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Revoredo Gabi da Pele Preta Foto Jose de Holanda

Nordeste e Norte em destaque: Itaú Cultural recebe shows gratuitos com ritmos tradicionais e experimentais

Frevo, maracatu, embolada e marabaixo estão entre os estilos presentes na programação de 14 a 18 de maio, com artistas contemplados pelo edital Rumos e um “esquenta” para a Virada Cultural Nesta semana, a Sala Itaú Cultural, em São Paulo, será palco de uma intensa programação musical com sotaques e sons das regiões Nordeste e Norte do Brasil. Entre os dias 14 e 18 de maio, o espaço recebe cinco shows gratuitos que trazem a potência de gêneros como frevo, maracatu, marabaixo, coco de embolada e funk, em apresentações de artistas como Isaar, Totonho e os Cabra, DJ Dolores, Paulinho Bastos e a dupla pernambucana Revoredo & Gabi da Pele Preta. A maior parte dos projetos foi contemplada pelo edital Rumos Itaú Cultural 2023-2024, um dos principais programas privados de fomento à cultura no país. Abrindo a agenda, hoje (14), Revoredo & Gabi da Pele Preta apresentam Encruzilhada Agreste, espetáculo que celebra os encontros da música agrestina e as encruzilhadas da vida. No dia seguinte, Isaar sobe ao palco com Tamboa, um show solo construído a partir de uma pesquisa com artistas negras sobre o tambor e suas conexões afetivas e ancestrais. “Quem nunca passou por uma encruzilhada não aprende a escolher os caminhos”, diz uma das referências da dupla, o filósofo quilombola Nêgo Bispo. A sexta-feira será marcada pela pré-estreia do álbum Ai Dentu: Funk de Embolada e Hip Hop do Mato, de Totonho e Os Cabra, que une rima improvisada, funk e hip hop. No sábado, o produtor DJ Dolores apresenta O Enigma do Frevo, projeto que amplia os horizontes do gênero tradicional pernambucano com sintetizadores e metais, além da presença cênica de Ylana Q e Inaê Silva. Encerrando a programação, o amapaense Paulinho Bastos mostra o EP Recado, com ritmos amazônicos como o marabaixo. Serviço:Programação de shows gratuitos no Itaú Cultural📍 Local: Sala Itaú Cultural (Av. Paulista, 149, térreo)📅 De 14 a 18 de maio (quarta a domingo)🕗 Início às 20h (domingo às 19h)🎟️ Ingressos gratuitos, reservados a partir do meio-dia do dia 13 de maio, pelo site www.itaucultural.org.br. Ingressos remanescentes serão distribuídos uma hora antes, por ordem de chegada.📌 Classificação: Livre | Capacidade: 224 lugares

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Medeia Da Lama ao Caos. Foto Toni Rodrigues

Clássico grego ganha sotaque recifense na peça “Medeia - Da Lama ao Caos”

