Arquivos Colunistas - Página 101 De 298 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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SM Intercambio leva estudantes aos EUA

A SM Intercambio, capitaneada por Silvana Mattoso e Marcela Bahia, está de volta a ativa embarcando com os grupos de Summer Camp, depois de 2 anos devido a pandemia. Em julho estará conduzindo um grupo para a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) com mais de 40 adolescentes de vários estados do Brasil (Pernambuco, Distrito Federal, São Paulo, Maceió e Rondônia) que estarão divididos em turmas de inglês ou empreendedorismo e liderança. O feedback dos pais dos anos anteriores é que estes jovens quando voltam para seus cursos regulares de inglês conseguem avançar de 6 meses à 2 anos dentro do curso das escolas tradicionais de idiomas.

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O Recife diante da emergência dos eventos extremos do clima

(Bairro de Coqueiral, na Bacia do Rio Tejipió. Foto: Instituto Solidare / Igreja Batista em Coqueiral) *Por Francisco Cunha Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima), o Recife é a 16ª cidade mais ameaçada do planeta pelas mudanças climáticas provocadas pelo aumento do aquecimento global, tanto no que diz respeito à subida do nível do mar quanto em termos de aumento do volume das precipitações pluviométricas como tudo indica ter ocorrido no mês de maio passado. A análise pluviométrica do que aconteceu, aponta precipitações de mais de 400 mm (mais ou menos 1/4 das precipitações previstas para um ano inteiro na cidade) em quatro dias e de mais de 500 mm (mais ou menos 1/3 das precipitações anuais) em uma semana. Ou seja, em quatro dias choveu 25% do previsto para o ano e em uma semana mais de 30%. Nenhuma cidade do mundo aguenta uma carga dessas em tão curto espaço de tempo sem passar por sérios apertos. Resultado: a catástrofe se abateu sobre o Recife traduzindo- -se na trágica contabilidade de perdas de vidas humanas, nas quedas de barreiras dos morros e nas inundações da planície. A julgar pelo ocorrido recentemente em outras regiões do País, o que aconteceu no Recife não foi um caso isolado de precipitações extraordinárias mas, pelo contrário, a evidência de que eventos extremos do clima estão reduzindo o intervalo de tempo entre eles e ampliando sua frequência. Se isso é verdade, como tudo até então faz crer que sim, a questão relevante que se coloca é a seguinte: como se preparar para enfrentar uma realidade climática radicalmente diferente daquela à qual nos acostumamos ao longo de nossas vidas e a cidade ao longo de sua cinco vezes centenária existência? Outro dia, conversando com o secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, a propósito da velocidade das mudanças que estão acontecendo na cidade de Medellín na Colômbia, em termos de melhoria da qualidade de vida urbana, e as que estão acontecendo na cidade do Recife, as de lá muito mais intensas e aceleradas que as nossas, tive oportunidade de dizer que, enquanto eles foram empurrados pelo crime, tenho a impressão que nós seremos acelerados pelo clima. Ou seja, será a marcha inexorável das mudanças climáticas que farão com que avancemos mais rápida e profundamente na melhoria da qualidade das mudanças urbanísticas assim como o foi a exautão da sociedade com o crime organizado e os desmandos criminosos liderados pelo mega narcotraficante Pablo Escobar que promoveu o turnpoint de Medellín. A partir desta constatação, estamos, portanto, todos os recifenses, cidadãos e autoridades, desafiados a inventar um novo futuro que nos proteja de deslizamentos cada vez mais frequentes dos morros e das inevitáveis inundações da planície pelo aumento do nível do mar. A sorte climática, portanto, está lançada! *Francisco Cunha é consultor e arquiteto

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Programa Embarque Digital passa a contar com a Central de Estágios da Assespro-PE/PB

