Arquivos Colunistas - Página 274 De 309 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Prioridade para o pedestre recifense

No final do mês passado, a Prefeitura do Recife, por intermédio do Instituto Pelópidas Silveira (ICPS), divulgou as propostas de Políticas Setoriais do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, discutidas em audiência pública no dia 28.03. Do documento consta expressamente a priorização para o fluxo e a segurança do pedestre e do ciclista e para o transporte público de passageiros, além do desestímulo ao uso do transporte individual motorizado (carros e motos) como principal meio de locomoção na cidade. Trata-se da primeira vez que diretrizes dessa natureza são formalizadas em um documento com status de pré-projeto de lei. Um marco histórico! A ironia do destino é que, no dia anterior, os meios de comunicação divulgaram o resultado do Índice 99 de Tempo de Viagem (ITV 99) que, pelo segundo ano consecutivo, apontou o Recife como tendo o pior trânsito das 10 maiores capitais brasileiras nos deslocamentos em horários de pico da manhã (7h às 10h) e da noite (17h às 20h). E, ainda que essas medições feitas por meio de aplicativos de transporte mereçam ser olhadas com reservas quando determinam rankings de desempenho, o fato é que o Recife tem aparecido com frequência em colocações comprometedoras no quesito travamento de trânsito... O que, aliás, não é novidade, dada a sua estrutura viária antiga (em muitos locais plurissecular), lançada antes do advento dos veículos motorizados e sem alternativas físicas de ampliações significativas... Enfrenta o Recife, no que diz respeito ao trânsito, um problema elementar de física aplicada: não pode uma rede limitada de vias ser acrescida continuamente de veículos sem que venha a travar! Daí, a grande importância de políticas públicas que priorizem os demais meios de deslocamento que não os individuais motorizados (a pé, de bicicleta e transporte público), sempre considerando que, em termos de mobilidade, o importante é o deslocamento de pessoas e não, necessariamente, de veículos, conforme, inclusive, pode ser conferido na boa matéria sobre o tema publicada nesta edição da Algomais. Esse é, aliás, um debate muito difícil por causa da longa hegemonia do transporte individual motorizado no planejamento das nossas cidades. Por isso, é preciso que se tenha muita calma nesta hora porque, infelizmente, inexistem soluções mágicas.

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Para onde estamos indo, não precisaremos de estradas

Você que anda de ônibus, carro, a pé, kombi, lotação, van, jumento, carroça, táxi ou que pega bigu: seus problemas acabaram! A Embraer e o Uber apresentaram projeto de transporte aéreo urbano, em evento que aconteceu na cidade de Austin, nos Estados Unidos. As duas empresas estão desenvolvendo o projeto como alternativa para fugir do trânsito caótico das grandes cidades. Não é piada! A famosa frase do Doutor Emmet Brown, o professor maluco do filme De volta para o Futuro, que dá título a esta singela crônica, pronunciada antes de sua aeronave levantar do solo, passará a ser realidade. O objetivo é fazer testes com as aeronaves já em 2020. Assisti ao vídeo da apresentação. Uma moça sai do seu trabalho, entra numa pequena aeronave que a transporta, em poucos minutos, até a sua casa. Assustei-me! Incrível! Chegamos, senhoras e senhores. The future! Vamos voar no nosso dia a dia, meus amigos. Voar! Já imaginaram? Adeus, buracos de Hellciffe e demais cidades. Adeus, vendedores de água mineral nos sinais de trânsito. Adeus, assaltantes disfarçados de vendedores de pipoca na Avenida Agamenon Magalhães. Adeus, operações tapa-buraco. Adeus, licitações superfaturadas para recapeamento de vias. Até nunca mais senhores guardas de trânsito que ficam atrás das árvores escondidos com suas canetas sedentas por multas. Adeus, Avenida Rui Barbosa às 7h30 da manhã. Oremos! Estamos no olho do furacão. Uma mudança profunda de era. A quarta revolução industrial. E com ela a previsão do fim de algumas profissões: carteiro, agricultor, leitor de medidores, repórter de jornal impresso, agente de viagens, lenhador, comissário de bordo, funcionário de gráfica, fiscal de impostos, dentre outras. É bem provável que novas profissões surjam. Fazendeiros urbanos, por exemplo. A gente tem que se adaptar. Criatividade, inteligência interpessoal e especialização. Serão armas poderosas no futuro próximo. Acredito na criatividade como forma de vida. Ferramenta necessária para solução de todos os problemas. Algo essencial para a sobrevivência humana. Saber viver em coletividade, no planeta cada vez menor, integrado, também será apreciado. Desconfie de tudo o que veja, hoje. Nada será igual. A velocidade com que as coisas estão mudando assusta. Confesso que não acompanho o ritmo. Enquanto escrevo essas linhas, estou em pleno Vale do Silício, na Universidade de Stanford, Califórnia. Vim discutir com empreendedores de algumas legaltechs, o futuro do direito. Embasbacado como a tecnologia irá mudar minha profissão rapidamente e o impacto direto disso nos escritórios de advocacia e no próprio Poder Judiciário. Robôs fazendo o papel do advogado, peticionando e proferindo pareceres. Máquinas substituindo juízes, julgando processos. Adeus às brigas dos ministros nas sessões do STF. Máquinas não brigam, ministro Gilmar Mendes. Quando chegar o dia de ir ao fórum na minha aeronave e despachar um processo com um robô-juiz, teremos chegado lá, definitivamente. Lá onde Mcfly, coitado, só conseguiu chegar num mísero skate voador. Lá onde não precisaremos de estradas, mas sempre, em qualquer tempo, de gente que não jogue lixo pela janela.

