Arquivos Iperid - Página 11 De 12 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Acordo Mercosul e União Europeia: Oportunidades para PE?

Após vinte anos de negociação entre os dois blocos, chegou-se – finalmente – à etapa de conclusão do acordo das partes. Mas como Pernambuco pode extrair maiores vantagens deste acordo que abrange uma população de 780 milhões de pessoas e corresponde a 25% da economia mundial? Antes de discorrer do tema, é importante mencionar de modo bastante sintético e genérico acerca do interdependentismo. Nas Relações Internacionais, um dos marcos teóricos que remontam ao assunto refere-se à Teoria da Interdependência, que remonta sobre o comportamento dos países em dependerem uns dos outros no Sistema Internacional. De modo prático, a Teoria enxerga o mundo como uma trama altamente dinâmica, mutável e desequilibrada, tendo, portanto, uma importante capacidade de rearranjo para reestabelecer o “equilíbrio”. Ou seja, a partir dos interesses e movimentos de cada um dos países, o impacto nos demais pode ser direto ou indireto, desestabilizando o arranjo e fazendo com que a trama se reorganize constantemente, considerando que os países são a parte central do sistema internacional. Sendo assim, outros aspectos e acontecimentos recentes no mundo colaboraram para o andamento do Acordo. No âmbito mundial, a Guerra Comercial entre EUA e China contribuiu fortemente para a retomada das negociações entre os blocos, a partir do momento em que perceberam uma forte polarização no mercado internacional. Some-se a isso uma redução intencional e gradual do PIB chinês que afeta as principais economias mundiais em um efeito cascata. Quando debato este assunto, costumo dizer que enquanto o presidente americano Donald Trump trava uma batalha utilizando estratégias de futebol americano, objetivas e de curto prazo; o seu congênere, Xi Jinping, vem atuando com a frieza de um enxadrista, vislumbrando - quase sempre - o longo prazo.   A relação franco-brasileira, recentemente estremecida em função da temática que envolve a Amazônia, se tornou um fator extremamente importante ao andamento do acordo. Porém, é válido mencionar também que os agricultores e empresários do agronegócio francês estão pressionando o presidente Emmanuel Macron contra o Acordo, já que o volume da oferta agrícola brasileira certamente derrubará os preços de commodities no mercado doméstico, sendo um péssimo negócio para França, um dos maiores produtores de commodities da Europa. . Do ponto de vista regional, o alinhamento político dos atuais líderes do Brasil e Argentina fez com que o assunto voltasse à tona. Ambos entendem que o Mercosul está há bastante tempo isolado em termos de comércio internacional, possuindo poucos acordos comerciais vigentes – e, portanto, pouca relação com as cadeias globais de valor. Este entendimento ensejou uma atividade de política externa visando retomar as negociações e chegar ao acordo, após vinte anos. Com o resultado das eleições argentinas no final do mês de outubro, já houve o indicativo de que a próxima gestão fará revisão do acordo, causando uma redução da celeridade no andamento do tema dentro do bloco Mercosul. Apenas para esclarecer, no atual estágio do acordo só resta a etapa de assinatura entre as partes. Porém, os países que se sentem menos beneficiados ou são efetivamente contra podem retardar o andamento do tema em seus respectivos parlamentos nacionais como também dentro do próprio Bloco Econômico que fazem parte, alongado o prazo da assinatura. Exposto os aspectos externos ao Acordo entre o Mercosul e União Europeia, como o Pernambuco poderá se beneficiar? Basicamente do comércio exterior (exportação e importação de bens e serviços, atividades logísticas de distribuição), e através dos investimentos estrangeiros diretos (IED) provenientes daquele bloco. Pela ótima localização geográfica, o Nordeste – especialmente Pernambuco – está exatamente no meio do percurso entre os principais centros financeiros dos dois blocos econômicos, o que significa um excelente local para atividades de distribuição de produtos importados europeus, bem como possível ponto concentrador de cargas com destino à Europa, através do Porto de Suape ou pelo Aeroporto do Recife. Pernambuco sempre teve uma cultura tradicionalmente importadora, que poderá ter seu custo reduzido nos anos vindouros. Porém, na mão inversa, produtos existentes em nosso Estado e na região nordeste como um todo terão, a partir do desgravamento gradual tarifário promovido pelo acordo, ainda mais possibilidades comerciais no bloco europeu, tais como pescados, mel, frutas, confecções, componentes automotivos, entre tantos outros. Lembrando que, para competir no mercado europeu, é sempre bem-vindo o contínuo desenvolvimento de tecnologia, qualidade e de melhoria dos produtos para atender os padrões de consumo daquele bloco. Do ponto de vista dos Investimentos Estrangeiros Diretos, Pernambuco possui grandes oportunidades, já tendo inclusive um ótimo histórico de empresas europeias que acreditaram no nosso Estado para efetivar novas atividades econômicas. Setores como automotivo, farmacêutico, alimentos e bebidas, logística, energias renováveis e tantos outros possuem grandes oportunidades no mercado local para atender a região nordeste e o mercado doméstico brasileiro. Os investimentos Estrangeiros Diretos podem proporcionar através de transferência de tecnologia, dentre outros resultados, impactos diretos nas exportações, incrementando um ciclo virtuoso com o comércio exterior. . *João Canto, Internacionalista, é Fellow do IPERID – Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia

