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Impacto da reforma tributária assombra o setor de tecnologia no Recife e no País

A Federação Nacional das Empresas de Tecnologia da Informação (Fenainfo) fez uma apresentação durante uma audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal nesta semana. A entidade divulgou um manifesto que aborda a Reforma Tributária e seus possíveis impactos no setor de serviços, com foco especial no segmento de Tecnologia da Informação (TI). IMPACTOS E ARTICULAÇÃO PARA PROMOVER MUDANÇAS NO TEXTO O presidente da Fenainfo, que representa mais de 121 mil empresas de TI, Gerino Xavier, destacou durante a reunião, presidida pelo senador Eduardo Braga, a preocupação com o impacto negativo que o atual texto da reforma pode ter no setor. A mudança resultará em uma perda de competitividade, na saída de empresas do mercado e em um aumento no desemprego, caso as alíquotas de impostos subam de 5,65% para mais de 25%, como está sendo proposto. Hoje (10), a Fenainfo e as demais entidades que representam o setor (ABES, ABRANET,  ASSESPRO, BRASSCOM , ACATE e SEINESP) promovem, no Restaurante dos Senadores, um café da manhã com parlamentares para discutir o documento. PRESIDENTE DA FENAINFO "No setor de TI, a competição global é fortíssima. Nós concorremos com o mundo inteiro. Nosso maior insumo é a mão de obra especializada e acreditamos que este aumento significativo na nossa carga tributária inviabiliza muitos negócios e pode gerar desemprego no setor e aumento nos preços dos serviços" Gerino Xavier

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Energias renováveis em novo período de expansão dos investimentos

