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Equipe Fundarpe conselheiros e Jose Carlos Lopes da Silva lideranca do Quilombo Castainho. Credito da foto Daniela Pedrosa

Quilombo Castainho ganha reconhecimento oficial com tombamento do Sítio Histórico de Cruz das Almas

Governo de Pernambuco amplia rede de proteção ao patrimônio cultural com 113 bens tombados em nível estadual O Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) oficializou ontem (18) o tombamento definitivo do Sítio Histórico de Cruz das Almas, localizado no Quilombo Castainho, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. O conjunto, que reúne uma antiga casa de oração do século 18, um cruzeiro e um cemitério quilombola, simboliza resistência, ancestralidade e identidade cultural da comunidade. Com a decisão, Pernambuco passa a ter 113 bens tombados em âmbito estadual, além de outros 64 em processo e 94 reconhecidos em nível federal. O processo de proteção teve início em 2019, após solicitação do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns e da Academia de Letras de Garanhuns. A análise técnica, conduzida pela Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe, incluiu pesquisas documentais e orais, oficinas participativas, consultas públicas e visitas às celebrações locais. O parecer concluiu que o sítio preserva suas características arquitetônicas e rituais, mesmo diante da expansão urbana e de pressões externas sobre o território. A relevância simbólica do tombamento foi destacada por lideranças e autoridades. O líder comunitário José Carlos Lopes da Silva afirmou: “A Cruz das Almas é um pedaço de cada um de nós”. Já a presidente da Fundarpe, Renata Borba, reforçou que a medida fortalece a rede de bens preservados e marca o reconhecimento do papel dos quilombos na formação do Brasil. Para a superintendente de Patrimônio Material, Cristiane Feitosa, o local é “um espaço de memória, fé e resistência, que nos conecta à ancestralidade africana e à luta histórica da comunidade quilombola de Castainho”. Durante o processo, o conselheiro do CEPPC, Elinildo Marinho, também destacou o impacto da decisão: "Foi um prazer fazer um relatório que me representa, embora eu não seja de comunidade quilombola, mas por ser um homem preto. Fiquei muito feliz em rememorar algumas leituras e alguns teóricos que se debruçam sobre o tema. Fazer esse relatório foi muito prazeroso e muito edificante. E é essencial esse trabalho realizado pela Fundarpe de discutir essas ideias sobre a preservação do patrimônio cultural com a comunidade, para entender com a comunidade como ela percebe esse patrimônio e como ela percebe esse lugar. Então é muito importante fazer essa sensibilização constante”.

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Rock na Calçada celebra 10 anos no Recife Antigo com fusão de rock e rap

Festival gratuito reúne nomes da cena autoral e traz DJ Ari Falcão na discotecagem em vinil O Festival Rock na Calçada (RNC) completa 10 anos e retorna nesta sexta-feira (19), a partir das 18h, à Rua da Moeda, no Recife Antigo, reafirmando sua importância como palco da música independente no Nordeste. A edição comemorativa aposta em novidades: a força da cena rap, com shows de Vampira081, Frenezzi MC, Schnneider, MC Fantasma e Dandara MC, e a participação do DJ Ari Falcão, referência da discotecagem em vinil no Recife. “É celebração, resistência e memória viva de uma década do Rock na Calçada. Este ano, além do rock and roll, reforçamos nosso compromisso em fomentar a cena rap nordestina, que também é parte fundamental da cultura urbana”, afirma Du Lopes, coordenador do festival. Além do rap, o evento contará com artistas de diferentes estilos e gerações, como Milton Raulino, Lodo Groove, Telefunkens, Gomes e Ego Eris. O destaque da noite será a potência do rap nordestino, representado por nomes que misturam poesia, protesto e identidade cultural. Vampira081, Schnneider, Frenezzi, MC Fantasma e Dandara MC levam ao palco a diversidade e a força de uma cena que ganha cada vez mais espaço. Nos intervalos, DJ Ari Falcão mantém a Rua da Moeda em movimento com um set especial 100% vinil. A celebração dos 10 anos do Rock na Calçada reafirma seu papel como espaço de resistência cultural, de valorização da música autoral e de ocupação democrática do espaço público. O festival conta com apoio da Prefeitura do Recife e convida o público a vivenciar uma noite de fusão entre tradição e experimentação sonora. 👉 Serviço – Festival Rock na Calçada 2025 – 10 anos📍 Local: Rua da Moeda, Bairro do Recife – PE📅 Data: sexta-feira, 19 de setembro de 2025🕕 Horário: a partir das 18h🎟️ Acesso gratuito🔗 Mais informações: linktr.ee/rocknacalcada | Instagram @rocknacalcada 🗓 Programação18h – Lodo Groove19h – Milton Raulino20h – Telefunkens21h – Vampira081, Frenezzi MC, Schnneider, MC Fantasma e Dandara MC23h – Gomes0h – Ego ErisDJ Ari Falcão nos intervalos a partir das 20h

