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NaFoz Andante estreia no Shopping Recife com feira de arte e design autoral

Evento reúne 52 expositores, oficinas e programação infantil gratuita entre 2 e 5 de outubro Um dos eventos culturais mais celebrados da cidade, a Feira NaFoz, chega pela primeira vez à Zona Sul em uma edição “andante” e especial. O Shopping Recife recebe, entre os dias 2 e 5 de outubro, a 12ª edição da feira, que já se consolidou como referência em arte, design e cultura na Zona Norte. A parceria marca a união entre dois ícones da capital: a feira que valoriza o trabalho autoral e um dos maiores centros de convivência e compras da cidade, que reforça seu compromisso em promover experiências culturais gratuitas. A edição contará com 52 expositores que apresentam produções autorais em áreas como artes visuais, literatura, arte popular, antiguidades, plantas, bem-estar, design e gastronomia. O convidado especial é o artista visual Alisson Nogueira, de Petrolina, que leva ao evento suas obras sobre memória, esquecimento e narrativas confessionais. Além da exposição, o público terá acesso a atividades formativas e oficinas culturais. A programação infantil, marcada para os dias 4 e 5 de outubro, inclui contação de histórias com Yalle Feitosa, de Garanhuns, às 15h, e oficina de cerâmica com Mestre Nena, do Cabo de Santo Agostinho, às 16h. Idealizada por Germana Valadares, Isabela Cunha e Marly Queiroz, a NaFoz já passou por espaços icônicos como a Casa de Gilberto Freyre e um casarão histórico no Poço da Panela. Agora, expande seu alcance cultural ao “desaguar” na Zona Sul. Segundo as curadoras, “A NaFoz nasceu para valorizar o trabalho autoral, feito à mão, com identidade própria. Cada expositor conta uma história, cada trabalho tem a sua narrativa. Chegar ao Shopping Recife abre caminho para que mais pessoas conheçam a riqueza criativa que reunimos a cada edição”. Para Juliana Vilaça, gerente de marketing do centro de compras, “Estamos muito felizes em receber a NaFoz Andante pela primeira vez no Shopping Recife, com exclusividade. A feira é um exemplo de criatividade e diversidade cultural, e acreditamos que este encontro entre arte autoral e nosso público vai gerar experiências únicas para quem nos visita”. Serviço📍 NaFoz Andante – 12ª ediçãoLocal: Terraço de Eventos – Shopping Recife (Cobertura B4 – Rua Padre Carapuceiro, 777, Boa Viagem)Data: 2 a 5 de outubro de 2025Horários: Quinta e sexta, das 14h às 21h | Sábado e domingo, das 12h às 21hEntrada gratuita Programação infantil📅 Dias 4 e 5 de outubro (sábado e domingo)🕒 15h – Contação de histórias com Yalle Feitosa🕓 16h – Oficina de cerâmica com Mestre Nena

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Dois Mundos: Isa Pontual e Rinaldo Carvalho expõem no Villa Bistrô

Mostra reúne arte figurativa e abstrata em diálogo poético no Recife O Villa Bistrô, no bairro do Espinheiro, abre suas portas no dia 1º de outubro, às 19h, para a exposição Dois Mundos. A mostra reúne obras dos artistas plásticos Isa Pontual e Rinaldo Carvalho, sob curadoria de Márcia Cabral, e promete atrair público do circuito cultural recifense em uma noite de celebração à diversidade da arte contemporânea. No campo da arte figurativa, Isa Pontual apresenta trabalhos que dialogam com memória e identidade. Seu processo criativo, como explica, parte de um movimento contínuo de elaboração: “Criar é recordar, repetir, elaborar” (Heidegger). Segundo a artista, “assim, eu faço e desfaço, acrescento, subtraio, elaborando algo que se tornará uma composição única, resultante de minhas vivências, padrões, imagens que ficaram gravadas na memória. É a expressão do que eu sou, algo inerente à minha natureza”. Em contraste, Rinaldo Carvalho mergulha no abstrato, explorando cores, formas e gestos livres. Suas telas evocam emoções e sensações que escapam da representação literal, revelando uma poética subjetiva. Para ele, “o abstrato é a possibilidade de dar forma ao invisível, de transformar sentimentos em cor e movimento. É como se a tela fosse um espaço de liberdade absoluta, onde o gesto se torna linguagem e cada traço, um instante de revelação”. A exposição Dois Mundos permanece em cartaz até dezembro de 2025 e se apresenta como um convite ao público para vivenciar encontros e contrastes entre diferentes linguagens artísticas. A mostra reafirma que a arte é múltipla, infinita e capaz de unir universos distintos em um mesmo espaço. ServiçoExposição Dois Mundos – Isa Pontual e Rinaldo CarvalhoAbertura: 1º de outubro de 2025, às 19hLocal: Villa Bistrô – Rua da Hora, Espinheiro, RecifeEm cartaz até dezembro de 2025