*Por Rafael Dantas O Nordeste segue a passos largos na liderança da produção e atração de novos investimentos em energias renováveis. Com o maior potencial do País para instalação de sistemas eólicos e solares, a região vive a expectativa de uma nova onda de projetos para a geração de hidrogênio verde. Pernambuco está em todas essas cadeias, mas um pouco atrás de outros estados vizinhos, como a Bahia, o Rio Grande do Norte e o Ceará. Entre essas três modalidades de investimentos no setor, o eólico é o que está mais amadurecido na região e no Estado. “Atualmente, Pernambuco possui 41 parques eólicos operacionais, totalizando uma capacidade instalada de 1086,4 MW, representando um investimento acumulado de mais de R$ 7,6 bilhões na região”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica. Além do que já está instalado, Pernambuco tem a perspectiva de construção de 12 novos parques até o ano de 2028, com uma capacidade prevista de 520,9 MW. Isso significa um investimento estimado superior a R$ 3,6 bilhões nos próximos cinco anos. Mesmo com os recursos bilionários, Pernambuco produz hoje apenas 5% da energia eólica do Nordeste. “O futuro será muito promissor para Pernambuco quando olhamos para o mercado de energia eólica. O que o setor precisa para crescer, não só em Pernambuco, mas também para todo o Nordeste e o País, é a criação de um marco regulatório para a energia eólica offshore, o hidrogênio verde e o mercado de carbono. Com isso, a economia vai incrementar novas tecnologias e novas modalidades de fontes renováveis. É o que estamos chamando de reindustrialização verde que será capaz de fazer todo o Brasil crescer com esse foco em transição energética”, afirmou Elbia. A geração solar hoje é responsável por 9,97%, em média, da demanda por eletricidade no País. Nesse setor existem duas modalidades principais. A geração centralizada, ancorada em grandes usinas para alimentar o sistema elétrico, e a geração distribuída, em geral projetos menores, instalados próximo ou no próprio local de consumo. Na geração centralizada, Pernambuco possui uma capacidade instalada, já em operação, de 514 MW. Em construção existem outros 643,4 MW, segundo dados da Absolar. Há ainda um conjunto grande de projetos com construção não iniciada, que serão responsáveis pela geração de 4.269,4 MW. Nesse tipo de geração, o Estado ocupa a 7ª posição nacional, estando atrás de estados como Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. A liderança, com folga, é de Minas Gerais. Já na geração distribuída, Pernambuco é o 12º colocado no País, sendo responsável por 3% da produção do segmento. O Estado fica atrás da Bahia e do Ceará, mas nessa categoria a liderança ainda é do Sul e Sudeste, sendo capitaneada por São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. MAIS DIVERSIDADE E INVESTIMENTOS “Nossa matriz tem diversidade. Antigamente dependíamos muito do regime de chuvas no País (para atender as hidrelétricas), mas hoje temos uma dependência menor em função da entrada das energias provenientes da eólica, e agora, a bola da vez, a fotovoltaica. A matriz brasileira já é formada por 85% de energia limpa. Um percentual elevadíssimo”, destacou o diretor-presidente da Eletrobras Chesf, João Henrique Franklin Neto, durante a 1ª Conferência dos Guararapes, organizada pelo Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia). O executivo destacou também o montante de investimentos que está a caminho para a região, que é um dos polos de maior potencial de energias renováveis. “Nos últimos tempos, no Nordeste, tivemos investimentos de R$ 30 bilhões nesse tipo de geração de renováveis. Se a gente olhar para os próximos anos, temos na prateleira da região R$ 150 bilhões de investimentos, por causa dessa vantagem que temos da presença de ventos e sol. Hidrelétrica não está nessa conta”, destacou João Henrique. O SALTO DA ENERGIA SOLAR O doutor em engenharia elétrica professor da UFPE, José Filho Castro, destaca que além do crescimento exponencial nos últimos anos, as energias renováveis têm um futuro ainda de avanço contínuo. No próximo ciclo de investimentos, no entanto, ele aposta que a energia solar será o principal foco do Nordeste, em especial no Estado. “A gente teve uma onda muito forte de energia eólica e agora o que a gente está vendo é que a solar está chegando com força. Já nos próximos anos vai ser uma fonte muito importante. A região assumiu um protagonismo nesse crescimento das fontes renováveis. O sol é o vilão que sempre castigou a Caatinga e está se tornando herói”. Ele avalia que, no Sertão, a geração solar está se tornando um caminho para o desenvolvimento, que hoje já tem produção, inclusive, para exportar para as outras regiões do País. Um dos investimentos em andamento, prestes a ser inaugurado no Sertão do Pajeú está localizado no município de Flores, a partir de uma parceria entre a empresa pernambucana Kroma Energia com a paulista Eletron Energy. “Somos pernambucanos e a primeira comercializadora do Nordeste. Já temos alguns projetos de geração em operação e a gente está agora entregando um projeto na cidade de Flores de 101 MWp (megawatt pico)”, afirmou o presidente da Kroma Energia, Rodrigo Mello. Só esse empreendimento tem capacidade de atender todas as residências do Sertão do Pajeú, segundo o empresário. O investimento no projeto foi de R$ 380 milhões e atualmente está mobilizando 500 profissionais na cidade do Sertão pernambucano. A previsão de entrega é em dezembro. O executivo lembra que em torno de 80% dos profissionais atuando nas obras são de moradores locais, deixando uma marca forte de qualificação e treinamento. Além desse, a mesma empresa está desenvolvendo um parque de menor porte na cidade de Bezerros. O investimento é de R$ 12 milhões e tem capacidade de geração de 3 MWp. O empresário afirma que a empresa tem em projetos, prontos para serem desenvolvidos, mais 6 GW de potência. Ele afirma que os preços de equipamentos solares estão caindo também e que a velocidade de construção desses parques é mais rápida que a dos eólicos. HIDROGÊNIO VERDE Segundo o relatório intitulado

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Avanço da reforma tributária ameaça o futuro do Porto Digital

