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Instituto Dom Helder Joao Campos

Recife fortalece preservação da memória de Dom Helder Câmara

Prefeitura renova convênio e garante R$ 300 mil para manutenção do instituto que guarda o legado do arcebispo. Fotos: Wagner Ramos/Prefeitura do Recife (Com informações da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife renovou o convênio com o Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC) para garantir a preservação do acervo e das atividades dedicadas ao legado do arcebispo emérito de Olinda e Recife. O acordo assegura um investimento de R$ 300 mil ao longo de um ano, viabilizando a manutenção do espaço e ampliando o acesso da população à história do religioso. A assinatura ocorreu neste domingo (9), durante evento que homenageou colaboradores de Dom Helder na Igreja Nossa Senhora das Fronteiras, na Boa Vista. Além da manutenção do instituto, o convênio também contempla um programa de visitação para alunos da rede municipal, promovendo o conhecimento sobre a trajetória do "Dom da Paz". “Estamos assinando, por mais um ano, a garantia do custeio para o Instituto Dom Helder Câmara. Associado a este convênio, também estamos realizando um programa de visitação para as escolas municipais”, destacou o prefeito João Campos. O Instituto Dom Helder Câmara abriga um memorial e museu dedicados ao religioso, com um acervo que inclui manuscritos, prêmios, vestimentas litúrgicas e objetos pessoais. Com o repasse, será possível manter bibliotecários, historiadores e outros profissionais especializados na conservação desse patrimônio. Além disso, as instalações do instituto poderão ser utilizadas para eventos culturais da Prefeitura e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. A renovação do convênio reforça o compromisso do município com a valorização da história e da luta social do arcebispo, que foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e recebeu quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz. “Nós conseguimos digitalizar todo o acervo de Dom Helder através de um convênio firmado, lá trás, ainda na gestão do ex-governador Eduardo Campos. Hoje, damos continuidade a esse convênio com a Prefeitura do Recife e eu gostaria de reforçar a minha gratidão, e a de todo o IDHeC, por essa parceria tão importante”, afirmou Virgínia Pimentel, diretora executiva do Instituto. Localizado na Rua Henrique Dias, na Boa Vista, o Instituto Dom Helder Câmara funciona no prédio anexo à Igreja das Fronteiras, onde o arcebispo viveu de 1968 a 1999. O espaço abriga cerca de mil peças, incluindo móveis, esculturas sacras e uma linha do tempo detalhando sua trajetória. O instituto segue aberto à visitação, recebendo pesquisadores, estudantes e fiéis interessados na vida e obra de Dom Helder.

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Sala estar Keila Castro

Casa-Museu Gilberto Freyre amplia acessibilidade para visitantes com deficiência

Projeto pioneiro inclui audiodescrição e Libras para tornar acervo mais inclusivo. Foto: Keila Castro A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, localizada na Fundação Gilberto Freyre, em Apipucos, passou por sua primeira intervenção para garantir acessibilidade comunicacional a pessoas com deficiência visual e auditiva. O projeto, desenvolvido pela produtora Arkhé Cultural com incentivo do Funcultura-PE, implementou recursos como audiodescrição e vídeos em Língua Brasileira de Sinais (Libras) para proporcionar uma experiência inclusiva no circuito de visitação. Com os novos recursos disponíveis desde janeiro, visitantes com deficiência auditiva contam com um catálogo interativo contendo QR-codes que direcionam para vídeos interpretados em Libras. Já as pessoas com deficiência visual podem utilizar a audiodescrição para conhecer detalhes dos 13 cômodos da casa, incluindo o Memorial Gilberto Freyre. “O projeto é um primeiro passo para que possamos democratizar o acesso ao bem cultural e ao acervo da casa onde morou Gilberto Freyre”, destaca o produtor executivo Francisco Pereira. A iniciativa também permite que visitantes conheçam em detalhes peças icônicas do acervo, como a rara edição de Os Lusíadas, presente do governo português, o Prêmio Jabuti recebido pelo escritor e a coleção de bengalas. O projeto foi desenvolvido por uma equipe especializada, incluindo o consultor em acessibilidade Artur Mendonça, o intérprete de Libras Marcos Ribeiro e a audiodescritora Marina Simões. A diretora da Fundação Gilberto Freyre, Jamille Barbosa, reforça a importância da ação: “O público que vamos alcançar a partir desta iniciativa também precisa ter acesso a atividades culturais.” A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, com visitas iniciando a cada meia hora. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Agendamentos para grupos podem ser feitos pelo telefone (81) 3441-1733 ou 3348.

