Arquivos Z_Destaque_culturaHistoria - Página 5 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Z_Destaque_culturaHistoria

abelardo hora

100 anos de Abelardo da Hora: o artista da beleza e da denúncia social

Com obras espalhadas pelas ruas e praças do Recife, Abelardo da Hora é lembrado no seu centenário por suas criações, que revelam flagelos como a fome, mas também a beleza feminina. No seu legado, está ainda a generosidade em formar novos talentos e levar a arte para o povo. *Por Rafael Dantas Esculturas, gravuras, cerâmicas, tapeçarias e até brinquedos são algumas das tipologias da arte por onde as mãos do artista Abelardo da Hora deixou sua marca. A obra imensa está distribuída por muitas praças, ruas e galerias – não apenas da capital pernambucana. Peças que, neste ano do centenário do seu criador, merecem um novo olhar dos recifenses e de quem visita a cidade. A criatividade e a habilidade desenvolvida como autodidata – embora tenha estudado na Escola de Belas Artes do Recife – estiveram a serviço de muitas missões, mas as principais foram a denúncia contra a desigualdade social e as suas paixões pelas mulheres e pela cultura local. Um dos grandes diferenciais das obras de Abelardo da Hora é o fato de muitas delas estarem nas ruas. Os Monumentos ao Frevo, na Rua da Aurora, o Maracatu, ao lado do Forte das Cinco Pontas, e os Retirantes, no Parque Dona Lindu, são apenas algumas das tantas que embelezam a cidade. Além das esculturas, o artista deixou muitos painéis em cerâmica espalhados pelo Estado. Eles estão, por exemplo, nas fachadas dos centros de saúde construídos durante o Governo de Eduardo Campos, como nos hospitais Miguel Arraes, Dom Helder Câmara e Pelópidas da Silveira. Mesmo aos estudiosos e apreciadores da sua arte, não é fácil escolher as principais obras, muitas delas doadas para a cidade. Todas elas com mensagens que respondiam às questões da humanidade nunca resolvidas ou às necessidades do seu tempo. Pouco conhecidos por sua assinatura, por exemplo, são os brinquedos do Parque Treze de Maio. Em uma época que os escorregos eram de madeira e que se registrou a colocação de giletes para machucar as crianças, Abelardo desenhou brinquedos de concretos para garantir a segurança dos pequeninos. “Ele foi um dos precursores do Modernismo no Brasil com sua escultura. Foi responsável por movimentos culturais de maior destaque do nosso Estado e participante dos mais relevantes do nosso País, como a Sociedade de Arte Moderna, o Ateliê Coletivo e o Movimento de Cultura Popular. Há quem diga que também é um precursor do Manguebeat, com sua Coleção Meninos do Recife, que ilustrou a edição Europeia de Geografia da Fome, de Josué de Castro”, destacou Lenora da Hora, filha do artista e presidente do Instituto Abelardo da Hora. A inovação, uma das marcas de sua vasta trajetória, foi mencionada em uma declaração que Abelardo fez ao Diario de Pernambuco em março de 1948, pouco antes da sua primeira exposição. “Sou o primeiro escultor pernambucano a fazer, ultimamente, uma exposição no Recife. Além dessa nota inédita, creio revestir-se a exposição de um cunho renovador para a escultura no Brasil. (…) É bastante atual. Os temas das minhas esculturas são na sua maioria o retrato deste após-Guerra.” Uma das obras icônicas dessa exposição inaugural é A Fome e o Brado. INFLUÊNCIA NA CIDADE E NA CLASSE ARTÍSTICA Uma das grandes contribuições do artista para a cultura pernambucana foi nas políticas públicas. Além de ter ocupado cargos do alto escalão da gestão municipal em diferentes momentos, Abelardo foi idealizador da lei municipal que estabelece a obrigatoriedade das obras de arte nas edificações. O marco legal previa que as construções na capital pernambucana, a partir de mil metros quadrados, deveriam destinar 1% do valor bruto da construção para instalação de uma obra de arte. A peça deveria estar em sua fachada. Nos últimos anos de sua vida, Abelardo reclamou que a lei não funcionava a contento pois muitos arquitetos estavam a simplesmente reproduzir formas geométricas e chamar de escultura. Ele defendeu em entrevista ao Diario de Pernambuco, em 2013, que deveriam ser criados critérios para aprovar as obras. Independentemente das críticas à aplicação mais recente dessa legislação, a sua instituição, há mais de 80 anos, tornou o Recife uma galeria de esculturas a céu aberto. Essa obrigatoriedade abriu mercado para muitos artistas na cidade. “Tinha um sentimento de democratizar a cultura e a arte, como o fez ao criar nos anos 1960 as Praças de Cultura. Seu interesse era levá-las para a rua, para que não ficassem elitizadas, apenas, nos recintos fechados das galerias e dos museus, para que todos tivessem acesso. A lei serviu de inspiração para outras cidades brasileiras e até para fora do Brasil”, disse Lenora. Sua preocupação de levar a arte para a cidade – e também de garantir trabalho para a classe artística local – está apontada desde o início da sua carreira. Em 1948, ele apresentou na sua exposição inicial, além das esculturas, maquetes para túmulos e mausoléus. Na ocasião recomendou aos pernambucanos que procurassem artistas locais para fazer essas obras fúnebres. “Gostaria que todos os pernambucanos que mandam fazer túmulos e mausoléus no Rio e em São Paulo soubessem que essas obras são executadas quase sempre por nortistas que residem no sul. E toda essa gente bem que podia mandar fazer estas obras por artistas de sua província. Assim ajudariam os pobres escultores a viver na sua terra, trabalhando e estudando. E garanto que ninguém seria explorado ou roubado.” No campo educacional, alguns dos mais destacados nomes das artes plásticas de Pernambuco foram alunos de Abelardo da Hora. Gilvan Samico, Aluísio Magalhães, José Cláudio e Francisco Brenannd foram alguns dos integrantes desse time. “Ele foi mestre de uma geração de artistas pernambucanos que se destacou em todo o Brasil. Tinha interesse em fundar uma faculdade de arte, para ensinar muitos jovens, nos mesmos moldes da que já tinha sido criada anteriormente e desmontada pela ditadura”, contou Lenora da Hora. Além dos nomes mais conhecidos que passaram por seus ensinamentos, o artista foi um promotor de muitas oportunidades de formação artística na cidade, como docente, em vários lugares até como voluntário. Apesar de ter vivido