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Sete Solidões

*Por Paulo Caldas Ao conceber os protagonistas, Maurício Melo Júnior envereda pelos labirintos da ficção e, neles, identifica, tanto em pessoas comuns, quanto em figurões que povoaram a Brasília burocrática - na qual fez  moradia. E nesse percurso recorre ao clima histórico para contextualizar as andanças em cada uma das sete novelas.  O conteúdo entrelaça experiências individuais vividas com o bater do coração do crescimento urbano, compasso marcado pela riqueza exposta ante à permanente crise de um universo proletário, conforme opinião do poeta Nicolas Behr, na contracapa.  No ato de manusear os segredos da criação, característico do talento do autor e revestido de virtudes já demonstradas em outras incursões editoriais, obedece ao seu perfil perfeccionista e perpassa nuances servidas com esmero ao público leitor. Pernambucano de Catende, Melo Júnior foi precursor do Movimento Editorial Edições Bagaço, gestado e nascido em Palmares, no início dos anos 1980. Jornalista radicado na Capital Federal, é conhecido no meio literário por apresentar o programa Leituras, na TV Senado. A publicação traz o selo da Editora Caos & Letras, com projeto gráfico de Cristiano Silva concepção de capa de Eduardo Sabino. Os exemplares podem ser adquiridos na Amazon e pelo site editoracaoseletras.com.br. *Paulo Caldas é escritor  

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Espetaculo Canto e Encanto Pernambuco Mestre Lua o Inventor do Nordeste apresentado em 2024

“Canto e Encanto Pernambuco” celebra o Carnaval em espetáculo no Teatro do Parque

Apresentação reúne música, teatro e tradição pernambucana com alunos do Núcleo Musical Irmã Sheilla (NuMIS) O Carnaval de Pernambuco, com toda a sua diversidade de ritmos, cores e expressões culturais, será celebrado no espetáculo “Canto e Encanto Pernambuco - Folia e Foliões: Carnaval de Alegria”, no próximo dia 28 de setembro de 2025 (domingo), às 16h, no Teatro do Parque, no Recife. A apresentação contará com 70 alunos do Núcleo Musical Irmã Sheilla (NuMIS), projeto da Fraternidade Espírita Francisco Peixoto Lins – Peixotinho, e promete uma experiência única que une música, teatro e cultura popular. O evento é resultado de um trabalho educacional que fortalece a cultura pernambucana e transforma vidas por meio da arte. O NuMIS oferece aulas de iniciação musical, violão, violino, viola de arco, violoncelo, guitarra, flauta doce, flauta transversal, teclado, canto coral, percussão e prática de orquestra para crianças e jovens das comunidades de Boa Viagem e de municípios da Região Metropolitana do Recife, como Jaboatão dos Guararapes e Olinda. “Queremos levar ao palco os sons e as cores que fazem do Carnaval Pernambucano uma das festas mais ricas do Brasil. Batuques, orquestras, sopros e cordas se unem a encenações que retratam a alma dessa tradição. Será uma tarde de arte, emoção e conexão com as raízes pernambucanas”, destaca Terezinha Mendonça, coordenadora do Núcleo Musical Irmã Sheilla (NuMIS). Mais do que uma celebração cultural, o espetáculo é reflexo do impacto social do projeto, que utiliza a música como instrumento de inclusão e cidadania. O público poderá acompanhar de perto a força transformadora da arte e sua capacidade de resgatar memórias e tradições enquanto forma novos talentos. Serviço Espetáculo musical: “Canto e Encanto Pernambuco - Folia e Foliões: Carnaval de Alegria”📅 Data: 28 de setembro de 2025⏰ Horário: 16h📍 Local: Teatro do Parque – Rua do Hospício, Recife – PE🎭 Apresentação: Núcleo Musical Irmã Sheilla (NuMIS), da Fraternidade Peixotinho🎟️ Ingressos: R$30 (inteira) | R$15 (meia) | Gratuito para crianças até 10 anos🔗 Sympla: clique aqui

