Arquivos Colunistas - Página 113 De 298 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Carurus e angus - A Bahia de Gilberto Freyre

Na sua obra, Gilberto Freyre olha a comida enquanto um método de interpretação da cultura, e da sociedade nos cenários do Nordeste e do Brasil. Gilberto entende a comida como uma maneira expressiva de comunicação e sabedoria tradicional. Assim, ele mostra na sua obra as matrizes africanas como tema recorrente para um vasto patrimônio cultural do brasileiro. A Bahia, em Gilberto Freyre, é sempre um encontro com o continente africano, que é admirado e revelado com destaque, e emoção, nas usas pesquisas, o que mostra um valor por ele cultivado, e que está permanentemente presente nas suas leituras sobre o brasileiro. “Vários são os alimentos predominantemente africanos em usos no Brasil. No Norte especialmente na Bahia, em Pernambuco, no Maranhão, Manuel Querino anotou os da Bahia, Nina Rodrigues os do Maranhão, o mesmo com Pernambuco. Desses três centros de alimentação afro-brasileira é a Bahia o mais importante. A doçaria de rua aí desenvolveu-se como em nenhuma cidade brasileira, estabelecendo-se verdadeira guerra-civil entre o bolo de tabuleiro e do doce feito em casa (...). (...) quitutes feitos em casa e vendidos na rua em cabeça de negras mas no proveito da senhoras: mocotós, vatapás, mingaus, pamonhas, canjicas, acaçás, arroz-doce, feijão-de coco, angus, pão-de-ló de arroz, pão-de-ló-de-milho, rolete de cana, rebuçados.(...).” (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Este comércio intenso nas ruas, com as chamadas “vendas”, marcou o consumo e a diversidade de comidas possíveis de serem adquiridas nas ruas da cidade do São Salvador. Também, as leituras sobre o dendê, sem dúvida, marcam um estilo de entender a Bahia pela boca, numa verdadeira civilização, a civilização do dendê. “(...) o caruru e o vatapá feitos com íntima e especial perícia na Bahia. Prepara-se o caruru com quiabo ou folha de capeba, taioba, oió, que se deita ao fogo com água. Escoa-se depois a água, espreme-se a massa que novamente se deita na vasilha com cebola, sal, e camarão, pimenta-malagueta seca, tudo ralado na pedra-de-ralar e lambuzado de azeite-de-cheiro. Junta-se a isto a garoupa ou outro peixe assado. O mesmo processo do efó”. (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Ainda, os temas afro-muçulmanos são presentes e marcantes na obra de Gilberto Freyre. Há uma valorização do euro-africano, que são os ibéricos encharcados da civilização Magrebe. “O arroz de hauçá é outro quitute afro-baiano que se prepara mexendo com colher de pau o arroz cozido na água e sal. Mistura-se depois com o molho em que entram pimenta-malagueta, cebola e camarão tudo ralado na pedra. O molho vai ao fogo com azeite-de-cheiro e água.” (Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala. Editora Global: São Paulo, 2004) Todos esses são exemplos de acervos gastronômicos que são reveladores das maneiras como Gilberto busca trazer o Nordeste, as suas bases multiculturais, e as suas relações com o continente africano, tanto pelo Oceano Atlântico quanto pelo Pacífico. E assim, pela comida, Gilberto vê a Bahia e come a Bahia.

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A recostura do centro do Recife (por Francisco Cunha)

