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Dia das Mães deve impulsionar comércio com alta de 15% no valor médio dos presentes em Pernambuco

Sondagem da Fecomércio-PE e Sebrae/PE mostra maior intenção de compra, crescimento no uso do Pix e otimismo do varejo e alimentação para o período O comércio pernambucano se prepara para um aumento significativo nas vendas neste Dia das Mães de 2025, com destaque para o crescimento de 15% no valor médio dos presentes em relação a 2023. A sondagem realizada pela Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae/PE, revelou que 73,1% dos consumidores pretendem comemorar a data neste ano, mesmo diante de desafios econômicos. O tíquete médio para presentes foi estimado em R$196, enquanto o gasto com refeições fora de casa chega a R$192. A pesquisa também mostrou que roupas e acessórios continuam sendo os itens mais procurados (35,1%), seguidos por perfumes e cosméticos (26,9%) e calçados (17,6%). As compras em lojas físicas ainda predominam, com o comércio tradicional e os shoppings somando mais de 90% das preferências, enquanto o comércio eletrônico responde por 13,4%. A maior parte dos consumidores (59,7%) deixa para comprar na semana da celebração, refletindo o comportamento de última hora que ainda marca o consumo sazonal. No recorte empresarial, o levantamento apontou que 15,2% dos varejistas e 21,3% dos empreendimentos de alimentação devem contratar pessoal temporário para atender à demanda. As estratégias de vendas envolvem principalmente o impulsionamento de conteúdo em redes sociais (53,4%) e decoração temática nas lojas (47,3%), além de ações como incentivos internos e publicidade externa. A expectativa é de crescimento de até 24,9% nas vendas em shoppings e de 23% nos serviços de alimentação em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, a formalização do emprego tem sido determinante para o otimismo do setor. “A formalização do emprego eleva o poder de compra e reforça a intenção de celebrar o Dia das Mães. No entanto, é preciso ampliar opções de crédito com juros mais baixos para não comprometer o orçamento das famílias, uma das preocupações daqueles que apontaram não celebrar essa data tão importante”, afirmou. Para o economista Rafael Lima, o maior poder de compra está diretamente ligado à evolução das formas de pagamento. “O valor médio gasto com presentes saltou de R$170 em 2023 para R$196 em 2025, reflexo do maior poder de compra das famílias. A expansão da utilização do Pix, de 21,9% em 2023 para 30% em 2025, demonstra a preferência por meios de pagamento mais rápidos, seguros e com ótima liquidez aos empresários”, explicou. A pesquisa de campo foi realizada entre os dias 7 e 16 de abril, com 1.000 consumidores e 500 empresas de 17 municípios pernambucanos.

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Faturamento das PMEs recua 1,2% no 1º trimestre de 2025, aponta IODE-PMEs

Indústria e infraestrutura puxam retração, enquanto comércio atacadista é destaque positivo no cenário desafiador para pequenas e médias empresas As pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs) iniciaram 2025 em ritmo de retração, segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). No primeiro trimestre do ano, o faturamento médio dessas empresas caiu 1,2% em relação ao mesmo período de 2024, com queda ainda maior (-1,5%) na comparação com o último trimestre do ano passado. Trata-se do pior resultado do indicador desde o fim de 2021, refletindo o impacto da perda de dinamismo econômico e do aumento das incertezas internas e externas. Os setores industrial (-5,8% YoY) e de infraestrutura (-3,3%) lideraram as retrações, sendo fortemente impactados pelo cenário macroeconômico adverso e pela elevação das taxas de juros, que penaliza especialmente segmentos com alta demanda de capital. Já o setor de serviços, que abriga o maior volume de PMEs no país, registrou estabilidade, com leve queda de 0,2%. Dentro do setor, o desempenho negativo de atividades como alimentação e serviços profissionais foi parcialmente compensado pelo avanço de segmentos como informação, transporte e atividades financeiras. O comércio foi o único setor que cresceu no trimestre, com alta de 7,9% no faturamento das PMEs. Esse resultado, no entanto, esconde contrastes: enquanto o comércio atacadista teve crescimento expressivo de 10,2%, o varejo recuou 1,3%. Entre os destaques positivos estão os atacadistas de bebidas, resinas e resíduos recicláveis, e, no varejo, setores como medicamentos veterinários, livros e equipamentos de escritório mantiveram bom desempenho. A análise regional revela a heterogeneidade do cenário: enquanto Sudeste (+0,6%) e Centro-Oeste (+2,5%) mantiveram expansão, as regiões Sul, Nordeste e Norte enfrentaram retrações de 3,5%, 3,5% e 10,4%, respectivamente. Para Felipe Beraldi, economista da Omie, “a queda do IODE-PMEs no primeiro trimestre de 2025 reforça a percepção de que este será um ano mais desafiador para a economia brasileira”, especialmente com o aumento das incertezas fiscais e o impacto da política internacional sobre a inflação e os juros. Mesmo diante desse quadro, o economista destaca que o setor de PMEs tende a crescer em linha com o PIB nacional, cuja projeção gira em torno de 2%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. A tendência representa uma desaceleração, já que nos últimos anos as PMEs vinham crescendo acima da média da economia brasileira.