Espetáculo gratuito será apresentado dia 13 de maio, no Teatro Milton Baccarelli, dentro do projeto Terça em Cena da UFPE. Foto: Toni Rodrigues A tragédia de Eurípedes encontra o mangue recifense na montagem “Medeia – Da Lama ao Caos”, criação da Cênicas Cia. de Repertório que será apresentada gratuitamente nesta terça-feira, 13 de maio, às 19h, no Teatro Milton Baccarelli, no CAC da UFPE. A sessão integra o projeto Terça em Cena e os ingressos serão distribuídos uma hora antes, no local. A peça propõe um olhar crítico sobre o patriarcado, a especulação imobiliária e a resistência feminina a partir de uma livre adaptação do texto clássico para a realidade urbana do Recife. Ambientada entre o concreto das obras e o barro dos manguezais, a montagem coloca Medeia como uma mulher traída não apenas pelo marido Jasão, mas pelo sistema que tenta apagar seu território. Quando ele decide vender a casa da família para uma construtora, a protagonista vê ruir sua vida e reencontra no mangue — símbolo de sustento e ancestralidade — a força para reagir. A peça combina teatro físico, dramaturgia contemporânea e a estética do manguebeat para construir um espetáculo visceral, com forte carga simbólica e política. “É um grito de resistência da mulher, do mangue e da cidade, entrelaçando amor, dor, vingança e crítica social, expondo as feridas abertas de uma cidade em constante colisão entre progresso e ruína”, define o grupo. Estreado em 2023, o espetáculo já passou por festivais como o FETED e o MOSTEV, sendo aclamado pela originalidade com que conecta a fisicalidade dos atores à simbologia dos caranguejos — base da criação do chamado “corpo-caranguejo”, técnica desenvolvida pelo elenco para expressar a dureza e a vulnerabilidade de seus personagens. Com cenografia minimalista, onde apenas poucos objetos ganham destaque ao longo da encenação, como uma saia vermelha, uma panela de barro e um pano vermelho, o foco está no corpo dos intérpretes e na iluminação — que varia entre tons âmbar, vermelho, verde e ocre, representando o mangue como um personagem pulsante. A trilha sonora é embalada pelo manguebeat, aprofundando a conexão entre linguagem artística e identidade local. Além da apresentação, o coletivo oferecerá no dia 20 de maio, das 19h às 21h, a oficina “Pantomima: Do Corpo à Vida”, voltada para estudantes e interessados em teatro físico. A atividade é gratuita, com 20 vagas e inscrições abertas pelo perfil do Terça em Cena no Instagram (@tercaemcenaufpe). Os participantes terão contato com o processo criativo do grupo, exercitando técnicas que associam elementos do comportamento animal à construção de personagens. O Terça em Cena é uma iniciativa da UFPE, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROExC) e do Centro de Artes e Comunicação (CAC), em parceria com o FETEAG. Criado em 2019, o projeto visa promover a formação artística e pedagógica dos estudantes de Teatro/Licenciatura, ao mesmo tempo em que oferece programação cultural gratuita ao público. ServiçoEspetáculo “Medeia – Da Lama ao Caos”📍 Teatro Milton Baccarelli – CAC/UFPE📅 13 de maio (terça-feira), às 19h🎟 Entrada gratuita – distribuição de ingressos 1h antes no local🔎 Instagram: @tercaemcenaufpe Oficina “Pantomima: Do Corpo à Vida”📅 20 de maio (segunda-feira), das 19h às 21h🎟 20 vagas – inscrições gratuitas via Instagram do projeto

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Longa Repentino de Drica Ayub Frames Dir. Natalia Correa Fotografia Rodrigo Garcia

Videodança “Longa Repentino” resgata ancestralidade árabe na música nordestina

Obra de Drica Ayub estreia no Recife com exibição gratuita, bate-papo e programação estendida até junho A performer e artista da dança Drica Ayub lança a videodança “Longa Repentino”, obra inspirada na música homônima da banda Forró Mourisco, em evento gratuito no dia 14 de maio, às 20h, no Bar Super 8, no Centro do Recife. O trabalho, que mistura dança, música e ilustração em uma linguagem poética e ancestral, é resultado de uma parceria com os músicos e pesquisadores Rodrigo Gondão e Rannier Venâncio. A estreia contará com bate-papo com os artistas e intérprete de libras, ampliando o acesso e o debate sobre a influência árabe na cultura nordestina. Gravada no Vale da Lua, no Cabo de Santo Agostinho, a videodança apresenta a figura da mulher peregrina, interpretada por Drica Ayub, em uma jornada por paisagens que evocam migrações históricas e trocas culturais. “A videodança faz referência às migrações desérticas e aos deslocamentos étnicos, desenhando uma narrativa histórica que é dançada sobre a fusão das sonoridades nordestinas e árabes experimentadas pela banda Forró Mourisco”, explica a artista. A obra une o som ancestral do Oud e da rabeca ao corpo em movimento, trazendo referências do frevo, maracatu, cavalo marinho e capoeira. A produção, dirigida por Natalia Correa e animada pelo ilustrador Toni Braga, costura camadas visuais e sonoras em uma narrativa que transita entre o documental e o ficcional. “A videodança é uma narrativa corporificada das histórias que desejamos contar, em um cenário real e sobreposto a um cenário imaginário”, afirma Ayub. O projeto busca ampliar o diálogo entre linguagens e propor novas escutas para a música instrumental nordestina, com destaque para a experimentação proposta pela banda Forró Mourisco. A obra seguirá em exibição em outros espaços culturais da Região Metropolitana do Recife, incluindo a Casa Lontra, Alma Arte Café e a Associação Beneficente de Cegos do Recife (Assobecer), onde será exibida com audiodescrição. A videodança estará disponível no YouTube da banda e da artista a partir de 10 de junho. O single “Longa Repentino” já pode ser ouvido nas principais plataformas de streaming. Serviço – Lançamento da videodança “Longa Repentino”📍 Bar Super 8 – Rua Mamede Simões, Centro, Recife📅 14 de maio (quarta-feira)🕗 20h | Entrada gratuita🎤 Bate-papo com intérprete de libras Outras exibições📍 17/05 – Casa Lontra, 20h (com show da banda Forró Mourisco)📍 25/05 – Alma Arte Café, Olinda, 17h (com show da banda)📍 06/06 – Assobecer, 11h (com audiodescrição e pocket show)