100 anos de Abelardo da Hora: o artista da beleza e da denúncia social Read More »

Baile do Menino Deus. Arilson Lopes e Sostenes Vidal interpretam os Mateus. Credito Hans Manteuffel

O maior espetáculo natalino do Brasil chega ao Marco Zero em edição histórica

“Baile do Menino Deus” celebra 21 anos com Lia de Itamaracá, Maestro Spok e reflexões contemporâneas. Foto: Hans Manteuffel A magia do “Baile do Menino Deus: Uma Brincadeira de Natal” retorna ao Marco Zero, no Recife, com uma edição especial que promete emocionar o público. O espetáculo, que será realizado nos dias 23, 24 e 25 de dezembro, às 20h, é o maior evento natalino do país inspirado na cultura brasileira. Transmitido ao vivo pelo YouTube, o auto de Natal une talentos como Lia de Itamaracá, os maestros Spok e Forró, além de uma grande equipe artística que apresenta uma releitura abrasileirada e inovadora do nascimento do Menino Jesus. Celebrando 21 anos de história no Marco Zero e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, o “Baile” rompe com os tradicionais elementos importados e valoriza manifestações culturais brasileiras. Pastoris, maracatu, cavalo-marinho e cirandas ganham protagonismo no espetáculo, que já atrai mais de 70 mil espectadores anualmente. “Montar um espetáculo todos os anos em grande escala, ao ar livre, tudo executado ao vivo para milhares de pessoas nos enche de alegria. A 21ª edição será ainda mais surpreendente, trazendo cenas inusitadas que exaltam a força do teatro, da música e da dança com grande elenco”, destaca a diretora de produção, Carla Valença. Entre as novidades, o personagem José, interpretado pelo sanfoneiro paraibano Lucas Dan, terá fala pela primeira vez em 41 anos, declamando um poema de Manuel Bandeira. Lia de Itamaracá, chamada de “deusa e rainha da ciranda”, cantará a música da burrinha Zabilin, enquanto os maestros Spok e Forró fazem sua estreia no palco. “Estou muito feliz por participar do Baile, tão importante para a nossa cidade, o estado, o país”, elogia Spok. Serviço Baile do Menino Deus: Uma Brincadeira de Natal📅 De 23 a 25 de dezembro, às 20h📍 Praça do Marco Zero, Recife🎥 Transmissão ao vivo no dia 25 pelo canal no YouTube: Baile do Menino Deus🎟 Acesso gratuito | Classificação livre⏳ Duração: 80 minutos♿ Acessibilidade: Espaço para cadeirantes, audiodescrição e intérprete em Libras

