Arquivos Urbanismo - Página 89 De 96 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Urbanismo

Disponibilidade de transporte público para o aeroporto de Recife está entre os melhores do país

Com nota 4,30, numa escala de 1 a 5, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre (PE) foi um dos mais bem avaliados no item sobre disponibilidade de transporte público para o terminal na Pesquisa de Satisfação dos Passageiros. No índice de satisfação geral dos usuários, o terminal levou nota 4,42, ocupando, assim, a sexta posição no levantamento que avalia os 15 principais aeroportos do país. Nesta avaliação, as notas de maior destaque para o terminal referem-se aos indicadores de tempo de espera na fila da emigração (4,68), cordialidade dos funcionários do check-in (4,61), qualidade da informação nos painéis das esteiras de restituição de bagagens (4,46) e conforto acústico do aeroporto (4,25). NOVIDADE – A partir do mês de novembro, os aeroportos de Belém (PA), Maceió (AL), Goiânia (GO), Vitória (ES) e Florianópolis (SC) passam a integrar a pesquisa, que já avalia os 15 principais aeroportos do Brasil, responsáveis por 80% da movimentação dos usuários do transporte aéreo. Com a inclusão dos cinco terminais, a cobertura da movimentação será ampliada para 86%. “Hoje, o nosso relatório mostra que temos 14 dos 15 aeroportos sendo bem avaliados pelos passageiros. Agora, queremos ampliar esse escopo e ver como anda os demais terminais brasileiros em relação à gestão e a entrega dos serviços aos usuários do transporte aéreo. Precisamos identificar os problemas e atuar nas melhorias”, pontuou o secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Lopes. RESULTADO DO TRIMESTRE – No terceiro trimestre de 2017, 92% dos passageiros avaliaram os aeroportos como "bons" (4) ou "muito bons" (5). O resultado é o mesmo obtido no trimestre anterior, mas 3,3% maior do que aquele obtido no mesmo período de 2016. Ao todo, entre julho e setembro, foram entrevistadas 13.649 pessoas, sendo 8.743 passageiros de voos domésticos e 4.906 de voos internacionais. Já a média do índice de satisfação geral foi de 4,38. No ranking geral, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), foi novamente o mais bem avaliado pelos passageiros (4,78); tendo também o segundo maior crescimento (8,9%) em relação ao mesmo período de 2016. Em seguida, ficou o terminal Afonso Pena, em Curitiba (PR), com 4,74, e depois Natal (4,53). O único terminal que ficou abaixo da meta estipulada pela Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias), que é nota 4, foi o Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador (BA), com 3,95. Apesar da nota, o terminal baiano apresentou melhoria de 2,1% na comparação com o mesmo período de 2016. A maior evolução registrada no trimestre foi novamente do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Cuiabá (MT), com 18,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já os terminais de Recife (PE) e Porto Alegre (RS) registraram queda de 1,8% e 0,2%, respectivamente. No caso das companhias aéreas, a Latam teve o melhor resultado do trimestre no quesito "tempo médio de restituição da primeira bagagem", com 9min e 33seg. A GOL, por sua vez, ficou com o melhor tempo na "restituição da última bagagem", 8min e 03seg. A Azul teve os melhores indicadores em "tempo médio de espera na fila para embarque doméstico" (10min 01seg) e "espera na fila de check-in balcão" (7min e 28 seg). PESQUISA – Desde que passou a ser realizada, em janeiro de 2013, a pesquisa de satisfação já ouviu mais de 290 mil pessoas nos 15 principais aeroportos, que estão divididos em três categorias baseadas no número de passageiros processados por ano. Na categoria de até 5 milhões de passageiros estão os terminais de Natal (RN), Manaus (AM) e Cuiabá (MT). Entre 5 e 15 milhões estão: Fortaleza (CE), Recife (PE), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Santos Dumont (RJ), Campinas (SP) e Confins (MG). Acima de 15 milhões de passageiros estão Galeão (RJ), Congonhas (SP), Brasília (DF) e Guarulhos (SP). Trimestralmente, a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil divulga o resultado da avaliação desses aeroportos em relação à satisfação dos passageiros com base em 37 quesitos de infraestrutura, atendimento, serviços, itens de gestão, além da satisfação geral, com notas entre 1 e 5, sendo 1 “muito ruim” e 5 “muito bom”. Os passageiros são ouvidos diariamente por pesquisadores da Praxian – Business & Marketing. O nível de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 5%.