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Carla Montanha estreia na literatura com o livro “De Peito Aberto” e recital no Sesc Arcoverde

Obra mergulha nas raízes da poesia popular nordestina e marca uma nova fase na trajetória da jovem escritora e cordelista de Garanhuns A escritora, cordelista e produtora cultural Carla Montanha lança seu primeiro livro, De Peito Aberto, hoje 12 de maio, às 19h, na biblioteca do SESC Arcoverde, com entrada gratuita. O evento integra a programação da Mostra Aldeia - SESC Arcoverde e contará com recital, performance artística e bate-papo mediado por Alba Chalegre. A obra, viabilizada por meio de incentivos da PNAB PE e impressa com apoio da LPG Garanhuns, apresenta uma escrita visceral, que evoca temas como identidade, regionalismo, empoderamento e resistência feminina. Com prefácio de Elenilda Amaral e textos introdutórios assinados por poetisas como Izabel Nascimento, Verônica Sobral e Francisca Araújo, o livro é um mergulho na poesia popular nordestina, com estrutura dividida por estilos: sextilhas, septilhas, décimas heptassílabas, décimas decassílabas e sonetos. Cada capítulo é apresentado por uma poeta que acompanhou a trajetória de Carla e funciona como guia criativo dos formatos. “O prefácio e cada capítulo é aberto por uma mulher do Pajeú… abriram os capítulos, como também abriram portas da minha poesia”, relata a autora. Aos 27 anos, Carla Montanha já possui mais de dez cordéis publicados, foi selecionada para a Antologia Internacional Mulheres Poetas, e, em 2024, tornou-se a única mulher vencedora do prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura, na categoria Agreste. “Não há como romantizar a vida de uma mulher que vive de arte. Diversas vezes precisei arrombar portas, já que não me abriam… Hoje, ‘de peito aberto’, continuo escrevendo e recitando os versos que me afunilam”, afirma, ao destacar a persistência necessária para se afirmar na cena literária. A inspiração para o livro surgiu ainda na infância, ouvindo os versos do avô. “Minha poesia vem muito do movimento”, diz Carla. Durante a pandemia, a dedicação à escrita intensificou-se: “me salvei de escrever naquele momento atípico”. O projeto gráfico da obra é assinado por Thiago Corrêa Ramos (Editora VacaTussa), e a orelha foi escrita por Zé Adalberto, referência para Carla, que também tem um soneto dedicado a ele na publicação. ServiçoLançamento do livro “De Peito Aberto” – Carla Montanha📍 Biblioteca do SESC Arcoverde (Rua Cap. Arlíndo Pachêco de Albuquerque, 364, Centro)📅 Segunda-feira, 12 de maio⏰ 19h🎟 Entrada gratuita📲 Acompanhe a autora: instagram.com/carla.montanha Próximas datas:📍 Recife – 16 de maio, 18h, na Livraria do Jardim📍 Pajeú – 6 de junho (Afogados da Ingazeira, São José do Egito e Triunfo)

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Maéve lança “Volúpia” e dá voz à força das mulheres negras no frevo e na música popular