A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Pernambuco e da Paraíba (Assespro PE/PB), o Porto Digital e a Prefeitura do Recife anunciaram uma nova parceira dentro do Programa Embarque PE. A Central de Estágios, que faz a ponte entre os estudantes e as empresas do pólo tecnológico, passará a receber o cadastro de todos os alunos que participarem do programa. “A Central de Estágios da Assespro PE/PB já existe há alguns anos, mas ampliar esse alcance e tornar possível que cada vez mais jovens se conectem com o mercado pernambucano de TIC, que está bastante aquecido, nos enche de orgulho e nos traz a certeza que estamos no caminho certo. É uma honra servir de ponte para que jovens e famílias inteiras modifiquem seus futuros através da educação, da tecnologia e do emprego. Sem falar no ganho que é ter esses novos talentos trabalhando em prol do parque tecnológico de Pernambuco”, declarou a presidente da Assespro-PE Laís Xavier. No evento de anúncio da parceria, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, e o prefeito do Recife, João Campos, destacaram o papel de inclusão do projeto, visto que atende estudantes egressos da rede pública, e da importância da iniciativa para impulsionar a formação de mão de obra que é um dos grandes gargalos para a sustentabilidade do setor. Na segunda edição, o Embarque Digital criou 350 vagas gratuitas para o primeiro semestre de 2022 nos cursos de Sistemas para Internet e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Os números iniciais do projeto, inclusive, indicam uma alta participação feminina. A inclusão de mais mulheres na área que é uma das metas de diversidade das empresas do ecossistema. JOÃO CAMPOS, prefeito do Recife “A gente tem um ecossistema muito forte de tecnologia na cidade e o grande diferencial é a capacidade de união entre todos os que fazem esse ecossistema. Ter a interlocução com as empresas que fazem o ecossistema é fundamental. Quando há sintonia, a tendência é de crescimento. Isso é um passo importante. A gente garante a formação com qualidade e garante a conexão permanente com o ecossistema. Então, as empresas saem ganhando, por causa desse contato permanente com as entidades de ensino. E para o aluno também é fundamental, porque desde o momento que ele começa a estudar, ele já pode ter uma fonte de renda”. PIERRE LUCENA, presidente do Porto Digital “A Central de Estágios está chegando para incentivar as empresas a buscarem novos talentos, entre os alunos do Embarque Digital. Ela é importante para gerar empregos, potencializa a ‘captura’ dos jovens que fazem parte do programa. A gente acredita que está avançando cada vez mais com o programa, o potencial é enorme. A gente espera que em alguns anos tenhamos de 40 a 60 mil pessoas trabalhando com tecnologia no Recife, porque numa cidade com mais de 1,6 milhão de pessoas, com essa quantidade de pessoas trabalhando com tecnologia, com a renda média superior, a cidade fica completamente diferente. Esse é um programa que gera inclusão”. ÍTALO NOGUEIRA, presidente da Assespro Nacional "Conhecendo hoje as 14 regionais da Assespro, não existe nenhum programa com a potência desse que nós temos no ecossistema do Porto Digital. Temos belíssimas iniciativas que estamos fomentando, mas com essa conexão, seja do Embarque ou do projeto de formação de residência do Softex não tem nada disso. Se olhar para o futuro, com absoluta certeza teremos um resultado muito grande. Veremos a transformação da cidade e do perfil dos profissionais que atuam. Essa é a força do ecossistema que temos aqui." A própria Central de Estágios da Assespro PE/PB também foi qualificada recentemente. A plataforma passa a contar com o apoio de gestão da Consultoria Mandaca e com a tecnologia da startup RECRUT.AI, que utiliza algoritmos de inteligência artificial nos processos seletivos. As empresas contratantes e os estudantes procurando oportunidades de estágios podem acessar: centraldeestagiospepb.jobs.recrut.ai/

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Empresa oferece vagas de empregos no Recife para contratação imediata

Há duas áreas de atuação; os currículos devem ser enviados exclusivamente por e-mail Com expansão das unidades, a empresa Mafra Recife abriu 46 vagas na área administrativa e de vendas para ambos os sexos para contratação imediata. A seletiva busca pessoas com experiência profissional de até um ano. Os currículos devem ser enviados exclusivamente por e-mail. Os interessados precisam ter idade mínima de 18 anos, ter concluído o ensino fundamental ou médio, além de morar em Recife ou Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. Detalhes sobre remuneração e benefícios serão repassados durante o processo. O currículo com foto deve ser enviado para o e-mail: vendas@mafrarecife.com.br até o dia 15 de julho. "Buscamos profissionais com experiência em vendas ou na área administrativa, na vaga voltada para comercialização de veículos novos e seminovos, quem precisar de orientação para atuação, receberá treinamento do setor", revela Guilherme Cavalcante, responsável pela Mafra Recife.