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Aplicativo Cittamobi agora terá roteirizador

Buscando oferecer mais soluções para os cidadãos, o aplicativo CittaMobi passa a disponibilizar roteirização através de indicação de localização de ponto de partida e destino, mostrando trajetos mais rápidos e linhas de ônibus que passam nos locais. A funcionalidade indica se há necessidade de realizar parte do trajeto a pé e o tempo estimado. A opção estará disponível no momento da atualização do aplicativo quando irá aparecer o botão “rota” no inferior da tela. Clicando nele, o usuário vai informar o destino desejado e receberá as opções de rota, a partir do ponto de partida indicado. Além de mostrar opções de deslocamento, a iniciativa vai ajudar a otimizar o deslocamento dos usuários. Uma pesquisa nacional realizada em junho deste ano com 59 mil usuários do aplicativo CittaMobi em 40 cidades diferentes de todas as regiões do país revelou que 44% dos passageiros de ônibus urbanos levam mais de 45 minutos no deslocamento casa-trabalho. Nas capitais brasileiras esse tempo aumenta significativamente e pode chegar aos 44% dos usuários passando mais de uma hora nesse trajeto. A Pesquisa Nacional de Qualidade do Transporte (PNQT) revelou ainda que 82% das pessoas que responderam ao levantamento utilizam o transporte público 5 vezes ou mais durante a semana. Estima-se que há mais de 120 milhões de brasileiros que utilizam transporte público diariamente. O roteirizador do CittaMobi se diferencia dos demais disponíveis no mercado por ser mais preciso, pois trabalha com os dados em tempo real, enviados por equipamentos instalados em mais de 20 mil ônibus em todo Brasil. A nova versão pode ser baixada tanto nos dispositivos Android quanto iOS. O aplicativo CittaMobi e mobilidade O aplicativo CittaMobi possui mais de 6 milhões de downloads. Desenvolvido pela Cittati, nasceu em 2014 com o objetivo de informar seus usuários sobre o horário de chegada dos ônibus nas paradas em tempo real. Desde seu lançamento, novas funcionalidades passaram a ser adicionadas, transformando-o não só em uma solução para mobilidade urbana, mas também em uma plataforma de serviços para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A roteirização permite ao cidadão escolher a opção com o menor tempo de trajeto, fazendo com que ele possa otimizá-lo para outras atividades. “Em grandes cidades, o item de pior avaliação sobre o transporte público apontado na pesquisa, foi o tempo de espera na parada de ônibus. O aplicativo CittaMobi indica em tempo real o momento da chegada no ponto, permitindo ao cidadão se programar para aguardar o menor tempo possível na parada. E agora ele pode definir também a melhor rota para esse deslocamento.”, explica Fernando Matsumoto, gerente de produtos da Cittati. O aplicativo CittaMobi é gratuito e já foi acessado mais de 2 bilhões de vezes desde a sua criação. Há ainda a versão para deficientes visuais que, além de informar o horário do ônibus, permite o acompanhamento de todo o trajeto e a indicação do ponto de descida. Serviço: Aplicativo CittaMobi Download disponível gratuitamente na Google Play ou App Store QR Code com link para download Informações: contato@cittamobi.com.br

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7 imagens para voltar ao tempo dos bondes nas ruas do Recife

