema cicloviário

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho está implementando o sistema cicloviário no município. A primeira faixa exclusiva para bicicletas já está funcionando na Avenida Historiador Pereira da Costa, no centro. Ao todo, a Prefeitura vai criar mais de 18 km de ciclofaixas nos bairros da Cohab, Centro, Vila Social, Vila Roca e Garapu, além de cinco ciclorrotas compartilhadas com o anel viário de Garapu. “Com a implantação do Sistema cicloviário todos aqueles que utilizam a bicicleta como meio de transporte terão mais segurança e mobilidade em seus deslocamentos, além de contribuírem com o disciplinamento do trânsito”, destaca o secretário Municipal de Defesa Social, Fábio Fonseca. Na última segunda-feira (31), a Avenida Eraldo Barros, no bairro da Cohab, começou a ganhar a sinalização nos seus 1,3 km de via. As ciclofaixas estão sendo executadas, levando em conta os padrões e espaços direcionados aos ciclistas dentro das vias. A colocação de tachões refletivos tem o intuito de delimitar e proporcionar um tráfego mais seguro entre todos os tipos de locomoção. Em caso de possível invasão dentro dos espaços destinados aos ciclistas, haverá registro de infração, com aplicação de multa. As ciclofaixas são vias do rolamento destinadas a circulação exclusiva de bicicletas. Não é permitido, por exemplo, estacionar o veículo sobre ela, salvo os carros em atendimento de emergência, como ambulâncias. A gerente de Trânsito da Secretaria de Defesa Social do Cabo, Paloma Dias, explica que os agentes de trânsito farão a fiscalização. “É importante ressaltar que aqueles que insistirem no descumprimento da sinalização, transitando ou estacionando veículos na ciclofaixa, estarão passíveis de autuação. As multas variam de grave a gravíssima multiplicada por três, com valores de R$ 195,23 ( mais 5 pontos na Carteira Nacional de CNH) a R$ 880,41 ( mais 7 pontos na CNH).” (Da Secretaria de Comunicação Social do Cabo de Santo Agostinho)

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Parceria entre PCR e Instituto Gehl People transforma Campo do União em laboratório de experiências urbanas