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Navegar é preciso, mas viver também é preciso

O mundo digital nos leva cada vez mais a ficar conectados. Do e-mail, passando pelas redes sociais, até a troca de mensagens, ninguém vive ou trabalha hoje em dia sem estar em rede. É um ponto sem retorno, dizem alguns especialistas. Contudo, esse novo comportamento tem causado problemas sérios. Um estudo feito em 2014 revelou que 420 milhões de pessoas, cerca de 6% da população mundial, podem estar viciadas em internet. Segundo outro estudo, feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, um alto grau de conexão conduz a uma perda progressiva de controle e ao aumento do desconforto emocional. Os indivíduos que gastam horas excessivas na internet tendem a utilizá-la como meio primário de aliviar a tensão. Normalmente, apresentam perda do sono por causa do incitamento causado pela estimulação psicológica e desenvolvem problemas em suas relações interpessoais, entre outras consequências. No sentido contrário do aumento da conexão, tem surgido movimentos que estão estudando esse fenômeno. Uma deles é o time well spent (tempo bem empregado, em tradução livre), que pretende “libertar a mente dos usuários do sequestro de tempo promovido pelas novas tecnologias. Criado por um ex-funcionário do Google, Tristan Harris, o movimento propõe que os fabricantes de celular substituam o clique no ícone dos aplicativos pela necessidade de digitar o seu nome, fazendo com o usuário leve a se questionar a real necessidade de usá-lo naquele momento. Outro movimento que levanta a bandeira da desconexão é slowmedia. Criado por um grupo de jornalistas alemães, um dos princípios propostos é a realização de uma tarefa por vez. Inspirado no slowfood, que defende uma maior concentração na hora das refeições, o movimento também defende o consumo de uma mídia por vez, priorizando o foco e a atenção. Independentemente de movimentos, a nossa mente pede a desconexão. Algumas atitudes práticas podem ajudar nessa direção, sem impedir o acesso à tecnologia e ao uso das facilidades que ela trouxe à vida moderna: 1. Área de trabalho estratégica – Somente instalar aplicativos essenciais no celular e deixar visível na tela aqueles que tragam informação relevante. Os demais devem ser desinstalados e ficar fora do alcance fácil da nossa visão. 2. Menos notificações – Retirar, por exemplo, as notificações das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, como o Whastapp, diminui a ansiedade pelas verificações frequentes do celular. A inversão desse processo, deixando de ser avisado para ir em busca da informação, permite dar maior atenção ao trabalho e às relações interpessoais. 3. Blocos de desconexão – Criar períodos ao longo do dia sem o uso do celular. Principalmente em atividades corriqueiras. Não levar o aparelho ao supermercado, deixá-lo em casa para caminhar ou fazer exercícios, não usar próximo da hora de dormir e mantê-lo desligado durante o sono são algumas atitudes simples de desconexão.