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Pernambuco fecha primeiro trimestre com 1,4 mil novos empregos com carteira assinada

Em todo o país, foram abertos 654,5 mil postos nos três primeiros meses de 2025. Em março, são 71,5 mil novos empregos com carteira assinada criados no Brasil (Do Governo Federal) A Região Nordeste acumula saldo positivo de mais de 28,8 mil empregos formais gerados nos três primeiros meses de 2025. Em Pernambuco, apesar de o desempenho em março ter ficado negativo em 3.478 postos, o estado apresenta resultado positivo no primeiro trimestre, com 1.471 empregos com carteira assinada entre janeiro e março. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quarta-feira (30/4), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Nos últimos 12 meses, entre abril de 2024 e março de 2025, o saldo registrado em Pernambuco é de 55.087 empregos formais, resultado de 653,8 mil admissões e 598,7 mil desligamentos, média de 4,5 mil empregos gerados por mês. Com esses resultados, o estoque, ou seja, a quantidade total de pessoas formalizadas atuando no estado pernambucano, chegou em março deste ano a 1,51 milhão de pessoas. As novas vagas com carteira assinada geradas em março em Pernambuco foram ocupadas, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (932). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (857) com as vagas no estado. Jovens entre 18 e 24 anos são o grupo com maior saldo de vagas no estado pernambucano: 1.777.  Apesar do saldo negativo em março, dois setores da economia em Pernambuco apresentaram resultados positivos. O setor de Serviços fechou o mês tendo registrado a abertura de 2.397 novos postos formais, enquanto na Construção foram abertas 737 novas vagas.  Além disso, 90 municípios fecharam o mês com saldo positivo em Pernambuco. O destaque ficou com a capital, Recife, com 1.044 novos postos formais de trabalho. Em seguida, aparecem as cidades de Cabo de Santo Agostinho (318 novos postos), Paulista (306), Águas Belas (281) e Palmares (236).

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AMCHAM Forum ESG Recife Foto Americo Nunes

Fórum da AMCHAM Pernambuco debate futuro sustentável de cidades e empresas

Evento em Recife reunirá lideranças para discutir COP30, mudanças climáticas e práticas ESG no setor produtivo. Foto: Americo Nunes A cidade do Recife será palco, no dia 6 de maio, do Fórum de Sustentabilidade da AMCHAM Pernambuco, que promete reunir especialistas, representantes do setor público e líderes empresariais para discutir os desafios da agenda ESG nas empresas e nas cidades brasileiras. O encontro será realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, das 14h às 18h, com credenciamento a partir das 13h, e terá como foco temas urgentes como as mudanças climáticas em Pernambuco, o papel estratégico da COP30 e os caminhos para integrar sustentabilidade à cultura corporativa. Com uma programação diversificada, o evento destaca a apresentação da pesquisa inédita Panorama Sustentabilidade, elaborada pela AMCHAM Brasil, que traz um diagnóstico atual sobre práticas, desafios e oportunidades ESG nas empresas do país. Entre os convidados, está Paulo Boneff, líder global de Responsabilidade Social da Gerdau, que abordará o tema “Impactos, reconstrução e restauração: o desafio do povo gaúcho”, em alusão aos efeitos de desastres climáticos e à resposta do setor empresarial. Outros painéis prometem aprofundar as discussões sobre desenvolvimento humano, responsabilidade ambiental e inovação. A secretária estadual Ana Luíza Ferreira (Meio Ambiente e Sustentabilidade), Daniella Pessoa (M. Dias Branco) e executivos da Gerdau e da Rede Cidadã discutirão a relevância da COP30 como plataforma de transformação sustentável. Já o painel de encerramento reunirá vozes como Jô Mazzarolo (MZ Consultoria), Paulo Dantas (Agrodan) e Gabriel Mendes (Porto de Suape), reforçando que “diversidade de práticas pode caminhar com unidade de propósito” no universo ESG. O Fórum de Sustentabilidade se consolida como um espaço estratégico de articulação entre o setor privado, governo e sociedade civil, promovendo conexões e soluções para uma economia mais verde, inclusiva e resiliente. Serviço📌 Fórum de Sustentabilidade da AMCHAM Pernambuco📅 Data: 6 de maio de 2025🕒 Horário: 14h às 18h (Credenciamento às 13h)📍 Local: Centro de Convenções de Pernambuco🎟️ Entrada gratuita para associados Amcham e bilheteria para não sócios – Inscreva-se aqui🔖 Vagas limitadas