D epois da expulsão dos holandeses em 1654, o que restou do Recife ou, mais propriamente, da “Cidade Maurícia” (Mauritiópolis), mandada construir por Maurício de Nassau para ser a capital da dominação neerlandesa no Brasil (os atuais bairros de Santo Antônio e São José), foi uma terra completamente arrasada pela guerra de reconquista (a Ressureição Pernambucana, 1645-1654). E o que a sucedeu foi o que depois viria a ser entendida como a Cidade Barroca, aquela do predomínio das ordens terceiras, confrarias e irmandades religiosas, com seus templos, capelas e pátios, cada um mais caprichado do que o outro, numa espécie de “campeonato” de religiosidade e beleza sacra sob a égide dos estilos arquitetônicos Barroco e Rococó. Praticamente todos os habitantes eram afiliados de um dessas confrarias... Essa atividade foi tão intensa que, ao final do século 18, a cidade arrasada pela guerra havia sido redesenhada e reconstruída tendo como âncoras urbanísticas, justamente, os templos e seus pátios, configurando aquilo que Nestor Goulart Reis, no seu excelente livro Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial, chama, ao comentar um impressionante mapa do Recife de então de “sistema de pátios coloniais, espaços urbanos em frente às igrejas para, além de apoiar procissões de fiéis, fazia ventilar e respirar o espaço urbano”. Esta cidade reconfigurada pelos templos e pelos seus pátios sobreviveu, com acréscimos de outros espaços e outras edificações não religiosas, até a primeira metade do século 20 quando os bairros centrais foram atacados pela tirania da “modernização”, das “grande avenidas”, conforme muito bem assinala o magistral poeta Joaquim Cardozo no seu icônico poema Recife Morto, de 1924: Recife, Ao clamor desta hora noturna e mágica, Vejo-te morto, mutilado, grande, Pregado à cruz das novas avenidas. E as mãos longas e verdes Da madrugada Te acariciam. Cardozo, com base no que viu no Bairro do Recife, na reforma do porto (finalizada em 1917) e a reconfiguração do território que teve seu tecido colonial arrasado e substituído por um traçado inspirado na reforma que o Barão Haussmann promoveu na Paris medieval e o prefeito Pereira Passos promoveu no Rio de Janeiro republicano. Ele anteviu o que aconteceria poucos anos depois em Santo Antônio e São José. Esses bairros foram objeto de uma espécie de “esquartejamento”, justamente em forma de cruz, com a abertura das Avenidas Guararapes e Dantas Barreto como se pode ver pelo mapa feito por Douglas Fox em 1904. O resultado dessas intervenções “esquartejadoras” foi um território desconectado que não consegue ser “lido” pelo transeunte, inclusive com a perda de articulação do extraordinário patrimônio Barroco/Rococó que tanto encantou e encanta os historiadores da história da arquitetura. Agora que a Prefeitura do Recife tomou a histórica decisão de colocar em andamento o projeto Recentro para revitalizar a área central da cidade que já está chegando ao meio século de existência (a primeira capital a completar 500 anos em 2037), é mais do que chegada a hora de cuidar da “recostura” deste território fantástico como museu vivo que é da história da cidade. A alternativa que se presta bem para isso é aquela que, ancorada na nossa experiência de milhares de quilômetros caminhados pela região central, tem como base a Cidade Barroca retratada pelo mapa divulgado por Nestor Goulart. Dos templos e pátios assinados, apenas um (a Igreja e o Pátio do Paraíso derrubados para construir a Avenida Guararapes) não existe mais. E se fizermos um simples exercício de interligação de pontos temos a figura “recosturada” acima. Claro que essa é apenas uma ideia condutora que precisa ser traduzida num roteiro atraente que, além de promover a “recostura” do território fragmentado, seja mobilizador do interesse dos recifenses e dos “de fora” (ou “adventícios” na expressão de Gilberto Freyre) por essa região que tem, praticamente, em cada esquina um registro ainda vivo da história da cidade. Os caminhantes domingueiros estão preparando uma sugestão a ser feita à Prefeitura e ao projeto Recentro. Tudo pelo Centro do Recife vivo, dinâmico, revitalizado, pujante como já foi e tem tudo para voltar a ser. A hora é essa! *Francisco Cunha é arquiteto e consultor empresarial

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Videoporto chega em Fernando de Noronha

A Videoporto Mídia | Experiência levou suas telas digitais para o Arquipélago de Fernando de Noronha e passa agora a levar comunicação de alta tecnologia a todas as pessoas que desembarcam diariamente na ilha. Por mês, cerca de 14 mil turistas, brasileiros e estrangeiros, passam pelo aeroporto de Noronha, onde estão instalados os monitores digitais com informações de serviços, notícias e conteúdos publicitários. “Para a Videoporto essa é uma grande conquista. Fernando de Noronha é um destino que atrai pessoas de várias localidades do Brasil e do mundo todo. Estamos proporcionando aos nossos clientes a oportunidade de se comunicar com um público estratégico, formador de opinião e de grande poder de compra”, destaca o sócio-diretor comercial da Videoporto, Fernando Carvalho. “Todos que passarem pelo aeroporto serão impactados pelas mensagens exibidas nas nossas telas digitais. Todo conteúdo veiculado na nossa programação é atualizado de forma remota e, praticamente, em tempo real. Isso oferece comodidade e agilidade aos nossos anunciantes”, diz o diretor de operações, Davison Souza.