Álbum une soul, brega, frevo e funk em um manifesto sonoro construído no Agreste pernambucano A cantora, compositora e flautista Maéve apresenta em maio o álbum Volúpia, uma obra musical que mistura ritmos como soul, frevo, brega e brazilian funk, com letras que celebram o protagonismo das mulheres negras na música brasileira. O projeto integra a iniciativa “Volúpia: Vozes Negras do Agreste”, financiado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB Pernambuco), com apoio da Secretaria de Cultura de Pernambuco e do Ministério da Cultura. O lançamento oficial acontece no dia 13 de maio, seguido do show de estreia em Belo Jardim, no dia 14, cidade onde a artista consolidou sua carreira. Com 13 anos de trajetória e uma identidade musical forjada entre o litoral e o Agreste, Maéve se destaca como uma das vozes mais expressivas da nova cena musical pernambucana. Nascida em Jaboatão dos Guararapes, ela passou boa parte da vida no interior, conectando ritmos periféricos a narrativas de resistência e pertencimento. “Sempre ouvimos sobre a música do Recife e do Sertão, mas o Agreste também tem um som, tem um pulso”, afirma. “É uma região de encruzilhada, de passagem e encontro, e a música que faço nasce desse lugar, das experiências de ser negra no Agreste.” Um dos destaques do disco é a música “Sai da Minha Frente”, lançada em 2024 de forma independente e indicada ao Prêmio da Música de Pernambuco 2025 na categoria Videoclipe – Carnaval. O frevo potente da faixa carrega uma mensagem clara de afirmação e presença. “Foi uma forma de resgatar o protagonismo feminino no ritmo e reafirmar que mulheres negras não pedem licença para existir, elas avançam, ocupam e transformam”, diz Maéve. “Sai da Minha Frente” também revela o compromisso da artista com a memória e a ancestralidade da música negra. Além da faixa já conhecida, o álbum traz outras quatro canções inéditas: “Tocando no Raidin”, “Miudinho”, “Montanha Russa” e “Volúpia”. Cada uma delas reafirma a proposta estética e política da obra, que une tradição e contemporaneidade, buscando ecoar as vozes silenciadas das mulheres negras do Agreste. Para Maéve, o disco vai além do entretenimento. “Mais do que um álbum, Volúpia é um manifesto sonoro que reafirma a força da música negra Agrestina.” Serviço:Lançamento do álbum Volúpia – Maéve📀 Disponível a partir de 13 de maio nas plataformas digitais🎤 Show de estreia: 14 de maio, em Belo Jardim (PE)📲 Acompanhe no Instagram: @negratinta_

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Projeto une fotografia e poesia para recontar memórias no Sertão do Pajeú

“Sertão de Lembranças”, de José Afonso Jr., propõe nova leitura da memória afetiva a partir de imagens e versos produzidos entre 2021 e 2024 Após o lançamento de Suíte Master e Quarto de Empregada, que analisava as tensões entre classes sociais nas grandes cidades, o jornalista, fotógrafo e professor da UFPE, José Afonso Jr., mergulha agora nas paisagens e afetos do Sertão do Pajeú. Em sua nova pesquisa artística, Sertão de Lembranças, ele percorreu a região entre 2021 e 2024, registrando memórias familiares por meio de retratos e poesias. O trabalho será apresentado em uma live no dia 13 de maio, às 19h, no canal do projeto no YouTube. A pesquisa parte de fotografias domésticas encontradas nas casas do interior sertanejo para refletir sobre a construção das lembranças e o papel da imagem na organização da memória coletiva e individual. Com apoio do Funcultura (edital 2022), o projeto resultou em um acervo visual que dialoga com os versos da poetisa Mariana Véras, resgatando o universo simbólico do Pajeú. “O trabalho remonta ao fim do século XX, em 1996. Depois de muito tempo sem ir ao Sertão, fui ao Pajeú”, relembra José Afonso Jr., destacando a origem afetiva da pesquisa. Além do viés poético, o projeto também oferece uma abordagem crítica sobre a representação e a autoria feminina. Segundo José Afonso, a escolha por trabalhar com poetisas surgiu da observação de que as mulheres eram, em grande parte, as guardiãs das imagens domésticas. “Era mais lógico, portanto, que a interpretação poética dessas fotografias também fosse feita por mulheres, por poetisas, no sentido de manter uma certa aproximação ou pertencimento no ato feminino de cuidar das imagens”, pontua. A proposta ainda inverte o tradicional jogo de motes da poesia sertaneja: ora a imagem sugere o poema, ora é o verso que inspira a foto. “Às vezes lia um poema e buscava interpretá-lo em fotografias, encontrando equivalências na paisagem, nos vestígios, na relação das pessoas com o tempo, o território”, explica o autor. Como desdobramento do projeto, está previsto para o segundo semestre de 2025 o lançamento do fotolivro Sertão de Lembranças, que reunirá esse diálogo visual-literário. Serviço📚 Live de lançamento do projeto Sertão de Lembranças📅 13 de maio de 2025⏰ 19h📍 YouTube: youtube.com/@sertaodelembrancas🌐 Acesse o projeto: sertaodelembrancas.com▶️ Vídeo do processo criativo: Clique aqui