Da Prefeitura do Recife Com o objetivo de realizar o monitoramento e propor soluções para o uso dos espaços públicos de comunidades em contato com a covid-19, especialmente para crianças, a Prefeitura do Recife, através do programa Mais Vida nos Morros, firmou parceria com o Instituto Gehl People, entidade idealizada pelo dinamarquês Jan Gehl, autor do livro “Cidade para pessoas” e referência mundial na melhoria da qualidade de vida urbana. A comunidade do Campo da União, na Macaxeira, Zona Norte da cidade, entra no circuito de ponta da pesquisa em urbanismo, como uma das bases de campo do estudo. Na manhã de ontem (terça-feira, 1°), o prefeito Geraldo Julio esteve na comunidade para anunciar a colaboração. Recife é uma das quatro cidades no mundo e única no Brasil a participar da pesquisa. A entrada no estudo coloca o Recife e o Mais Vida nos Morros como referência internacional em urbanismo e consolida uma história de 5 anos do programa que colocou a construção coletiva de soluções urbanas no centro das políticas públicas da cidade. “Estamos aqui no Campo da União, uma comunidade que já aderiu ao programa Mais Vida nos Morros e agora com a parceria internacional com o Instituto Gehl People, a gente vai fazer uma experiência para ocupação dos espaços públicos e com um recorte voltado para as crianças também. Essa experiência que está sendo feita em algumas cidades do mundo e o Recife foi escolhido para passar por esse experimento. Jan Gehl é autor de um livro Best-seller, Cidade para pessoas, vendido no mundo inteiro, que fala da transformação das cidades. E o Campo da União está na ponta de lança dessa experiência”, disse o prefeito Geraldo Julio. Através da parceria com o Gehl People, a comunidade do Campo da União contará com uma ferramenta que funciona como aplicativo desenvolvido pela entidade internacional para realizar o monitoramento do uso dos espaços públicos de comunidades em contato com a covid-19. A pesquisa de campo conduzida pelos profissionais do instituto dinamarquês irá observar o comportamento das pessoas, principalmente o das crianças, em um trabalho que acontece simultaneamente em Tel Aviv, em Israel; Tirana, na Albânia e Lima, no Peru e na capital pernambucana, hoje uma referência mundial em urbanismo social. O objetivo inicial é que os dados coletados possam servir tanto para ajudar o Mais Vida nos Morros como também para outros projetos utilizando os territórios do programa para fazer um quadro comparativo do impacto da covid-19 no uso de espaços públicos com as outras cidades do estudo. Na pesquisa será realizada uma avaliação da aglomeração nos espaços públicos escolhidos, sendo reunidos dados sobre a adoção de práticas de distanciamento social e a utilização destes espaços na pandemia. O uso da ferramenta poderá beneficiar não apenas o Campo da União, mas todas as outras comunidades do Recife atendidas pelo Mais Vida nos Morros. “Depois desses cinco anos da gente estar consolidando o protagonismo comunitário com uma política pública aqui na cidade, com o programa Mais Vida nos Morros, a gente está tendo o privilégio de ter esse reconhecimento internacional. Além da Fundação Bernard Van Leer, de parcerias com a ONU Habitat, agora a gente está anunciando aqui uma parceria muito importante para nossa cidade, com o Instituto Gehl People, que vai permitir pensarmos em soluções para ocupação dos espaços públicos, em tempos de pandemia”, pontuou o Secretário Executivo de Inovação Urbana do Recife, Tullio Ponzi. Cerca de 450 famílias, ou seja, 1.800 pessoas foram diretamente beneficiadas com o Mais VIda nos Morros no Campo do União. Além de ter sido beneficiada com a requalificação do quiosque e da tenda, e a criação de caminhos brincantes, pinturas, pausas urbanas e arte urbana. Casas, muros, ruas, calçadas, escadarias, postes e fachadas receberam a arte de Carlos André e Luciano Ferreira. A comunidade passou a ter como característica a sua própria personalidade local. O campo da união foi a primeira área do programa que recebeu novos mobiliários urbanos como bancos, lixeiras e brinquedos sensoriais feitos a partir da reutilização dos plásticos recolhidos pelos moradores. O local foi reurbanizado e devolvido para a população, que agora pode desfrutar de espaços de lazer, descanso e de brincadeiras lúdicas para as crianças A outra parceira internacional, a Bernard Van Leer Foundation, já vem investindo no Programa Mais Vida nos Morros para aprimoramento e sistematização de sua metodologia de desenvolvimento em prol do desenvolvimento infantil sob a supervisão técnica da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES). O programa – O Mais Vida nos Morros vem se destacando nacionalmente e internacionalmente por conta do olhar especial para as crianças, onde o espaço público é pensado e desenhado sob a perspectiva das crianças, com reconhecimento da Child in The City e da Bernard Van Leer Foundation. O programa, que teve início em 2016, já beneficiou diretamente mais de 22 mil moradores, em 45 comunidades. O Mais Vida nos Morros ganhou escala de cidade no último ano. Entre 2016 e 2018, foram 2.150 famílias que tiveram o lugar onde vivem transformados. Enquanto só em 2019, foram 3.460 famílias, o que significa um aumento de 400% em relação a 2018.

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Barra de Jangada terá requalificação da iluminação pública de LED

Uma parceria entre a Associação Geral da Reserva do Paiva, a construtora Rio Ave e a Vale do Ave Empreendimentos, e a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, levará implantação e requalificação da iluminação pública de trecho da rodovia PE-009, em Barra de Jangada. O projeto prevê a implantação de uma nova rede de iluminação do lado oposto da via, com luminárias intercaladas. Ao todo, o traçado de 3,10 quilômetros, entre o limite da praça de pedágio e ponte do Paiva e a Rua Padre Nestor de Alencar com a Rua Araguai, em Barra de Jangada, receberá 194 luminárias de LED. A iluminação segue o mesmo padrão da utilizada na implantação do binário de Candeias, proporcionando uniformidade ao traçado, que já está recebendo uma ciclovia, por parte da prefeitura, que fará ligação com a ciclovia da Reserva do Paiva. De acordo com o termo de doação, cabe aos três agentes parceiros privados a doação ao município de todo material necessário para a implantação do projeto de iluminação pública daquele trecho. Ficará sob a responsabilidade da Empresa de Energia e Iluminação Pública do município (Emlume) a execução dos serviços, que deverão ser concluídos até outubro. “Estamos em conversa com a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes já há algum tempo, com intuito de ajudar e participar da urbanização da orla de Barra de Jangada, contribuindo para a mobilidade, o bem-estar e segurança dos visitantes e moradores da região”, comenta Gabriel Belmont, gestor da Associação Geral da Reserva do Paiva. “A região da Nova Barra é de extrema beleza e merece ser valorizada. Esta parceria tem o intuito de contribuir com o poder público e ao mesmo tempo oferecermos conforto e satisfação para os moradores e o público passante. Acreditamos no potencial de desenvolvimento de novos empreendimentos na região”, salienta Moisés Costa, diretor financeiro da Vale do Ave. Alberto Ferreira da Costa Jr., Sócio-diretor do Grupo Rio Ave, acrescenta que a “Barra de Jangada é a extensão natural do desenvolvimento urbano da Região Metropolitana do Recife e é nossa responsabilidade empresarial contribuir com o poder público para atingir o padrão de requalificação urbana que buscamos implementar”.