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Presença do Iperid na Fabrique de la Défense em Paris

La Fabrique de la Défense (literalmente a fabrica da defesa) é um evento Franco-Europeu cujo objetivo é de propor uma reflexão densa sobre todas as temáticas voltadas para a segurança e preparar os futuros profissionais da área para contextos cada vez mais densos e assimétricos. Este ano, o evento tinha um sabor especial, já que a França assumiu desde o 1º de Janeiro a Presidência do Conselho da União Européia. Várias mesas redondas, apresentações, trocas e demonstrações num lugar contendo mais de 130 stands com o objectivo de ilustrar a diversidade dos atores da defesa e tornar a defesa mais compreensível e acessível, oferecendo experiências inovadoras, imersivas e participativas. Este ano, 13 temas foram escolhidos por serem considerados como os pontos essenciais de reflexão para o setor da Defesa Internacional Franco-Européia : Dissuasão nuclear Aeroterreste Cyber Resiliência Inteligência Energia; clima e meio ambiente Aeromarítimo Inovação Aeroespacial Pesquisa e formação Europa Percurso jovem Suporte operacional Reconstituição histórica   Neste evento foram debatidos o presente e o futuro da Defesa Estratégica Européia e suas visões em um mundo pós-pandêmico com uma mutação multidimensional acelerada. Para nós do IPERID, estar presente se torna óbvio. Entender a visão que se desenha para estes profissionais, ver as dinâmicas entre instituições públicas, a academia, o setor privado e o ensino, refletir sobre o lugar do Brasil e do Nordeste neste panorama que se desenha. Tivemos ocasião de debater e encontrar o Philippe Verluise (Diretor de um dos sites referência em Geopolítica, Diploweb), reuniões de trabalho com o Think Tank Weera, o Instituto Talleyrand e com o centro Geode financiado pelo Ministério das Forças Armadas francesas (centro multidisciplinar de pesquisa e formação dedicado aos estudos dos desafios estratégicos e geopolíticos da revolução digital da Universidade Paris 8) financiado pelo Ministério das Forças Armadas francesas. Foram também muito instrutivas as trocas com empresas do setor como o Naval Group que constrói a próxima geração de submarinos brasileiros, assim como as demonstrações de simuladores, drones e as reconstituições históricas para entender as questões estratégicas correlatas O evento foi uma ótima oportunidade para apresentar o IPERID, nossos objetivos e iniciar a estabelecer conexões do Nordeste para o Mundo. *Por Marcos Alves, Fellow Iperid França

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Porto do Recife recebe obras de dragagem

O Porto do Recife começou neste mês as obras de dragagem, serviço de desassoreamento e desobstrução dos berços de atracação, canais de acesso e bacias de evolução. Esse conjunto de ações irá facilitar a navegação e chegada de navios de maior tonelagem. A empresa responsável pelo serviço é a draga holandesa Lelystad. “O crescimento nas operações do Porto do Recife não é uma expectativa, é uma realidade. Hoje nós temos uma demanda que não podemos atender devido à profundidade do nosso cais não suportar navios de maior tonelagem. O açúcar que exportamos tem um crescimento previsto de cerca de 40%. Os fertilizantes que importamos, principalmente da Bélgica, tem uma expectativa de 20% de incremento. O milho que abastece a avicultura do Estado e da Paraíba também crescerá cerca de 40%. A barrilha, um dos principais produtos que movimentamos na capital pernambucana, tem previsão de 30% de crescimento. O material metalúrgico, que apresentou um crescimento de 172,53% em 2021, possui uma expectativa de incremento de 10%. Essa nova fase do Porto do Recife, que se inicia com a obra de dragagem, tornará o nosso terminal ainda mais atrativo para novos investidores”, afirma José Lindoso, presidente do ancoradouro.