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Nana Vasconcelos Foto Monica Vendramini

A trajetória de Naná Vasconcelos em imagens

Fotobiografia celebra o legado do percussionista pernambucano com mais de 200 fotos e relatos inéditos. Foto: Monica Vendramini A vida e a obra de Naná Vasconcelos ganham um novo registro com o lançamento da fotobiografia "Naná - Do Recife para o Mundo", organizada pelo designer e jornalista Augusto Lins Soares. Com 240 páginas e mais de 200 imagens de cerca de 50 fotógrafos, o livro traça a trajetória do percussionista pernambucano, considerado um dos maiores músicos do mundo. A obra será lançada na sexta-feira, 14 de fevereiro, às 19h, na Torre Malakoff, no Recife, com apresentações musicais de Gilú Amaral, César Michiles, Sumara Ramos e do grupo Ìyámassé málé. A fotobiografia reúne registros raros, desde os primeiros passos de Naná na música até sua consagração internacional, incluindo sua passagem por Paris e Nova York. Entre as imagens inéditas, há registros dele na Banda Municipal do Recife nos anos 1960 e tocando berimbau no Mercado Modelo, em Salvador, ao lado de Jorge Amado. “Busco selecionar as imagens mais icônicas, impactantes, artísticas, reveladoras, históricas, inéditas, jornalísticas e sedutoras”, destaca Augusto Lins Soares. O livro também traz textos que revelam detalhes pouco conhecidos, como sua participação no curta-metragem Berimbau, de Toby Talbot, e a produção do álbum Amazonas, de 1973. Para Patrícia Vasconcelos, viúva do músico, a obra é uma ferramenta essencial para a preservação de seu legado. “Achei a ideia fantástica por servir como uma ferramenta de pesquisa sobre a trajetória artística de Naná e necessária para deixar essa história acessível ao público interessado”, afirma. A fotobiografia conta ainda com textos assinados por jornalistas e estudiosos, além de obras de arte inspiradas no percussionista, criadas por artistas como Derlon e Marcelo Silveira. O livro tem patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e será vendido por R$ 100. Serviço 📖 Lançamento da fotobiografia "Naná - Do Recife para o Mundo"📅 Data: 14 de fevereiro (sexta-feira)🕖 Hora: 19h📍 Local: Torre Malakoff (Praça do Arsenal, s/n, Bairro do Recife)💰 Preço: R$ 100 (versão impressa)🎟 Entrada gratuita