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Cine UFPE exibe curtas de estudantes das comunidades do Totó e dos Coelhos

Mostra reúne produções audiovisuais realizadas em oficinas da PNAB com jovens de escolas públicas do Recife O Cine UFPE recebe, neste sábado (20), às 10h, a mostra de três curtas-metragens produzidos por estudantes das comunidades do Totó/Sancho e dos Coelhos, no Recife. As obras são resultado de oficinas de letramento audiovisual realizadas com apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via Prefeitura do Recife. As atividades reuniram 18 alunos do ensino médio, em projetos aprovados nos editais Recife Virado na Periferia e Multilinguagens. A entrada é gratuita. As oficinas foram conduzidas por estudantes de Ciências Sociais da UFPE, sob orientação do professor de Antropologia Visual Alex Vailati, e tiveram a cineasta pernambucana Yane Mendes na coordenação prática. “Os estudantes trouxeram olhares singulares, transformando experiências cotidianas em obras que dialogam com memória, identidade e crítica social. Os três curtas expressam como o audiovisual, mesmo em processos curtos e com recursos limitados, pode abrir caminhos de escuta, reflexão e empoderamento social. Cada filme é um registro vivo das vozes e olhares das periferias do Recife, reafirmando que contar nossas próprias histórias é também ato de resistência”, destacou a cineasta. Entre as produções estão Luther e Caranguejo do Totó, criados no Sancho/Totó com apoio da ONG Cores do Amanhã, e União e Conscientização, Empodera, desenvolvido nos Coelhos. Os filmes tratam de temas como identidade, resistência cultural e disputas por serviços públicos, explorando o audiovisual como ferramenta de denúncia e valorização da memória local. A metodologia incluiu desde pesquisas preliminares e exercícios de roteiro até a gravação e edição, sempre com o celular como principal recurso. Segundo Vailati, a experiência contribuiu para ampliar a percepção crítica dos jovens. “As oficinas revelaram que eles podem ir além das redes sociais e olhar de forma crítica para a realidade que vivem, apenas com o celular, usando a criatividade”, afirmou o professor. Os projetos contaram com apoio do Laboratório de Antropologia Visual (LAV/UFPE) e tiveram coordenação de Georgia Patrícia Mendes da Silva e Lívia Oliveira Lopes, além da produção executiva de Marina Regueira Cardoso e Thuanny Nascimento. ServiçoMostra de Curtas – Cine UFPE📍 Local: Centro de Convenções da UFPE📅 Data: sábado, 20/9, às 10h🎟 Entrada gratuita

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Tributo celebra legado do escritor pernambucano Juareiz Correya

Homenagem acontece em Palmares, cidade natal do autor, no dia em que completaria 74 anos O escritor pernambucano Juareiz Correya será homenageado nesta quinta-feira (19), data em que completaria 74 anos, em Palmares, na Zona da Mata Sul. O tributo é organizado pela Panamérica Editora e Produções Culturais, em parceria com a Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho e a Academia Palmarense de Letras. Poeta, contista e editor, Juareiz faleceu em abril deste ano. Foi idealizador da Casa da Cultura de Palmares, instituição que também dirigiu em dois períodos: de 1984 a 1987 e de 1997 a 2004. Entre suas obras publicadas estão Americanto Amar América e Coração Portátil. Ele também foi colunista do jornal Diário do Grande ABC, em Santo André (SP). Ao longo de sua trajetória, Juareiz manteve parcerias importantes, como com o cantor e compositor Paulo Diniz, com quem compôs vários sucessos. Como editor, destacou-se pela organização de obras de outros autores pernambucanos, como Ascenso Ferreira e Hermilo Borba Filho, além de antologias marcantes, a exemplo de Poetas dos Palmares e Poesia Viva do Recife.