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Equipe Fundarpe conselheiros e Jose Carlos Lopes da Silva lideranca do Quilombo Castainho. Credito da foto Daniela Pedrosa

Quilombo Castainho ganha reconhecimento oficial com tombamento do Sítio Histórico de Cruz das Almas

Governo de Pernambuco amplia rede de proteção ao patrimônio cultural com 113 bens tombados em nível estadual O Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) oficializou ontem (18) o tombamento definitivo do Sítio Histórico de Cruz das Almas, localizado no Quilombo Castainho, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. O conjunto, que reúne uma antiga casa de oração do século 18, um cruzeiro e um cemitério quilombola, simboliza resistência, ancestralidade e identidade cultural da comunidade. Com a decisão, Pernambuco passa a ter 113 bens tombados em âmbito estadual, além de outros 64 em processo e 94 reconhecidos em nível federal. O processo de proteção teve início em 2019, após solicitação do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns e da Academia de Letras de Garanhuns. A análise técnica, conduzida pela Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundarpe, incluiu pesquisas documentais e orais, oficinas participativas, consultas públicas e visitas às celebrações locais. O parecer concluiu que o sítio preserva suas características arquitetônicas e rituais, mesmo diante da expansão urbana e de pressões externas sobre o território. A relevância simbólica do tombamento foi destacada por lideranças e autoridades. O líder comunitário José Carlos Lopes da Silva afirmou: “A Cruz das Almas é um pedaço de cada um de nós”. Já a presidente da Fundarpe, Renata Borba, reforçou que a medida fortalece a rede de bens preservados e marca o reconhecimento do papel dos quilombos na formação do Brasil. Para a superintendente de Patrimônio Material, Cristiane Feitosa, o local é “um espaço de memória, fé e resistência, que nos conecta à ancestralidade africana e à luta histórica da comunidade quilombola de Castainho”. Durante o processo, o conselheiro do CEPPC, Elinildo Marinho, também destacou o impacto da decisão: "Foi um prazer fazer um relatório que me representa, embora eu não seja de comunidade quilombola, mas por ser um homem preto. Fiquei muito feliz em rememorar algumas leituras e alguns teóricos que se debruçam sobre o tema. Fazer esse relatório foi muito prazeroso e muito edificante. E é essencial esse trabalho realizado pela Fundarpe de discutir essas ideias sobre a preservação do patrimônio cultural com a comunidade, para entender com a comunidade como ela percebe esse patrimônio e como ela percebe esse lugar. Então é muito importante fazer essa sensibilização constante”.

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Rock na Calçada celebra 10 anos no Recife Antigo com fusão de rock e rap

Festival gratuito reúne nomes da cena autoral e traz DJ Ari Falcão na discotecagem em vinil O Festival Rock na Calçada (RNC) completa 10 anos e retorna nesta sexta-feira (19), a partir das 18h, à Rua da Moeda, no Recife Antigo, reafirmando sua importância como palco da música independente no Nordeste. A edição comemorativa aposta em novidades: a força da cena rap, com shows de Vampira081, Frenezzi MC, Schnneider, MC Fantasma e Dandara MC, e a participação do DJ Ari Falcão, referência da discotecagem em vinil no Recife. “É celebração, resistência e memória viva de uma década do Rock na Calçada. Este ano, além do rock and roll, reforçamos nosso compromisso em fomentar a cena rap nordestina, que também é parte fundamental da cultura urbana”, afirma Du Lopes, coordenador do festival. Além do rap, o evento contará com artistas de diferentes estilos e gerações, como Milton Raulino, Lodo Groove, Telefunkens, Gomes e Ego Eris. O destaque da noite será a potência do rap nordestino, representado por nomes que misturam poesia, protesto e identidade cultural. Vampira081, Schnneider, Frenezzi, MC Fantasma e Dandara MC levam ao palco a diversidade e a força de uma cena que ganha cada vez mais espaço. Nos intervalos, DJ Ari Falcão mantém a Rua da Moeda em movimento com um set especial 100% vinil. A celebração dos 10 anos do Rock na Calçada reafirma seu papel como espaço de resistência cultural, de valorização da música autoral e de ocupação democrática do espaço público. O festival conta com apoio da Prefeitura do Recife e convida o público a vivenciar uma noite de fusão entre tradição e experimentação sonora. 👉 Serviço – Festival Rock na Calçada 2025 – 10 anos📍 Local: Rua da Moeda, Bairro do Recife – PE📅 Data: sexta-feira, 19 de setembro de 2025🕕 Horário: a partir das 18h🎟️ Acesso gratuito🔗 Mais informações: linktr.ee/rocknacalcada | Instagram @rocknacalcada 🗓 Programação18h – Lodo Groove19h – Milton Raulino20h – Telefunkens21h – Vampira081, Frenezzi MC, Schnneider, MC Fantasma e Dandara MC23h – Gomes0h – Ego ErisDJ Ari Falcão nos intervalos a partir das 20h