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Palhaça Solarina leva arte e riso a assentamentos rurais de Pernambuco

Espetáculo “Enquanto isso no Carnaval…” realiza quatro apresentações gratuitas em comunidades do MST, promovendo cultura, brincadeira e reflexão social no campo A palhaça Solarina faz apresentações gratuitas, a partir do próximo sábado, dia 10, às 16h, em assentamentos rurais de Pernambuco. Idealizado pela atriz Marina Fenicio, o projeto “Solarina no Campo – Uma Palhaça em Assentamentos Rurais” leva o espetáculo de palhaçaria “Enquanto isso no Carnaval…” para quatro comunidades do Movimento Sem Terra (MST) na Região Metropolitana do Recife (RMR), e também na Zona da Mata e Agreste do estado. As apresentações são gratuitas e abertas à população local, abrangendo públicos de todas as idades. Com duração de 30 minutos, o espetáculo propõe um encontro entre o riso e as tradições populares pernambucanas, passando pelo frevo, maracatu rural e cavalo marinho em uma narrativa lúdica e acessível. Através da figura brincante de Solarina, o projeto difunde a arte circense em áreas com pouco acesso à cultura, promovendo o direito ao lazer, à arte e à brincadeira para crianças, jovens e adultos do campo. “O lugar da mulher também é brincando o Carnaval, se divertindo, fazendo arte. Criei Solarina a partir de uma necessidade de rir mais da vida e de fazer outras pessoas rirem comigo. Levar isso até os assentamentos, onde o acesso à cultura muitas vezes é negado, é uma forma de resistência e de cuidado com a nossa gente”, afirma Marina Fenicio, idealizadora e intérprete da palhaça Solarina. “Quero que essas crianças sintam que a arte pode chegar até elas, que elas são vistas e que merecem esse encontro com a cultura.” Além de levar arte e diversão, o projeto busca provocar reflexões sobre opressão de gênero através do humor, fortalecendo movimentos sociais que apoiam cultura e inclusão nas zonas rurais. Sobre Marina Fenicio - Marina Fenicio é atriz, performer e palhaça, com trajetória iniciada em 2015. Formada pelo curso de Interpretação para o Teatro do SESC/Santo Amaro (Recife/PE), Marina desenvolve seu trabalho artístico a partir da pesquisa do feminino e suas opressões, da bufonaria e da palhaçaria popular brasileira. Já atuou no teatro e em performances de rua, vídeo-performances e oficinas do teatro do oprimido, trazendo em sua arte o riso, o autoconhecimento e a militância por novos imaginários sociais. Terapeuta Ocupacional e Sanitarista, Marina agrega sua formação em saúde ao fazer artístico, apostando na arte como ferramenta de transformação, diálogo e resistência. Com registro profissional (DRT), participou de importantes projetos como "Mulher Carne" e "Ubu Rei", além de espetáculos on-line durante a pandemia e oficinas voltadas para performances e artes circenses, sempre em conexão com temas como saúde, brincadeira popular, cultura afro-indígena e antirracismo. Mais informações da pesquisa completa sobre palhaçaria feminina e a cultura popular: www.conexaobrincante.com.brE para mais informações das apresentações: @conexaobrincante Apresentações gratuitas:● 10/05, às 16h – Assentamento MST Jaboatãozinho (Moreno/PE)● 24/05, às 16h – Assentamento MST Canoa Rachada (Água Preta/PE)● 31/05, às 16h – Assentamento MST Boa Vista (Limoeiro/PE)● 07/06, às 16h – Assentamento MST Pedro Inácio (Nazaré da Mata/PE) Ficha Técnica● Idealizadora e Atriz Palhaça: Marina Fenicio● Atriz Palhaça Coadjuvante: Brunna Martins● Técnico de Som: Arnaldo Abulidu● Produção Local: Rose Freitas● Filmmaker e Editora Audiovisual: Morgana Narjara● Designer: Leocadio Neto / Gizelle Tereza● Tradução em Libras: Patrícia Albuquerque● Assessora de Imprensa: Manu Siqueira● Coordenadora de Produção: Bruna Leite● Produtora Executiva: Ana Sofia ASSESSORIA DE IMPRENSAMANU SIQUEIRAmmsiqueira77@yahoo.com.br+55 81 9.9814-6920