Que o País precisa de uma reforma tributária é um consenso. A complexidade do nosso sistema tributário gera uma insegurança jurídica que afugenta investimentos e demanda muito esforço das corporações para cumprir todas as regras. Porém, há muita preocupação do setor de serviços com o avanço do atual projeto que está em tramitação no Congresso Nacional. Com uma carga tributária maior no País, a indústria terá um alívio nas alícotas após a aprovação. Porém, essa conta tende a sobrar para os demais setores. E nesse ponto, Pernambuco e o Porto Digital podem perder muito. Esse foi o tema do almoço da Assespro (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação) que aconteceu na última sexta-feira (29), no Bairro do Recife. MULTIPLICAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA O setor de TI publicou um manifesto com um alerta muito significativo. A carga tributária atual de até 8,65% pode chegar ou até ultrapassar os 25%. É um pesadelo para o Porto Digital e para todas as empresas de tecnologia do País. "Tal medida inevitavelmente resultará no fechamento de empresas, um aumento significativo nas demissões, uma perda alarmante de competitividade e um retrocesso prejudicial à economia nacional frente ao cenário global". Alerta o documento. ESTRATÉGIAS E AMEAÇAS O debate da Assespro contou com a presença do economista Ecio Costa, do ex-presidente da Assespro Ítalo Nogueira e do cientista político com MBA em Relações Governamentais e em Gestão de Negócios Renato Roll. A mesa foi conduzida pela presidente da Assespro-PE, Laís Xavier. Os representantes setoriais explanaram o impacto dessa mudança na competitividade dos negócios do parque tecnológico recifense e descreveram uma série de ações junto aos senadores para uma maior sensibilização para a causa do setor, que é estratégico para o desenvolvimento do País. Com a facilidade de migrar os negócios para outros Países, em pouco tempo muitas empresas poderiam sair para vizinhos da América Latina que têm políticas de fomento às novas tecnologias. Após anos sem avançar nessa reforma, as expectativas de aprovação neste trimestre no Congresso Nacional são grandes. Um calendário que impõe pressa na mobilização empresarial e política para evitar um prejuízo de décadas para o Recife e para Pernambuco. GERINO XAVIER, presidente da FENAINFO "Que nação a gente quer sem tecnologia? Vamos ficar a reboque? A hegemonia política do mundo vai passar por informação".

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Pernambucanos planejam gastar até R$ 123 em presentes para o Dia das Crianças

A Pesquisa de Sondagem de Opinião para o Dia das Crianças, realizada pela Fecomércio-PE em parceria com a Ceplan Consultoria, revelou que 67,9% dos consumidores pernambucanos planejam comemorar o Dia das Crianças em 2023. A maioria desses planeja comprar presentes (74,5%), enquanto 26,6% planejam comemorar em casa e 29,5% pretendem fazer passeios ou viagens. A pesquisa também revelou que o ticket médio dos presentes é estimado em R$123 por consumidor, variando entre R$131 para homens e R$116 para mulheres. Os itens mais procurados incluem brinquedos ou jogos não eletrônicos (65,2%), roupas ou acessórios de vestuário (24,5%), e calçados (10,9%). PERSPECTIVA POSITIVA EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO Para os varejistas, a pesquisa indicou que a maioria planeja usar a internet e redes sociais como estratégias de vendas, e a expectativa é otimista, com 58,6% dos empresários no varejo tradicional acreditando em vendas maiores do que em 2022. No segmento de alimentação, 42,7% dos entrevistados esperam vender mais em relação ao ano anterior. ANÁLISE DO CONSUMIDORES O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, Bernardo Peixoto, observou que os consumidores planejam uma abordagem mais econômica para o Dia das Crianças, e os varejistas devem aproveitar o momento para atrair mais consumidores, especialmente com o uso de plataformas digitais. “Os consumidores planejam adotar uma abordagem mais econômica para o Dia das Crianças em comparação com outras celebrações. Ou seja, o ticket médio dos presentes para o Dia das Crianças é menor do que em outras datas comemorativas. Os varejistas pernambucanos devem estar atentos às estratégias de vendas e às preferências de pagamento dos consumidores, bem como às tendências de compra e celebração identificadas na pesquisa. Aproveitar o momento de recuo inflacionário e avanço na atividade do comércio em Pernambuco é importante para atrair mais consumidores. Usar plataformas digitais pode ajudar ainda mais a divulgar a marca e apresentar produtos e serviços aos consumidores”.

