Z_Destaque_culturaHistoria2

O Festival Internacional de Filme Etnográfico do Recife (Fifer) está se aproximando e promete cinco dias repletos de cinema e cultura. De 21 a 25 deste mês, das 14h às 19h, o Cinema da UFPE será o cenário para a exibição de mais de 30 filmes, entre curtas e longas-metragens, na 11ª edição do Fifer. Organizado pelo Laboratório de Antropologia Visual (LAV) do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da UFPE, este festival celebra a diversidade cultural e reúne produções vindas de diversos países. Com uma história sólida, o Fifer é um dos festivais mais antigos do Norte e Nordeste do Brasil, refletindo o compromisso da região em promover e apreciar expressões cinematográficas ricas em conteúdo etnográfico. A programação completa pode ser conferida no site do evento, e o melhor de tudo é que a entrada é gratuita, permitindo que os amantes do cinema e da cultura aproveitem essa rica experiência. A sessão de abertura, marcada para o dia 21, será enriquecida pela presença ilustre do professor José Ribeiro, da Universidade do Porto, juntamente com outros membros do Júri Oficial do festival: Graciela Guarani, Cecília da Fonte, Dayanna Louise e Rena Peixe. Através dessas vozes especializadas, o público será guiado por uma jornada de exploração cultural e análise cinematográfica. Uma homenagem especial está reservada para o cineasta Amin Stepple nesta edição do Fifer. Sua contribuição para o mundo do cinema será celebrada com uma sessão especial que apresentará seis de seus curtas-metragens mais conhecidos, agora em cópias recentemente digitalizadas e preservadas. Essa sessão memorável está programada para o dia 25, começando às 19h, no Auditório Dom Helder, na Unicap. Confira a programação completa no site: https://sites.ufpe.br/filmedorecife/

Pernambuco celebrou um importante marco cultural ao diplomar os mais recentes membros para a distinta galeria de Patrimônios Vivos do Estado. O evento, que aconteceu no Teatro de Santa Isabel, no Recife, não apenas reconheceu dez novos artistas, coletivos e entidades culturais, mas também integrou as festividades da 16ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco. Esses honrados indivíduos e grupos agora fazem parte do legado cultural do estado, contribuindo para enriquecer a identidade artística que define Pernambuco. “Dia de reconhecer os nossos metres que em todo lugar do Estado têm garantido que novas gerações possam se apaixonar, serem fazedores de cultura e defensores daquilo que diferencia Pernambuco de qualquer outro lugar do mundo, que são suas tradições históricas e culturais. Esse momento representa um reconhecimento a pernambucanidade de todos”, destacou Raquel Lyra, que fez a diplomação dos novos Patrimônios Vivos de Pernambuco. Cantadeiras do Povo Indígena Pankararu (Tacaratu) Afoxé Alafin Oyó (Olinda) Reisado da Comunidade Quilombola do Saruê (Santa Maria da Boa Vista) Caboclinho Canindé (Goiana) Troça Carnavalesca Pitombeira dos Quatro Cantos (Olinda) Forrozeiro Assisão (Serra Talhada) Coco de Roda Negros e Negras do Leitão da Carapuça (Afogados da Ingazeira) Mestra Nilza Bezerra da Bonequinha da Sorte (Gravatá) Ilé Axé Oxalá Talabi (Paulista) Mestra Vera Brito (Vicência) Esses dez novos Patrimônios Vivos somam-se à rica tapeçaria cultural de Pernambuco, contribuindo para a preservação e celebração das tradições que moldaram a identidade do estado. A iniciativa ressalta o compromisso de Pernambuco em valorizar e proteger seu patrimônio cultural único, enriquecendo o panorama artístico e histórico da região.

O pesquisador do Cangaço e ex-presidente da Fundação Cabras de Lampião de Serra Talhada, Anildomá Willans, foi nomeado, pela ministra da Cultura, Margareth de Menezes, para assumir o cargo de Coordenador do Escritório Estadual de Pernambuco, dentro da Diretoria de Articulação e Governança da Secretaria dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura. Anildomá é um conceituado historiador e pesquisador da vida de Lampião, do cangaço e também responsável pelo Museu do Cangaço de Serra Talhada.