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Cinema nacional ocupa o Sertão do Pajeú com exibições, oficinas e debates

Mostra Pajeú de Cinema chega à 9ª edição com programação gratuita em oito cidades pernambucanas e foco em diversidade e formação de público O Sertão do Pajeú está mais uma vez no centro das atenções culturais com a 9ª edição da Mostra Pajeú de Cinema (MPC), que segue até 23 de maio em oito cidades da região: Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira. A iniciativa, que já se consolidou como uma das principais ações de difusão do audiovisual no interior pernambucano, traz uma programação inteiramente gratuita com 22 filmes — entre curtas e longas-metragens —, além de oficinas e encontros com profissionais do setor. Com foco na pluralidade e no debate, a mostra exibe as produções em praças públicas e no Cine São José, tradicional cinema de rua em Afogados da Ingazeira. Os filmes estão organizados em nove programas temáticos e contemplam uma ampla diversidade racial, étnica e de gênero, reunindo obras de realizadores negros, pardos, indígenas, brancos, mulheres, homens, travestis e pessoas não-binárias. “Chegamos a 9º edição da Mostra Pajeú adicionando mais duas cidades a nossa programação. Estamos muito orgulhosos com os passos demos até aqui. O recorte dos filmes traz discussões importantes de forma potente e muito atual, é muito bacana saber que estamos levando o cinema nacional a tantos lugares do Pajeú. Com certeza, será um reencontro com o público repleto de alegria”, destaca Bruna Tavares, diretora de produção da Pajeú Filmes e uma das curadoras. Entre as novidades deste ano, está a chegada da MPC às cidades de Calumbi e Flores, onde também serão realizadas oficinas de realização audiovisual com foco em animação, ministradas por Paulo Leandro. Os trabalhos desenvolvidos pelos participantes serão exibidos nas próprias cidades. Outro destaque é a oficina “Da Poesia ao Vídeo - Ocupação Pajeú”, coordenada por Eva Jofilsan com estudantes de Carnaíba. A formação é um dos pilares do evento, que ainda promove oito encontros com profissionais do audiovisual sobre temas como cinema e meio ambiente, cineclubismo, produção e literatura. As exibições no Cine São José acontecem de 19 a 23 de maio, com sessões diurnas voltadas ao público infantojuvenil, sessões noturnas com curta e longa-metragem e exibições com acessibilidade para pessoas com deficiência. A mostra aposta em uma programação mais enxuta, que privilegia a interação com o público e estimula reflexões sobre o cinema contemporâneo e suas múltiplas linguagens. Realizada pela Pajeú Filmes com apoio de secretarias municipais e incentivo da Lei Paulo Gustavo, a MPC reforça o papel do audiovisual como ferramenta de inclusão, formação e cidadania cultural no interior. A programação completa está disponível no site www.mostrapajeudecinema.com.br. Serviço9ª Mostra Pajeú de Cinema📅 De 28 de abril a 23 de maio📍 Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Tabira, Solidão e Afogados da Ingazeira🎟️ Todas as atividades são gratuitas🔗 www.mostrapajeudecinema.com.br📱 @mostrapajeudecinema | @pajeufilmes✉️ pajeufilmes@gmail.com