Os bondes faziam parte da rotina do Recife até poucas décadas atrás. Quem só conhece a cidade que se move pelos automóveis, motos, ônibus e pelo metrô (e mais recentemente viu o crescimento das bikes) não imagina o tamanho do sistema de bondes na capital pernambucana. De acordo com informações da Fundação Joaquim Nabuco, o bondes de tração animal surgiram no Recife em 1871, como uma concorrente das maxambombas, que era uma espécie de trem urbano da época. "A empresa de bondes de burros, Pernambuco Street Railway Company. Eram veículos de tração animal que se deslocavam sobre trilhos. Suas atividades foram iniciadas no bairro do Recife, do Brum até a Madalena", descreve Virgínia Barbosa no artigo da Fundaj "Transporte Urbano do Recife". Em 1912 esse serviço possuía 81 km de linhas e 27 locomotivas. O serviço de bondes elétricos foi inaugurado em 1914, pelas mãos da companhia inglesa Tramways, de acordo com a bibliotecária da Fundaj Maria do Carmo Andrade. "O desaparecimento desses coletivos, que tantos e tão bons serviços prestaram aos recifenses, foi um processo lento e moroso. Enquanto foi possível manter o serviço, mesmo em condições precárias, o povo usou o bonde até sua extinção total nos anos de 1956 a 1957".   Confira abaixo uma seleção de imagens do Acervo da Villa Digital da Fundaj que selecionamos sobre os Bondes do Recife. Rua Nova, em 1910. Observe que o bonde era puxado por cavalos Praça Maciel Pinheiro. O bonde ainda com tração animal Rua do Imperador. Registro de 1915, já com o bonde elétrico Ponte Maurício de Nassau   Passando ao lado do Teatro Santa Isabel Ponte Santa Isabel. Perceba que o destino deste bonde era para o bairro de Beberibe, periferia da Zona Norte Ponte da Boa Vista *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais LEIA TAMBÉM 6 registros da rua da Aurora de antigamente 5 ruas que sumiram do Centro do Recife

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Para discutir a cidade

O trânsito, o transporte coletivo, a violência urbana, a qualidade dos espaços púbicos, o preço da moradia… todos temas tipicamente relacionados às distorções ou acertos de uma das maiores invenções do homem: a cidade. A coluna Cidades Algomais, que nasceu hoje, se propõe a discutir a qualidade de vida urbana, com um olhar especial para as cidades pernambucanas. É quase impossível que algum recifense não tenha se detido em alguma discussão mais acalorada nos últimos anos sobre algum tema urbano. Desde a reclamação diária do engarrafamento ou aquela queixa sobre o veículo que estaciona sobre a calçada até temas mais amplos e complexos, como o projeto do Parque Capibaribe ou a questão da gestão da metrópole, são alguns dos assuntos que esse espaço virtual se propõe a tratar. Seguindo o perfil da Revista Algomais, sempre que possível traremos uma abordagem propositiva aos posts. Mais que a denúncia ou a reclamação pela reclamação, a coluna Cidades Algomais tem a proposta de ser analítica,  além de também destacar os fatores positivos da experiência urbana das cidades pernambucanas. Dentro dessa perspectiva, projetos e experiências inovadoras e cases de protagonismo cidadão fazem parte da nossa pauta. A interação com os leitores e com as instituições que atuam pelas questões urbanas das cidades pernambucanas é uma das nossas metas. Se você deseja enviar uma sugestão de tema, uma fotografia ou comentar alguma das nossas postagens pode enviar um e-mail para rafael@algomais.com Uma breve apresentação Sou jornalista, com especialização em gestão pública e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local da UFRPE. Atuo como repórter da Algomais há quase 5 anos. Nesse tempo tive a oportunidade de produzir diversas matérias envolvendo questões urbanas (publicarei o link de algumas delas na coluna). Um período de bastante aprendizado e de compreensão das complexidades que constroem a dinâmica das cidades. Algumas das nossas produções chegaram à finais de premiações relativas à mobilidade urbana e ao Prêmio Urbana-PE 2017, na categoria reportagem impressa.

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6 mercados públicos do Recife de antigamente

Os mercados públicos contam bastante da história e da cultura gastronômica das cidades. Não por acaso são alvo de visitação de muitos turistas pelo País e pelo mundo (embora no Recife muitos estejam em estado degradado de conservação). Nosso olhar da memória da cidade de hoje traz uma seleta coleção de seis mercados do Recife. Passamos desde o histórico Mercado de São José - inaugurado em 7 de setembro de 1875 e ainda em funcionamento no centro do Recife - até o extinto Mercado do Derby (inaugurado em 1899 por Delmiro Gouveia e incendiado em 1900, "destruído por um incêndio, causado por uma ação da polícia", segundo artigo de Lúcia Gaspar, da Fundaj). De acordo com a historiadora Isabel Cristina Martins Guillen: "No início do século XX o Mercado de São José enfrentou uma dura concorrência, a imposta por Delmiro Gouveia quando criou seu mercado no Derby. Além de se apresentar como um centro de divertimento, o Derby foi organizado como um grande centro de venda de artigos diversos, vendendo principalmente gêneros alimentícios a preços menores do que os praticados em São José. Mas o incêndio do Derby eliminou o poderoso concorrente". Na seleção, que faz parte do Acervo da Fundaj, estão os mercado de Afogados, Encruzilhada, Madalena e Santo Amaro. 1. Mercado de São José 2. Mercado do Derby (Mercado Coelho Cintra) 3. Mercado da Encruzilhada (1941) 4. Mercado da Madalena 5. Mercado de Santo Amaro (a descrição da imagem indica que é na Av. Cruz Cabugá) 6. Mercado de Afogados (1940) VEJA TAMBÉM: 9 pontes do Recife no século passado 7 imagens para voltar ao tempo dos bondes no Recife