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Porto de Suape acelera obra de requalificação do molhe de proteção

Com 17% dos serviços concluídos, intervenção reforça segurança portuária e prepara o complexo para os desafios climáticos futuros A quarta e última etapa da requalificação do molhe de abrigo do Porto de Suape avança em ritmo acelerado, impulsionada pelas boas condições climáticas registradas desde o início das obras, em outubro de 2024. Até março deste ano, 17% do cronograma foi executado — desempenho 70% acima do previsto para o período, o que garante uma margem de segurança para a continuidade dos serviços durante os meses mais chuvosos, entre junho e agosto. Com investimento total de R$ 123 milhões e prazo de conclusão de 47 meses, a obra é a maior intervenção no paredão de proteção em mais de quatro décadas. A estrutura de pedra, com 1,8 quilômetro de extensão, funciona como barreira contra a força das marés e a incidência de correntes e ondas, protegendo o porto externo e permitindo a realização segura das operações.“É uma intervenção muito importante para garantir o bom funcionamento das atividades portuárias, além de deixar o nosso porto com infraestrutura robusta para atender as exigências do mercado internacional em relação aos desafios impostos pelas mudanças climáticas”, afirma o diretor-presidente do Complexo de Suape, Armando Monteiro Bisneto. A obra é considerada estratégica por resguardar os Píeres de Granéis Líquidos (PGLs), responsáveis por 64,1% da movimentação de cargas em Suape no ano passado. “Pelo cronograma, a projeção era concluir 10% da intervenção em abril de 2025. Mas pelo ritmo acelerado dos serviços, já superamos em 70% a previsão inicial do calendário, resultando numa boa folga para a redução prevista no decorrer do período chuvoso, entre junho e agosto”, completa Monteiro Bisneto. Executada pela construtora Venâncio, a intervenção é financiada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC3), por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, e verba própria da estatal portuária — R$ 50 milhões e R$ 73 milhões, respectivamente. A obra segue o mesmo modelo técnico das etapas anteriores, com a colocação de blocos de pedra de até 12 toneladas. Desde 2018, já foram requalificados mais de 1,2 quilômetro da estrutura original, com investimentos superiores a R$ 110 milhões. Em números: Obra de requalificação do molhe de abrigo do Porto de SuapePrazo de execução: outubro de 2024 a agosto de 2028Investimento total: R$ 123 milhões

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Startups e mulheres empreendedoras ganham reforço de R$ 750 milhões em novos fundos lançados no Recife