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Sindnei Tendler

"A exposição Deolinda vi o Recife acontece em junho na Bélgica"

Sidnei Tendler: Artista plástico carioca, que morou no Recife nos anos 1990, quando abriu o restaurante Mafuá do Malungo, organiza uma mostra em Bruxelas inspirada na capital pernambucana e em Olinda. Ele fala da sua trajetória internacional – iniciada a partir de uma oportunidade quando estava em Pernambuco – do seu processo criativo e do mercado de artes no Brasil. Em 1990, o artista plástico carioca Sidnei Tendler e sua mulher Carla, que é de Pernambuco, decidem mudar-se para o Recife para que as filhas cresçam sob o convívio caloroso da grande família pernambucana materna. Um dia, passeando pelo bairro das Graças, onde morava o sogro, Tendler deparou-se com um belo sobrado antigo, que ostentava a placa: nesta casa nasceu o poeta Manuel Bandeira. “Aí, eu falei: Vamos alugar! não sabia nem o que faria com a casa”, relembra o artista. Não demorou muito para que o casal com o cunhado e sua mulher abrissem o restaurante Mafuá do Malungo que, durante 10 anos, foi um point balado da cidade, frequentado por intelectuais, artistas e políticos.   A decoração da casa contava com um grande painel criado por Tendler, denominado A Cinza das Horas, nome de um conhecido poema de Bandeira. Numa ocasião, um cliente belga viu o quadro, achou-o interessante e convidou Sidnei para uma exposição na Bélgica. O ano era 1993 e, desde então, o artista realiza uma profícua carreira internacional até o ponto de se mudar com a família para Bruxelas.  Depois de todos esses anos, Sidnei Tendler volta-se para um projeto cujo tema é a terra onde surgiu a oportunidade de atuar no exterior. Com o bem-humorado título Deolinda vi o Recife, ele prepara uma exposição que será inaugurada em junho na Bélgica. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala do seu fascínio pelas cidades – talvez por influência de sua formação em arquitetura – da sua preocupação ambiental, que também impacta na sua criação, e sobre o mercado brasileiro de artes. Muitos dos seus trabalhos, como artista plástico, têm como tema as cidades. Qual o motivo desse seu fascínio por elas? Sou arquiteto de formação e sempre gostei de urbanismo, meu trabalho de conclusão de curso, inclusive, foi sobre o bairro do Catete, no Rio de Janeiro, e ganhou uma menção honrosa na União Internacional dos Arquitetos na Polônia. Sempre me interessei por filosofia, pela temática do homem e das suas facetas.  Depois que terminei arquitetura, pensei em fazer antropologia urbana, mas decidi fazer um curso de pós-graduação em design, que liga todos os meus interesses.  Minha produção artística começa com a fotografia e a fotografia que eu fazia, na época, remetia aos lugares por onde passei, era essa coisa do flâneur, que viaja, das paisagens, da arquitetura.  Como é essa relação entre a fotografia e as artes plásticas no seu trabalho? A fotografia foi o despertar do meu lado artístico com a poesia porque eu também escrevia e era assim que liberava o artista em mim, mas nunca havia relacionado a fotografia com a literatura. Fiz arquitetura, continuei fotografando, mas sem maiores pretensões, e levei esse lado da fotografia despretensiosa para a pintura.  Quando comecei a fazer os projetos das cidades e outros, passei a usar a fotografia como elemento do meu processo criativo. Eu começo fotografando, passeando pelas cidades, depois faço aquarelas e, em seguida, parto para a tela, que é um percurso que chamo de “o que eu vejo para o que eu sinto”. Assim, ia evoluindo no meu trabalho, sempre buscando referências para dar conteúdo escrito aos meus projetos.  Antes eu mostrava apenas o final dos trabalhos, que eram as telas, mas acho que é interessante as pessoas conhecerem o processo. Então, comecei a mostrar fotografias, nas exposições, além das aquarelas. Há uns três anos, uma curadora de fotógrafos olhou meu trabalho e disse que eu deveria mostrar mais fotos para expor o processo e sugeriu que eu fizesse uma exposição só com as fotografias, já que representavam meu trabalho como artista. Então, comecei a levar mais a sério essa ideia de mostrar também as fotos. Em que consiste esse projeto das cidades?  A ideia surgiu de outro projeto, um livro chamado 365, Um Diário Visual, em que, durante um ano, ao final de cada dia, eu fazia uma aquarela. Eu já morava na Bélgica, e quando fazia viagens, fotografava e, nesse livro, mostrei as 365 aquarelas e algumas fotos. Assim, comecei a perceber a existência da fotografia nas minhas telas, nas minhas viagens, nos meus passeios e resolvi tentar ver o que muda na minha pintura, quando muda a geografia.  Então, escolhi seis cidades de seis continentes para passar 10 dias em cada uma delas fotografando e pintando no próprio local. As cidades escolhidas foram: Rio de Janeiro (América do Sul), Los Angeles (América do Norte), Bruxelas (Europa), Sidney (Oceania), Cidade do Cabo (África) e Tóquio (Ásia). Assim, escolhi essas cidades e vi que era interessante, que a geografia realmente muda meu trabalho, muda as cores, muda tudo.  Foi um projeto muito legal, resultou num livro e, então, parti para a segunda ideia de fazer seis religiões, que foi bacana também, pois a religião não é marcada geograficamente, há países com várias religiões, como o Brasil, por exemplo. Então, no segundo projeto, viajei a alguns lugares, estudei, fui, por exemplo, a um congresso com o Dalai Lama na Suíça, para ver o budismo, passeei pela Índia, fui a dois centros iorubá, um em Salvador e outro no Rio de Janeiro, passei por igrejas europeias, fui a Palestina, Jerusalém, rodei o mundo e fiz o 6 Religiões, que também se tornou um livro.  E aí foi legal porque eu fiz essas seis religiões, depois eu fiz as seis cidades e em seguida fiz seis monumentos. E passei a chamar o conjunto desses trabalhos de trilogia.  E foi interessante porque, embora em todos os trabalhos, a pintura final seja abstrata, eles partiram de algo concreto como um monumento ou uma cidade.  Sua estadia no Recife é um episódio interessante na sua trajetória.