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Uma revolução em duas rodas

Debater o uso da bicicleta nas cidades vai além da questão do trânsito - envolve escolhas sociais, políticas, artísticas e culturais. É para promover essa reflexão que Recife recebe entre os dias 07 e 10 de setembro o Bicicultura, maior encontro de mobilidade por bicicleta e cicloativismo do Brasil. O evento convida à reflexão sobre novas formas de viver a cidade. O tema deste ano será “A Revolução das Bicicletas” - uma referência aos 200 anos da invenção desse veículo, por Karl von Drais, e da Revolução Pernambucana de 1817. A edição 2016 aconteceu em São Paulo e foi um sucesso, atraindo mais de 10 mil pessoas. Durante quatro dias, diferentes lugares da capital pernambucana, como o Teatro Apolo, Paço Alfândega, Paço do Frevo, Parque Santana, entre outros, estarão ocupados com uma programação diversa e intensa, promovendo a cultura da bicicleta em todas as suas vertentes: social, cultural, política, econômica e ambiental. CAMPANHA ONLINE Como se trata de um movimento fortemente ligado ao social, o Bicicultura conta com apoio e patrocínio de empresas parceiras e uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding), fundamental para a realização do evento. A campanha, que já está no ar, vai até o dia 05/09 e oferece diversas opções de recompensas como kit com broche, adesivo, spok card e camiseta, livro de fotografias e até mesmo um passeio turístico social pelos mangues de Recife. Num esquema conhecido como “tudo ou nada” a campanha precisa alcançar a meta para que o evento possa receber as colaborações, do contrário, a doação volta para o colaborador. Mais informações no link: http://benfeitoria.com/bicicultura2017. Recife, sede da edição 2017, é uma das cidades brasileiras que mais usam a magrela como meio de transporte. De acordo com o livro "A Bicicleta no Brasil 2015", produzido pela União de Ciclistas do Brasil (UCB), 13% dos recifenses são ciclistas no dia a dia - números maiores do que no Rio (3%) e em Brasília (2,3%), por exemplo. Para Lígia Lima, uma das coordenadoras da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), a bicicleta colabora na desconstrução de modelos excludentes, reforçados pelo uso abusivo dos veículos automotores. “Precisamos quebrar paradigmas que reforcem o individualismo e as diferenças sociais. Precisamos de novo de uma revolução que faça a sociedade dar um passo à frente em busca da convivência pacífica entre os diferentes", afirma. ATRAÇÕES Entre os convidados para as palestras magnas estão Peter Cox e Áurea Carolina. Cox é Professor da Faculdade de Ciências Sociais da Chester University, na Inglaterra, já esteve envolvido em diversos projetos ligados à organização comunitária, sustentabilidade social e ambiental. Além disso, desenvolve pesquisas sobre mobilidade sustentável e a importância do ciclismo para o alcance da justiça social. Áurea Carolina é militante de causas sociais ligadas à cidade e à mulher, foi eleita vereadora em 2016 (mais votada da história de Belo Horizonte) pelo PSOL e falará sobre a importância do fortalecimento, da união e do intercâmbio entre o ativismo local e nacional para o alcance das mudanças desejadas. A programação tem representantes de todas as regiões do país e conta com rodas de conversa com especialistas, oficinas, apresentação de trabalhos, apresentações culturais, mostra de filmes, passeios ciclísticos, jogos, competições, além de uma programação exclusiva para crianças, o Biciculturinha. Todas as atividades são gratuitas e abertas à comunidade. Algumas demandam inscrição prévia e estão sujeitas ao limite de vagas. Mais informações no site www.bicicultura.org.br. O Bicicultura 2017 é realizado pela União de Ciclistas do Brasil (UCB) com organização de Ameciclo (Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife e conta com o apoio da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado de Pernambuco). BICICULTURA 2017 De 07 a 10 de setembro Recife-PE SITE: http://bicicultura.org.br/ FACEBOOK: www.facebook.com/bicicultura.brasil INSTAGRAM: @biciculturabr