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O cego guiou o caminho

*Por Paulo Caldas É como se o fracasso fosse confortável para alguns; sempre encontram razões que o justifiquem, culpando o destino, o karma ou algo semelhante. Contudo, há quem abrace o desafio e transforme a queda em oportunidade. “O cego guiou o caminho” narra a jornada de Seu Augusto, que, aos vinte e oito anos, começou a perder a visão. E, não obstante possuir uma prole considerável, reiniciou a vida. Não venceu a cegueira, mas determinado, dominou a adversidade. Desse modo, com os ensinamentos transmitidos pela pedagogia do cotidiano, guiou os filhos a cultivar virtudes e repassá-las aos descendentes. No texto, o autor, João Carlos Barros, décimo sexto filho de Augusto e Júlia, além de homenageá-los, resgata a epopeia vivida pela família. Embora não siga o viés de autoajuda, pelos exemplos que apresenta, o livro pode auxiliar o leitor a buscar caminhos. Afinal, nos seus longos silêncios, o protagonista ensinou: “vencer é tirar as pedras do caminho: há uma luz que nos espera a cada curva do destino’’. A publicação traz o selo da Editora Nova Presença. Capa de Fabrício Oliveira. Revisão de Fernanda Caldas. Projeto Gráfico de Bel Caldas. Imagens do acervo do autor. Os exemplares podem ser adquiridos nas livrarias Jaqueira. *Paulo Caldas é escritor

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Estreia literária de Rafael Godoy expõe feridas da marginalização em contos viscerais

Em Bichos Cegos Tateiam Feridas, autor recifense narra com lirismo brutal histórias de abandono, desejo e violência urbana O escritor pernambucano Rafael Godoy estreia na literatura com Bichos Cegos Tateiam Feridas (Mondru, 62 págs.), uma coletânea de 20 contos divididos em três partes — “Os bichos”, “A cegueira” e “As feridas”. O livro mergulha em narrativas sobre dor, abandono, desejo e violência, dando voz a personagens que transitam nas margens da cidade e da linguagem. O texto de contracapa é assinado por Marcelino Freire, que define a obra como “porrada”, destacando sua visceralidade e cumplicidade com a literatura que nasce da rua. Brutalidade, sexualidade, afetos e violações atravessam histórias em que a sobrevivência é o único fio de esperança. A oralidade marca o ritmo das narrativas, em que a violência cotidiana se mistura à saudade, ao sarcasmo e à busca por pertencimento. Como afirma o autor, “maltratar, pisar, ignorar, tratar como bicho, só vai fazer com que mais ódio cresça, se espalhe e acabe matando a gente de ignorância”. Com narradores em primeira e terceira pessoa, os contos expõem ambientes de miséria humana com autenticidade, tanto nos diálogos quanto nos trejeitos das personagens. O lirismo da prosa surge da cadência poética, que imprime beleza mesmo em meio à brutalidade. Godoy recusa o embelezamento da miséria e aposta em uma escrita direta, desobediente e sem concessões, capaz de lançar o leitor ao barro, ao sangue e às ruínas do corpo e da cidade. Rafael Cabral Godoy, 29 anos, nasceu no Recife, cresceu entre a capital e Camaragibe e atualmente vive no Recife. É formado em História pela UPE e em Design Gráfico, área em que cofundou o estúdio PUYA!, onde atua como diretor de arte. Dedicado à literatura desde a adolescência, encontrou no conto sua principal forma de expressão. “Bichos Cegos Tateiam Feridas não é só um sonho realizado, é um ensinamento de persistência e um convite ao pertencimento. Agora eu consigo me chamar de escritor”, afirma. O livro pode ser adquirido no site da editora Mondru: mondru.com/produto/bichos-cegos-tateiam-feridas

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Fred Jordao foto Devotos na European Tou circulando pela Franca Belgica Holanda e Alemanha Celo Neilton e Cannibal da esquerda para a direita