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Diogum Amparo60 Ferro Ife

Confira os destaques da Agenda Cultural em Pernambuco

Diogum abre exposição “Ferro Ifé - O Atlântico Negro” no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães No sábado, 1º de fevereiro, a partir das 15h, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) recebe a abertura da exposição individual “Ferro Ifé - O Atlântico Negro de Diogum”, que traz 60 obras inéditas do artista. A mostra segue o conceito da exposição realizada em julho de 2024 na Amparo 60, ampliada com novas peças e curadoria de Bruno Albertim. A produção é da galeria Amparo 60, que representa Diogum. A exposição celebra o ferro e o metal como elementos centrais na obra do artista, explorando suas pesquisas mais recentes. Diogum, que tem se aprofundado na tridimensionalidade das peças, busca representar movimentos e mistérios da natureza por meio do ferro. O curador destaca a capacidade de Diogum em subverter o histórico do material, dando-lhe um caráter ancestral, ao mesmo tempo em que amplia a tradição da ferraria religiosa afro-brasileira. A visitação pode ser feita de quarta a sexta-feira, das 10h às 17h, e sábado e domingo, das 10h às 16h. Mostra de Cinema Japonês traz filmes inéditos ao Recife A Mostra de Cinema Japonês 2025 acontece entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro no Cinema do Porto, no bairro do Recife. O evento, promovido pelo Consulado Geral do Japão no Recife e pela Fundação Japão, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), apresenta uma seleção exclusiva de filmes nipônicos. Com exibições gratuitas e ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão, os filmes serão exibidos em formato fullHD, com áudio original em japonês e legendas em português. O curador do Cinema da Fundação, Luiz Joaquim, destaca o drama I Am What I Am, de Shynia Tamada, como um dos destaques da mostra, enfatizando a complexidade da relação entre uma jovem e as expectativas familiares. Shows e experiências imersivas animam o final de semana no RioMar Recife O RioMar Recife preparou uma programação especial para todas as idades neste final de semana, com atrações gratuitas e experiências imersivas. O RioMar de Folia traz shows de frevo na Praça de Alimentação, com a Orquestra de Frevo e Luciano Magno no sábado (1º) e a apresentação infantil Bicharada da Trup no domingo (2). Além disso, o shopping recebe a exposição interativa Oceano Vivo, um mergulho no universo marinho; o Circuito D.P.A, parque temático da série Detetives do Prédio Azul; e a mostra O Auto de Ariano, que celebra a obra de Ariano Suassuna. Ingressos para as experiências pagas estão disponíveis nos sites oficiais de cada atração. Shopping Tacaruna traz programação especial de Carnaval em fevereiro O Shopping Tacaruna celebra o Carnaval com uma programação especial ao longo de fevereiro, incluindo oficinas de dança infantil aos sábados e domingos, no Espaço Instagramável de Carnaval, ministradas por Andréa Madureira. O Frevinho do Taca anima os domingos no Rooftop, com blocos como “Acho é Pouquinho” (2/2), “Pitombeirinha” (3/2) e “Calunguinha” (16/2). Nos sábados 8 e 22, o espaço recebe o show “Paulo Ricardo convida sons de Pernambuco”, com André Rio e Maestro Forró, e um tributo a Chico Science pela Banda Forte 5. O projeto Taca Mais Música traz edições carnavalescas às quintas-feiras, com Nádia Maia (6/2), Grupo Patusco (13/2), André Rio (20/2) e Nonô Germano (27/2). Além disso, o shopping recebe a exposição fotográfica de Américo Nunes sobre o Carnaval do Recife e Olinda. A programação inclui ainda o show “De Cara com o Samba”, nos dias 1º e 15 de fevereiro, com apresentações de Karynna Spinelli, Isadora Melo e Samba Soul Delas. Exposição "The Beatles: A Discografia que Mudou o Mundo" chega à reta final no Camará Shopping A exposição "The Beatles: A Discografia que Mudou o Mundo" está em seu último fim de semana no Camará Shopping, em Camaragibe, com encerramento no domingo, 2 de fevereiro. Com mais de 100 discos de vinil, itens raros e interações sonoras, a mostra celebra o legado dos Beatles. Para marcar o fechamento, no sábado, 1º de fevereiro, às 16h, a banda Mini Rock fará um show especial com versões infantis dos clássicos do grupo. A exposição acontece no Piso L2, das 14h às 20h, com entrada gratuita. Show de Pablo Rogério anima o primeiro sábado de fevereiro no Shopping Costa Dourada Neste sábado, 1º de fevereiro, o cantor Pablo Rogério promete agitar o público no Shopping Costa Dourada, com um show marcado para às 18h30, na Praça de Alimentação. O repertório mistura MPB, pop rock e outros estilos, com um destaque especial para a energia do Carnaval. "Estou muito animado para fazer uma grande apresentação neste lugar espetacular", revela o cantor. Natural do Cabo de Santo Agostinho, Pablo começou a cantar e tocar ainda jovem, e nas festas de família percebeu seu talento para dividir com os outros. Adri Popular inicia residência artística em Brasília e fará espetáculo em Aliança O artista de dança e produtor cultural Adri Popular deu início, no dia 30 de janeiro, à sua residência artística no Centro Tradicional de Invenção Cultural, em Brasília, por meio do edital de Bolsas Artísticas da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB-PE). O projeto visa apoiar o artista no aprimoramento de suas pesquisas e processos criativos na Dança Popular. Durante a residência, que segue até 9 de fevereiro, Adri realizará duas aulas espetáculo gratuitas, nos dias 7, em Brasília, e 15 de fevereiro, em Aliança, compartilhando sua trajetória e suas vivências com o público. Com mais de 10 anos de atuação, o artista é reconhecido por seu trabalho de valorização e divulgação das tradições culturais da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Calumbi recebe o projeto "A Batida do Nosso Terreiro" para valorização da cultura afro-brasileira A partir de 1º de fevereiro, Calumbi, no Sertão do Pajeú, inicia o projeto “A Batida do Nosso Terreiro”, com o objetivo de valorizar a música afro-brasileira e combater a intolerância religiosa. O evento começa às 10h com uma roda de diálogo no Ilê Asé Oju Ty Olorum, sobre a importância da música nas