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Bokus Paulista

Paulista recebe nova indústria de alimentos, com investimento de R$ 20 milhões

A Nippon Indústria e Comércio, conhecida como (Bokus) pretende abrir sua primeira operação na cidade de Paulista. A empresa, que produz pipocas e salgadinhos, pretende investir aproximadamente R$ 20 milhões e gerar cerca de 200 empregos diretos no município. O gerente geral da empresa, Gilberto Firmino, falou sobre os detalhes das tratativas com os representantes da gestão municipal da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agropecuária e Pesca de Paulista. "Paulista está no holofote regional, estadual, nacional e agora internacional pelo seu desenvolvimento econômico e pela sua capacidade de atração de investimentos. Isso faz com que tenhamos analisado o mercado e o resultado é a escolha do município para nossa nova operação em Pernambuco", afirmou o empresário. Shopping Boa Vista anuncia chegada de unidade da KFC O Shopping Boa Vista anuncia a chegada da marca Kentucky Fried Chicken, mais conhecido como KFC, à sua lista de operações. Com origens que remontam a 1930, com o icônico coronel Harland Sanders, o KFC se tornou a maior rede de frango frito do mundo, com mais de cinco mil lojas em 120 países, servindo cerca de 14 milhões de clientes todos os dias. No Brasil, o KFC já conquistou mais de 160 restaurantes e lidera o segmento de frango frito. Seu famoso balde de frango, preparado diariamente com receitas Crocantes ou Secretas, composta por uma mistura de 11 ingredientes guardados a sete chaves em um cofre em Louisville, Kentucky, é a estrela do cardápio. SPICY abre a primeira franquia do Brasil no Recife A marca Spicy inaugura sua primeira Franquia no Brasil nesta quinta, dia 28, em Casa Forte. O casarão onde já funciona a Adega Casa Forte e a MMartan, agora receberá a loja que é especializada em itens para casa e cozinha. A Spicy tem cerca de 30 anos de atuação no mercado com mais de 30 lojas espalhadas nos principais centros urbanos do país.

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Copom reduz juros básicos da economia para 12,75% ao ano

(Da Agência Brasil) O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela segunda vez no semestre. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Em comunicado, o Copom informou que o corte de 0,5 ponto percentual é compatível com a estratégia para fazer a inflação convergir para a meta em 2024 e em 2025. Assim, como na reunião anterior, o órgão reiterou que continuará a promover reduções na mesma intensidade nos próximos encontros, mas não informou se prosseguirá com os cortes no início do próximo ano. “O comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto [capacidade ociosa da economia] e do balanço de riscos [para a inflação futura]”, justificou o órgão. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em agosto, o indicador ficou em 0,23% e acumula 3,23% em 12 meses . Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada pelos economistas. O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano. No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de setembro. As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,86%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,9%. Crédito mais barato A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 2% para a economia em 2023. O mercado projeta crescimento maior, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 0,9% no segundo trimestre . Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,89% do PIB em 2023. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Petrobras bate recorde de utilização de refinarias

(Da Agência Brasil) As refinarias da Petrobras atingiram em agosto um recorde de capacidade. O Fator de Utilização Total (FUT) alcançou 97,3%, o maior desde dezembro de 2014, informou nesta sexta-feira (8) a companhia. A produção de diesel total no mês passado foi de 3,78 bilhões de litros, a maior do ano. A produção de diesel S10, produto mais moderno, sustentável e com baixo teor de enxofre, chegou a 2,37 bilhões de litros. Segundo a companhia, se destacaram na produção mensal recorde de S10 as Refinarias Alberto Pasqualini (Refap), com 258 milhões de litros; Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), com 329 milhões de litros; e Refinaria Paulínia (Replan), 609 milhões de litros. As refinarias são instalações que transformam o petróleo bruto, extraído dos campos, em diversos produtos, como diesel, gasolina, querosene de aviação, gás liquefeito de petróleo, lubrificantes, entre outras substâncias que servem de matéria-prima para outros produtos. Oferta no mercado nacional O comunicado da estatal afirma que “os resultados são importantes para o amortecimento da volatilidade de preços do mercado externo”. Segundo o diretor de Comercialização, Logística e Mercados, Claudio Schlosser, “a ampliação da produção de diesel S10 em nossas refinarias contribui para a nossa estratégia comercial, que prevê a prática de preços competitivos de maneira rentável e sustentável”. Para o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, “a otimização dos processos está permitindo ampliar a produção nas unidades e a oferta de derivados no mercado nacional com rentabilidade”. Desde maio deste ano, a Petrobras vem identificando recordes sucessivos de atingimento de capacidade das refinarias. A companhia explica que o cálculo do FUT leva em consideração “o volume de carga de petróleo processado e a capacidade de referência das refinarias, dentro dos limites de projeto dos ativos, dos requisitos de segurança, de meio ambiente e de qualidade dos derivados produzidos”. O parque nacional de refino da Petrobras é composto por 10 refinarias: Abreu e Lima (PE), Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (CE), Refinaria Capuava (SP), Refinaria Duque de Caxias (RJ), Refap (RS), Refinaria Gabriel Passos (MG), Refinaria Presidente Getulio Vargas (PR), RPBC (SP), Replan (SP) e Refinaria Henrique Lage (SP). Além disso, está em construção o Polo GasLub Itaboraí (RJ). 