A obra é do escritor Rafael Setestrelo e foi campeã do edital ‘Mar que arrebenta’ A editora Arrelique de Caruaru est´prestes a lançar o romance inaugural intitulado "Dom Pirrito", escrito por Rafael Setestrelo. Essa obra foi selecionada como a vencedora do concurso "Mar que arrebenta", cujo objetivo era escolher um romance de cada região de Pernambuco para publicação. O romance de Rafael foi o selecionado para representar a Zona da Mata do estado, e está atualmente disponível em pré-venda até o dia 11 de setembro. A história apresenta uma trama repleta de reviravoltas, festividades, seres sobrenaturais e uma espada que emerge de rios e açudes. Ela narra as aventuras de Dom Pirrito, um rei de um reino imaginário que foi deposto de sua coroa. Após perder seu trono, ele embarca em uma jornada para recuperar seu reino, desafiando o atual monarca, ao mesmo tempo em que enfrenta a tarefa adicional de resgatar sua filha, que foi sequestrada. Dom Pirrito também lida com um dilema existencial entre a vida e a morte. Ele é confrontado pela personificação da morte, que o instiga a demonstrar, ao menos por um dia, sua verdadeira identidade, desvinculada do personagem que ele acredita ser. A narrativa aborda temas filosóficos, relações amorosas, batalhas e a maneira de confrontar oponente mais formidável: o próprio eu. Rafael Setestrelo é professor da rede pública de ensino e escritor, desde muito jovem, de romances, peças, cordéis e poemas. Premiado em todas as áreas, suas obras de mais destaque são: Hamlet em Cordel (2014), pela editora Nova Alexandria; Cabeleira & outros cordéis de cangaço (2009), pelo Funcultura/ editora Coqueiro; Romance do Cordel Setestrelino (2020), Prêmio Urutau/ editora Folheando e Dylan-Pajeú (2022), prêmio Hermilo Borba Filho/ editora Cepe. O livro está disponível para compra em pré-venda por meio do site: https://benfeitoria.com/projeto/dompirrito.

O Centro do Recife se prepara para um encontro entre super-heróis dos cinemas, quadrinhos e personagens dos animes e mangás. De 18 a 20 de agosto, o Shopping Boa Vista será palco da edição comemorativa de nove anos do feirão geek Power-Kon. Sob o tema "Multiversos Paralelos", o evento promete agitar a cidade com cultura pop e empreendedorismo. Pela primeira vez no Shopping Boa Vista, o feirão trará estandes, produtos a partir de R$ 5, apresentações musicais e de dança, além de um desfile de cosplay inspirado em One Piece e um festival de games. O Power-Kon é uma das principais feiras do setor geek em Pernambuco, unindo apaixonados por diferentes formas de entretenimento. Com entrada gratuita, o evento oferecerá aos visitantes estandes de cultura pop com uma variedade de produtos a preços acessíveis. Além disso, haverá uma feira geek repleta de itens, desde roupas até acessórios, abrangendo todas as faixas etárias. Serviço:

O Museu do Cangaço, de Serra Talhada, localizado no Sertão do Pajeú em Pernambuco, que abriga o maior acervo sobre a memória do cangaço do Brasil pode fechar as portas, por dificuldades financeiras. Com isso, deixa de mostrar aos turistas e ao povo serra-talhadense a lembrança viva da época de Lampião. O espaço, criado em 2009, conta com mais de 2.300 peças entre fotografias, armas, moedas, objetos e utensílios do Cangaço e do cotidiano sertanejo, como também documentos – como bilhetes escritos pelo próprio Lampião. De acordo com a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião e responsável pela administração do Museu, Cleonice Maria, o Museu do Cangaço, nunca teve qualquer convênio governamental e sempre foi mantido unicamente pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, uma ONG comprometida com a preservação da cultura. “O Espaço atualmente vem passando por dificuldades financeiras e encontra-se sem os recursos necessários para continuar com o local aberto”, afirma Cleonice. Os turistas que visitam o Museu do Cangaço têm a oportunidade de mergulhar na história do cangaceiro mais famoso de Serra Talhada, Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião. O Museu reforça o lado cultural dos integrantes dos cangaceiros, vistos unicamente como violentos e voltados para o banditismo, e também apresenta um lado pouco mostrado, como o xaxado, difundido como dança de guerra e entretenimento. O Museu do Cangaço é muito mais do que um destino turístico e centro de pesquisa para todo o Brasil. “O cangaço é peculiar em todo o seu conteúdo, como música, indumentária, poesia e dança própria. E tem um ambiente único, que é esse sertão. Então, nós temos tudo próprio, nós temos uma gastronomia própria. Todas as linguagens artísticas nós temos dentro do cangaço”, destaca o historiador Anildomá Willians. O Museu representa a riqueza da história de Serra Talhada, tradições e identidade. Serra Talhada, além de ser a terra de Lampião, possui uma rica história ligada ao cangaço, e esse museu desempenha um papel crucial em manter viva essa parte significativa de nosso passado. Contribuição - O espaço cultural pede socorro à sociedade civil e aos órgãos públicos para se manter de portas abertas. Para contribuir, o interessado pode fazer um PIX, para cabrasdelampiao@gmail.com. E os empresários que desejarem fazer uma parceria com a Fundação Cultural Cabras de Lampião também podem entrar em contato com a presidente da Fundação, Cleonice Maria, através do número: (87) 99938-6035. O Museu do Cangaço fica localizado na Vila Ferroviária - antiga estação de trem S/N - São Cristovão, em Serra Talhada, e funciona todos os dias da semana.