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Diplomacia Francesa sob tensão

*Por Marco Alves Dia 2 de Junho, feito inédito os diplomatas franceses entraram em greve pela primeira vez em 20 anos. O movimento foi lançado a pedido de seis sindicatos e de um coletivo de 500 jovens diplomatas.Essa greve é uma resposta a reforma que o presidente Macron está querendo instaurar e que segundo os funcionários da categoria põe em risco a eficiência e o prestígio da diplomacia francesa e seu modelo. Muitos deles afirmam que “suas funções correm o risco de desaparecer”.Algo incrível, diplomatas de alta patente, embaixadores, diretores de regiões saíram do habitual “dever de reserva” e assumiram no Twitter o apoio ao movimento e muitos fizeram também greve, tais como o embaixador do Kuwait e o diretor dos assuntos políticos do Quai d’Orsay (nome dado ao ministério das relações exteriores na França).Desde o seu primeiro mandato o Macron está tentado reformar a chamada “alta função pública”, da qual fazem parte as carreiras diplomáticas. Essa nova reforma que o presidente quer implementar tem por objetivo de acabar com a especialização dos funcionários públicos e criar um novo corpo de administradores do Estado. Estes não estarão mais vinculados a uma administração específica, mas, pelo contrário, serão convidados a mudar regularmente ao longo de sua carreira. Com esses futuros funcionários “inter trocáveis” entraríamos então, de fato, no fim do corpo diplomático tal como ele existe até então e qualquer um poderá ser nomeado embaixador sem experiência prévia.A entrada progressiva da reforma até 2023 afetará em torno de 700 diplomatas e acabará com o cargo de ministro plenipotenciário (embaixador) e de conselheiro dos negócios estrangeiros.O presidente da comissão de relações exteriores do Senado, deu seu apoio aos diplomatas e muitos dos seus membros que devem transmitir recomendações sobre a reforma temem “um enfraquecimento da diplomacia francesa”.Porém mesmo se essa reforma foi o detonador, o mal estar e o descontentamento já está presente a muitos anos. O ministério está sim enfraquecido.De 2007 até 2019, ele viu diminuir de 10% o total das suas equipes, além de sofrer cortes importantes em seu orçamento. O orçamento de 2022 com um aumento de 12%, para chegar a 6 bilhões de euros, é inédito e tem motivo, já que este ano a França assumiu a presidência a União Europeia e onde seu dever de representação deve estar no auge.O ministério é responsável pela representação da França pelo mundo, pelo o apoio e a ajuda aos cidadãos franceses morando no exterior, pelo a divulgação e a promoção da língua e cultura francesa, e por último pela diplomacia económica. Ele é um centralizador do Hard Power (pelas suas representações diplomáticas no exterior) e Soft Power (por ser promotor da cultura francesa) por isso sua perda de influência é dramática. Temos por prova que o ex Ministro Jean-Luc Le Drian estava com pouco peso e, segundo algumas fontes anônimas da casa, também pouco caráter para se opor a reforma, quanto os primeiros esboços foram apresentados.Com a desvalorização da atuação do ministério, a França vem perdendo espaço internacional. Ela que era a segunda maior rede diplomática do mundo, passou a ficar em terceiro lugar, atrás da China e do Estados Unidos. Também perdeu espaço em vários países do continente Africano, para os Russos, como no Mali, na República Centrafricana e no Senegal, sem esqueceremos o seu recuo também no Oriente Médio. Os erros estratégicos dos presidentes sucessivos, conjuntamente com o alinhamento cada vez mais marcado com a política internacional americana e pela escolha de defender sempre uma “voz Europeia”, faz com que a França deixou de ter e precisar da “sua voz própria”.Esta reforma surge depois de dois anos muito tensos com a crise da Covid e a gestão dos expatriados franceses pelo mundo afora, a saída precipitada de Cabul e do Afeganistão, a guerra na Ucrânia e expulsão dos diplomatas russos. No total são cerca de 13 500 agentes (entre titulares, comissionados e recrutamentos locais) que compõe as equipes do ministério e todas elas se dizem cansadas e inquietas.A nova ministra oriunda do corpo diplomático, tenta reatar o diálogo com os sindicatos e representantes dos agentes, e garantir alguns compromissos ainda poucos claros que muito provavelmente não serão respeitados, já que o Presidente Macron tende a demonstrar que todas decisões que ele toma devem ser aplicadas tal e qual, mesmo deixando seus ministros e sua maioria parlamentar em dificuldade. Marco Alves é Fellow França do Iperid e responsavel da internacionalizaçao