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Para onde vamos? A falta que faz o planejamento

*Por Rafael Dantas Parceria com a Pernambuco, o Nordeste e o Brasil perderam a capacidade de planejamento que tiveram no passado. O papel que instituições como o Condepe (Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco), a Fidem (Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife) ou mesmo a Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) tiveram no passado já é pouco conhecido pelas novas gerações. Se no presente colhemos alguns frutos do que foi pensado décadas atrás, no futuro há um grande mar de incertezas diante das tendências globais e de desafios novos e antigos com que convivemos no Estado. Na reunião de agosto da Rede Gestão, organização formada por 32 empresas e instituições especializadas em consultoria e prestação de serviços, o consultor Francisco Cunha realizou um levantamento histórico da capacidade de planejamento do Estado e apontou uma constatação preocupante: “Existem razões históricas que tornaram o Brasil um País sem planejamento, mas faço um destaque especial em Pernambuco. Embora se tenha preservado a capacidade formulativa privada, a estrutura de planejamento pública hoje é uma pálida sombra do que já foi”. ORIGEM PROMISSORA DO PLANEJAMENTO DO ESTADO Após uma longa trajetória de construção de instituições que deram suporte ao planejamento de longo prazo do Nordeste e de Pernambuco – como o Condepe, a Fidem e a Sudene – planejar o crescimento passou a ser tratado como sinônimo de burocracia. Curiosamente, muitos dos eixos que estão na agenda do dia de desenvolvimento econômico local foram gestados nesse período mais profissionalizado que desenhou os rumos do Estado. O Porto de Suape e todo o seu complexo industrial, por exemplo, foram “profetizados” pelo padre dominicano francês Louis-Joseph Lebret na década de 1950. Ele veio a Pernambuco, na ocasião, não pela sua trajetória religiosa, mas pela sua vertente de planejador de referência internacional. O ponto inicial que começou a mover o esforço por construir uma estrutura de planejamento em Pernambuco, no entanto, foi até anterior à vinda do padre. Em 1948, Pernambuco e o Nordeste viviam uma situação inusitada de ter a disponibilidade de energia após o início das operações da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Na sequência das discussões sobre para onde a região caminharia com esse novo cenário nasceram o Banco do Nordeste (1952) e a Codepe - Comissão de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (1952). Foram os estudos e relatórios publicados por Lebret e as instituições, entre meados dos anos 1950 e 60, que apontaram os polos de desenvolvimento espalhados pelo território pernambucano. É identificada a necessidade de conexão ferroviária com o interior produtivo. O próprio padre Lebret indica que Pernambuco precisaria de um porto ao sul, devido à limitação geográfica de expansão industrial no Recife. Estão entremeados nesses insights as sementes de projetos estruturadores como a Transnordestina, o Complexo de Suape e dos programas de incentivo à industrialização de cidades protagonistas do Agreste e Sertão pernambucanos. O economista Sérgio Buarque considera que a capacidade de planejamento que foi construída no País décadas atrás foi sendo enfraquecida diante da prioridade das gestões com os temas de curtíssimo prazo. “Isso é uma tendência do Brasil inteiro dos governantes serem atropelados pelas emergências e terem uma visão imediatista. Não conseguem planejar, menos ainda planejar no longo prazo. Tem uma frase famosa de um intelectual francês que eu gosto de citar, que diz assim: ‘quando é urgente já é tarde demais’. Além disso, muitos governantes não acreditam no planejamento”. Particularmente sobre Pernambuco, o economista descreve que o enfraquecimento do planejamento acontece com o esvaziamento da estrutura da Condepe-Fidem nas últimas três décadas. “Não houve uma renovação de quadros técnicos, que foram envelhecendo. Há ainda os baixos salários. Essa instituição teve uma importância grande em Pernambuco. Em paralelo, nos últimos anos, surge um sistema bem estruturado, que é a Seplag (Secretaria de Planejamento). É um centro de excelência, mas para gestão e monitoramento. Com muito pouco de planejamento”. Com uma estrutura decadente, o Condepe-Fidem resiste com quadros antigos, comprometidos e qualificados, mas muito esvaziado. Ainda no ano passado, em uma entrevista a Algomais, a então presidente Sheilla Pincovsky falou da iminência de aposentadoria de vários técnicos da instituição. Um cenário que se não for revertido de forma ágil, parte da memória desse período mais robusto de planejamento pode ser perdido, sem uma passagem de bastão para um novo momento da agência. “Apesar do pioneirismo da atividade de planejamento estratégico público, Pernambuco foi perdendo ao longo do tempo essa capacidade. Isso se deu pelo envelhecimento das estruturas e pela perda de capacidade formulativa pública, confundida em determinado momento com capacitação em gestão”, avaliou Francisco Cunha. Para exemplificar isso, ele usou a ilustração de um hardware, a estrutura física ou institucional, sem software que faria operá-la, que está muito ligado aos recursos humanos”. “Apesar do pioneirismo da atividade de planejamento estratégico público, Pernambuco foi perdendo ao longo do tempo essa capacidade”Francisco Cunha PREJUÍZOS DE HOJE DA FALTA DE PLANEJAMENTO Durante a apresentação na reunião da Rede Gestão, Francisco Cunha destacou como Pernambuco perdeu algumas oportunidades, conectadas com as novas tendências do Século 21, por uma ausência de planejamento que as colocasse no horizonte do Estado. Uma dessas situações foi não ter avançado na conquista de um cabo submarino nos últimos anos. Hoje, todas essas infraestruturas chegam ao Brasil pelo Ceará e se conectam com São Paulo e o Rio de Janeiro. Um deles tem uma conexão com Salvador, mas nenhum com Pernambuco. Outra macrotendência global que tem fortes implicações em Pernambuco são as mudanças climáticas. Com o risco de avanço do mar no litoral e a previsão de desertificação de parte do interior do Estado, qual o planejamento do Estado para enfrentar esses problemas e surfar nas oportunidades que podem surgir com essa transição? Essa é uma pergunta com algumas sinalizações de estudos técnicos, como o Plano Estadual de Mudanças Climáticas, mas com baixa aplicação. “Uma parte disso que está se tentando executar hoje é a agenda do Século 20. Já tem alguma coisa do Século 21 surgindo com o Porto Digital, mas a gente está muito atrasado. O

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População ocupada em serviços cresce 11% e retoma patamar pré-pandemia em PE