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Estudo revela dificuldades do transporte de cargas em centros urbanos

Análise em sete regiões metropolitanas indica falta de planejamento, grande diversidade de restrições ao trânsito de caminhões, ausência ou precariedade da sinalização e da fiscalização, entre outros problemas que aumentam o custo operacional e reduzem a qualidade do serviço. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou hoje (16/04) o estudo “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?” no qual analisa as condições do transporte de carga em sete regiões metropolitanas no país: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM). Os resultados mostram que a urbanização acelerada do Brasil nas últimas décadas trouxe complexidade e desafios para a logística de abastecimento das cidades onde vivem 84% da população brasileira e circulam 96,7 milhões veículos automotores. Nesse cenário, transportadores, gestores públicos e empresários lidam com variados graus de dificuldade para melhorar o transporte de cargas em centros urbanos. É preciso compatibilizar as demandas do comércio e do setor de serviços, com a variedade e volume crescente de consumo da população e, ainda, com a necessidade de melhorar a qualidade de vida nas cidades, reduzindo os congestionamentos e a poluição ambiental. O estudo constatou uma variedade de regras e de restrições à circulação de caminhões em centros urbanos, somada a problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização, entre outras deficiências que têm impacto sobre a atividade transportadora. Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades. Para a Confederação Nacional do Transporte e, é preciso aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades, entre outras providências para que o transporte de mercadorias em centros urbanos seja mais rápido, eficiente e de baixo custo. Principais barreiras  Veja quais foram os problemas mais comuns encontrados pelos técnicos da CNT ao estudar as condições do transporte de cargas nas cidades que compõem as sete regiões metropolitanas analisadas:  • Falta de planejamento. Na maioria dos casos, os municípios implantam restrições ao transporte de carga sem dialogar com os setores envolvidos e sem integrar suas regras de trânsito com as normas de transporte dos demais municípios da região. Além disso, muitos municípios criam legislação para o transporte de cargas, mas não divulgam ou não colocam as regras em prática. • Carência de dados e estudos para embasar políticas públicas de transporte de carga em áreas urbanas. Esse problema está associado a uma ideia simplista de que a mera proibição ao trânsito de caminhões em determinadas zonas e vias resolveria os problemas de congestionamentos, poluição etc. • Grande variação de regras de restrição ao transporte de carga dentro de um mesmo município ou em relação aos outros municípios que integram a região metropolitana. As regras mudam de um bairro para o outro, de um município para o outro, dificultando o planejamento do transporte de cargas. • Proibições de trânsito em dias e horários determinados obrigam os caminhões de carga a circular nas chamadas “janelas horárias”. Este modelo de restrição dificulta o planejamento das entregas por razões como congestionamentos e condições de recebimento de cargas. O comércio, especialmente supermercados e shoppings adotam critérios próprios de recebimento de carga que muitas vezes não são compatíveis ou entram em conflito com as restrições determinadas pelo poder público. • Falta de sinalização; sinalização precária ou mesmo em contradição com o normativo sobre transporte de carga. • Fiscalização de trânsito insuficiente para garantir o cumprimento das regras e a fluidez do transporte de cargas. • Baixa oferta de vagas de carga e descarga e ocupação indevida dessas vagas por outros tipos veículos. • Aumento do número de viagens devido à imposição de uso de veículos menores. • Falta de locais adequados e seguros de parada e descanso para motoristas que aguardam para entrar em cidades em períodos de restrição. Esse é um problema que tem agravado a insegurança sofrida pelos transportadores sendo o roubo de cargas o tipo de ocorrência mais comum. • Baixo investimento em obras de infraestrutura, principalmente em anéis viários. Consequências Os problemas encontrados pela CNT têm forte impacto nos custos e na qualidade do serviço de transporte de cargas em áreas urbanas conforme descrito a seguir: • Aumento dos custos operacionais do transporte rodoviário de carga.  Em alguns casos, as barreiras encontradas pelos transportadores têm gerado taxas extras que incidem sobre o preço do frete. Dois exemplos são a Taxa de Dificuldade de Entrega (TDE) negociada a partir de um piso de 20% sobre o valor do frete e a Taxa de Restrição do Trânsito (TRT) calculada em 15% do frete. • Baixa previsibilidade da entrega de mercadorias. Além dos congestionamento e retenções de trânsito, muitas vezes o planejamento do transportador é alterado de forma imprevisível devido à falta de clareza e de transparência sobre as restrições ao transporte de carga. • Aumento da emissão de poluentes e ruídos. Restrições mal planejadas podem acarretar congestionamentos, filas de descarga, aumento no número de viagens, rotas mais longas e inadequadas e outros transtornos que aumentam os ruídos produzidos pelo trânsito e a emissão de gases poluentes na atmosfera. • Riscos de acidentes. Sinalização deficiente ou mesmo ausência de sinalização, janela de horário noturna e outras restrições são fatores que elevam o risco de acidentes. Principais soluções apontadas pela CNT Aprimorar as políticas públicas e o planejamento. Incluir o transporte de carga no planejamento urbano e nas políticas de trânsito, integrando todos os municípios das regiões metropolitanas; realizar gestão democrática e ampliar o controle social todos os setores interessados: transportadores, embarcadores, compradores, fabricantes, distribuidores, empresas de Transporte Rodoviário de Carga - TRC, Transportadores Autônomos de Carga - TAC, operadores logísticos, atacadistas, varejistas e consumidores finais. Melhorar a sinalização e a fiscalização de trânsito. Divulgar, dar maior clareza e visibilidade às restrições ao transporte de carga, divulgar rotas alternativas e ampliar a fiscalização, especialmente nas áreas de carga e descarga. Ampliar a oferta de vagas de carga e descarga e as janelas horárias para entregas e coletas. Aumentar