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Semana do Patrimônio cultural de Pernambuco vai tratar de políticas públicas e gestão

A Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, promovida pela Secult-PE e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), chega à sua 10ª edição em 2017. Com o objetivo de comemorar o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, 17 de agosto, e abrir espaço para reflexão das questões voltadas às políticas de preservação, o evento terá como tema neste ano as “Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural”. A programação do evento, nos últimos anos, tem extrapolado a duração de uma semana e as ações acontecem durante quase todo o mês de agosto, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre as mais diversas temáticas julgadas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais. Hoje (10), por exemplo, a abertura da exposição “Pernambuco patrimônio e território de um Povo“, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), às 19h, faz parte da programação da Semana. Com curadoria de Raul Loudy e Renato Athias, a mostra contará toda a história de Pernambuco, a partir do acervo do MEPE. E, a partir da próxima segunda-feira (14), de forma inteiramente gratuita, serão ofertadas ao público em geral ações como seminários, oficinas, mesas redondas, exposições, minicursos, rodas de diálogo, teatro, mostra de artesanato, apresentações culturais, entre outras atividades voltadas ao debate público sobre preservação. Abertura - A abertura oficial da 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na segunda-feira (14), será com a conferência do conservador e restaurador Antônio Sarasá, que debaterá o tema A Cultura do Patrimônio e a Zeladoria, a partir das 14h. Além do colóquio, haverá a apresentação do projeto do Funcultura Jardins de Burle Marx, produzido por Sandro Lins, e o lançamento das publicações Cartilha ‘Jogo do Patrimônio 2.0‘ e Revista Aurora 463 – Ano II, ambas confeccionadas pela Fundarpe. Ao final, Mocinha de Passira (Patrimônio Vivo) encerrará a programação do primeiro dia com seus célebres repentes. Confira a programação completa aqui Dia do Patrimônio – A data mais festiva da Semana do Patrimônio é o dia 17 de agosto, quando é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rodrigo Melo Franco de Andrade completaria 100 anos. Haverá uma solenidade no Teatro de Santa Isabel. A programação inclui a diplomação dos seis novos Patrimônios Vivos do Estado de Pernambuco (Maria dos Prazeres, Mestre Chocho, André Madureira, José Pimentel, Reisado Inhanhum e Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo), do anúncio dos vencedores do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural 2016 e de uma referência mais do que especial: os 80 anos do Iphan, criado em 1937. “Nossa proposta é ampliar o diálogo com a sociedade sobre a gestão a preservação do nosso patrimônio. Traçarmos estratégias, encontrarmos alternativas e novos modelos de gestão compartilhada entre o poder público, os conselhos de preservação e a comunidade”, convida a presidente da Fundarpe, Márcia Souto. Ainda de acordo com a gestora, “as atividades terão como base quatro eixos: brincar, experimentar, interpretar e pensar o patrimônio, estabelecendo um canal de debates, interdisciplinar e interinstitucional sobre temáticas essenciais para a compreensão das formas de constituição, valorização, reconhecimento e preservação dos patrimônios culturais”. Seminário – Na terça-feira (15), das 8h30 às 12h30, a Semana do Patrimônio promoverá o Seminário – Políticas Públicas e Gestão do Patrimônio Cultural. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna e terá como tema da primeira mesa, o Marco Legal para o reconhecimento dos patrimônios culturais (panorama da legislação mundial, nacional, estadual e municipal e suas complexidades). Mediado pela presidente de Fundarpe Márcia Souto, contará com os palestrantes Hermano Queiroz, diretor de Patrimônio Imaterial do Iphan, Mário Pragmácio, professor do Mestrado Profissional do IPHAN, e Marcelo Renan, doutorando Pós-Cultura UFBA. A segunda mesa do encontro terá como tema a Preservação dos patrimônios culturais – atuação e limites do estado, dos agentes públicos, dos conselhos e dos detentores de bens culturais. Terá como palestrantes: Telmo Padilha Cesar, do Instituto Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico, do professor Leonardo Barci Castriota, arquiteto-urbanista e Diretor da pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, e será mediada por Rodrigo Cantarelli, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Lançamento - Na sexta-feira (18), os professores Terezinha de Jesus Pereira da Silva – membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural – e Sérgio Mota Bitencourt lançam, às 9h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, o livro Espaço Pasárgada: A Casa de Manuel Bandeira, que revela toda história e o acervo do equipamento cultural. 2º Seminário de Educação Patrimonial - A Faculdade de Direito do Recife sediará a segunda edição do Seminário de Educação Patrimonial de Pernambuco. A atividade está agendada para a sexta-feira (18), das 8h às 17h, e discutirá a relação Museu-Escola: desafios e possibilidades. A conferência de abertura será proferida pela professora Manuelina Cândido (UFG) e terá de mediação de Regina Batista, que é membro do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural. Ao longo do dia, haverá ainda as mesas-redondas: O museu como espaço pedagógico; O museu e sua natureza simbólica; O museu como difusor do conhecimento; e O museu e suas representações de tempo e espaço. Minicurso Zeladoria de Bens Culturais - Ministrado pelo restaurador Antônio Sarasá, o curso acontecerá entre os dias 15 e 16/8, das 9h às 17h, no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE). A atividade é direcionada às equipes que gerenciam os equipamentos culturais do Estado e possibilitará aos participantes a oportunidade de aprenderem técnicas de manutenção e zeladoria para o acervo de suas instituições. Simpósio - Batizado de Reflexões Acadêmicas sobre o Patrimônio Cultural, a 10ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco promoverá um simpósio acadêmico entre estudantes e professores de sete instituições de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco: Damas, Esuda, FBV, UFPE, Unicap, Uninassau e UNIFAVIP. A atividade acontecerá no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na sexta-feira (18), a partir das 9h, e mostrará, através da exposição de banners e colóquios, a produção da comunidade acadêmica