A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2021, divulgada pelo IBGE, revelou que a população ocupada no setor de serviços em Pernambuco cresceu 11% entre 2020 e 2021, atingindo 395.158 pessoas. Esse aumento representa um retorno ao patamar pré-pandemia. A pesquisa analisou 15 atividades de serviços, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares, que empregaram 48,4% do total. Além disso, o número de unidades locais do setor aumentou 34,5%, chegando a 35.706 em 2021, o melhor resultado desde 2007. A receita bruta de serviços em Pernambuco em 2021 foi de R$ 50,4 bilhões, colocando o estado em 10º lugar no ranking nacional. A população ocupada no setor de serviços em Pernambuco teve um crescimento significativo de 11% entre 2020 e 2021, alcançando 395.158 pessoas, marcando o retorno ao nível pré-pandêmico. A pesquisa também apontou que os serviços profissionais, administrativos e complementares foram os principais responsáveis por empregar 48,4% do total de trabalhadores no setor. Além disso, houve um aumento notável de 34,5% no número de unidades locais do setor em 2021, chegando a 35.706, o melhor resultado desde o início da série histórica em 2007. A receita bruta de serviços em Pernambuco em 2021 alcançou R$ 50,4 bilhões, posicionando o estado como o 10º colocado no ranking nacional. Esse montante é cerca de um terço do total gerado pelos serviços profissionais, administrativos e complementares. Embora Pernambuco tenha experimentado um aumento de 25,6% em relação a 2020 e um impressionante crescimento de 79,8% em relação a 2012, o estado teve uma leve queda em sua participação na receita bruta de serviços do Nordeste, passando de 22,2% em 2012 para 21,9% em 2021. Em 2021, o setor de serviços em Pernambuco pagou aproximadamente R$ 10,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, classificando o estado como o 10º maior pagador no país. Os serviços profissionais, administrativos e complementares concentraram 46,3% desse valor. No entanto, houve uma diminuição na média salarial, que era de 1,9 salário mínimo em 2012 e caiu para 1,8 salário mínimo em 2021, apesar do aumento geral dos salários.

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Polo Médico: entre investimentos e desafios