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Desenvolvimento cultural por meio de dados

O Nordeste é o berço da cultura do Brasil, somos celeiro dos maiores escritores, músicos, movimentos e eventos culturais. Ao longo da minha trajetória, tenho aprendido que estudar o desenvolvimento econômico, é um exercício de reflexão sobre “vocação” e cultura certamente é uma das vocações do Nordeste. Sendo assim, pensar o desenvolvimento econômico da região, passa pela cultura local. Pertencente a área de ciências humanas-exatas, aprendi a contar a história em números. Eles, às vezes, nos ajudam a aplacar paixões e conduzir discussões de forma mais objetiva. Na minha carreira, estamos vocacionados aos números e nos dedicamos a “construir confiança na sociedade e resolver problemas importantes”. Mas vou contar aqui como os números podem agregar valores e histórias e caminharem juntos rumo ao desenvolvimento econômico cultural de uma região. Há mais de 10 anos, o sócio da PwC Portugal, Miguel Marques, iniciou estudos sobre economia do mar, quando ninguém falava sobre este tema - com o propósito de criar estudos baseando-se em índices ligados ao mapeamento de riquezas a partir do mar. Faço um parêntese: o mar, em minha visão, é outra grande vocação do nordestino. Nossa visão com esta iniciativa é gerar dados que possam fomentar a tomada de decisão, inclusive para políticas públicas. Em dez anos já estudamos mais de vinte países, já fomos à ONU falar sobre a nossa visão e debater as metas 2030 da ONU para o mar. Há dois anos fizemos o primeiro estudo da economia do mar para o Ceará. Este ano nós conhecemos, e iniciamos um processo de expansão de estudos para o Nordeste. Em janeiro lançamos a 2ª edição no Ceará, em março a 1ª edição do estudo em Pernambuco, em julho o estudo da Bahia e em setembro a 1ª edição do Rio Grande do Norte. Ao longo desta trajetória, aprendemos sobre coisas que não fazíamos ideia que conhecíamos, como por exemplo: que o RN tempera com sal 97 % das mesas do Brasil; que o Ceará e RN têm grande potencial da pesca do atum em suas costas; que é forte, mas com grandes oportunidades de crescimento, o turismo de cruzeiro para todos os estados da região; descobrimos iniciativas de mineração no mar na Bahia; produção de peixes no estado de Pernambuco, e tantas outras coisas mais. O ponto é que com a sistematização de dados, conseguimos descobrir elementos que não conhecíamos e conseguimos falar sobre nós com mais propriedade. Números podem nos ajudar a construir consensos. Acredito na nossa vocação para a cultura e entendo que precisamos contar melhor esta história para mostrar esse potencial e não deixar só, em sua tarefa de produzir o desenvolvimento econômico, o Estado. Acredito que sistematizar dados sobre a cultura é uma grande contribuição para a economia da região Nordeste. Tenho certeza que todos nós nos surpreenderemos com os resultados.       Vinícius Rêgo é sócio-líder da PwC Brasil no Nordeste, que é parceira do Iperid