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Orquestra Malassombro por Luara Olivia 2

Orquestra Malassombro lança novo álbum em tributo ao Recife com show no Teatro do Parque

Festa com frevo celebra a cultura pernambucana com grandes nomes da música local A Orquestra Malassombro celebra a renovação do frevo e sua forte conexão com a cultura de Pernambuco no lançamento de seu novo álbum, Recife, início, meio e fim, no dia 2 de fevereiro, às 18h, no Teatro do Parque. O evento promete uma verdadeira festa com frevo, reunindo artistas como Flaira Ferro, Henrique Albino, Surama, Laila Campelo, Karlson Correia, além de uma emocionante gravação com o mestre Claudionor Germano. Com ingressos a R$ 15, disponíveis no Sympla e no Instagram da orquestra (@orquestramalassombro), o show trará ao público a energia vibrante do Recife, cidade que inspira e move o grupo. Composto por dez faixas, o álbum destaca a diversidade do frevo e sua relação com os hábitos e cenários urbanos da cidade. Rafael Marques, maestro da orquestra, explica: "A proposta do álbum é falar sobre um Recife que a gente habita. O frevo canção, de bloco e de rua, já em seus títulos, histórica e tradicionalmente cantam, evocam o Recife e seus compositores, suas personalidades, ruas". O repertório inclui músicas como Quentura Demais, sobre o calor da cidade, e Dona do Meu Cordão, que aborda a relação com Recife. As faixas transitam pela riqueza cultural e social da capital pernambucana, explorando temas como amor, desigualdade e folia. Além do show de lançamento, o álbum Recife, início, meio e fim, gravado no estúdio Carranca e com previsão de lançamento nas plataformas digitais em fevereiro, inclui composições que homenageiam a cidade e seus moradores. Entre elas, a faixa-título, que exalta locais emblemáticos como a praia de Boa Viagem e o mercado de São José. A Orquestra Malassombro reafirma seu compromisso com a valorização da música pernambucana e do frevo como parte vital da cultura nacional. SERVIÇOShow de lançamento de Recife, início, meio e fimQuando: 2 de fevereiro, às 18hOnde: Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)Quanto: R$ 15 (ingresso social)

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Exposicao Ariano RioMar Recife Credito Arnaldo Carvalho

Exposição imersiva sobre Ariano Suassuna estende temporada no RioMar Recife

Mostra interativa, que já atraiu milhares de visitantes, fica em cartaz até 9 de março de 2025. Foto: Arnaldo Carvalho A exposição imersiva “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso” segue em cartaz no RioMar Recife até 9 de março de 2025. Com grande sucesso de público, a mostra oferece uma experiência sensorial única, explorando a trajetória e o universo criativo de Ariano Suassuna. A iniciativa, cocriada pelo espaço Luzzco e João Suassuna, neto do escritor, combina cenografia envolvente, tecnologia interativa e elementos autênticos do autor. Instalada em uma área de mais de 1.200 metros quadrados, a exposição conta com 13 salas temáticas, exibindo manuscritos inéditos, fotos raras, trechos de peças e vídeos. Além de suas obras, o público pode conhecer aspectos pessoais do autor, como sua cadeira e o traje que costumava usar. Em relação à versão apresentada na Paraíba, a edição recifense traz novidades, incluindo um maior número de salas e itens inéditos de Suassuna. Os ingressos variam entre R$ 35 e R$ 80, com opções de combo para famílias. As entradas estão disponíveis na plataforma Fever e no aplicativo do RioMar Recife. A exposição funciona de segunda a sábado, das 9h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h. Serviço📍 Exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso”📌 RioMar Recife – Av. República do Líbano, 251, Pina – Recife📆 Em cartaz até 9 de março de 2025🕒 Segunda a sábado: 9h às 22h | Domingos e feriados: 12h às 21h🎟️ Ingressos: R$ 35 a R$ 80 (vendas no app RioMar Recife e na plataforma Fever)