*Por Rafael Dantas Pernambuco abriga no Recife um dos maiores polos médicos do Brasil, com grandes hospitais públicos, privados e filantrópicos. Como todos os setores do País, a pandemia atingiu fortemente a saúde, que ainda não superou por completo as sequelas da pandemia. Porém, enquanto ainda busca a sustentabilidade e tenta se equilibrar ante as altas taxas de inflação médica, a capital pernambucana assiste também à chegada de novas estruturas e, principalmente, de mais tecnologia. As novas forças do setor não estão concentradas na Ilha do Leite, principal região do Polo Médico recifense, mas espalhadas também em bairros como o Pina, Santo Amaro e Caçote. Há investimentos milionários privados e públicos em andamentos e alguns recém-inaugurados. Os problemas, porém, que constam na agenda do setor, estão em um campo nacional ou até internacional. A receita entre a política e a economia, que preocupa a classe empresarial da saúde, foi o combustível dos debates do 10º Congresso Fenaess, promovido pela Fenaess (Federação Nacional dos Estabelecimentos e Serviços de Saúde) e pelo Sindhospe (Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco). Reforma tributária, Piso da Enfermagem e a inflação médica são alguns dos assuntos que os representantes dos hospitais querem discutir. NOVAS ESTRUTURAS DO SETOR NO RECIFE Uma das mais recentes novidades no setor foi a inauguração de um hospital dentro do Riomar Shopping: o MaxDay Hospital, fruto de investimentos de R$ 35 milhões. O hospital atende procedimentos de pequena e média complexidade, oferecendo alta médica no mesmo dia. O conceito inovador de hospital dia contribui para a maior segurança dos pacientes, de acordo com Alberto Souza Leão, um dos diretores do empreendimento. “O paciente chega e sai em, no máximo, 12 horas. Sem complicação ou exposição desnecessária”. A conexão com o shopping traz comodidades ao empreendimento, como acesso facilitado para médicos com clínicas nas proximidades e a possibilidade de desfrutar das opções de restaurantes do local. O Max Day Hospital representa um investimento 100% pernambucano. Com uma área de 3 mil m², a unidade conta com um centro cirúrgico, composto por nove salas, incluindo salas de recuperação, além de 35 leitos e UTI. A capacidade da unidade é de realizar, por dia, de 60 a 70 cirurgias. O Hospital Santa Joana Recife também recebeu fortes investimentos recentes, em seu setor de oncologia. A rede Americas, do UnitedHealth Group Brasil, investiu R$ 6 milhões para o Cancer Center, unidade oncológica do hospital. A estrutura proporciona tratamento integrado para casos oncológicos adultos e pediátricos, com capacidade para atender 10 pacientes simultaneamente. “Com o investimento, a receita do Cancer Center teve um crescimento de 100%. Também houve aumento de 50% no volume de atendimento. A expectativa é de uma ampliação ainda maior com a transferência da estrutura do Centro para a nova torre do Santa Joana, que está prevista para inaugurar no segundo semestre de 2024”, afirmou a diretora-executiva do hospital, Érica Batista. O Santa Joana também inaugurou uma Clínica Hiperbárica em parceria com a Clínica Regenere. A unidade oferece tratamento para casos de complicações cirúrgicas, úlceras varicosas, lesões