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Um candidato ao rebaixamento

*Houldine Nascimento O Campeonato Brasileiro teve início neste fim de semana, mas, antes mesmo de começar, já era previsível que o Sport enfrentasse dificuldades. Muito disso em razão do desempenho pífio nas competições que disputou até o momento – eliminado na semifinal do Pernambucano e na segunda fase da Copa do Brasil – e pela indefinição de um time até aqui. Estamos na metade de abril e nenhum torcedor rubro-negro é capaz de dizer quais são os 11 jogadores titulares. A Via-Crúcis do Sport começou nesse domingo (15), em Belo Horizonte. O adversário era o América Mineiro, uma das equipes que devem lutar contra o rebaixamento. O time da casa não precisou fazer muito esforço para abrir o placar. Com menos de um minuto de partida, o Coelho saiu na frente com Serginho, graças à colaboração do goleiro Agenor. No mesmo lance, a zaga rubro-negra assistiu ao ataque americano trocar passes de cabeça sem qualquer incômodo. Aos 34 minutos, nova lambança de Agenor, que tromba com o zagueiro Léo Ortiz numa saída do gol. A bola sobra livre para Carlinhos ampliar o placar. Seis minutos depois é a vez de Serginho receber passe, disparar em velocidade pela esquerda, invadir a área e fuzilar a meta leonina. No primeiro tempo, estava sacramentada a vitória do clube mineiro, de volta à Série A após um ano de ausência. Na primeira rodada da edição 2018 do Brasileirão, o técnico Nelsinho Baptista promoveu quatro estreias ao entrar de frente com os recém-chegados Cláudio Winck, Ernando, Ferreira e Andrigo. A falta de entrosamento pesou para estes jogadores e, ao que parece, para os demais também. Pelo comportamento do time, a impressão passada é que nenhum deles chegou a jogar junto, mesmo a maioria estando no clube desde janeiro. É bem verdade que o Sport teve lampejos de reação durante o jogo, mas foi ineficaz. O elenco está sendo remontado durante a competição nacional, o que representa um enorme risco. Com poucos campeonatos a disputar em 2018, o Sport já teve muito tempo para se acertar, mas até o momento está a léguas disso. Os bastidores do Rubro-negro pernambucano em nada contribuem para tal. O Brasileirão mal começou e já temos um forte candidato ao descenso. *Houldine Nascimento é jornalista

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Cerveja e "Buteco", casamento perfeito