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Cine UFPE exibe curtas de estudantes das comunidades do Totó e dos Coelhos

Mostra reúne produções audiovisuais realizadas em oficinas da PNAB com jovens de escolas públicas do Recife O Cine UFPE recebe, neste sábado (20), às 10h, a mostra de três curtas-metragens produzidos por estudantes das comunidades do Totó/Sancho e dos Coelhos, no Recife. As obras são resultado de oficinas de letramento audiovisual realizadas com apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), via Prefeitura do Recife. As atividades reuniram 18 alunos do ensino médio, em projetos aprovados nos editais Recife Virado na Periferia e Multilinguagens. A entrada é gratuita. As oficinas foram conduzidas por estudantes de Ciências Sociais da UFPE, sob orientação do professor de Antropologia Visual Alex Vailati, e tiveram a cineasta pernambucana Yane Mendes na coordenação prática. “Os estudantes trouxeram olhares singulares, transformando experiências cotidianas em obras que dialogam com memória, identidade e crítica social. Os três curtas expressam como o audiovisual, mesmo em processos curtos e com recursos limitados, pode abrir caminhos de escuta, reflexão e empoderamento social. Cada filme é um registro vivo das vozes e olhares das periferias do Recife, reafirmando que contar nossas próprias histórias é também ato de resistência”, destacou a cineasta. Entre as produções estão Luther e Caranguejo do Totó, criados no Sancho/Totó com apoio da ONG Cores do Amanhã, e União e Conscientização, Empodera, desenvolvido nos Coelhos. Os filmes tratam de temas como identidade, resistência cultural e disputas por serviços públicos, explorando o audiovisual como ferramenta de denúncia e valorização da memória local. A metodologia incluiu desde pesquisas preliminares e exercícios de roteiro até a gravação e edição, sempre com o celular como principal recurso. Segundo Vailati, a experiência contribuiu para ampliar a percepção crítica dos jovens. “As oficinas revelaram que eles podem ir além das redes sociais e olhar de forma crítica para a realidade que vivem, apenas com o celular, usando a criatividade”, afirmou o professor. Os projetos contaram com apoio do Laboratório de Antropologia Visual (LAV/UFPE) e tiveram coordenação de Georgia Patrícia Mendes da Silva e Lívia Oliveira Lopes, além da produção executiva de Marina Regueira Cardoso e Thuanny Nascimento. ServiçoMostra de Curtas – Cine UFPE📍 Local: Centro de Convenções da UFPE📅 Data: sábado, 20/9, às 10h🎟 Entrada gratuita

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Tributo celebra legado do escritor pernambucano Juareiz Correya

Homenagem acontece em Palmares, cidade natal do autor, no dia em que completaria 74 anos O escritor pernambucano Juareiz Correya será homenageado nesta quinta-feira (19), data em que completaria 74 anos, em Palmares, na Zona da Mata Sul. O tributo é organizado pela Panamérica Editora e Produções Culturais, em parceria com a Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho e a Academia Palmarense de Letras. Poeta, contista e editor, Juareiz faleceu em abril deste ano. Foi idealizador da Casa da Cultura de Palmares, instituição que também dirigiu em dois períodos: de 1984 a 1987 e de 1997 a 2004. Entre suas obras publicadas estão Americanto Amar América e Coração Portátil. Ele também foi colunista do jornal Diário do Grande ABC, em Santo André (SP). Ao longo de sua trajetória, Juareiz manteve parcerias importantes, como com o cantor e compositor Paulo Diniz, com quem compôs vários sucessos. Como editor, destacou-se pela organização de obras de outros autores pernambucanos, como Ascenso Ferreira e Hermilo Borba Filho, além de antologias marcantes, a exemplo de Poetas dos Palmares e Poesia Viva do Recife.