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MUMA integra time da Made e DW para anunciar chegada em São Paulo ainda este ano

A MUMA, loja online de design autoral que traz a assinatura de profissionais emergentes e consagrados do mundo todo, se posiciona nos dois principais eventos que promovem e discutem o mercado de design: a MADE, feira internacional de design colecionável que está em sua quinta edição, e a Design Weekend, o maior festival urbano da América Latina que chega ao sexto ano. Ambos movimentam a cidade e questionam as conexões do design com a arquitetura, arte, decoração, urbanismo, sustentabilidade, inclusão social, negócios e inovação. “Até o final do ano estaremos com loja física na cidade. Essa é uma meta fechada e já temos, inclusive, algumas opções de ponto. Por isso estar na MADE e na Design Weekend é não apenas necessário como natural. Afinal, somos um e-commerce que representa criadores selecionados de forma criteriosa”, conta Matheus Ximenes Pinho, sócio fundador e curador da MUMA. A marca contará com um espaço para expor peças conceito dos melhores designers contemporâneos do Brasil, além de lançamentos dos pernambucanos Fátima Ximenes, Guilherme Luigi e o estúdio uruguaio Menini Nicola - concebidos exclusivamente para a marca. “Procuramos fugir do lugar comum e pensar em um espaço que equilibra a sensação de estar através da mescla de elementos orgânicos e plásticos. Prometemos muitas plantas e cores marcantes em harmonia com as peças dos designers, contemplando o ambiente não apenas da exposição, mas também do vazio”, explica a arquiteta responsável pelo stand da MUMA, Barbara Besouchet do Estúdio Tripé. “Nossa empresa já nasceu pensando em oferecer uma plataforma que popularize e facilite o acesso a peças de design que não sejam apenas utilitárias. Por isso é natural que estejamos cada dia mais inseridos em feiras e mostras desta envergadura, mostrando que estamos prontos para contribuir com um mercado tão pulsante e cheio de possibilidades”, afirma Matheus. A MADE ocorre de 09 até 13 de agosto no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera e a Design Weekend no mesmo período com programação espalhada pela cidade. Serviço: Stand MUMA na MADE Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Ibirapuera Ingresso: R$ 30,00 | Meia entrada para idosos e estudantes: R$ 15,00