Devotos leva rock pernambucano e transformação social para turnê europeia

Banda recifense se apresenta em quatro países com 15 shows de 18 de setembro a 5 de outubro, celebrando 36 anos de carreira e Patrimônio Cultural Imaterial do Recife A banda Devotos, formada na comunidade do Alto José do Pinho, no Recife, embarca em sua 4ª turnê internacional na Europa, com apresentações programadas entre 18 de setembro e 5 de outubro na França, Bélgica, Holanda e Alemanha. A produção é assinada pela Orleone Booking e pelo selo francês Mass Productions, com previsão de 15 shows, começando em Paris no Théâtre Traversière. Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, a Devotos é referência no Punk Rock HardCore nacional e na transformação social promovida pela arte. “O trio da Devotos retorna à Europa com a bagagem pesada de shows e ao mesmo tempo leve por ser uma conquista que estamos celebrando nesses 36 anos de existência. A cada novo capítulo que escrevemos coletivamente, temos sempre o propósito de inspirar e encher de orgulho toda a comunidade do Alto José do Pinho e as periferias vizinhas ao nosso bairro de origem”, destaca o grupo. A turnê percorre cidades estratégicas, com cinco shows na Alemanha, quatro na França, dois na Holanda e duas apresentações na Bélgica. A banda revisita sua trajetória internacional, iniciada há 25 anos, e reforça sua presença cultural e musical, mesclando letras com temáticas sociais e políticas ao rock e metal autoral. Devotos também apresenta uma discografia consolidada, com 11 álbuns lançados, incluindo obras ao vivo e relíquias como “Victoria” e “O Fim Que Nunca Acaba”. A banda já se apresentou em festivais de grande porte, como o Rock in Rio, e é reconhecida por sua contribuição à música pernambucana e à cultura das periferias.

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Festival Internacional das Artes Pão e Tinta colore a comunidade do Bode com o tema “Quebrada de Mar e Mangue”

A 13ª edição do evento multicultural acontece entre os dias 5 e 7 de setembro, no bairro do Pina, e homenageia Chico Science e Josué de Castro A comunidade do Bode, no Pina, Zona Sul do Recife, será palco da 13ª edição do Festival Internacional das Artes Pão e Tinta, que acontece de 5 a 7 de setembro de 2025. Com o tema “Quebrada de Mar e Mangue”, a programação celebra os 50 anos do Hip-Hop e vai reunir graffiti, música, poesia e dança, transformando as ruas em grandes galerias a céu aberto. Ao todo, 30 artistas locais, nacionais e internacionais participarão do encontro. “Quando nós fazemos essa manifestação cultural dentro da comunidade, estamos também fazendo um debate importante sobre o direito ao território, ou seja, a gente está usando a arte como ferramenta de demarcação de território para debater direito ao território e direito à cidade”, afirma Matheus Drama, integrante do Coletivo Pão e Tinta. A programação inclui batalhas de rima, oficinas, rodas de diálogo, apresentações de rap, coco, dança de rua e poesia falada. Um diferencial do festival é o investimento em acessibilidade, com oficinas de graffiti em Libras, painéis táteis para pessoas com deficiência visual, audiodescrição ao vivo e intérpretes de Libras. “A Arte nos dá o poder para pintar um novo futuro, adaptando e fortalecendo o território através das vivências para que assim possamos subverter a margem transformando-a em um espaço mais acolhedor e inclusivo para todes, uma arte que soma ao invés de excluir.”, diz Inay Victoria, também do coletivo. O festival ainda contará com um leilão de obras, cujos recursos serão revertidos em ações culturais na comunidade. Cada artista convidado doará uma obra para compor o acervo da Pinacoteca do Coletivo Pão e Tinta. Nesta edição, as homenagens serão a Chico Science, símbolo do movimento Manguebeat, e a Josué de Castro, médico e intelectual referência mundial no combate à fome. Serviço13ª edição do Festival Internacional de Artes Pão e TintaTema: “Quebrada de Mar e Mangue”Datas: 5, 6 e 7 de setembro de 2025Local: Comunidade do Bode, bairro do Pina, Zona Sul do RecifeEntrada gratuita

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Livro de José Luiz Mota Menezes destaca patrimônio de Olinda