O maior espetáculo natalino do Brasil chega ao Marco Zero em edição histórica Read More »

Lepe Correia Foto Erlania Nascimento 1

Shows e espetáculos encerram a Ocupação Espaço O Poste 2024

Apresentações celebram a cultura afroindígena e marcam os 20 anos do grupo O Poste Soluções Luminosas. Na imagem, o artista Lêpe Correia (Foto: Erlânia Nascimento) A Ocupação Espaço O Poste 2024 encerra sua programação neste fim de semana com apresentações marcantes no Recife. Na sexta-feira (13), o espetáculo teatral “Se eu fosse Malcolm” será encenado às 19h, seguido no sábado (14), no mesmo horário, pelo show “Canto do Reencanto”, de Lepê Correia. O projeto, promovido pelo grupo O Poste Soluções Luminosas, celebra 20 anos do coletivo com foco na valorização da cultura afroindígena em Pernambuco. O espetáculo “Se eu fosse Malcolm” traz o ator Eron Villar e a DJ Vibra em uma performance decolonial que revisita a trajetória de Malcolm X, ícone da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Com cenas minimalistas e músicas pontuais, a peça propõe reflexões sobre identidade e resistência. A entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria ou via Sympla. Já no sábado (14), Lepê Correia apresenta o show “Canto do Reencanto”, com entrada gratuita. A performance, que conta com produção de Afonjah e participação especial dos filhos do artista, explora as vivências e sabedoria de Lepê, acumuladas ao longo de uma trajetória iniciada na década de 1970. Além de músico, Lepê é Mestre em Literatura e Doutor em Educação, reconhecido como uma voz essencial para a negritude no Brasil. Desde maio, a Ocupação Espaço O Poste 2024 movimentou a cena cultural recifense com 28 eventos que exaltaram a arte e a história afroindígena, consolidando o grupo O Poste como referência regional e nacional em Teatro Negro. “Ao longo do ano, pudemos ver pessoas pretas e indígenas frequentando o Espaço O Poste e se vendo representadas nas mais diversas linguagens artísticas (...). Completamos 20 anos de luta e resistência na arte”, destaca Naná Sodré, uma das fundadoras do grupo. Serviço:Finalização da Ocupação Espaço O Poste 2024 Local: Espaço O Poste – Rua do Riachuelo, 641, Boa Vista, Recife/PE

Shows e espetáculos encerram a Ocupação Espaço O Poste 2024 Read More »

Micheliny Verunschk Vencedora Oceanos2024 foto Renato Parada

Escritora pernambucana Micheliny Verunschk é uma das vencedoras do Prêmio Oceanos 2024