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Paiva Conference discute a Diplomacia 4.0

No dia 30 de outubro acontecerá na Saraiva do Riomar a Paiva Conference. O evento terá como convidados Rainier Michael, cônsul da Eslovênia e presidente do Iperid, e Thales de Castro, cônsul de Malta e vice-presidente do mesmo instituto. Eles debaterão sobre "Relações internacionais e Diplomacia 4.0: Globalização dos negócios num mundo disruptivo". O jornalista Aldo Vilela será o mediador do encontro. A palestra começa às 19h30. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail paivaconference@gmail.com. Mais informações pelo telefone: (81) 98679-2125

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Algomais.com lança coluna do Iperid

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid) passa a contar com um espaço fixo no site da Algomais, que você pode acessar diretamente pelo www.algomais.com/colunistas/iperid. A revista já vem fazendo a cobertura dos eventos desse think tank e discutido nas nossas edições impressas e digitais os principais assuntos levantados pelos representantes do instituto. A partir de agora, todo esse conteúdo gerado que envolve as relações internacionais e a diplomacia será disponibilizado nesta coluna. . O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia é presidido pelo cônsul da Eslovênia no Recife Rainier Michael, e tem como vice-presidente o cônsul de Malta em Recife e presidente da Sociedade Consular de Pernambuco  Thales Castro. O Iperid tem ainda como fellows a embaixadora Kátia Gilaberte e o João Canto. . O Iperid é o primeiro think tank no Norte Nordeste do Brasil, exclusivamente, na área internacional. O instituto tem por missão: Formar cidadania e civismo no campo das pesquisas e das reflexões, envolvendo a ampla área das relações internacionais e da prática diplomática atualmente. "O Iperid é um “Think Tank” de excelência e referência no Nordeste na área diplomática, acadêmica, empresarial e parlamentar, criando pontes, com equilíbrio, rigor analítico, informação e análise rápida just-in-time e promovendo mobilidade e neutralidade para atuar em diversas plataformas públicas e privadas e não-governamentais", afirmou o presidente Rainier Michael.   Kátia Gilaberte e João Canto são fellows do Iperid . Confira as notícias relacionadas ao Iperid que já estão disponíveis na coluna pelo link: www.algomais.com/colunistas/iperid

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Percepções da China (por João Canto)