Com presença da ministra Luciana Santos, BNB, Finep e Sebrae apresentam iniciativas de crédito e investimento voltadas à inovação e ao empreendedorismo feminino O Recife será palco, nesta quarta-feira (30), do lançamento de dois importantes fundos voltados ao fomento da inovação e do empreendedorismo feminino: o FIP Nordeste Capital Semente e o FAMPE Mulher. As iniciativas somam mais de R$ 750 milhões em recursos e serão operacionalizadas por meio de parceria entre o Banco do Nordeste (BNB), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Sebrae. O FIP Nordeste Capital Semente terá foco em investimentos em startups da região, oferecendo capital para negócios inovadores em fase inicial. Já o FAMPE Mulher garantirá crédito a empreendedoras, com condições diferenciadas para impulsionar a atuação feminina no setor produtivo. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participa do lançamento ao lado dos presidentes do BNB, Paulo Câmara, do Sebrae, Décio Lima, e do diretor financeiro da Finep, Márcio Stefanni. A ação reforça o compromisso das instituições com a inclusão produtiva e o fortalecimento do ecossistema de inovação no Nordeste. “Esses fundos representam uma resposta concreta às demandas de quem empreende e inova, especialmente as mulheres, que enfrentam mais barreiras para acessar crédito e apoio técnico”, afirmam os organizadores. O evento acontece na Superintendência do Banco do Nordeste, na Av. Conde da Boa Vista, a partir das 10h30, e deve reunir representantes do setor público, privado e do ecossistema empreendedor local. SERVIÇOLançamento do FIP Nordeste Capital Semente e do FAMPE Mulher📅 Data: 30 de abril de 2025 (quarta-feira)⏰ Horário: 10h30 às 13h📍 Local: Auditório da Superintendência do BNB em Pernambuco (Av. Conde da Boa Vista, 800, Ed. Apolônio Sales, 2º andar – Boa Vista, Recife)

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Café e ovos lideram alta de preços e pressionam orçamento das famílias no Nordeste

Estudo da Neogrid revela que alimentos básicos tiveram fortes reajustes em março, com destaque para a elevação de 12,1% no preço dos ovos na região Nordeste O bolso do consumidor nordestino sentiu em março o impacto da alta nos preços de produtos básicos. Segundo o levantamento “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, da Neogrid, os ovos registraram aumento de 12,1% no Nordeste, liderando a lista regional de altas. O café em pó e em grãos, outro item essencial, teve reajuste de 6,4% no mesmo período. No cenário nacional, o café subiu 7,3%, atingindo o preço médio de R$ 67,39 por quilo, enquanto os ovos acumularam uma valorização de 32,4% desde dezembro de 2024. De acordo com Anna Carolina Fercher, líder de dados estratégicos da Neogrid, os aumentos são reflexo de pressões logísticas e efeitos climáticos adversos, como estiagens e ondas de calor em áreas produtoras. “O aumento reflete uma combinação de fatores na cadeia de abastecimento, como custos logísticos elevados e flutuações de oferta, que acabam pressionando o consumidor final”, explica. Outros produtos também apresentaram elevações na região Nordeste: leite UHT (2,9%), refrigerantes (1,8%) e biscoitos (1,6%). Já entre as quedas mais significativas de preços no Nordeste estão itens de ampla circulação, como sal (-7,6%), arroz (-7,0%), xampu (-4,4%), óleo (-4,4%) e feijão (-3,5%). Em âmbito nacional, os recuos mais expressivos ocorreram no arroz (-5,1%) e na carne bovina (-3,0%). O estudo mostra que, enquanto itens como café e ovos continuam a subir, pressionando o custo de vida, algumas categorias fundamentais no prato do brasileiro registram recuos que ajudam a equilibrar o cenário. Ainda assim, a alta acumulada de alimentos essenciais sinaliza alerta para o poder de compra das famílias, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

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Fiagro Nordeste: novo fundo do Banco do Nordeste e BTG Pactual investe R$ 125 milhões no agronegócio regional