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Headline XP capta R$ 915 milhões para investir em startups

O Headline XP, primeiro fundo de participações (FIP) da Headline, gestora global de venture capital comandada no Brasil por Romero Rodrigues e integrada à XP Asset, concluiu a captação de R$ 915 milhões. O fundo irá investir em startups brasileiras com alto potencial de escala. O resultado superou o alvo inicial, de R$ 834 milhões, e atraiu cerca de 12.500 cotistas, tornando-se o maior FIP do país em número de investidores. O Headline XP também se tornou o primeiro fundo especializado em venture capital para investidores qualificados. "Tivemos um resultado excepcional, sobretudo se consideramos o atual cenário desafiador para captação de recursos de empresas de tecnologia. As últimas semanas foram das mais turbulentas para as empresas tech, desde o estouro da bolha em 2000. Embarcar nesta jornada foi uma experiência única, e uma forma incrível de aprender o que é a XP por dentro", ressalta Rodrigues. Romero é sócio da XP e líder da recém-criada estratégia de Venture Capital. A parceria entre Headline, uma plataforma global de investimento presente em 7 cidades com 46 gestores incluindo o fundador do Buscapé, e a XP Asset, foi anunciada em fevereiro deste ano. A duração total do fundo é de 10 anos. Nos próximos quatro anos, a equipe do fundo do fundador do Buscapé terá as atenções voltadas a formar um portfólio de cerca de 25 startups, as quais terão participações minoritárias de até 20%. O plano é seguir a receita de sucesso já posta em prática antes por Romero: apoiar com capital, mentoria e network os melhores empresários do Brasil e, com isso, ajudar a desenvolver o ecossistema de empreendedorismo no país. Metade do capital do fundo será usado nestes próximos quatro anos, para adquirir portfólio e, a outra metade dos recursos, nos quatro anos seguintes, será destinada à participação em aquisições de rodadas subsequentes, para evitar que sejam diluídos nas boas companhias. Nos últimos dois anos restantes, a ideia é desinvestir e retornar o capital aos cotistas.

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Japão concede apoio financeiro ao Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco

O Consulado Geral do Japão no Recife, através do Programa de Assistência à Projetos Comunitários e Segurança Humana (APC), do Governo do Japão, concedeu ao Instituto de Fígado e Transplantes de Pernambuco uma doação de cerca de R$ 244 mil, que foram aplicadas na aquisição de um Videoduodenoscópio para a entidade. O instituto do Fígado e Transplantes de Pernambuco é uma associação com mais de 15 anos, e vem contribuindo por todos este anos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas através do atendimento, prevenção e tratamento das doenças do aparelho digestivo. Atendem pacientes vindos todo o estado de Pernambuco e do Nordeste, bem como do Norte e Centro-oeste. O Programa APC oferece apoio à projetos propostos por organizações não governamentais e autoridades locais, e os projetos são recebidos durante o ano inteiro neste consulado. A Cerimônia de inauguração do Projeto de doação será realizada hoje no Instituto de Fígados e Transplantes de Pernambuco.