Publicação póstuma revisita a história da cidade tombada pelo Iphan e reconhecida pela Unesco Nesta sexta-feira (5), às 16h, será lançado no Instituto Histórico de Olinda o livro “Olinda nos seus diversos momentos”, de autoria do arquiteto, professor e pesquisador José Luiz Mota Menezes (in memoriam). Reconhecido pelo compromisso com a preservação da memória e do patrimônio cultural de Pernambuco, o autor recebe mais uma homenagem com a publicação, em evento aberto ao público e com acessibilidade garantida por intérprete de Libras. A obra apresenta um olhar detalhado sobre a formação urbana, os aspectos artísticos e os diferentes períodos da história de Olinda, desde o século XVI até sua consolidação como sítio histórico. O livro reforça a importância da cidade, que foi tombada pelo Iphan em 1968 e declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco em 1982. Entre os destaques, estão exemplares da arquitetura religiosa dos séculos XVI e XVII, como o Convento e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, além do Convento de Nossa Senhora das Neves, que integra o conjunto franciscano. A harmonia entre o casario, largos, igrejas, o mar e a vegetação compõe uma paisagem única, que ao longo dos séculos tornou Olinda um espaço singular na história e na cultura brasileira. O projeto foi realizado com incentivo do Funcultura e garantiu a impressão de mil exemplares, sendo 250 distribuídos gratuitamente em escolas, bibliotecas e instituições voltadas a pessoas com deficiência visual. A versão digital conta com audiodescrição das imagens, acessível por QR Code. As fotos são de Josivan Rodrigues, e os exemplares destinados à venda estarão disponíveis por R$ 40. “Mais do que um registro histórico, a publicação reafirma o legado de José Luiz Mota Menezes como pesquisador incansável da cultura pernambucana, que sempre buscou democratizar o acesso ao conhecimento e estimular a valorização da identidade e da memória coletiva do estado”, ressalta a produtora do projeto, Clarisse Fraga. ServiçoLançamento do livro “Olinda nos seus diversos momentos”Local: Instituto Histórico de Olinda – Av. Liberdade, 214, CarmoData: 5 de setembro (sexta-feira)Horário: 16hEntrada gratuitaValor do livro: R$ 40

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Exposição no MuAfro destaca a força da indumentária negra em Pernambuco

“Entre Linhas e Lutas: Indumentárias de Memórias em Movimento” abre nesta quarta-feira (03), no Bairro do Recife O Museu da Abolição e da Memória Afro-brasileira (MuAfro) abre suas portas, nesta quarta-feira (03), para a exposição “Entre Linhas e Lutas: Indumentárias de Memórias em Movimento”, que reúne 43 peças de acervos afetivos e históricos ligados à identidade negra em Pernambuco. A mostra tem curadoria de Oluyiá França e Teresa França e ficará em cartaz até 28 de setembro, com visitação gratuita de quarta a domingo, das 13h às 17h. Entre vestidos, saias, batas, camisas, bolsas e boinas, a exposição apresenta narrativas de resistência, afeto e pertencimento que atravessam gerações. Na abertura, marcada para as 19h, a designer e pesquisadora Oluyiá França lança também o site oluyia.com.br, que traz resultados de sua pesquisa sobre indumentária negra nos museus de Pernambuco. A mostra propõe um diálogo entre heranças familiares e o legado do movimento negro. “É um espaço para compreender como as memórias, as histórias e as tradições visuais se entrelaçam ao meu trabalho, costurando passado, presente e futuro”, explica Oluyiá. Sua mãe e parceira de curadoria, a artista e educadora Teresa França, integra a narrativa, reforçando a ligação entre arte, educação e militância. Entre os destaques do acervo está uma bata de 1981, confeccionada para o desfile da Ala do Movimento Negro (MNU) no Afoxé Ilê de África, organizada pelo mestre Zumbi Bahia. A peça foi costurada por Amélia Gomes do Nascimento, tia e mãe de criação de Teresa, com desenho idealizado por Jorge de Morais Barbosa, pai de Oluyiá. A exposição é estruturada em núcleos temáticos que apresentam vídeos da pesquisa sobre indumentária negra, o percurso criativo de Oluyiá e peças que revelam como a estética negra é também política, associando-se a atos de resistência e afirmação identitária. O público será convidado a interagir deixando memórias e reflexões em um mural coletivo. Serviço Exposição: Entre Linhas e Lutas: Indumentárias de Memórias em Movimento Abertura: 03 de setembro, às 19h Período de visitação: até 28 de setembro Horário: de quarta a domingo, das 13h às 17h Local: MuAfro – Rua Mariz e Barros, 328, Bairro do Recife Entrada gratuita

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