Entre os dias 26 de junho e 11 de julho deste ano, à convite do Consulado-Geral da China em Recife, em parceria com o MOFCOM - Ministério do Comércio daquele país, uma comitiva dos estados do Nordeste, a qual integrei a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, visitou Xangai e cidades próximas. Gostaria de aproveitar o espaço para agradecer e parabenizar a Cônsul-Geral Sra. Yan Yuqing e sua equipe consular pela iniciativa de aproximar ainda mais o Estado de Pernambuco com a China, criando novas oportunidades de relacionamento sino-brasileiro. No Programa desta Missão, baseado em Xangai, continham, dentre outras agendas nas cidades de Yiwü, Jinhua e Hangzhou, visitas e palestras para entendermos os aspectos e ativos econômicos que alicerçam o robusto crescimento econômico chinês, tais como a Zona de Livre Comércio e o Porto Eletrônico, ambos em Xangai. Porém, não pretendo aqui tecer comentários técnicos ou sobre aspectos da agenda que pude participar, tampouco dos números do crescimento econômico, mas sim expor superficialmente algumas percepções que pude ter acerca da China – mas, obviamente, sem generalizações, dada a robustez e tamanho do país. Para situar o leitor, a China é composta por um pouco mais de 1.3 bilhões de habitantes em uma área de 9,5 milhões de quilômetros quadrados. Possui em seu território apenas 12% de terra agriculturável, e acesso à água potável abaixo da média recomendada por habitante. Portanto, haveria uma condição natural “limitante” para o crescimento econômico. Apesar dessa condição natural imposta à China, atualmente é a segunda maior economia mundial. Quando se tornou o Líder Supremo da China em 1978, Deng Xiaoping constatou que o PIB Per Capita chinês rodeava US$156,00, e estabeleceu uma meta bastante clara: quadruplicar esse valor até o ano 2000. Para isso, percebeu que precisava reformar e abrir o país para o mundo. Na minha perspectiva, uma das grandes colaborações de Xiaoping, em meio à grandes êxitos socioeconômicos logrados, foi a cultura experimentação. A partir de testes práticos acerca teses e teorias, verificou modelos e formatos até então nunca aplicados no país. Como clássico exemplo, a cidade de Shenzhen, no sudeste do país, foi a primeira Zona Econômica Especial e um dos principais experimentos sobre a factibilidade de aplicar o modelo de mercado no país. O resultado do experimento perdura até os dias de hoje na cidade, onde o então conjunto de vilas contendo setenta mil habitantes, cujas principais atividades econômicas à época eram agricultura e pesca, transformou-se numa grande megalópole de 12 milhões de habitantes, lastreada em diversos segmentos industriais e tecnológicos de valor agregado. A título de comparação, o PIB de Shenzhen é superior ao PIB conjunto de todos os estados do nordeste brasileiro. Após participar de algumas palestras e reuniões do Programa, percebi que a cultura da experimentação permanece até hoje. O conceito de ‘tentativa e erro’ para eles me pareceu muito natural, importante de serem verificados e experienciados, e lidam de maneira muito pragmática com a falha, sem preciosismos ou vaidades. A noção de que é necessário experimentar, testar ideias, errar para acertar, talvez tenha sido o mais importante aprendizado nesta ida à China. Quando me perguntam o que mais vi na China, respondo sem medo de errar: além de marcas e carros de luxo importados, muitas gruas nos topos de prédios em construção e maquinários pesados rasgando as ruas da cidade. Xangai, a maior cidade do país (23 milhões de habitantes), impressiona não só pelo porte, mas também pela infraestrutura, pela modernidade, pela arquitetura dos arranha-céus. Apesar de ter ficado positivamente atônito com o show de luzes dos altos edifícios no distrito de Pudong, me chamou muito a atenção em outros distritos a atividade da construção civil e o contínuo – diria incansável – avanço da infraestrutura da cidade, seja ampliando a abrangência do sistema de metrô, seja expandindo a estrutura das vias elevadas da cidade ou simplesmente melhorando a condição e qualidade do que já existe. Afinal, transportar 24 milhões de pessoas diariamente não é fácil, sendo necessária constante aumento de infraestruturas. Curiosamente, vi também muitos bairros serem construídos do zero. Onde antes havia um bairro antigo, com pouco ou nenhum desenvolvimento, ou baixa condição habitacional (para os novos padrões), serem postos ao chão para a construção de um novo bairro, com mais qualidade, estrutura, maior valor agregado, diria. Em determinado momento, passando por uma via elevada, percebi uma grande área devastada, com muitos entulhos e detritos, algumas casas inabitadas ainda para serem demolidas. Continuei olhando e, logo ao lado, uma área totalmente nova, sem nenhuma construção imobiliária ainda, porém com ruas e vias novíssimas (ainda sem as demarcações), postes e semáforos sem fiação, e parques e praças recém montadas. As árvores destas praças, apoiadas em estacas para dar suporte ao plantio recente de mudas adultas, evidenciavam a suspeição -que eram de outros participantes também: se tratava, de fato, de um bairro totalmente novo ou remodelado para atender aos novos padrões. Conforme citei em um parágrafo anterior, as marcas e automóveis de luxo importados ilustram bem os novos hábitos de consumo dos chineses. O poder de compra elevou-se exponencialmente nos últimos anos, fazendo com que os chineses busquem acessar e consumir outros produtos diferenciados – que antes seriam indisponíveis no mercado local ou restritos à uma parcela social elevada – para satisfazer os novos desejos de consumo. Veículos importados, artigos de moda internacional, produtos de tecnologia, turismo no exterior, entre outros bens e serviços de maior valor agregado estão mais acessíveis e disponíveis. Aliás, falando em consumo, me impressionou bastante a utilização massiva de meios de pagamento eletrônico através dos aplicativos Alipay ou WeChat Pay. Confesso que num primeiro momento fiquei tentando compreender o motivo de um cliente numa loja qualquer, ao passar no caixa, utilizava o leitor de QR Code para scannear um código (ou ser lido), digitava algo no celular – possivelmente para confirmar a operação –, pegava os produtos e saía da loja. Esperei a vez do cliente seguinte e prestei mais atenção no processo. Só aí percebi que se tratava