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Ao leitor reflexivo

*Paulo Caldas Na apresentação do livro "Sonho impossível o Recife e Cervantes um encontro de história, cultura e arte”, de Francisco Dacal, o professor espanhol José Alberto Miranda Poza afirmou: Convido o leitor reflexivo a não perder nenhuma das páginas... e boa leitura. E Poza tinha razão. Dacal, mais um cavaleiro andante percorre o Recife traçando um roteiro, aparentemente comum no plano físico, mas rico em simbolismo espiritual. Assim, descreve com elogiável sensibilidade cenários que lhe são caros – e capazes de emocionar até o recifense mais cético -, bares, cafés, padarias, restaurantes, livrarias, clubes, esquinas, praças, academias e quiosques. Os rumos do Capibaribe, o som dos parques... citações para reflexão e sentimentos dirigidos ao leitor. Faz, com notável habilidade, referências a autores e críticos recifenses, tal Gilberto Freyre ou o adotivo Ariano Suassuna, que reconheciam o cervantismo como fonte de estímulo às ideias presentes em suas obras. Distingue ainda figuras mais recentes, caso do inesquecível livreiro Tarcísio 7. O autor ressalta ainda a nitidez de outro traço do cervantismo: a vocação do Recife para o pioneirismo, lutas libertárias, difusão e disposição para resguardar o seu patrimônio cultural e histórico. Os textos constantes nesse livro não são inéditos de todo, uma vez que atravessaram as prestigiadas colunas do Diario e da Folha de Pernambuco. Por outro lado, deixam antever que no cotidiano das ruas estão os apelos de sedução ao leitor, quando definem, por exemplo, o caráter “cervantino” da cidade do Recife. A publicação tem a produção editorial da Appris Editora, diagramação de Maria Vitória Ribeiro, projeto de capa de Sheila Alves. Os exemplares podem ser adquiridos (impresso e ebook), nas principais plataformas: Amazon, Magalu, Americanas, na própria Editora Appris. Nas livrarias Martins Fontes, Vila, Travessa... E suas plataformas. *Paulo Caldas é escritor

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