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Tambaú cresceu 12% no ano passado, mas não faz projeções para 2022

Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú Alimentos, conversou com a Revista Algomais sobre como a empresa tem enfrentado os altos e baixos da pandemia e quais as perspectivas para 2022. Após um crescimento forte em 2020 e um avanço no faturamento ainda elevado de 12% em 2021, as previsões para este ano são mais conservadoras. Como tem sido as operações da Tambaú em meio às incertezas - aberturas e fechamentos - da Pandemia? A pandemia veio através de ondas. A primeira foi assustadora porque era gigantesca e desconhecida para todos, até para a ciência. Graças a Deus, nossas operações se mantêm firmes. Vamos endurecendo ou flexibilizando os protocolos, de acordo com a orientação do governo, e tudo isso tem gerado um aprendizado. A gente sabe que não é uma brincadeira e tem encarado tudo com muita seriedade, atentos aos cenários dentro e fora da empresa. Sem ter um cenário mais preciso para o ano de 2022, como a empresa planejou o ano? A mudança dos números da Pandemia com a Ômicron mudaram em alguma coisa os planos para o ano? Temos trabalhado de forma a não criar nenhuma expectativa de grandes crescimentos para 2022 porque a gente sabe que tanto a questão sanitária da pandemia, quanto os dados macroeconômicos demonstram que não será possível uma resolução rápida dos danos no cotidiano das pessoas, na economia e em diversos setores. Nos últimos dois anos, muitas empresas foram impactadas pelas consequências da pandemia , outras encerraram suas atividades, a taxa de desemprego está muito grande, a queda no poder de compra também. Sabemos que a economia vai encolher . Os custos de matérias-primas, insumos, subiram muito e nem sempre temos como repassar . Uma inflação de dois dígitos em 2021. A massa salarial que está empregada vem sendo afetada com os aumentos dos preços e impactando no consumo. A nossa orientação interna aqui na Tambaú é não fazer grandes projeções, apenas manter o que já conquistamos. Em 2020 nós crescemos 35%. Em 2021, crescemos 12% e para este ano novo, diante dessas situações atuais, nos damos satisfeitos em manter nossa posição. Mas temos expectativas de crescimento através dos lançamentos de linhas e produtos. Além das preocupações com o mercado, como a Tambaú tem trabalhado sobre a questão emocional da sua equipe de profissionais? Temos uma equipe de aproximadamente 530 funcionários. A questão emocional é algo que nos preocupa bastante porque temos nos deparado com alguns colaboradores em situações onde é preciso um cuidado nosso. Contratação de psicólogos para dar uma assistência e acompanhá-los. Para amenizar o sofrimento deles com o isolamento, o risco iminente, as crises de ansiedade, temos buscado dar esse apoio profissional. Também criamos campanhas de saúde com uma equipe multidisciplinar para atuar no tratamento da obesidade, combater o sedentarismo e incentivar uma alimentação mais saudável. Reunimos profissionais de nutrição, psicologia e educação física com programas que foram implementados, surtiram efeitos grandes, que têm sido comemorados e que estão proporcionando um ambiente de trabalho melhor. Como foi o desempenho da empresa em 2021? Quais as perspectivas e planos para 2022? Este é um ano que traz pontos preocupantes como a escalada no aumento de preços dos insumos com o cenário da inflação de dois dígitos que o Brasil já vem enfrentando. Mas há também perspectivas de novas ações voltadas à população, por ser um ano de eleições, que podem contribuir para a retomada do consumo. Enfim, são perspectivas que já vêm sendo acompanhadas pela Tambaú e diante das quais já estamos nos preparando há um tempo, nas ações de redução de custo, aumento de produtividade e eficiência , além de investimentos que fizemos antes e agora já estão se consolidando, como a transferência para o nosso novo galpão de logística. Podemos dizer que somos realistas, porém otimistas. Enxergando com bons olhos este novo ano.

