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CDL Recife celebra 65 anos destacando força do comércio local

Com mais de 8 mil associados, entidade reforça papel estratégico no desenvolvimento econômico da capital pernambucana. Fotos: Janaína Pepeu/Secom A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife comemorou, nesta quinta-feira (19), seus 65 anos de atuação como uma das principais entidades de representação do comércio na capital e em Pernambuco. A celebração reuniu autoridades e lideranças do setor produtivo para marcar mais de seis décadas de contribuição ao fortalecimento do varejo local e à promoção da atividade econômica. Compromisso com os lojistas Com um universo de mais de 8 mil estabelecimentos associados, a CDL Recife tem papel ativo na defesa dos interesses dos lojistas e na articulação de parcerias institucionais. “Os 65 anos chegam com muita representatividade. Nós trabalhamos com o lojista, que é o nosso principal foco. Agradecemos as parcerias do Governo do Estado, principalmente a Polícia Militar, por meio da segurança, parceiro em todos os momentos”, afirmou o presidente da entidade, Fred Leal, que entregou um quadro comemorativo à governadora Raquel Lyra. Comércio como motor da economia Presente à cerimônia, a governadora destacou a força do setor de comércio e serviços em Pernambuco, bem como os investimentos públicos em infraestrutura e recuperação do Centro do Recife. “Pernambuco é terra de mascates, o comércio sempre foi um serviço muito forte na nossa região. Apesar de todas as adversidades, nosso setor de serviço e de comércio cresce, acompanhando aquilo que vem acontecendo no nosso estado ao longo dos últimos tempos”, declarou Raquel Lyra. Investimentos e crescimento do PIB Os dados recentes reforçam o bom momento vivido pelo setor. Apenas em 2024, Pernambuco investiu mais de R$ 2,8 bilhões, o que impulsionou um crescimento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB), o maior dos últimos 15 anos. O ambiente favorável, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, é resultado da aproximação com o setor privado e da modernização de processos que impactam diretamente o ambiente de negócios.

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Copom eleva juros básicos da economia para 15% ao ano

Taxa Selic está no maior nível desde julho de 2006 (Da Agência Brasil) Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano. Em comunicado, o Copom informou que deverá manter os juros em 15% ao ano nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba. “Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o texto. “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentou o BC. Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre. De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto. Inflação A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho. As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%. O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA acumulado em 12 meses chegará a 4,9% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses. O Banco Central aumentou levemente as estimativas de inflação deste ano e manteve a do próximo. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026. Crédito mais caro O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025. O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Educação e Aprendizado: A Revolução do Conhecimento com IA