decorrentes do diabetes e radioterapia. “Essa modalidade terapêutica intra-hospitalar é pioneira em Pernambuco e proporciona uma abordagem mais prática e rápida para pacientes internados”. No conjunto de novidades do último ano do setor médico do Recife está o novo prédio do HCP (Hospital do Câncer de Pernambuco). Fruto do investimento de R$ 8 milhões, a unidade aumentou a capacidade de atendimento em 30%. O edifício Governador Eduardo Campos conta com uma área de 8.890 m², abrangendo o Centro de Quimioterapia, a enfermaria de onco-hematologia, 20 leitos de UTI e um novo centro cirúrgico. “Nesse novo prédio, estruturamos toda a quimioterapia no térreo e aumentamos em 20 leitos a nossa unidade de terapia intensiva. Temos um total de 30 leitos de UTI. Com essa operação, já estamos atendendo bem melhor a população, também com um novo equipamento de radioterapia. Atendemos 100% SUS e somos também 100% oncológicos. Somos um dos quatro hospitais do País dessa forma e seguimos trabalhando bastante para ter melhores equipamentos e para reequipar o nosso centro cirúrgico. Além desses investimentos, estamos promovendo ações de gestão para fortalecer a transparência do hospital para mostrar à comunidade o que estamos recebendo e onde estamos gastando as doações e recursos que estão sendo disponibilizados”, afirmou o superintendente do HCP, Sidney Neves. No Imip, a superintendente Tereza Campos destacou uma série de ações para qualificar a prestação de serviços. “Na assistência, inauguramos a UTI Cardiológica Pediátrica, que tem capacidade para 10 leitos. A reestruturação física e a aquisição de equipamentos foram financiadas pelo Governo do Estado de Pernambuco”. O hospital está construindo também uma usina de energia solar, dentro dos esforços socioambientais. A gestora destaca ainda o reforço da segurança dentro do complexo hospitalar, com a instalação de um novo modelo de controle de acesso. “O Imip deu um passo importante para a qualificação do ensino e da pesquisa com a criação do Comitê Institucional de Cooperação Internacional e a reestruturação da Biblioteca Ana Bove, que ganhou instalações modernas e novos recursos tecnológicos. Por fim, no início de 2023, concluímos a implantação do Prontuário Eletrônico do Paciente, inovação que reduziu o consumo de papel no hospital, além de padronizar e garantir mais segurança com os dados dos nossos usuários”, explicou Tereza Campos. Esses empreendimentos estão longe de contemplarem tudo o que está sendo erguido no Polo Médico do Recife, mas sinalizam os esforços de reestruturação, ampliação de serviços e da capacidade de atendimento, aportes em tecnologia, além da construção de novos centros hospitalares. INVESTIMENTOS EM ANDAMENTO Se a cidade já visualizou algumas inaugurações no pós-pandemia no Polo Médico, há um conjunto de novos investimentos, envolvendo recursos maiores no horizonte de 2024. O Hospital Santa Joana Recife, por exemplo, investiu mais de R$ 100 milhões na construção de um novo prédio hospitalar, com 15 andares e cerca de 15 mil m². A unidade vai ser inaugurada em 2024 e está integrada ao atual complexo hospitalar, no bairro das Graças. A nova torre abrigará um centro cirúrgico, com 132

Polo Médico: entre investimentos e desafios Read More »