Obras da pernambucana e do português Nuno Júdice exploram memória, tempo e questões sociais em celebração à literatura de língua portuguesa. Foto Renato Parada Na noite de ontem (5 de dezembro), a Sala Itaú Cultural revelou os vencedores do Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa 2024. Micheliny Verunschk, com Caminhando com os mortos (Companhia das Letras, Brasil), levou o prêmio na categoria prosa, enquanto Nuno Júdice foi o vencedor em poesia com Uma colheita de silêncios (Dom Quixote, Portugal). Os livros foram escolhidos entre quase três mil inscritos, destacando-se pela profundidade e relevância de seus temas. Caminhando com os mortos, segundo volume da tetralogia do mato, de Micheliny Verunschk, aborda as consequências do fundamentalismo religioso, como preconceito e violência, enquanto explora o “mato” como símbolo de esperança. O romance reafirma o talento da autora pernambucana, já premiada com o Jabuti por O som do rugido da onça. Uma colheita de silêncios, de Nuno Júdice, reflete sobre o tempo e a memória com a melancolia característica do poeta, que faleceu este ano, após a inscrição de sua obra no Oceanos. A cerimônia também celebrou os dez finalistas, incluindo autores de Brasil, Portugal, Cabo Verde e Moçambique. Trechos de suas obras ganharam forma musical em apresentações de Romulo Fróes, Luiza Brina e Rodrigo Campos, conectando literatura e música. Segundo Selma Caetano, coordenadora do prêmio, a iniciativa busca incentivar a leitura no Brasil e unir esforços para mudar o cenário de um país com baixos índices de leitura. Os organizadores reforçaram a importância de parcerias para valorizar a literatura em língua portuguesa. Instituições como o Instituto Camões, o Museu da Língua Portuguesa e a UBE marcaram presença, enfatizando a necessidade de ações coletivas para promover o hábito da leitura. Para conhecer mais sobre o prêmio e as obras vencedoras, acesse o site oficial do Oceanos: www.itaucultural.org.br.

Escritora pernambucana Micheliny Verunschk é uma das vencedoras do Prêmio Oceanos 2024 Read More »

cinema

27ª edição do Expectativa/Retrospectiva do Cinema da Fundação: um presente para os cinéfilos

Mostra histórica reúne 67 produções em 15 dias de programação nas três salas do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco De 5 a 19 de dezembro, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco oferece a edição 2025 da Expectativa/Retrospectiva, evento anual que chega à sua 27ª edição. O festival exibe 67 produções, um recorde na história da mostra, incluindo 52 longas-metragens — 25 inéditos e 27 reprises —, 5 curtas do projeto Eu não desisto de você e 10 videoclipes da sessão Música para Ver. As sessões acontecem nas salas do Derby, Museu e Porto, consolidando o compromisso da Fundação em entregar o melhor do cinema mundial. Um dos destaques é o retorno do Passaporte Expectativa/Retrospectiva, que garante acesso gratuito e ilimitado às 137 sessões do evento. Na estreia, dia 5/12, durante a exibição do filme Um Homem Diferente, três sortudos serão sorteados para receber o benefício. Este filme, dirigido por Aaron Shimberg e estrelado por Sebastian Stan, promete ser um dos grandes marcos da mostra, ao lado de obras como Misericórdia, de Alain Guiraudie, e O Intruso, de Bruce LaBruce, que trarão ao público provocações intensas e narrativas instigantes. Além de títulos que marcaram 2024, a programação adianta produções inéditas que prometem dominar as conversas cinematográficas em 2025. Misericórdia, eleito pela revista Cahiers du Cinéma como o melhor filme do ano, será exibido em 7/12 às 22h, seguido de O Intruso na sessão "À Meia-Noite te Levarei ao Cinema". Outro destaque é A Substância, um sucesso do ano, que retorna ao Recife para compor a seleção da mostra. Para os apaixonados por cinema, a programação completa está disponível no site oficial do evento, incluindo informações sobre horários e filmes em cartaz. Não perca a chance de mergulhar no que há de melhor no cinema contemporâneo, em um festival que celebra não apenas o passado, mas também o futuro das telonas. Serviço