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Hausport inaugura loja no Moda Center

A Hausport, marca de moda esportiva do Grupo Rota do Mar, inaugura nesta sexta-feira (10/6) a sua segunda loja, no Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe. A unidade, com foco no público atacadista, vai oferecer opções de roupas para pessoas que praticam esportes e atividades físicas ligadas à saúde e ao bem-estar, como caminhada, crossfit, corrida, futmesa e beach tennis, entre outras. A abertura para o público acontece no sábado. O mix da Hausport conta com mais de 50 peças entre camisetas básicas, regata e de manga longa, shorts curtos e longos, boardshorts, tops, legging e conjuntos. A marca oferece opções com tecidos como a poliamida e fibras de garrafas pet com tecnologias para rápida absorção e evaporação da umidade. O propósito da Hausport é oferecer roupas que facilitem os movimentos e colaborem para o aumento da performance durante os exercícios com conforto. A Hausport do Moda Center fica no setor verde, bloco 8, ao lado da loja da Rota do Mar. Até o dia 27 de junho, a unidade abre em horário especial aos sábados (12h às 0h), domingos (5h às 18h) e segundas-feiras (das 6h às 16h). A partir do dia 4 de julho, passa a funcionar no horário normal: todas as segundas-feiras, das 5h às 17h.

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Refazenda

Refazenda recebe certificação de boas práticas sociais e ambientais

A marca pernambucana Refazenda, liderada pela empresária e estilista Magna Coeli, acaba de receber a certificação de Empresa B, aderindo assim, a um novo patamar empresarial. A certificação reconhece boas práticas e políticas e o compromisso da marca em aspirar altos padrões de desempenho social e ambiental, além de transparência e responsabilidade. “Isso contribui para uma tendência global de empresas que medem e gerenciam impactos sociais e ambientais com o mesmo rigor que o fazem com impactos financeiros”, explica Marcos Queiroz, diretor de soluções da empresa. As Empresas B medem os impactos que suas ações geram em seus grupos e áreas de interesse como trabalhadores, comunidade (fornecedores e distribuidores), meio ambiente, governança e clientes, e estão comprometidas a melhorar continuamente e operar com altos padrões de desempenho e transparência. No mundo, existem mais de 5 mil empresas B certificadas, sendo mais de 800 na América Latina, distribuídas em 15 países, e mais de 200 no Brasil. No Norte e Nordeste, a Refazenda é a segunda empresa a ganhar a certificação. A outra é a Construtora Viana & Moura. A organização certificadora na América Latina é a B Lab, uma entidade sem fins lucrativos nos Estados Unidos. O Sistema B é uma fundação que acredita que governos, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, cidadãos e a responsabilidade social corporativa, todos juntos, não são suficientes para resolver os problemas sociais e ambientais atuais. Desde 2012, ele é um parceiro global do B Lab, na promoção de Empresas B e de outros atores econômicos da América Latina e do Caribe, para construir uma nova economia na qual o sucesso e os benefícios financeiros incorporem o bem-estar social e ambiental. "Acreditamos na força do mercado para desenvolver soluções para problemas sociais e ambientais e, com isso, construir uma nova economia que seja mais inclusiva e sustentável. As Empresas B combinam propósito, responsabilidade e transparência rumo a uma nova maneira de fazer negócios e gerar impacto positivo", comenta Marcel Fukayama, diretor executivo do Sistema B Internacional.