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O cego guiou o caminho

*Por Paulo Caldas É como se o fracasso fosse confortável para alguns; sempre encontram razões que o justifiquem, culpando o destino, o karma ou algo semelhante. Contudo, há quem abrace o desafio e transforme a queda em oportunidade. “O cego guiou o caminho” narra a jornada de Seu Augusto, que, aos vinte e oito anos, começou a perder a visão. E, não obstante possuir uma prole considerável, reiniciou a vida. Não venceu a cegueira, mas determinado, dominou a adversidade. Desse modo, com os ensinamentos transmitidos pela pedagogia do cotidiano, guiou os filhos a cultivar virtudes e repassá-las aos descendentes. No texto, o autor, João Carlos Barros, décimo sexto filho de Augusto e Júlia, além de homenageá-los, resgata a epopeia vivida pela família. Embora não siga o viés de autoajuda, pelos exemplos que apresenta, o livro pode auxiliar o leitor a buscar caminhos. Afinal, nos seus longos silêncios, o protagonista ensinou: “vencer é tirar as pedras do caminho: há uma luz que nos espera a cada curva do destino’’. A publicação traz o selo da Editora Nova Presença. Capa de Fabrício Oliveira. Revisão de Fernanda Caldas. Projeto Gráfico de Bel Caldas. Imagens do acervo do autor. Os exemplares podem ser adquiridos nas livrarias Jaqueira. *Paulo Caldas é escritor

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Estreia literária de Rafael Godoy expõe feridas da marginalização em contos viscerais

Em Bichos Cegos Tateiam Feridas, autor recifense narra com lirismo brutal histórias de abandono, desejo e violência urbana O escritor pernambucano Rafael Godoy estreia na literatura com Bichos Cegos Tateiam Feridas (Mondru, 62 págs.), uma coletânea de 20 contos divididos em três partes — “Os bichos”, “A cegueira” e “As feridas”. O livro mergulha em narrativas sobre dor, abandono, desejo e violência, dando voz a personagens que transitam nas margens da cidade e da linguagem. O texto de contracapa é assinado por Marcelino Freire, que define a obra como “porrada”, destacando sua visceralidade e cumplicidade com a literatura que nasce da rua. Brutalidade, sexualidade, afetos e violações atravessam histórias em que a sobrevivência é o único fio de esperança. A oralidade marca o ritmo das narrativas, em que a violência cotidiana se mistura à saudade, ao sarcasmo e à busca por pertencimento. Como afirma o autor, “maltratar, pisar, ignorar, tratar como bicho, só vai fazer com que mais ódio cresça, se espalhe e acabe matando a gente de ignorância”. Com narradores em primeira e terceira pessoa, os contos expõem ambientes de miséria humana com autenticidade, tanto nos diálogos quanto nos trejeitos das personagens. O lirismo da prosa surge da cadência poética, que imprime beleza mesmo em meio à brutalidade. Godoy recusa o embelezamento da miséria e aposta em uma escrita direta, desobediente e sem concessões, capaz de lançar o leitor ao barro, ao sangue e às ruínas do corpo e da cidade. Rafael Cabral Godoy, 29 anos, nasceu no Recife, cresceu entre a capital e Camaragibe e atualmente vive no Recife. É formado em História pela UPE e em Design Gráfico, área em que cofundou o estúdio PUYA!, onde atua como diretor de arte. Dedicado à literatura desde a adolescência, encontrou no conto sua principal forma de expressão. “Bichos Cegos Tateiam Feridas não é só um sonho realizado, é um ensinamento de persistência e um convite ao pertencimento. Agora eu consigo me chamar de escritor”, afirma. O livro pode ser adquirido no site da editora Mondru: mondru.com/produto/bichos-cegos-tateiam-feridas

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