27ª edição do Expectativa/Retrospectiva do Cinema da Fundação: um presente para os cinéfilos Read More »

fenearte

Fenearte 2025 celebra 25 anos com inscrições abertas para expositores

Feira Nacional de Negócios do Artesanato será realizada de 9 a 20 de julho de 2025, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda As inscrições para a 25ª edição da Fenearte, a maior feira de artesanato da América Latina, estão abertas até o dia 27 de dezembro. Artesãos de todo o Brasil, além de organizações, prefeituras e empreendedores internacionais, podem garantir participação pelo site www.fenearte.pe.gov.br. O evento, marcado para 9 a 20 de julho de 2025, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, reunirá cerca de 5 mil expositores em mais de 700 estandes. A feira inclui categorias como Artesanato Individual de Pernambuco, Prefeituras, Redes Solidárias e Sebraes, além de opções para alimentação e artesãos internacionais. Para quem deseja ocupar o estande coletivo do Programa do Artesanato de Pernambuco (PAPE), é obrigatória a Carteira do Artesão, emitida pelo SICAB. Segundo André Teixeira Filho, diretor-presidente da ADEPE, "a Fenearte 2025 já começou a ser planejada e construída, e é chegada a hora das inscrições das estrelas deste evento: as artesãs e os artesãos." A última edição, realizada em 2024, atraiu 320 mil visitantes e gerou R$ 108 milhões em negócios. O sucesso foi reforçado por uma taxa de aprovação de 98,6% do público e a presença de 22,5% de turistas entre os visitantes. Camila Bandeira, diretora da Fenearte, destaca: "Estamos trabalhando para que a 25ª Fenearte seja lembrada pelos negócios que serão gerados e pela celebração que ela significará, ao festejar 25 anos desta política pública que valoriza a nossa economia criativa, as nossas identidades, os nossos saberes." ServiçoInscrições: Até 27 de dezembro de 2024Site: www.fenearte.pe.gov.brEvento: 9 a 20 de julho de 2025Local: Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda

Fenearte 2025 celebra 25 anos com inscrições abertas para expositores Read More »

foto mercado

Exposição virtual “Mercantes” imortaliza figuras icônicas dos mercados do Recife

Projeto registra histórias de personagens dos mercados de São José, Boa Vista, Encruzilhada e Madalena   A forte conexão do Recife com seus mercados públicos é celebrada na exposição virtual “Mercantes”, que destaca os personagens que dão vida a esses espaços históricos. Realizada pela produtora Tempoo em parceria com o Estúdio Orra, o projeto inclui mercados como São José, da Boa Vista, Encruzilhada e Madalena, retratando suas figuras emblemáticas em fotografias e textos. Esses mercados, que vão do século 19 ao 20, continuam a desempenhar um papel importante como centros de comércio, socialização e cultura na cidade. A exposição é fruto de uma pesquisa teórico-prática conduzida por Ana Sofia Oliveira e Mateus Guedes, com o objetivo de preservar a memória e valorizar o trabalho das pessoas que compõem esses espaços. “Queríamos destacar esses personagens como parte essencial da história e identidade dos mercados”, explica Mateus Guedes. As fotos foram realizadas por profissionais e estudantes, apresentando perspectivas diversas sobre os retratados, acompanhadas por textos que contam suas histórias. Entre os personagens está Seu Zinaldo, do Mercado de São José, que planeja celebrar seu centenário no mesmo local onde comercializa peças de cama e bordados tradicionais. No Mercado da Encruzilhada, a trajetória de Seu José, um dos primeiros comerciantes da reinauguração em 1950, exemplifica a conexão familiar com o espaço, afetada recentemente por um incêndio. Já no Mercado da Madalena, figuras como Seu Fernando, do famoso Bar dos Cornos, e Temistocles Neto, pioneiro no comércio de peixes ornamentais, mostram a diversidade de histórias nos corredores. O Mercado da Boa Vista, conhecido por sua animação carnavalesca, também ganha destaque com personagens como Batatinha e Luzinete, que transformaram um frigorífico em bar há mais de 35 anos, e Dona Mariinha, que trocou a loja de miudezas por um bar graças a um prêmio na loteria. Essas narrativas refletem a importância cultural e histórica dos mercados para a cidade e seus frequentadores. Financiada pelo Sistema de Incentivo à Cultura do Recife (SIC 2023), a exposição “Mercantes” é um tributo àqueles que mantêm vivos os mercados públicos em um contexto de crescimento dos shoppings centers, reforçando o elo entre os cidadãos e sua cidade. Serviço Exposição fotográfica virtual “Mercantes” Disponível em: www.osmercantes.com.br