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Nuvem Bruno Vilela

Exposição Serpentário inaugura programação artística de 2025 na Galeria Marco Zero

Mostra reúne obras inéditas de Bruno Vilela, Giovanna Simões e Juliana Lapa, com curadoria de Bruna Rafaella Ferrer, explorando as simbologias da serpente. Acima, a obra Nuvem, de Bruno Vilela. (Foto: Gabriela Lacet) A Galeria Marco Zero inicia sua temporada artística de 2025 com a exposição Serpentário, que será aberta ao público em 29 de janeiro, às 18h. A mostra coletiva, com curadoria de Bruna Rafaella Ferrer, traz trabalhos inéditos de Bruno Vilela, Giovanna Simões e Juliana Lapa. Inspirada nas simbologias ligadas às serpentes, a exposição propõe um diálogo entre os artistas e suas pesquisas, abordando temas como transformação, espiritualidade e narrativas interiores. A data da inauguração coincide com o início do Ano da Serpente no calendário chinês, fortalecendo o simbolismo central da mostra. Os três artistas pernambucanos, amigos e colaboradores há mais de uma década, compartilham interesses que transitam entre arte, psicanálise e espiritualidade. Giovanna Simões apresenta obras como as 22 cartas do Tarô Aurora, criadas ao longo de dois anos, e a instalação interativa O Oráculo da Serpente, que conecta o público a mensagens inspiradoras. Para a artista, “a arte é um reflexo de um processo espiritual e uma extensão de nossas conexões mais profundas.” Juliana Lapa contribui com 20 trabalhos que expandem as investigações iniciadas na sua última exposição individual, explorando memórias femininas e narrativas oníricas. Entre suas obras destacam-se Aguaceiro e Roda a saia, espalha as entranhas, que combinam técnicas de estratigrafia e guache. “São camadas de histórias que emergem de sonhos e reflexões sobre o feminino, a violência e o mistério”, explica Juliana. Já Bruno Vilela exibe séries como Nuvens Estranhas e Sapare Sunrise, resultado de sua pesquisa sobre fenômenos ópticos e influências culturais, como os sarapes mexicanos. “Os 25 dias no México foram transformadores. Vi nas cores desses tecidos populares uma abstração ligada ao nascer e pôr do sol, que traduzi em pinturas que combinam modernismo latino e neoconcretismo”, comenta o artista. Serpentário é uma jornada coletiva que celebra a individualidade dos artistas e suas confluências criativas. A curadora Bruna Rafaella Ferrer destaca que a expografia reflete a natureza sinuosa da serpente, unindo mistério e dualidade. A mostra promete ser um marco na programação artística da galeria em 2025.

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Fachada IAHGP FotoKeila Castro

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano celebra 163 anos com reabertura do Museu em fevereiro