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Tempest cresceu 42% em 2021

A Tempest, empresa pernambucana de cibersegurança, chegou ao final de 2021 com um quadro de quase 500 profissionais, sendo 40% desse time contratado já após o início da pandemia. O CEO Cristiano Lincoln Mattos registrou que o faturamento da empresa cresceu no ano passado 42%. “Foi um ano de um crescimento muito acelerado. É o resultado do trabalho de muito tempo nosso, de firmar nossa marca, nossos produtos e credibilidade, junto com a tomada de consciência das empresas frente ao problema da segurança digital”, afirmou. Com o crescimento das fraudes digitais, o empresário afirma que há um aumento da procura por serviços de cibersegurança por corporações de diversos setores. Antes, a procura pelo serviço era mais concentrada em empresas do setor financeiro, mas hoje atinge varejo, serviços, telecom, educação, saúde, entre outros. “Quanto mais a economia digital avança, maior é o consumo dos nossos softwares de autenticação e antifraudes”. A empresa tem em torno de 380 clientes ativos. . SISTEMA FECOMÉRCIO INVESTE R$ 23 MILHÕES NA CONSTRUÇÃO DO SENAC EM SERRA TALHADA Para fomentar a qualificação profissional no Sertão do Pajeú, o Sistema Fecomércio assinou uma ordem de serviço para a construção do Senac em Serra Talhada. A nova Unidade de Educação Profissional terá 3 mil m² de área construída e contará com laboratórios de saúde, beleza, gestão, tecnologia e gastronomia. A previsão de inauguração é para 2023. O sistema também está investindo no Sesc da região, que será contemplado com um armazém social, uma escola de interpretação ambiental e um parque aquático. “Vemos uma Serra Talhada que decola rumo ao desenvolvimento com grande vocação para negócios e poder de atração de investimentos em segmentos como comércio, educação, infraestrutura e indústria. Com um equipamento à altura das necessidades dessa nova cidade, vamos reafirmar a nossa parceria com a população da região e com o comércio de bens, serviços e turismo do Pajeú”, afirma o presidente do Fecomércio, Bernardo Peixoto. . ORGANNO ABRE NOVA LOJA NA ZONA NORTE DO RECIFE Especializada em produtos naturais voltados para a saúde e bem-estar, a Organno inaugurou uma unidade na Zona Norte do Recife, no bairro da Jaqueira (Avenida Doutor Malaquias, nº 45). A loja é a primeira da franquia Organno, marca fundada pelos empresários Nilton e Fabiana Farias e que já conta com uma operação em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O novo empreendimento da rede é comandado pelos franqueados Emilio e Stela Sukar. Itens orgânicos, funcionais, diet, sem glúten, sem lactose e suplementos esportivos são alguns destaques nas prateleiras.

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Governo do Japão envia doação de itens para enfrentamento das inundações

O Governo do Japão fará a doação de itens de assistência emergencial para o enfrentamento das inundações no Brasil, os quais serão entregues pela associação JICA, com a previsão de entrega de 300 barracas, 3000 cobertores e 75 rolos de lonas plásticas (50m×4m). A decisão do Japão tem como base o viés humanitário e as relações de amizade com o Brasil, de modo a contribuir no apoio emergencial às vítimas desses desastres. Ainda em dezembro, o Primeiro Ministro do Japão, Fumio Kishida, encaminhou mensagem de pesar e solidariedade ao Presidente Jair Bolsonaro e por parte do Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Yoshimasa Hayashi, ao Ministro de Estado das Relações Exteriores, Carlos França. "Tomei conhecimento de que as recentes inundações no nordeste do Brasil resultaram na perda de muitas vidas preciosas e na evacuação de muitas pessoas devido a danos em suas casas. Gostaria de expressar minha mais profunda simpatia ao governo e ao povo de seu país. Gostaria de oferecer minhas mais sinceras condolências às famílias enlutadas daqueles que perderam suas vidas. Desejamos uma rápida recuperação para todos os afetados e uma rápida recuperação para as áreas afetadas", afirmou em mensagem o Primeiro-Ministro do Japão. O Japão vem provendo os apoios emergenciais em situações de desastres naturais no Brasil, bem como cooperando e contribuindo sob diversas formas no fortalecimento da capacitação nos combates aos desastres naturais do Brasil. A Embaixada do Japão no País afirma que "É de nosso interesse dar continuidade à realização de cooperações com base nas necessidades do Brasil e nas relações amistosas entre os dois países. Esperamos que esses itens possam aliviar de algum modo as dores dessas pessoas".  Está prevista a realização de uma cerimônia de entrega assim que a carga chegar ao País.