Como a inteligência artificial está transformando o ensino, desafiando modelos tradicionais, levantando dilemas éticos e abrindo caminhos para uma educação mais inclusiva — ou mais desigual. *Por Rafael Toscano A inteligência artificial está mudando a maneira como aprendemos. E não se trata apenas de tecnologias novas em sala de aula, mas de uma transformação mais profunda: uma mudança na própria lógica do ensino. Em vez de um modelo único, centrado no professor como transmissor de conteúdo, começa a emergir um modelo adaptativo, centrado no aluno — um aprendizado sob medida, moldado por algoritmos que aprendem com o estudante. Sistemas de IA já conseguem identificar onde um aluno está com dificuldade, adaptar o conteúdo, mudar o ritmo e até sugerir novas abordagens de ensino. Essa personalização, que seria inviável para um único professor em uma sala cheia, torna-se possível com o apoio de plataformas inteligentes. O resultado? Um aprendizado mais eficiente, mais envolvente e mais respeitoso com as individualidades. Mas isso levanta uma pergunta importante: a quem pertence esse aprendizado? Quando a IA coleta dados sobre o desempenho dos alunos, seus hábitos de estudo, seus erros e acertos — como essas informações são usadas? A privacidade dos estudantes, especialmente de crianças e adolescentes, precisa ser tratada com o máximo cuidado. A promessa da personalização não pode se tornar uma ferramenta de vigilância. Além disso, há o risco de dependência tecnológica. Um aluno que só aprende com mediação algorítmica talvez tenha dificuldades em desenvolver habilidades que envolvem diálogo, escuta, improvisação — competências humanas que nascem do convívio. É fundamental lembrar que educar não é apenas transmitir informação, mas formar cidadãos, com senso crítico, empatia e capacidade de conviver com o diferente. A IA pode ser uma excelente aliada, desde que usada com responsabilidade. Pode corrigir automaticamente provas, gerar planos de aula, sugerir recursos pedagógicos e até simular experimentos complexos. Com isso, libera o professor para o que mais importa: o contato humano. O papel do educador, nesse novo cenário, não desaparece — ele se transforma. Ele deixa de ser apenas fonte de informação e passa a ser guia, curador, facilitador da aprendizagem. A IA também abre caminhos incríveis para a educação inclusiva. Alunos com deficiências visuais podem contar com softwares de leitura inteligente. Estudantes com dificuldades de aprendizagem podem ter conteúdos adaptados ao seu ritmo. E em comunidades remotas, tutores virtuais podem oferecer apoio que antes era impensável. A tecnologia, nesse contexto, é ponte — não barreira. Mas para que essas promessas se cumpram, é preciso enfrentar um problema estrutural: o acesso desigual à tecnologia. A revolução da IA na educação corre o risco de aprofundar desigualdades se apenas alguns puderem se beneficiar dela. É preciso garantir conectividade, equipamentos, formação de professores e políticas públicas que democratizem essas inovações. Outro ponto crítico é a formação ética dos próprios educadores. Professores precisam ser preparados não apenas para usar ferramentas de IA, mas para refletir sobre elas. Entender seus limites, seus impactos e seus potenciais. A alfabetização digital e ética passa a ser tão importante quanto ensinar matemática ou português. Há também um campo emergente e promissor: o uso da IA na pesquisa educacional. Com grandes volumes de dados, é possível entender melhor o que funciona no ensino, o que precisa ser melhorado, e como diferentes contextos influenciam o aprendizado. A IA pode nos ajudar a tomar decisões mais baseadas em evidências e menos em suposições. No entanto, é essencial manter o olhar humano. A empatia, a escuta ativa, o estímulo ao pensamento crítico — essas são qualidades que nenhuma IA, por mais avançada que seja, poderá replicar com a mesma intensidade. A educação, no fim das contas, é um encontro entre seres humanos. E é nesse encontro que o aprendizado mais profundo acontece. A inteligência artificial pode nos ajudar a ensinar melhor. Mas quem ensina a IA o que é importante ensinar? Quem define o que é essencial para o futuro de uma criança, de um jovem, de uma sociedade? Essas são perguntas que exigem mais do que programação. Exigem sabedoria, diálogo e compromisso com o humano. Por isso, a revolução do conhecimento que a IA traz não é apenas tecnológica. Ela é pedagógica. É filosófica. É política. E, acima de tudo, é uma oportunidade de reimaginar o papel da escola, do professor e do aluno no século XXI. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Marilan celebra cinco anos em Pernambuco e anuncia expansão do portifólio

Com 400 colaboradores, fábrica lança panetone exclusivo e cracker adaptado ao paladar nordestino; produção deve crescer até 19% no segundo semestre A unidade do Grupo Marilan em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, completou cinco anos de operação consolidando seu papel estratégico na expansão da marca no mercado nordestino. Para marcar o aniversário, a empresa anunciou a produção de dois novos itens desenvolvidos com foco no consumidor regional: o Marilan Cream Cracker Nordeste e o Panettone Bello Forno, este último criado exclusivamente para o público da região. Expansão com geração de empregos Com um portfólio nacional de mais de 200 produtos, a companhia reafirma sua aposta na planta pernambucana como base de crescimento e inovação. “Para o futuro, nossa expectativa é manter um ritmo consistente de crescimento, com a expansão da área construída, explorando novos segmentos e categorias de produtos, além de fortalecer ainda mais nossa presença no mercado”, destacou o diretor-presidente Rodrigo Garla durante evento comemorativo, com presença de autoridades estaduais e representantes do setor industrial. Fábrica estratégica no Nordeste A fábrica de Igarassu já conta com quatro linhas de produção e emprega 400 pessoas diretamente. Durante o pico de vendas de panetones, no segundo semestre, o quadro deve crescer em até 19%, impulsionado pela produção da linha Bello Forno, voltada ao mercado nordestino. Outro destaque é o Cracker Nordeste, que apresenta sabor mais tostado e salgado, adaptado ao gosto local, sendo fabricado exclusivamente em Pernambuco. Capacidade produtiva e infraestrutura Inaugurada em 2020, a planta Iracema Fontana Garla abastece os mercados do Norte e Nordeste, com capacidade anual de 30 mil toneladas de biscoitos e 3 milhões de panetones e pascoattones. A unidade ocupa 30 mil m² de área construída em um terreno de 250 mil m² e tem sido essencial para ampliar a capilaridade do grupo na região. Com sede em Marília (SP), o Grupo Marilan está presente em mais de 70% dos lares brasileiros e exporta para mais de 30 países. A empresa, que completou R$ 3 bilhões de faturamento em 2024, conta hoje com cinco fábricas no Brasil e 4,5 mil colaboradores.