Instituto também empossa novos membros na celebração da próxima terça-feira (28). Foto: Keila Castro O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), um dos principais guardiões da memória de Pernambuco, completa 163 anos nesta terça-feira (28) com uma Sessão Magna comemorativa, aberta ao público. O evento, marcado para às 19h, ocorrerá no auditório do IAHGP, no bairro da Boa Vista, em Recife, e celebrará, além do aniversário do Instituto, os 371 anos da Restauração Pernambucana, momento histórico que expulsou os invasores holandeses do Estado. Durante a cerimônia, serão empossados 12 novos sócios, com destaque para Mário Muniz, graduado em Direito e Medicina, e auditor da Receita Federal, que assume o posto de sócio efetivo. Em paralelo às comemorações, o IAHGP também celebra as melhorias estruturais realizadas ao longo do último ano, incluindo a reestruturação do Museu do IAHGP. Este processo visa proporcionar uma experiência mais imersiva e informativa para os visitantes, reorganizando o acervo de maneira a contextualizar os períodos históricos de forma narrativa. “Estamos trabalhando em etapas para que, em breve, todas as salas do museu possam ser reabertas, mostrando o acervo de valor singular que preservamos no Instituto”, afirmou Dirceu Marroquim, historiador e sócio do IAHGP, que será o orador da noite. Em julho de 2024, o Museu já havia reaberto a Sala da Restauração, que explora a ocupação holandesa e a Guerra da Restauração. Na próxima terça-feira (28), será inaugurado um novo módulo: a Sala das Revoluções. Esta sala reúne objetos históricos sobre os momentos de turbulência vividos em Pernambuco nos anos de 1817 (Revolução Pernambucana), 1821 (Convenção de Beberibe) e 1824 (Confederação do Equador), aprofundando o conhecimento sobre o ciclo revolucionário no Estado. A previsão é de que o Museu esteja totalmente reaberto ao público em fevereiro de 2025. A atual presidente do IAHGP, Margarida Cantarelli, reforçou a importância de tornar o Museu acessível a diferentes públicos, como estudantes, pesquisadores e turistas. “As intervenções e obras previstas para serem concluídas em 2024 se estenderam por conta de entraves burocráticos. Estamos confiantes de que, com o cumprimento dessas exigências, iremos finalizar as obras para a ampliação da estrutura física do prédio”, explicou a presidente. Com a conclusão das reformas, o IAHGP ganhará mais espaço, permitindo uma melhor organização do acervo e a criação de uma nova experiência de expografia. A reestruturação do Museu não só ampliará as possibilidades de exibição, mas também proporcionará mais interatividade e aprendizado, favorecendo a comunicação direta com o público e destacando a importância da preservação da história de Pernambuco. "A história de Pernambuco é permanente", destacou Margarida Cantarelli, reforçando a missão contínua do IAHGP de manter a memória histórica viva e acessível. Os novos sócios a serem empossados na Sessão Magna do IAHGP incluem Mário Muniz, advogado e médico, que assume como sócio efetivo, e os associados honorários Adilson Agrícola Nunes, juiz de Direito aposentado; Bruno Almeida de Melo, especialista em Gestão Ambiental e Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente; Débora Assis Mendes, especialista em conservação e restauração de bens culturais; Flávio José Gomes Cabral, professor e doutor em História; Josemary Pereira Borba, consultora pedagógica em educação infantil; e Luanna Maria Ventura dos Santos Oliveira, doutora em História. Também serão empossados como associados correspondentes Flávio Emanuel Lopes Leandro Furtado, professor e ex-diretor de Cultura de Bodocó; Johny Santana de Araújo, doutor em História Social; Júlio Caio César Rodrigues Vasconcelos Sobrinho, especialista em História de Alagoas; Júlio Lima Verde Campos de Oliveira, especialista em História Militar; e Maria do Socorro Barros y Durán, historiadora e fundadora de movimentos culturais na Mata Sul pernambucana. Serviço:A visitação ao Museu do IAHGP está temporariamente suspensa devido às obras de reestruturação. Entretanto, pesquisadores e estudantes podem consultar o acervo e realizar atendimentos presenciais aos sábados pela manhã ou enviar consultas pelo e-mail: arqueologico@iahgp.org.

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Cicero Dias Creditos Divulgacao