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Redes Sociais: autorregulação do segmento pode promover um avanço civilizatório

A s eleições estão chegando e vamos viver novamente o show de horrores das redes sociais. As fake news como atores principais e os crimes eleitorais como atores coadjuvantes. Mas como resolver esse problema que vem se agravando e afeta a todos nós não somente em tempos de voto? Moderar ou liberar? Punir ou educar? Legislar ou autorregular? Há diversos caminhos. Só não pode ficar do jeito que está. Do jeito que está, hoje, cada mídia social tem sua política de conteúdo e suas medidas punitivas, que na maioria das vezes não são de conhecimento público. Com frequência, um mesmo conteúdo é tratado de maneira diferente, não só por redes distintas como também pela mesma rede. A falta de critérios universais gera incertezas, afetando também quem está se comportando adequadamente. Em outras palavras, o usuário faz o que quer e as mídias sociais reagem da maneira como melhor convém para elas. Na prática, uma terra de ninguém. Outro aspecto é que as políticas de cada rede social, por não serem transparentes, podem estar sujeitas a conflitos de interesse entre o seu proprietário e a sociedade. Elon Musk, por exemplo, que está negociando a compra do Twitter, já declarou publicamente que revogaria o banimento de Donald Trump por ter usado sua conta para incitar a invasão do Capitólio em 2021. Musk é historicamente alinhado com as causas da direita nos Estados Unidos e em vários países no mundo. Por esses motivos, o monitoramento e a aplicação de medidas punitivas de cada rede não têm surtido o efeito esperado no combate ao seu uso ilegal. A solução precisa ser coletiva. Um bom exemplo é o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A iniciativa das agências de propaganda brasileiras nasceu no final dos anos 1970, em meio ao período da ditadura, quando havia a ameaça de criação de uma lei que estabeleceria a censura prévia aos anúncios. Isso nos faz lembrar do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Governo Getúlio Vargas e o Ministério da Propaganda do regime nazista, liderado por Goebbels. Em ambos os casos, os governos resolveram intervir na comunicação e já sabemos o resultado. Um novo controle está acontecendo na China e na Rússia atualmente. Quando os meios de comunicação se tornam uma ameaça, estamos sujeitos às intervenções, com viés político e ideológico, que são mais prejudiciais do que a autorregulação. Voltando ao Conar, ele é formado por conselheiros voluntários, sem vínculos políticos, com mandato definido e age de duas maneiras. A primeira é por iniciativa própria, a partir da observação dos veículos de comunicação, e a segunda é por denúncias. Em ambas as situações, cada caso passa por uma avaliação e a peça veiculada pode ser suspensa imediatamente quando ferir os princípios do código de autorregulamentação, que é de conhecimento público. Além disso, há o direito de defesa e não há monitoramento prévio, excluindo qualquer tipo de censura. Uma característica do Conar que também pode servir de modelo para a autorregulação das redes sociais é que seus 180 conselheiros são distribuídos em cinco unidades: São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre e Recife. Isso permite mais agilidade nas decisões e, sobretudo, diversidade regional e cultural, que precisam ser consideradas e respeitadas. Em se tratando das redes sociais, cujo volume de postagens é muito superior ao das propagandas, a quantidade de conselhos e conselheiros deveria ser maior. A experiência do Conar, muito bem-sucedida desde sua criação, mostra que apenas a união do segmento pode tornar o combate ao uso ilegal das redes sociais mais rápido e efetivo. Isso é uma demonstração de que não adianta cada rede ter sua própria regra. O esforço precisa ser coletivo, diminuindo o risco de intervenção, que burocratiza e enviesa as decisões, sem necessariamente resolver de forma definitiva a questão. E, no final das contas, a justiça pode ser acionada nos casos excepcionais. Contudo, é preciso alguns cuidados. O ideal é que a autorregulamentação seja feita por uma instituição privada independente, transparente e com financiamento pela sociedade civil. Esse modelo parece, salvo o surgimento de um melhor, o mais viável para reduzir crimes de pedofilia, apologia às drogas, racismo, discursos de ódio, violação de direitos autorais, que têm encontrado nas redes sociais um campo fértil para se proliferarem. Nessa direção, a autorregulação é mais que uma ação de prevenção. É um sinal claro de evolução de uma sociedade preocupada com o futuro de seus integrantes. Diante da barbárie em alguns casos, como nos grupos e canais do Telegram, podemos considerar a autorregulação até como um grande avanço civilizatório, quando vista em retrospectiva daqui a alguns anos.

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