Fundo inédito busca captar até R$ 500 milhões e impulsionar modernização produtiva no Nordeste, norte de MG e sul do ES. Foto: Tibico Brasil O Banco do Nordeste (BNB) e o BTG Pactual Asset Management uniram forças para lançar o Fiagro Nordeste, um fundo de investimento voltado exclusivamente ao agronegócio da região. Com um aporte inicial de R$ 125 milhões, sendo R$ 100 milhões do BNB e R$ 25 milhões do BTG Pactual, o fundo busca atrair, na primeira fase, pelo menos R$ 500 milhões em recursos, com foco na expansão da capacidade produtiva, logística e modernização tecnológica no setor. A iniciativa abre uma nova frente de financiamento para produtores rurais dos nove estados nordestinos, além do norte de Minas Gerais e do sul do Espírito Santo. Os recursos poderão ser acessados em operações que variam de R$ 5 milhões a R$ 100 milhões, dependendo do porte do projeto. Segundo os idealizadores, o Fiagro Nordeste se destaca por suas condições atrativas: isenção de IOF, garantias flexíveis e desembolso ágil, em até 45 dias. Para Luiz Abel Amorim de Andrade, diretor de Negócios do Banco do Nordeste, a parceria representa um avanço na democratização do acesso ao mercado de capitais por parte do setor agropecuário regional. Já o diretor Financeiro e de Crédito do BNB, Wanger Antônio de Alencar Rocha, destaca o potencial multiplicador do fundo: “A expectativa é a de que para cada R$ 1 que o BNB aportar no fundo, outros investidores aportem pelo menos R$ 4, o que multiplica o volume de recursos à disposição do agronegócio da região”. O BTG Pactual será responsável pela estruturação e gestão do fundo, além de liderar a captação junto a novos investidores. A iniciativa se alinha a uma tendência nacional de uso dos Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) como instrumentos de fomento ao setor, com a vantagem de foco territorial no desenvolvimento sustentável do Nordeste.

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Micro e Pequenas Empresas lideram aumento de 13,1% na demanda por crédito em fevereiro

Serasa Experian aponta que o crescimento foi impulsionado pela resiliência dos MPEs diante de um cenário desafiador A demanda das empresas por crédito no Brasil registrou um aumento de 13,1% em fevereiro de 2025, comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. O principal responsável por esse crescimento foram as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que apresentaram uma alta de 13,5% no período. Esse aumento reflete a busca por fôlego financeiro em meio a um cenário de taxas de juros elevadas e desafios econômicos. Para Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, o aumento na procura por crédito é uma resposta das empresas à necessidade de manter a operação. “Apesar do nível restritivo da taxa de juros, muitas micro e pequenas empresas têm recorrido ao crédito como uma forma de manter a operação e atravessar um cenário desafiador. A resiliência dessas empresas é fundamental para sustentação da atividade econômica, visto que micro e pequenos negócios representam mais de 90% das empresas no Brasil”, afirma. Esse comportamento reflete a adaptação e resistência dos MPEs, que continuam a ser um pilar vital para a economia do país. Na análise por setores, o segmento "Demais", que inclui o agronegócio, o setor financeiro e o terciário, teve o maior crescimento da demanda por crédito, com um avanço de 19,5%. Em seguida, destacaram-se os setores de "Serviços", com um crescimento de 18,8%, e "Indústria", com uma alta de 13,5%. O setor de "Comércio", embora tenha apresentado crescimento, teve a menor variação, com 6,8%.

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A BR-232 e o novo traçado das cidades