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Economia compartilhada cresce no Recife

Você já pegou um Uber para se deslocar pela cidade, assiste a filmes pelo Netflix ou já contribuiu com alguma vaquinha virtual nos crowdfundings? Seja bem-vindo à economia colaborativa ou compartilhada. Um modelo de negócio movido principalmente pela conexão entre as pessoas por meio das novas tecnologias de comunicação. A partir de plataformas digitais é possível conseguir o financiamento para um projeto social ou para uma startup, que dificilmente viria de uma instituição bancária. Também pode-se acionar um serviço de entrega por bicicletas ou alugar um quarto num apartamento para passar as férias, sem a necessidade de um intermediário. Esse foi substituído por empresas que não possuem bikes para fazer o delivery ou casa para alugar, mas oferecem plataformas para conectar o dono do veículo ou imóvel ao consumidor. Essa é uma nova lógica econômica que começamos apenas a experimentar suas possibilidades. Um estudo da escola de negócios IE Business School em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade da Espanha apontou que o Brasil é líder na América Latina em iniciativas da economia colaborativa. Ancorado no potencial de fomento de inovação do Porto Digital, tem nascido em Pernambuco uma série de negócios baseada nesse novo modelo com alta capacidade de redução de custos e inclusão social. O professor dos cursos de economia e ciências da informação da UFPE e sócio da empresa Creativante, José Carlos Cavalcanti, explica que a economia compartilhada torna mais barato os chamados custos de transação (como os relacionados à comercialização, por exemplo). “Isso acontece porque é um modelo que funciona por meio do uso de ferramentas de tecnologia cada vez mais robustas, confiáveis e acessíveis ao mais humilde cidadão”, explica Cavalcanti. Um exemplo desse modelo é a empresa pernambucana Find Up, que eliminou a necessidade de até 5 intermediários nos serviços assistência técnica em informática. Através de uma plataforma digital ele conecta usuários (residenciais ou corporativos) que necessitam de reparos em seus aparelhos aos técnicos cadastrados mais próximos com a qualificação necessária para resolver o problema. É como se fosse o Uber dos consertos de equipamentos de informática. “Desenvolvemos o modelo de negócio com geolocalização do técnico a partir do celular. São 4 mil profissionais que têm o nosso aplicativo instalado no telefone e mais de 100 mil usuários cadastrados”, esclarece o CEO da Find Up, Fábio Freire. “Somos uma interface de conexão do cliente com técnico, só com uma camada de gestão no meio”, garante o gerente de operações, Gustavo Ferreira. A plataforma reduz em até 30% o custo final do serviço e diminui o tempo de espera para a resolução do chamado. Presente em mais de 550 cidades no País, a Find Up começa uma fase de internacionalização e chega em breve à Argentina, Chile, Colômbia, México e República Dominicana. INCLUSÃO Inclusão social é outro benefício proporcionado pela economia compartilhada. Além de garantir serviço para técnicos que ficaram desempregados ou para profissionais que querem incrementar a renda, o sistema consegue incluir pessoas com restrições de horários, como estudantes. Um universitário que estuda pela manhã, por exemplo, e não consegue achar um trabalho compatível com sua rotina, poderia se cadastrar e oferecer seus serviços nos horários disponíveis. Também com DNA pernambucano, a Ecolivery atua no modelo da economia do compartilhamento no segmento de logística sustentável, fazendo entregas com bicicletas. Mais de 500 ciclistas já se cadastraram na plataforma, tendo atualmente em torno de 20 ativos. O diferencial é o fato do serviço agregar um valor socioambiental aos clientes, com uma mobilidade que não emite gases poluentes e contribui para a melhoria do trânsito, evitando mais engarrafamentos. A partir de um aplicativo, qualquer pessoa ou empresa pode acionar o ciclista mais próximo para buscar uma encomenda ou levar um documento. O app permite também acompanhar em tempo real a posição dos entregadores e visualizar as entregas que já foram feitas e as que faltam fazer. “Temos hoje uma clientela bem diversificada, como escritórios, cartórios, farmácias de manipulação, empórios, restaurantes e lanchonetes com delivery, e entregas locais de e-commerce”, lista Hugo Gomes, fundador e sócio da empresa que está incubada no Porto Digital. O potencial de desenvolver negócios sociais é outra característica da economia do compartilhamento. Como a peça que move a sua engrenagem é a comunidade, um empreendimento de alto impacto social pode alcançar engajamento de milhares de microfinanciadores com os crowdfundings. “Por meio das vaquinhas online, uma solução social pode ser viabilizada de forma coletiva e compartilhada, trazendo resultados espetaculares de forma rápida e eficiente”, afirma o gerente de empreendedorismo do Porto Digital e head de Aceleração da Jump Brasil, André Araújo. Ele avalia que as pequenas campanhas que a população começa a se engajar representam o início de uma prática de financiamento social que se tornará comum. “Economia e sociedade não são coisas separadas. Estão surgindo metodologias ágeis para se empreender. Essa é uma das maneiras mais interessantes hoje para que projetos inovadores e de pessoas – que ainda não têm uma marca estabelecida, mas têm conhecimento e capacidade – receberem investimentos pelo próprio público alvo daquele possível produto”, afirma André Araújo. Um projeto local que se beneficiou do crowdfunding foi o Saladorama, que permite à população feminina da Zona Norte do Recife acesso à alimentação saudável e à renda. Criada no Rio de Janeiro, a startup ganhou uma operação em Nova Descoberta. A lógica de funcionamento é formar mulheres de comunidades pobres para produzir os alimentos e educá-las para levar esse hábito de consumo e preparação para suas casas. “Atuamos com cozinhas dentro das comunidades, empregando, capacitando e empoderando mulheres. Alimentos orgânicos e saudáveis são desconhecidos da maioria da população de baixa renda e são inacessíveis em restaurantes que têm essa oferta por causa do alto custo”, afirma Isabela Ribeiro, sócia e responsável pelas operações no Nordeste. Além da vaquinha digital, o Saladorama beneficiou-se da economia compartilhada ao comercializar os pratos preparados por uma plataforma virtual. Eles são entregues no sistema de delivery. Com os recursos das vendas, as mulheres recebem uma bolsa