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Iquine se torna o 3º maior grupo em tinta imobiliária do País

A Iquine anuncia a formação do Grupo Iquine, após a finalização do processo de integração da aquisição das empresas Hidracor e Hipercor, que aconteceu em 2020. Com a consolidação, a corporação pernambucana se torna a maior do País 100% nacional e a terceira em volume de produção de tintas decorativas. Juntas, as três marcas produzem 220 milhões de litros por ano. Apesar da nova organização, o grupo decidiu manter as marcas (Tintas Iquine, Hidracor e Hipercor) e agregar o portfólio de produtos. “Nos últimos meses, estivemos focados no processo de integração entre as operações e na condução e gestão das pessoas para agregar as competências e conhecimentos de ambas as empresas. Com a formação do Grupo Iquine, damos um novo passo na estratégia de fortalecer nossa presença no mercado, atendendo diversos públicos, canais e regiões. Essa conjunção é importante para o fortalecimento e diversificação do nosso portfólio”, destaca Eduardo Moretti, CEO do Grupo Iquine. AMARANTE CRESCEU 30% EM 2021 Com sede no Recife e com três equipamentos hoteleiros em Alagoas, a Amarante, administradora dos resorts Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort, fechou o ano de 2021 com R$ 240 milhões de receita. O número representa o crescimento de 30% em relação ao ano de 2019. Para a empresa, com mais de 30 anos atuando no mercado do turismo de lazer no Nordeste, as projeções para 2022 são ainda mais animadoras. “Esperamos um aumento de 50% em relação ao resultado alcançado em 2021”, comenta o diretor de vendas da Amarante, Igor Castelo. Com o crescimento das operações, o quadro de funcionários da empresa cresceu 23% no ano passado. MAIS GÁS CANALIZADO NO ESTADO O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, sancionou no início do ano uma lei que amplia a comercialização do gás canalizado em todo o Estado. No novo marco legal, os usuários com uso anual médio igual ou superior a 50 mil metros cúbicos de gás por dia podem buscar o insumo em outros fornecedores. “Isso significa uma abertura maior, principalmente para a indústria, que poderá adquirir esse gás de outros fornecedores, não obrigatoriamente por meio da Copergás. Eles poderão comprar diretamente, caso consigam por um preço melhor. Então, é mais uma oportunidade e significa mais um grande incentivo às empresas”, justificou o governador. ESCOLA TRILÍNGUE NO RECIFE A escola Sunny Place, em Casa Forte, franqueada IPC (Currículo Pré-escolar Internacional, em tradução), a partir do primeiro semestre de 2022 contará também com o ensino do francês, após parceria com a Aliança Francesa de Recife. Agora com ensino trilíngue, além da vivência da língua e cultura nacionais e da imersão na língua inglesa, os alunos aprenderão sobre a França, seus costumes e seu idioma.

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"Para uma retomada mais forte precisamos combater a inflação"