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Iperid representado em reunião do Ministério da Defesa

O presidente do Iperid, Rainier Michael, e o vice-presidente, Thales Castro, participaram do evento do Ministério da Defesa no Recife. "Nos sentimos honrados com o convite do Ministério da Defesa através do General de Divisão CANHACI, Subchefe de Política e Estratégia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas para pensar e discutir o Projeto Cenários de Defesa 2040", afirmou Rainier Michael.

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Iperid e PwC promovem encontro sobre economia internacional

O Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid) e a consultoria PwC realizam amanhã um encontro sobre economia internacional. O vice-governador do Estado e Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Raul Henry, será palestrante do evento que terá como tema "Pernambuco e o Mundo - Uma visão de longo prazo!" O encontro contará ainda com a participação do presidente do Iperid, Rainier Michael; o cientista político e economista Marcos Troyjo; o cônsul da Itália, Gabor de Zagon; o cônsul da Argentina, Jaime Besserman; o cônsul de Malta, Thales Castro; e o sócio da TGI Ricardo Almeida. O evento acontecerá no Hotel Transamérica Prestige (Av. Boa Viagem, 420), das 8h Às 11h45. Para se inscrever faça o cadastro no link a seguir: Cadastre-se no encontro

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Iperid Global Trends acontece hoje na UniFBV | Wyden

O I Simpósio IPERID Global Trends - UniFBV | Wyden acontece hoje, na sede da universidade. O evento, que começa às 18h30, tem como tema "As mega-tendências globais" e contará com a participação do Cônsul Geral dos Estados Unidos, John Barrett. Para participar é necessário fazer inscrição por e-mail e levar dois quilos de alimentos não-perecíveis. Confirme sua participação pelo email: maria.angeiras@unifbv.edu.br O evento tem como objetivo sintetizar de maneira proativa e engajada os anseios da academia, do mundo político (não partidário), do empresariado e da diplomacia, propondo aprimorar a cultura acadêmica no UniFBV | Wyden voltada para a pesquisa e desenvolvimento da ciência, pela discussão de seus fundamentos filosóficos, históricos, sociológicos e metodológicos. Para operacionalização dos trabalhos, o evento contará com a professora Me. Marília Mesquita na coordenação executiva; professora e pró-reitora acadêmica do UniFBV, Alcione Maria Araújo na coordenação científica, bem como o Cônsul Honorário da República da Eslovênia – Rainier Michael, Carmen Cardoso, Coordenadora Geral do Iperid/Global Trends e Vinícius Rego representante da PWC e Gilberto Freyre Neto, conselheiro do Iperid. No conselho científico editorial, estarão presentes os professores Rafael Lucian e Talita Rampazzo da UniFBV e Thales Castro do Iperid e por fim, professores da UniFBV que comporão a coordenação de cada um dos GTs – Grupos de Trabalho.