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Pernambuco lidera crescimento nacional do setor de serviços em abril, aponta IBGE

Estado registrou alta de 5,3% no volume de serviços, o melhor desempenho entre todas as unidades da federação e um sinal de recuperação após queda no mês anterior Pernambuco teve o maior crescimento no volume de serviços do país em abril de 2025, com uma alta de 5,3% em relação a março, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. O desempenho marca uma retomada significativa após a retração de 3% registrada no mês anterior e supera o resultado de abril de 2024, quando a variação foi de apenas 0,1%. Esse crescimento coloca o estado na sétima melhor posição de sua série histórica desde 2011 e o aproxima dos níveis anteriores à pandemia, ficando atrás apenas do patamar de agosto de 2018 (6,7%). O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas atividades de transportes, setor que também influenciou o crescimento nacional, que foi mais modesto (0,2%). “Em abril, o resultado positivo do setor de serviços no Brasil se junta aos aumentos observados nos meses de fevereiro e março, acumulando alta de 1,5% nos últimos três meses. A trajetória recente do setor é impactada principalmente por uma melhora observada no setor de transportes, bem como um maior dinamismo dos serviços de tecnologia da informação e serviços técnico-profissionais”, destaca o analista da pesquisa, Luiz Almeida. Além de Pernambuco, outros estados como Roraima (3,7%), Amazonas (3%) e Mato Grosso (2,8%) também apresentaram crescimento expressivo. No entanto, estados como Rio de Janeiro (-3,2%), Bahia (-2,4%) e Goiás (-3,2%) tiveram quedas relevantes no período. No segmento turístico, Pernambuco também avançou 2,6%, consolidando a melhor variação mensal desde novembro de 2024. De acordo com o IBGE, o crescimento das atividades turísticas foi impulsionado pelo aumento no transporte aéreo e rodoviário de passageiros, refletindo positivamente em receitas de hotéis e empresas de reservas. A próxima divulgação da PMS, com os dados de maio de 2025, está prevista para o dia 11 de julho.

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Investimento em infraestrutura deve crescer 4,2% em 2025, aponta CNI

Mesmo com avanço nos aportes, participação no PIB deve cair para 2,21%, revelando desafios estruturais e necessidade de políticas mais eficazes no setor Os investimentos em infraestrutura no Brasil devem alcançar R$ 277,9 bilhões em 2025, de acordo com estimativa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O montante representa um crescimento de 4,2% em relação ao ano passado, sinalizando uma tendência de recuperação no setor. No entanto, em termos relativos, o percentual sobre o Produto Interno Bruto (PIB) cairá de 2,27% em 2024 para 2,21% neste ano. A CNI alerta que o país ainda investe abaixo do necessário para manter a qualidade dos serviços e a conservação dos ativos. “Em algumas atividades, o país investe menos do que o necessário para suprir a própria depreciação desses ativos. Isso se reflete, na prática, em estradas com conservação inadequada, instabilidade em termos de fornecimento de energia e serviços de telecomunicações, e, ainda, em precariedade no abastecimento de água e no tratamento de esgoto”, afirma o analista Ramon Cunha. Entre os setores que devem puxar o crescimento dos investimentos neste ano estão o saneamento básico e os transportes. A CNI também destaca que a maior parte dos aportes deve continuar vindo da iniciativa privada: 72,2% dos recursos projetados em 2025 serão de origem privada, mantendo o padrão observado desde 2019. Apesar dos avanços pontuais, o Brasil ainda enfrenta entraves significativos para consolidar uma infraestrutura moderna e eficiente. O estudo da CNI elenca desafios como insegurança jurídica, morosidade no licenciamento ambiental e regulação ineficaz. A entidade reforça que é preciso transformar o investimento em infraestrutura em uma política de Estado, com maior governança e critérios rigorosos para investimentos públicos e parcerias. Entre as recomendações estratégicas da CNI estão o fortalecimento do BNDES como estruturador de projetos sustentáveis, o aumento da participação do mercado de capitais no setor e a ampliação gradual dos aportes até atingir 4% do PIB. Segundo a entidade, esses pilares são fundamentais para melhorar a competitividade do Brasil no cenário global.