Maurício Laranjeira, administrador e CEO da Continentes Consultoria, foi um dos entrevistados da edição da Algomais sobre as perspectivas para 2022. Publicamos hoje na coluna Gente & Negócios a entrevista completa, em que ele fala sobre os fatores que são fundamentais para a retomada e as oportunidades no campo da internacionalização das atividades econômicas do Estado. Para sonharmos em um cenário um pouco melhor em 2022, ele elencou como prioridades o combate à inflação, a diminuição da taxa de desemprego e realização das reformas tributárias e administrativas. Passos que ele considera grandes desafios para o ano de 2022, com as eleições presidenciais se aproximando. O que os dados oficiais mostram sobre o desempenho da economia de Pernambuco em 2021 e quais as previsões que poderíamos fazer para 2022? Os dados oficiais mostram que a nossa economia vem se recuperando, gradualmente, do tombo que sofremos em 2020, devido à pandemia do COVID 19. Os 03 grandes setores que formam o pilar de sustentação de nosso PIB – comércio e serviços, indústria a agricultura – estão apresentando números razoáveis, mas temos de considerar que a base de 2020 é muito fragilizada, e que também ainda não recuperamos os níveis pré-pandemia. Com a sazonalidade do final do ano, esses números devem apresentar uma melhora mais contundente, isso levando em consideração que somos fortes em comércio e na indústria de alimentos e bebidas, setores que se beneficiam muito desse período. Com relação à 2022, tendo em vista todos os fatores que se mostram presentes no cenário, deveremos continuar com uma recuperação lenta, fazendo jus mais uma vez à frase que “nossa economia desceu de elevador, e vai subir de escada”. Quais são os fatores que podemos considerar como definidores de uma recuperação da economia em 2022 no Estado? Quais as maiores preocupações? Para 2022, temos de levar em consideração os cenários do Brasil e de Pernambuco, e com uma forte atenção na economia do mundo, pois a quebra da cadeia global de suprimentos foi um fator muito prejudicial. Para uma retomada mais forte, precisamos conter a inflação, que já é um problema mundial, diminuir a alta taxa de desemprego em nosso estado e avançar com as reformas tributária e administrativa, de modo que possamos ter um melhor ambiente de negócios. Por ser um ano eleitoral, dificilmente teremos reformas, além de todas as turbulências que uma eleição pode trazer, ainda mais eleições gerais em um cenário tão polarizado e com o país deteriorando suas contas. A inflação precisa ser combatida de forma muito incisiva, pois ela corrói o poder de compra e faz com que todos tenham uma sensação de insegurança, levando os índices de confiança para níveis baixos, o que trava investimentos e consumo. Com relação ao desemprego, não há perspectiva de uma redução forte nos altos índices que afligem o estado, apesar dos esforços que estamos vendo por parte de quem pode ajudar a mitigar o problema. Uma boa solução para Pernambuco seria o de começar a olhar para os mercados externos com mais atenção, de modo a diminuir a dependência do mercado interno. Mesmo ainda atravessando o cenário de crise, quais as principais oportunidades que estão no radar do Estado neste ano? Quais os caminhos para atrair novos investimentos? Pernambuco tem conseguido atrair bons investimentos, principalmente nos setores industrial e de logística, tendo em vista as fábricas que são anunciadas e as grandes centrais logísticas que temos, muito devido à nossa posição geográfica privilegiada e o porto de Suape. Na minha opinião, deve ser uma política de estado a melhoria do nosso ambiente de negócios, seria a melhor forma de aumentar a nossa competitividade como destino de investimentos e assim dinamizar cada vez mais a nossa economia. Temos também a nossa área de inovação, com o Porto Digital e todo o ecossistema, a fruticultura do São Francisco, o gesso do Araripe, as confecções do agreste, o polo automotivo na marta norte, nosso setor de construção civil. Todos esses setores que mencionei possuem cadeias produtivas muito longas, e se bem amparados por um bom ambiente de negócios irão deslanchar e fazer com que a nossa economia tenha a dinamicidade que tanto precisa. A internacionalização das empresas pernambucanas é um dos desafios para a maior dinamização da nossa economia? Com toda a certeza. Ao se internacionalizar, as empresas se abrem para novas oportunidades, elas começam a ter acesso à novos mercados, em conjunto com acesso à novas ferramentas de gestão, novos meios produtivos, e isso as faz evoluir com muito mais competitividade. Nossa balança comercial ainda é muito negativa, pois nosso volume financeiro de importações é cerca de 03 vezes maior que nossas exportações, além de que, apesar de alguns avanços nos últimos anos, nossa pauta de exportação ainda é muito tímida, ainda mais se compararmos com o nosso parque industrial, que é muito diversificado e já tem uma boa competitividade ao olharmos para alguns mercados estrangeiros. Um esforço coletivo de todos os “players” que podem ajudar a incrementar a cultura exportadora da nossa economia seria extremamente benéfico para o estado à médio e longo prazos, pois levaria à uma transformação estrutural no nosso padrão de desenvolvimento. Sou um entusiasta da internacionalização, e considero que esse processo é crucial para nosso estado mudar de patamar no seu nível de crescimento. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais. Especialista em gestão pública e mestre em Ext. e Desenvolvimento Local, assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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