Farol Santander apresenta mostra de Cícero Dias com obras inéditas no Brasil

Exposição celebra o legado do artista pernambucano, com destaque para a inédita “Cabaré” O Farol Santander São Paulo inaugura hoje (24 de janeiro) a exposição Cícero Dias – com açúcar, com afeto. A mostra reúne 42 obras do artista pernambucano, sendo algumas delas exibidas pela primeira vez no Brasil. Com curadoria de Denise Mattar, produção da MG Produções e consultoria de Sylvia Dias, filha do artista, a exposição estará aberta até o dia 27 de abril no 22º andar do centro cultural. A iniciativa celebra os sete anos do Farol Santander e conta com o apoio do Ministério da Cultura, Santander Brasil e Emdia. Entre os destaques, está a aquarela Cabaré (1920), nunca antes exibida no Brasil. Adquirida por colecionadores brasileiros após décadas na Europa, a obra integra o núcleo inicial da mostra, que explora o lirismo onírico da década de 1920. Outro destaque é a tela Casa Grande do Engenho Noruega (1933), que ilustrou a capa de edições do clássico Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre. A exposição também inclui obras táteis, promovendo acessibilidade, como Baile no Campo (1937). A exposição traça a trajetória de Cícero Dias em núcleos temáticos, desde as aquarelas dos anos 1920 até sua produção dos anos 1980. O público poderá explorar momentos marcantes de sua carreira, como a fase surrealista em Paris e o período abstrato dos anos 1950, quando integrou o Grupo Espace na Europa. Mesmo tendo vivido boa parte de sua vida fora do Brasil, o artista manteve uma conexão profunda com sua terra natal, Pernambuco, refletida em suas obras. Maitê Leite, vice-presidente do Santander Brasil, destaca a importância do evento: “Apresentar a obra de Cícero Dias é resgatar uma parte essencial do modernismo brasileiro e celebrar a riqueza cultural do Nordeste, que influenciou tanto o trabalho do artista”. Já Denise Mattar, curadora da exposição, reforça a singularidade de sua arte: “Cícero Dias trouxe um lirismo vibrante que desafiou as convenções da época, tornando sua obra atemporal”. Além de peças cedidas por colecionadores particulares, como Gilberto Chateaubriand e Marcos Simon, a mostra conta com obras do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e do Museu de Arte Brasileira da FAAP. A programação ainda inclui registros fotográficos e digitais, exibindo a convivência do artista com nomes como Pablo Picasso, Alexander Calder e Paul Éluard. Cícero Dias, nascido em 1907 no Engenho Jundiá, Pernambuco, é um dos grandes nomes do modernismo brasileiro. Sua obra, marcada pela diversidade estilística, rompeu fronteiras ao dialogar com vanguardas internacionais. A exposição no Farol Santander celebra não apenas seu talento artístico, mas também a essência lírica que resgata as paisagens e as memórias de sua terra natal.

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selton melo

O amigo Selton Melo

*Por Bruno Moury Fernandes Há uma cena que vale um prêmio, mas que nunca será estampada em capa de jornal. Não estava no roteiro, não tinha holofotes direcionados, nem contava com direção de arte. Selton Mello, em sua cadeira no Globo de Ouro, mais parecia um homem de plateia do que um astro do cinema. E por que não? Era seu momento de ser amigo, e ele brilhou como nunca. Câmera na mão, olhos marejados e um sorriso que transbordava uma coisa rara: alegria genuína pelo sucesso alheio. Fernanda Torres subiu ao palco e levou o Globo de Ouro de melhor atriz, mas quem ganhou meu respeito eterno foi Selton. E é sobre isso que precisamos falar: quantos amigos temos que fotografam, filmam, choram e vibram com o nosso sucesso? Esses são raros, raríssimos. Mais escassos do que um roteiro de filme brasileiro com orçamento generoso. E não me refiro aos aplausos protocolares, à palmada no ombro e aos “parabéns, você merece” ensaiado. Refiro-me ao descontrole da alegria, ao choro emocionado, àquelas palmas que ficam vermelhas de tanto bater. Ah, como é fácil ser amigo na dor! A dor é democrática, nos humaniza, nos iguala. Quem nunca apareceu com uma panela de sopa ou um conselho clichê no momento de crise? Estar lá quando tudo vai mal é importante, claro, mas exige um esforço quase automático. E depois, convenhamos, há sempre aquele pequeno consolo egoísta: “pelo menos não sou eu que estou passando por isso”. Mas o sucesso do outro… ah, esse dói em quem não está preparado para ser grande. O sucesso alheio escancara nossas inseguranças, joga luz no palco vazio das nossas conquistas. Requer generosidade genuína, aquela que não espera troféu nem camarim. É difícil olhar para o outro brilhando e não sentir uma pontada de inveja ou, no mínimo, um desconforto em ter que assistir ao show da primeira fila. Selton, com sua câmera trêmula e lágrimas sinceras, é o anti- -herói perfeito para esse enredo de amizades modernas. Ele nos ensina, sem querer, que ser amigo no sucesso do outro é uma arte. E talvez seja mesmo algo que só os grandes artistas, os que já ensaiaram tantas quedas e ressurgiram tantas vezes, conseguem fazer com naturalidade. Fernanda ganhou o Globo de Ouro, mas foi Selton que protagonizou a cena que deveria ser lembrada. A plateia dos grandes amigos é pequena. Se é que existe. São poucos os que realmente vibram quando acertamos na mosca. Selton fez isso. Sem ensaio, sem maquiagem. No filme da vida, ele não quis ser protagonista, mas uma espécie de diretor de fotografia da alegria alheia. E eu cá me pergunto: quantos Seltons temos na vida? E, mais importante: para quantos já fomos Selton?

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