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I Simpósio Ipedid Global Trends | UniFBV discute megatendências globais

No dia 16 de outubro acontecerá o I Simpósio Iperid  Global Trends - UniFBV | Wyden - Megatendências Globais. O evento tem como objetivo sintetizar de maneira proativa e engajada os anseios da academia, do mundo político (não partidário), do empresariado e da diplomacia, propondo aprimorar a cultura acadêmica no UniFBV | Wyden voltada para a pesquisa e desenvolvimento da ciência, pela discussão de seus fundamentos filosóficos, históricos, sociológicos e metodológicos. O Simpósio será promovido gratuitamente pelo UniFBV, em parceria com o Iperid - Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, com o público alvo todos os alunos da graduação e pós-graduação do Centro Universitário, membros associados do Iperid, colaboradores e auditores da PWC, convidados e palestrantes externos. O tema central será "As Megatendências Globais em Diversos Segmentos da Economia e Academia". Para isso, promoverá, além da realização de palestras e debates com renomados representantes empresarias, consulares e acadêmicos, a apresentação de papers produzidos por discentes e avaliados por banca examinadora especializada, tendo como linhas genéricas de pesquisa (ou GTs – Grupos de Trabalho): · Mudanças geoeconômicas e geopolíticas · Deslocamento do poder econômico global · Urbanização acelerada · Energias renováveis/Gestão de Resíduos sólidos e Tecnologia ambiental · Avanços tecnológicos · Internacionalização das atividades econômicas Para operacionalização dos trabalhos, o evento contará com a professora Me. Marília Mesquita na coordenação executiva; professora e pró-reitora acadêmica do UniFBV, Alcione Maria Araújo na coordenação científica, bem como o Cônsul Honorário da República da Eslovênia - Rainier Michael, Carmen Cardoso, Coordenadora Geral do Iperid/Global Trends e Vinícius Rego representante da PWC e Gilberto Freyre Neto, conselheiro do Iperid. No conselho científico editorial, estarão presentes os professores Rafael Lucian e Talita Rampazzo da UniFBV e Thales Castro do Iperid e por fim, professores da UniFBV que comporão a coordenação de cada um dos GTs – Grupos de Trabalho. Inscrição no link: https://www.wyden.com.br/unifbv/evento/simposio

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"Somos mais consumidores do que exportadores"