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Festas juninas impulsionam turismo e aquecem economia em Pernambuco

Comércio, serviços e turismo regional devem registrar crescimento expressivo durante o São João 2025, aponta pesquisa da Fecomércio-PE O São João de 2025 promete movimentar a economia pernambucana, com destaque para o turismo regional e o aumento da demanda por bens e serviços relacionados às celebrações juninas. Segundo levantamento da Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, 27,4% dos consumidores planejam viajar no período, sendo que 86,4% optam por destinos dentro do estado. Caruaru aparece como o principal destino (31,9%), seguido por Gravatá (12,1%). Entre os que pretendem viajar para fora do estado, a Paraíba, com destaque para Campina Grande e João Pessoa, lidera as preferências. A pesquisa mostra que as festividades populares seguem como a principal atração: 64% dos entrevistados pretendem participar de eventos públicos, como shows gratuitos e concursos de quadrilhas. Já os eventos privados atraem um público menor (8,3%), enquanto bares e restaurantes devem receber 14,4% dos consumidores. As celebrações domiciliares continuam fortes, com 52,6% das pessoas planejando reunir familiares e amigos em casa. O setor hoteleiro também será impactado, com 5,4% dos consumidores indicando que pretendem se hospedar durante o período. O consumo de bens pessoais também tende a crescer. Mais da metade dos entrevistados (56,1%) pretende fazer compras para o São João, com foco em roupas (43%), calçados (21,5%) e acessórios (20,7%). O ticket médio estimado é de R$ 225 por pessoa. Em relação à alimentação fora do lar, o gasto previsto é de R$ 207 por consumidor. Nos pagamentos, o cartão de crédito lidera como forma preferida (46,4%), seguido pelo PIX (37,1%). O setor empresarial também se prepara para o aumento da demanda. A pesquisa aponta que 12,5% dos lojistas do varejo planejam contratar trabalhadores temporários para o período. No setor de alimentação, o número sobe para 15%, com destaque para os estabelecimentos tradicionais (18,8%). Já nos shopping centers, a expectativa de contratação é mais modesta, com apenas 5,4%. Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, “as festas juninas têm um papel essencial no fortalecimento do nosso setor de comércio, serviços e turismo”. Já o economista Rafael Lima destaca o papel estratégico do turismo regional: “A data se consolida não apenas pelo volume de consumo, mas também pela mobilidade dos consumidores dentro do estado”. A expectativa é de crescimento de 13,5% nas vendas do varejo e de 10,9% no setor de alimentação durante o São João 2025.

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Liderança feminina em tempos de cuidado: a hora das mulheres

*Por Luciana Almeida No mundo pós-pandemia, algo profundo mudou: o ato de cuidar passou a ocupar um lugar central nas discussões sociais, políticas e organizacionais. Essa transformação, longe de ser apenas simbólica, tem se refletido diretamente nas exigências do mundo do trabalho. O aumento expressivo dos índices de adoecimento mental e do afastamento por questões emocionais nas empresas brasileiras é apenas um dos muitos sinais de que o cuidado – com as pessoas, com os vínculos, com o ambiente – tornou-se uma necessidade estratégica. Foi diante desse cenário que a socióloga Débora Diniz afirmou: “Chegou a hora das mulheres.” Mas o que exatamente ela quis dizer com isso? Historicamente, às mulheres foi atribuído o papel social do cuidado. Desde muito cedo, meninas são educadas para assumir responsabilidades emocionais e práticas dentro da família: cuidar dos irmãos, da casa, dos idosos, dos sentimentos dos outros. Esse padrão se estende ao ambiente profissional onde, não raramente, as mulheres são associadas a funções de apoio, escuta, acolhimento, organização e articulação – habilidades muitas vezes invisibilizadas, mas essenciais para a saúde de qualquer ambiente de trabalho. Dados recentes reforçam essa realidade: entre meninas de 14 a 21 anos, 84% já assumem algum tipo de responsabilidade de cuidado dentro da família (dados da ONG Plan International Brasil, 2023). Essas experiências geram impactos profundos. Ao longo da vida, essas mulheres desenvolvem competências emocionais e sociais que hoje são cada vez mais valorizadas dentro das organizações: sensibilidade, empatia, flexibilidade, construção de vínculos. Pesquisas apontam que, comparadas aos homens, mulheres tendem a priorizar mais o coletivo e o bem-estar do outro, enquanto os homens são educados a pensar em performance individual e resolução racional de problemas. Essa diferenciação – ainda que atravessada por estereótipos de gênero – não pode ser ignorada quando falamos de inteligência emocional, uma das habilidades mais desejadas no mercado de trabalho contemporâneo. Hoje, falar em saúde mental nas empresas vai além de oferecer planos com psicólogos, gincanas corporativas ou ergonomia. Nada disso será eficaz se os relacionamentos dentro das equipes estiverem adoecidos. E é aqui que o cuidado – historicamente desprezado como “habilidade feminina” – se revela essencial para o futuro do trabalho. Saber cuidar passou a ser uma competência de liderança. E as mulheres, por sua trajetória e socialização, chegam neste momento com uma bagagem poderosa, forjada em desafios muitas vezes invisíveis. Reconhecer e valorizar essa presença feminina em cargos de liderança é mais do que uma questão de equidade de gênero: é uma resposta inteligente a um novo tempo, quando resultados e relações caminham juntos. Se antes cuidar era visto como algo secundário, hoje é, sem dúvida, estratégico. E talvez por isso, como disse Débora Diniz, esta seja mesmo a hora das mulheres. *Luciana Almeida é consultora e sócia da TGI