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Começa requalificação do Pátio da Estação Ferroviária de Caruaru

Do Iphan A chegada do trem em Caruaru (PE), no final do século XIX, apontou caminhos para que a então pequena cidade do interior despontasse como uma metrópole do Estado nos séculos que se seguiram. O apito da locomotiva causou alvoroço na população que tanto demonstrava esperança, quanto manifestava apreensão com relação aos novos aparatos tecnológicos. Os trilhos conduziram para o futuro: comércio, indústria, mobilidade e circulação de informações foram potencializados pela inauguração da Estação Ferroviária de Caruaru, em 1895. Ao longo do século XX, o alastramento das rodovias colocou em segundo plano o transporte ferroviário. O trem, que antes abria o caminho para o progresso, passou a resistir como um marco histórico. Agora, buscando resgatar o vínculo entre o monumento e a população do presente, sem deixar de preservar as memórias que o compõem, o Pátio da Estação de Caruaru está passando por obras de requalificação. Com recursos provenientes do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, serão investidos aproximadamente R$ 3,1 milhões nas intervenções. Executadas pela Prefeitura de Caruaru, as obras são fiscalizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os trabalhos iniciaram neste mês de agosto e estão previstos para serem concluídos em 6 meses. A elaboração do projeto foi acompanhada por técnicos do Iphan em Pernambuco. O escopo das intervenções inclui a consolidação dos espaços para atividades culturais e recreativas, a adaptação dos ambientes segundos as normas de acessibilidade, serviços de manutenção das fachadas dos prédios históricos, assim como a implementação de um novo projeto paisagístico, em harmonia com as construções originais. A requalificação busca transformar o espaço em um grande museu a céu aberto. Para tanto será estabelecido um roteiro que vai contar a história ferroviária a partir dos elementos preservados ainda existentes. O local vai abrigar seis casas de cultura, que promoverão eventos e atividades voltadas ao aprendizado e ao lazer. Atualmente o Pátio sedia a tradicional Festa de São João de Caruaru. Trata-se de uma data marcante para a identidade do caruarurense, que mantém uma relação de afeto com os festejos. Essa celebração coloca a cidade na rota do turismo voltado às festas juninas. Após a requalificação, o local se integrará ainda mais com o dia a dia da população: funcionará como um hub de mobilidade, isto é, uma área de convergência intermodal de transporte. Desde 2010, o Pátio, a Estação e o Armazém de Caruaru integram o Patrimônio Ferroviário valorado pelo Iphan. Três anos antes, em 2007, a Lei 11.483 atribuiu ao Instituto a responsabilidade de receber, administrar e zelar pela manutenção dos bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). Registros históricos relatam que a luz elétrica chegou a Caruaru no mesmo dia da inauguração da Estação. Os lançamentos motivaram uma série de celebrações na cidade. Séculos mais tarde, os caruarurenses têm novos motivos para comemorar relacionados a este símbolo do Patrimônio Ferroviário da região. Recursos do FDD Coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o FDD reúne recursos provenientes de condenações judiciais, multas e indenizações para a reparação de danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Entendidos como reparação à ordem econômica e outros interesses difusos e coletivos, esses valores são, então, destinados a projetos de órgãos públicos e entidades civis, selecionados a partir de decisão do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. O Patrimônio Cultural em Caruaru Além da Estação Ferroviária, destaca-se entre as tradições da cidade a Feira de Caruaru, registrada como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Iphan. Lugar de memória e de continuidade de saberes, fazeres, produtos e expressões artísticas, a feira foi inscrita em 2006 no Livro de Registro dos Lugares. Ponto de socialização, construção de identidades e exposição da criatividade popular, a Feira de Caruaru é um lugar de referência viva da história e da cultura do agreste pernambucano, e, de modo mais geral, da cultura nordestina. A sua preservação ao longo dos anos possibilitou que continuassem vivos no comércio local produtos como figuras de barro inventadas pelo Mestre Vitalino; brinquedos reciclados; redes de tear; utensílios de flandres; cordéis; gomas e farinhas de mandioca; bem como ervas e raízes medicinais.

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