A reinvenção da alegria em tempos sombrios ganha vida nas obras do artista Luciano Pinheiro na exposição "Delírica Vertigem", inaugurada na Arte Plural Galeria (APG). Com telas, Duratex e madeira pintadas entre 2020 e 2023, período marcado pela pandemia de Covid-19 e turbulências políticas e sociais, a exposição exibe cores vibrantes e grafismos que capturam o desassossego emocional do período. A "vertigem" retratada no título da mostra encapsula a aflição e ansiedade que permearam o Brasil. Durante o confinamento em seu ateliê, Pinheiro resgatou memórias de sua trajetória artística, produzindo pequenas anotações com bico de pena, nanquim, aquarelas, recortes e colagens. A influência da exposição "Pânico", realizada nos anos 1970 na Galeria Officina, no Recife, é visível nesse diário criativo. Suas preocupações encontraram alívio nas aquarelas delicadamente coloridas e em recortes e colagens feitos a partir de suas próprias obras. Esses pedaços reaproveitados e remontados simbolizam um jogo lírico, tentativa de equilibrar a "vertigem" individual e coletiva por meio da arte. A curadora Joana D'Arc Lima destaca que a exposição oferece uma visão do tempo e das diversas camadas de significado presentes nas obras do artista, que iniciou sua carreira na década de 1960 em Recife. A exposição "Delírica Vertigem" estará aberta ao público de 9 de agosto a 7 de outubro na Arte Plural Galeria, com entrada gratuita de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h. A APG, celebrando seus 18 anos, reforça seu compromisso com a diversidade artística e cultura. Serviço: Exposição “Delírica Vertigem” de Luciano Pinheiro Visitação a partir de quarta-feira (09.08). Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados, das 14h às 18h Local: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife) Entrada gratuita Instagram: @arte_plural_galeria

André Balaio demonstra maestria no costurar com as linhas do bem escrever o perfil físico dos personagens, momentos que identifica detalhes que tecem este “A última noite de José Wilker”. Do mesmo modo, revela aspectos do psicológico, sinalizados no vestir, expressão facial, espontaneidade dos gestos e até cacoetes. O autor se atém às técnicas com o traquejo próprio de quem passou por uma oficina literária, dada a habilidade ao reger a movimentação dos personagens em cenários que falam, como nos mostrou Gustave Flaubert e sabe que o leitor e se curva ante os detalhes certificadores recomendados por John Gardner. De resto, quem lê atribui uma nota maior à inventiva que reside nestas letras alinhadas, por exemplo, em “A última noite de José Wilker” conto que confere título à publicação. O livro traz a orelha assinada pelo escritor Cristhiano Aguiar e na contracapa opiniões de Micheliny Verunschk, Carlos Eduardo Pereira e Débora Ferraz, credenciados avalistas do conteúdo. Pernambucano atualmente radicadono Rio de janeiro,Balaio é autor de“Quebranto”, Editora Patuá 2018, vencedor do Prêmio Vânia Souto Carvalho, da Academia Pernambucana de Letras. Compôs roteiros de histórias em quadrinhos,“A rasteira da perna cabeluda”, entre outras; seu conto “O lado de lá” venceu o prêmio Off Flip, em 2016. Este “A última noite de José Wilker” foi um dos vencedores do PrêmioBiblioteca Digital, da Biblioteca Pública do Paraná. Esta publicação foi produzida pela Editora Caos e Letras, 2023, editada por Eduardo Sabino, Cristiano Silva, e arte de James Duarte, pode ser adquirida no site da editora: https://www.caoseletras.com/a-ultima-noite-de-jose-wilker. *Paulo Caldas é Escritor

Nesta sexta-feira (4), o Teatro Guararapes recebe uma apresentação especial de Daniel Jobim, neto do renomado Tom Jobim, e do cantor Seu Jorge. Com um projeto exclusivo e especial, os artistas se unem para exaltar as obras do lendário Tom Jobim. O encontro de Seu Jorge e Daniel Jobim surgiu do desejo antigo de interpretar os sucessos de Tom Jobim, e o momento ideal se concretizou após um reencontro entre eles, com Daniel aceitando o convite na hora. No espetáculo, os amigos alternam momentos nostálgicos com interpretações marcantes e impressões pessoais sobre o poeta da bossa nova, apresentando no repertório clássicos como "Corcovado", "Garota de Ipanema", "Luíza", "Eu Sei Que Vou Te Amar", "Ligia", "A Felicidade" e outras obras atemporais, incluindo parcerias com Vinicius de Moraes. A apresentação exclusiva acontece no Teatro Guararapes, e os pernambucanos terão a oportunidade de vivenciar esse encontro único entre dois talentosos artistas, celebrando a genialidade e a riqueza musical de Tom Jobim. Os ingressos para o evento estão à venda a partir de R$ 90 (setor balcão) e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Guararapes e no site da Sympla. (Foto: Fábio Nunes)