Exposição virtual “Mercantes” imortaliza figuras icônicas dos mercados do Recife Read More »

ney matogrosso

Ney Matogrosso faz show neste sábado no Classic Hall, em Olinda

Evento será uma celebração dos 50 anos de carreira. Foto: Rafael Strabelli   Ney Matogrosso chega a Pernambuco neste sábado (30), a partir das 20h para uma apresentação no Classic Hall, em Olinda, com show da turnê Bloco na Rua, que promete ser uma verdadeira celebração de sua carreira e legado musical. Com mais de 50 anos de trajetória e 83 anos de idade, o artista que encanta gerações com sua voz inconfundível e performances eletrizantes, promete levar o público a uma viagem emocionante por sua vasta obra.  Ney, que já conquistou tanto a crítica quanto o público com suas apresentações anteriores, garante que o show de 2024 será uma experiência renovada. "Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez, eu misturei coisas que já gravei com repertório de outros artistas", destaca o cantor. Além de grandes hits do artista, como "Sangue Latino", "Poema", "Homem com H", ele promete embalar o público estão também "Eu quero é botar meu bloco na rua" (Sergio Sampaio), título da turnê, "A Maçã" (Raul Seixas), "Álcool (Bolero Filosófico)" (DJ Dolores), e "O Beco" (Herbert Vianna/Bi Ribeiro). O repertório conta ainda com canções raras, como "Postal do Amor" e "Ponta do Lápis", do compacto lançado em 1975 com Fagner, além de "Como 2 e 2" (Caetano Veloso) e "Feira Moderna" (Beto Guedes, Lô Borges e Fernando Brant), duas músicas que Ney nunca havia cantado ao vivo. O espetáculo promete também um visual de tirar o fôlego, com figurinos criados especialmente por Lino Villaventura, cenários projetados por Luiz Stein e iluminação assinada por Juarez Farinon, tudo com a supervisão de Ney Matogrosso, que sempre se destaca por sua estética arrojada. A banda que o acompanha é a mesma que esteve com o cantor nos últimos cinco anos, composta por músicos de renome, como Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone). Os ingressos para o show estão à venda na bilheteria do Classic Hall e online através do site Acesso Ticket, com preços a partir de R$ 100, variando conforme o setor e tipo de ingresso (inteira, social ou meia). O público pode escolher ingressos individuais para a arena, fronstage, ou opções para grupos, como cadeiras ou mesas para 4 pessoas, ou camarotes para até 10 pessoas. SERVIÇO NEY MATOGROSSO Neste sábado, a partir das 20h Classic Hall - Av. Agamenon Magalhaes, s/n - Olinda Ingressos: a partir de R$ 100, à venda na bilheteria do Classic Hall e no site Acesso Ticket.

Ney Matogrosso faz show neste sábado no Classic Hall, em Olinda Read More »