Rainier Michael sempre foi um cidadão global. Descendente de alemães, seu bisavô nasceu na Tanzânia, possui vários familiares na Europa e, como empresário, já morou em muitos países. Por isso, não foi difícil se adaptar ao mundo diplomático. Hoje é cônsul da Eslovênia e presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid). Nesta entrevista a Cláudia Santos e Rafael Dantas, ele analisa o cenário internacional e defende que Pernambuco invista na diplomacia econômica para atrair mais investimentos e participar do mercado global de forma mais efetiva. Por que você defende que a diplomacia econômica deve ser prioridade para Pernambuco? A diplomacia econômica leva em consideração não apenas o fluxo comercial entre duas regiões, países ou blocos, mas o impacto social que vai ser gerado dessa interação, porque possui um cunho social importante. Acho que trabalhar a diplomacia econômica é uma ação nova, pioneira em Pernambuco e se encaixa perfeitamente dentro da estratégia do Iperid, que é juntar as partes, mas tendo uma visão humana. O que é o Iperid? É um think-tank, uma denominação americana que se pode traduzir como banco de ideias. Um think-tank pode ter vários formatos, como apresentar um viés político ou focado numa área de atuação como, por exemplo, o setor industrial. Mas, de acordo com a pesquisa que fizemos achamos interessante ter um think-tank neutro, com atuação não-partidária, sem ter um viés de um único setor econômico, mas que fosse realmente um banco de ideias para desenvolvimento de uma visão estratégica para Pernambuco. Priorizamos quatro pilares: acadêmico, empresarial, parlamentar e consular, porque verificamos que existe uma baixíssima interação entre esses elementos, mas poderia ser trabalhada pelo Iperid de forma independente, capilar e ágil, dentro desses quatro universos, para a inserção de Pernambuco no contexto regional, nacional e internacional. Quais os entraves para que a diplomacia econômica se estabeleça no Estado? Os quatro pilares não se enxergam. Além disso, diplomacia não é protocolo, é relacionamento interpessoal. Você imagina que assim que chega um representante diplomático, ele deva ser recebido pelas autoridades. Mas isso é protocolo. Isso tem que existir. Se as entidades souberem da existência desse consulado e não tomarem a ação, não vai existir troca, inclusive econômica. Não adianta a gente ter 40 consulados aqui e as entidades não os conhecerem e não visitá-los. Se esse relacionamento não for alimentado constantemente, não funciona. Cabe aos empresários e ao poder público atuar para que esse relacionamento não deixe de existir. As áreas pública e privada têm que entender como funciona essa engrenagem. Qual a importância de Suape para a inserção de Pernambuco no comércio internacional? A importância é fato consumado, concreto e conhecido. A questão é como fazer o porto acontecer. Existem situações inacreditáveis, como ter produtos pernambucanos saindo via terrestre até Santos ou por outros portos para serem exportados. É uma situação que não deveria acontecer. Por que acontece? No meu entendimento, quando Suape começou a operar, a visão realmente era que fosse um porto voltado para o comércio internacional. Hoje ele está muito restrito à cabotagem (navegação que se faz na costa, em portos de um mesmo país, em distâncias pequenas). Se é um porto que tem um calado excelente para navios de grande porte, com uma grande estrutura, localização geopolítica fantástica, então a gente tem que entender porque isso aconteceu. Existe ainda a questão de logística que deve ser considerada. Temos ferrovia que chegue até Suape? Não. O segundo ponto é que o exportador não enxerga Suape como um local para escoar seu produto. Vamos lembrar que a balança econômica de Pernambuco é negativa. Se é deficitária, não estão entrando dólares. Somos mais consumidores do que exportadores. Como está o acordo de comércio entre Suape e o porto de Koper, na Eslovênia? Os documentos estão prontos. Estamos aguardando as partes agendarem para fazer as assinaturas. Esse acordo é interessante para dar acesso a Pernambuco ao que se chama de oceano azul. Pernambuco pode montar sua estratégia de atuar num oceano vermelho, isto é, um mercado maduro, consolidado (como o Porto de Roterdã ou Hamburgo). Mas para isso é preciso ter um capital enorme, ter uma grande estrutura financeira para aguentar a concorrência. A outra opção é atuar em um mercado que não foi descoberto. É o caso do Porto de Koper, que está localizado no mar Adriático, ao lado do porto de Trieste. Ele é extremamente ágil, eficiente e é uma porta de entrada para a União Europeia. A BMW exporta basicamente 30% da sua produção pelo porto de Koper. A Eslovênia é um país de dois milhões de habitantes, não é um mercado consumidor grande, mas está próximo a vários países chamados de land-locked, que não têm porto, como Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Ucrânia. Ou seja, dá acesso ao mercado da Europa Central. Por que a cachaça não é trabalhada na Europa Central, que é um grande consumidor de destilados? Essa pergunta eu não sei responder. Não é interesse, não é estratégico? Ou nunca foi estudado? Como o pequeno empresário pode se beneficiar da representatividade consular em Pernambuco? Ele tem que ser mais atuante com as entidades que o representam. O pequeno e o médio empresário têm que estar organizados e é por meio das entidades que vão poder contatar os consulados. São instituições como a Associação Comercial de Pernambuco ou a Câmara dos Dirigentes Lojistas. Aí eu faço até uma pequena provocação: quando foi a última vez que um ente consular visitou essas entidades? Veja, não apenas de forma protocolar. É o que eu repito: protocolo é a base da diplomacia, mas o que traz resultados é o relacionamento interpessoal. Quando foi a última vez que houve uma integração, um evento, para se discutir isso? Não adianta esperar que a representação consular vá bater na porta. Tem que existir uma chamada dessas entidades. Da mesma forma, tem que haver uma interação da área acadêmica com os consulados. Não estou me referindo ao intercâmbio de estudantes, mas da interação dos acadêmicos com a área empresarial – do

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