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BNB amplia crédito e lança novas soluções para o agronegócio

Anúncios foram feitos durante a Bahia Farm Show, com foco em ampliar acesso ao financiamento e modernizar o setor (Foto: Paulo Eduardo Oliveira) O Banco do Nordeste (BNB) anunciou nesta quarta-feira (11), durante a Bahia Farm Show, um pacote de ações estratégicas para impulsionar o agronegócio em sua área de atuação, que inclui os nove estados nordestinos, além de parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. As medidas foram detalhadas pelo presidente da instituição, Paulo Câmara, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Luiz Eduardo Magalhães (BA). Entre as novidades, destaca-se o aumento do limite do Cartão BNB, que passa de R$ 10 milhões para R$ 30 milhões, além da criação de uma central de análise de crédito exclusiva para o setor agropecuário. “Estamos seguindo a orientação do presidente Lula que é de ampliar o apoio às atividades produtivas e o Agronegócio é um dos principais setores da nossa economia. Devemos financiar mais de R$ 11 bilhões para a agricultura empresarial no Plano Safra 25/26, 15% a mais do que no exercício anterior”, afirmou Paulo Câmara. O banco também lançou o Giro Flash Agro, linha de crédito com capital de giro e contratação simplificada, voltada especialmente para produtores do agronegócio, com crédito pré-aprovado. “O Giro Flash Agro é uma resposta a um setor que opera com alta tecnologia e precisa de crédito rápido, confiável e personalizado. Estamos reforçando nossa atuação com produtos sob medida para o agronegócio”, destacou Pedro Lima Neto, superintendente estadual do BNB na Bahia. Até o momento, o BNB já movimentou na edição atual da feira o mesmo volume de negócios registrado no evento do ano anterior, quando contratou R$ 280 milhões. A expectativa da instituição é alcançar até sábado um crescimento de 50% em relação a 2024, impulsionada pelas novas soluções apresentadas.

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Executivos brasileiros apontam cultura e liderança como entraves à alta performance

Pesquisa inédita da Amcham Brasil com 765 executivos revela urgência em repensar a preparação das lideranças empresariais A Amcham Brasil apresentou no Recife, durante o CEO Fórum, os resultados da pesquisa Panorama Lideranças 2025, desenvolvida em parceria com a consultoria Humanizadas. O estudo, que ouviu 765 executivos de todo o país — a maioria em cargos de alta liderança —, traz um diagnóstico aprofundado sobre os obstáculos enfrentados pelas empresas brasileiras para alcançar e sustentar alta performance em um cenário cada vez mais complexo e dinâmico. O levantamento revela que 82% das empresas ainda avaliam sua performance com base apenas em resultados financeiros, ignorando dimensões como inovação, clima organizacional e reputação. Para os líderes ouvidos, os principais fatores críticos para um desempenho superior são: liderança preparada (68%), foco estratégico (64%) e cultura organizacional alinhada (63%). A pesquisa aponta ainda que a falta de preparo das lideranças impacta diretamente os resultados: 72% dos entrevistados citam baixo engajamento das equipes, 68% apontam perda silenciosa de talentos e 61% destacam decisões estratégicas frágeis como efeitos colaterais. Nesse contexto, o desenvolvimento de líderes e equipes aparece como a prioridade número um, superando até mesmo a digitalização e a modernização tecnológica. Outro dado relevante é o descompasso entre o estilo de liderança atual e o desejado. Enquanto predomina um perfil operacional, centrado em metas, o ideal identificado é o de uma liderança mais humana, estratégica, inovadora e com domínio de dados — inclusive de inteligência artificial — capaz de gerar impacto positivo de longo prazo. Serviço📊 Acesse o conteúdo completo da pesquisa Panorama Lideranças 2025: https://lnkd.in/d9BVxg6R📎 Realização: Amcham Brasil e Humanizadas

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