HOMENAGEADOS DITADURA

Universidade de Pernambuco celebra 59 anos com homenagens e lançamento de livro

Solenidade destaca a resistência durante a Ditadura Civil-Militar e anuncia programação para os 60 anos da instituição Nesta segunda-feira (25), a Universidade de Pernambuco (UPE) comemora seus 59 anos com uma solenidade especial no auditório Clélio Lemos, da Faculdade de Administração e Direito (Fcap), a partir das 9h. O evento incluirá o lançamento do livro “Universidade de Pernambuco: histórias, espacialidades, memórias e outras narrativas”, de Betânia da Mata Ribeiro Gomes, Carlos André Silva de Moura, Mariana Rabêlo Valença, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo. A cerimônia também será marcada por homenagens aos servidores e estudantes da UPE perseguidos durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil, com a entrega dos “Diplomas da resistência”. Entre os homenageados estão: Rosane Alves Rodrigues (In Memoriam), Enildo Galvão Carneiro Pessoa (In Memoriam), Francisco de Sales Gadelha de Oliveira (In Memoriam), Ilmar Pontual Peres (In Memoriam), Javan Seixas de Paiva (In Memoriam), José Almino Arraes de Alencar Pinheiro, José Luiz Oliveira (In Memoriam), José Romualdo Filho, Maria Zélia de Sousa Levy, Paulo Santos Carneiro, Rildege de Acioli Cavalcanti (In Memoriam) e Severino Vitorino de Lima. A programação inclui ainda o descerramento de uma placa em homenagem aos membros da comunidade acadêmica perseguidos pela ditadura, o anúncio da colocação dessa placa na Reitoria da universidade e a entrega das Medalhas de Mérito Universitário. Na ocasião, será apresentada a marca comemorativa dos 60 anos da UPE, que guiará as celebrações no próximo ano. O evento será transmitido ao vivo pelas redes sociais da UPE e é aberto ao público. A universidade convida todos a participarem desse momento histórico, reforçando seu compromisso com a memória, a história e a valorização da resistência democrática. Sobre o livro A obra "Universidade de Pernambuco: histórias, espacialidades, memórias e outras narrativas” é um marco na identidade da instituição e foi produzido por uma comissão interdisciplinar composta por professores de diferentes áreas da UPE: Betânia da Mata Ribeiro Gomes, docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG-UPE), Carlos André Silva de Moura, Mário Ribeiro dos Santos e Sandra Simone Moraes de Araújo, do curso de História da UPE - Campus Mata Norte, além de Mariana Rabêlo Valença, docente do curso de Geografia da UPE - Campus Mata Norte. A comissão trabalhou ao longo de três anos, realizando pesquisas em diversos arquivos do Brasil, conduzindo entrevistas e coletando dados em todas as unidades da UPE, visando compreender e representar a diversidade da instituição. O evento de lançamento acontece no Auditório Clélio Lemos, da Faculdade de Administração e Direito da UPE, em celebração aos 59 anos da universidade.

Universidade de Pernambuco celebra 59 anos com homenagens e lançamento de livro Read More »

joca souza.jpg 1

Trilogia "Minicontos & Gracejos" de Joca Souza Leão chega ao Recife

Publicitário e escritor lança obra que une humor, política e literatura no Parque da Tamarineira O publicitário e cronista Joca Souza Leão lançará sua trilogia "Minicontos & Gracejos" no dia 28 de novembro, às 17h30, no Parque da Tamarineira, zona norte do Recife. Publicada pela editora Cubzac, a obra é composta por três minilivros com estilos e temas variados, unindo humor, criatividade e ousadia em uma experiência literária única. A trilogia apresenta volumes distintos, cada um identificado por uma capa colorida. O primeiro, de capa amarela, aborda temas como humor, política, questões sociais e amor. O segundo, com capa azul, traz textos curtos com até sete palavras. Já o terceiro volume, de capa vermelha, intitulado "Libidinosos e Safadinhos", explora minicontos mais ousados. O projeto gráfico é assinado por Ricardo Melo, com capas de João Souza Leão e coordenação editorial de Deborah Echeverria. Joca Souza Leão, conhecido por sua trajetória premiada na publicidade e por suas crônicas publicadas em jornais e antologias, traz em "Minicontos & Gracejos" uma nova proposta narrativa. Autor de obras como Pano rápido (2011) e Crônicas e 50 histórias miúdas (2016), ele reafirma seu talento para transformar temas cotidianos em textos marcantes e reflexivos. ServiçoLançamento da trilogia "Minicontos & Gracejos"Data: 28 de novembro de 2024Hora: 17h30Local: Parque da Tamarineira, zona norte do Recife.

Trilogia "Minicontos & Gracejos" de Joca Souza Leão chega ao Recife Read More »