*Por Geraldo Eugênio A rodovia como está Há três meses esta coluna chamou a atenção de quão inadiável é a duplicação da rodovia BR-232. Vamos tratar do trecho no qual me desloco com mais intensidade, entre Serra Talhada e o Recife. São 410 km em que se pode dividir em três intervalos distintos. O primeiro, entre Serra Talhada e Arcoverde, com uma distância de 160 km, normalmente é feito em duas horas de direção, trânsito moderado. O segundo, entre Arcoverde e São Caetano, com 105 km, que exige entre uma hora e quarenta minutos e duas horas, e por último de São Caetano ao Recife, com 150 km, ao redor de duas horas, somando quase seis horas em dias que não haja intercorrências nesse trecho. Teoricamente a distância a uma velocidade média de 80 km horários necessitaria, tão somente, quatro horas. Trocando em miúdos: há uma perda de tempo fora do padrão, principalmente no segundo trecho, cuja velocidade média é de 50 km horários. A segunda questão é o traçado. São longos os percursos retos o que demonstra o acerto no traçado, incluindo o trecho entre Salgueiro e Parnamirim, pouco mencionado nas discussões sobre o assunto. A preocupação começa quando se examina o papel das cidades de grande porte, a exemplo de Caruaru, e as de porte médio que se distribuem pela rodovia, a exemplo de Gravatá, Bezerros, Belo Jardim, Pesqueira, Arcoverde Custódia, Serra Talhada e Salgueiro. Intervenções inadiáveis Há de se supor que o projeto contratado pelo governo estadual contemple a discussão em referência. A duplicação entre São Caetano e Salgueiro não significa um orçamento de 350 km de rodovia, mas de obras que certamente duplicarão o valor da construção da rodovia. Importante que se coloque na planilha a inviabilidade do traçado atual da rodovia tomada pela área urbana dos municípios citados. No caso de Custódia, Arcoverde, Pesqueira, Belo Jardim sempre há congestionamentos e dificuldades de manobra para entrar ou sair da rodovia. Em Serra Talhada, o que tem atenuado a situação é o viaduto existente entre as avenidas Afonso Magalhães e Triunfo, senão a situação seria a mesma das demais. Viadutos ou rotatórias? Seria o caso de as administrações municipais e estadual e os empresários planejarem o que se pretende da rodovia duplicada. Certamente a maioria dos gestores e o comércio – que ao longo do tempo se desenvolveu ladeando a rodovia e tornando-a nos municípios citados uma avenida – não querem tocar no assunto. Todos alegarão prejuízos irrecuperáveis em se contar com um novo traçado, entretanto não há como se tentar fugir da questão e imaginar que, na maioria dos casos, não serão um ou dois viadutos ou rotatórias que resolverão a lentidão do tráfego, mas cinturões viários deslocando o traçado – principalmente dos maiores veículos – das aglomerações urbanas. O trecho duplicado entre o Recife e São Caetano merece ser tratado como exemplo. O município que mais benefícios colheu com a duplicação foi Vitória de Santo Antão. No início, deslocar a rodovia para a região de Natuba era decretar o fim da cidade, hoje se nota que foi a redenção do município, que atraiu um parque industrial diferenciado, deixando de ser apenas a terra da cachaça Pitú. A cidade foi se deslocando para o Sul e hoje se aproxima do novo traçado da rodovia. Obviamente não se pode pensar em investir alguns bilhões de reais na requalificação desta rodovia atendendo a questões de natureza pessoal ou local. Logo, é de se esperar que qualquer negociação que busque recursos públicos ou privados passará por se debruçar no que tal investimento trará de benefício para os municípios e para o Estado, uma vez que além das cidades localizadas diretamente na rodovia, todos os municípios do Agreste e do Sertão serão beneficiados com a obra. Imagina-se que cadeias produtivas exportadoras ou que aspiram a participar do comércio exterior, como a fruticultura irrigada e a avicultura, podem prestar uma boa contribuição à discussão, bem como o Complexo Industrial Portuário de Suape, uma vez que até que a ferrovia Transnordestina possa ser concluída, a BR-232 é a principal via de escoamento de carga do porto para o interior do Nordeste. A alternativa aos viadutos e rotatórias seriam os elevados, mas não se imagina que haja disponibilidade de recursos para se investir em algumas dezenas de quilômetros de rodovia suspensa, mesmo em situações de maior densidade populacional. O fato é que essa discussão pode ser antecipada de modo a evitar que o projeto em elaboração, ao tentar ser executado, seja objeto de modificações que o tornem obsoleto antes do início das obras. Que se garanta o orçamento para a obra Por último, mas não menos importante, é saber de onde se contará com os recursos para a execução desta duplicação. No orçamento da União ou no Novo PAC ele ainda não se encontra nem o Governo de Pernambuco contará com recursos da privatização de uma outra estatal tal qual a Celpe. Esse é um esforço que exigirá a aliança entre todos os estamentos de governo, empresariais e forças políticas. Até o momento não tem sido notada esta coesão, o que será necessário, uma vez que há em paralelo a demanda pela ligação ferroviária entre o Porto de Suape e o município de Salgueiro, negligenciado ao ponto de vê-la ser sacada, em dezembro de 2022, do projeto da ferrovia. Um outro aspecto determinante é que não haja procrastinação desta obra. Neste instante, Pernambuco não pode aceitar um programa de execução seccionado em pequenos trechos, o que poderia levar entre uma e duas décadas para sua conclusão. Vale deixar claro que estados vizinhos estão direcionando esforços na duplicação de seus principais eixos rodoviários, sejam com recursos próprios ou federais. Há uma corrida e uma aposta no futuro. Desde o bem-estar da população à atração de novas empresas para os municípios do interior. Para Pernambuco não há opção sob o risco de ver a concorrência erodir suas vantagens competitivas a exemplo do estratégico porto de Suape.

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