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Somos cidadãos da metrópole (por Francisco Cunha)

Infelizmente a Constituição Brasileira de 1988 esqueceu de reconhecer a instância federativa da metrópole. Ou seja, segundo a nossa Carta Magna, são três as instâncias federativas no Brasil: União, Estados e Municípios, cada qual com seus poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). E a metrópole, a cidade constituída de cidades, como fica? Um exemplo que todos conhecemos: o da metrópole da qual a cidade do Recife faz parte, junto com as cidades de Olinda, Jaboatão, Paulista e as outras 11 da chamada Região Metropolitana do Recife. Na verdade, trata-se de um conglomerado urbano contínuo cujas fronteiras municipais não conseguem conter os problemas que afetam o conjunto nem dar conta da sua gestão. Essa cidade metropolitana contínua que ultrapassa os limites municipais tem hoje uma população de mais de 4 milhões de habitantes, quase metade da estadual, e um PIB que deve estar próximo dos R$ 100 bilhões, o maior do Norte-Nordeste. Como gerir essa grande cidade que não respeita os limites dos municípios e está para além da capacidade de intervenção dos prefeitos municipais? Mal comparando, é como um condomínio residencial cuja área comum (a cidade metropolitana) está fora da influência das unidades habitacionais (os municípios) e precisa de uma gestão própria, para além daquela das unidades. Na tentativa de suprir a lacuna constitucional, o Congresso Nacional votou e o presidente da República promulgou em 2015 a Lei 13.089, o chamado Estatuto da Metrópole, que estipula a obrigação dos estados em que existam metrópoles e dos municípios que façam parte de metrópoles implantarem conjuntamente uma Governança Metropolitana e elaborarem um PDUI – Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado até janeiro de 2016. Foi, portanto, com base no que determina o Estatuto da Metrópole que o CAU-PE – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, o INTG – Instituto da Gestão e a Rede Procidade, em nome de 26 entidades da sociedade civil do Estado, lançaram no mês de julho a campanha Somos Cidadãos da Metrópole em prol da governança da metrópole composta pelas 14 cidades da RMR. Feito isso, resta a nós, cidadãos metropolitanos, reforçar a cobrança pelo Estatuto. Afinal, sem boa gestão do condomínio, o caos logo adentra nossa casa, por mais bem administrada que seja. *Francisco Cunha é consultor e sócio da TGI

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