Nada mais brasileiro, e porque não dizer pernambucano, que frequentar "buteco". Apreciar os pratos dessa culinária tão especial faz com que a gente tenha motivos de sobra para perpetuar ainda mais essa tradição. Não só pelo papel de socialização que esses estabelecimentos representam, os butecos estão presentes em nosso DNA e são programação certa para os nossos finais de semana. Com a finalidade de valorizar esse tipo de culinária tão especial, surgiu em 2000 o concurso "Comida Di Buteco", que acabou se transformando em um movimento, se podemos dizer assim “gastronomicamente democrático”, pois agrega diversas classes sociais, de todas as idades, e em todo Brasil. Abril é quando se dá o “start” do concurso que esse ano terá 21 cidades, com a inclusão de Florianópolis, alcançando as cinco regiões do País. Pelo terceiro ano consecutivo o teto de R$ 25,90 foi mantido, unificado para todos os participantes, com a criação do prato livre. Nessa primeira etapa serão conhecidos 21 campeões. Depois teremos a etapa nacional, com o campeão de cada localidade, e que contemplará o melhor Buteco do Brasil. 26 estabelecimentos localizados na região metropolitana do Recife estão participando. A coluna experimentou 5 pratos participantes e como não podia deixar de ser, escolheu 5 cervejas para serem com eles harmonizadas. O Sarapatel de Porco, extremamente popular da cozinha nordestina, do “Pra quem Gosta”, em Olinda foi o primeiro prato a ser provado. Segundo Jô, a proprietária do local, a receita era de sua avó, o que dá um toque ainda mais tradicional ao prato. Muito aromático, com um sabor intenso e textura tenra. Experimente com uma IPA, os aromas se destacarão, e assim terá um destaque exótico e delicioso. O segundo prato veio do bar do Cabo, em Brasília Teimosa, campeã da etapa 2017. Um camarão ensopado em um molho especial, chamado de Sabor do Nordeste. Vem servido com uma farofa molhada com o próprio molho. Com tempero mais leve que o anterior, uma Witbier é a pedida certa e dará ainda mais sabor a comida. Uma cerveja refrescante e cítrica com frutos do mar dá o equilíbrio perfeito. O terceiro veio do mercado da Boa Vista, mas com um toque mineiro. O Bar do Vizinho serviu um irretocável prato chamado “Porco Virado na Lata”. Tostado na medida certa. Ele vem com uma crosta da carne do porco bem crocante frita na banha. Como acompanhamento uma macaxeira com molho de tomate e torresmo, e alecrim fresco dando o toque final, turbinando osaromas. Um Double IPA ou uma Imperial IPA casam muito bem com o prato. A gordura da carne de porco pede uma cerveja mais potente. Do Ipsep vem o quinto prato, do Armazém 433. Uma panelinha com filé mignon, com textura de queijo coalho como se fosse um chip crocante e muito gostoso, acompanhado de uma cestinha com pães caseiros para se “melar” no molho. Batizado de “Panela Velha é que faz Comida boa”. Nesse vamos com uma tradicional Pilsen. Como é uma cerveja leve, vai combinar com o “salgadinho” do queijo. E pra finalizar um prato digno de ter na receita o personagem principal da coluna que é cerveja. Diretamente do Armazém Centenário, no Espinheiro, veio o prato “Boi Atolado”. Bem servido é um escondidinho de macaxeira com queijo gratinado. A costela na cerveja preta é um espetáculo a parte, bem exótico. A carne vem mergulhada no molho de queijo. Uma Pale Ale por exemplo. Por ser encorpada, de amargor profundo com aroma frutado e complexo fecha com louvor essa harmonização. Pratos é que não faltam no concurso Comida Di Buteco para “casar” com boas cervejas, agora é entrar no embalo e ser feliz e manter a tradição. Butecos: Pra Quem Gosta Cidade: Olinda Endereço: Rua Ary Barroso, 111 - Monte - Olinda Telefone: (81) 3429-9275 Funcionamento: Quarta a domingo: 11h às 17h Bar do Cabo Cidade: Recife Endereço: Rua Nanuque, 37 - Brasilia Teimosa - Recife Telefone: (81) 98873.0451 Funcionamento: Terça a domingo: 11h às 16h Bar do Vizinho Cidade: Recife Endereço: Rua da Santa Cruz, s/n - Box 2 e 3 - Mercado da Boa Vista – Recife Telefone: (81) 99890.5851 Funcionamento: Quarta a sábado: 11h às 18h e Domingo: 11h às 17h Armazém 433 Bar Cidade: Recife Endereço: Rua Rio Amazonas, 433 - Loja A - Ipsep - Recife Telefone: (81) 99709.0393 Funcionamento: Terça a quinta: 17h à 00h; Sexta e sábado: 17h à 01h Armazém Centenário Cidade: Recife Endereço: Rua Barão de Itamaracá, 10 - Espinheiro - Recife Telefone: (81) 3033.4002 Funcionamento: Terça a quinta: 17h à 00h; Sexta e sábado: 12h à 01h; Domingo: 12h às 18h

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Muita destruição em novo filme arrasa-quarteirão com Dwayne Johnson

Quando se fala em filme de ação dos anos 80, é difícil não lembrar dele: Arnold Schwarzenegger. O gigante austríaco dominava as produções do gênero, fazendo muito sucesso como Conan, O Bárbaro ou protagonizando a franquia Exterminador do Futuro. Mas seu "reinado" foi perdendo força, dando lugar a outros nomes, entre eles, o do ex-jogador de futebol americano, Dwayne "The Rock" Johnson. O grandalhão, de características bem parecidas com as de Arnold (pouca expressão e muita testosterona) conquistou de vez seu espaço. Seu mais novo filme, Rampage: Destruição Total, é uma prova disso. Na história, Dwayne Johnson interpreta Davis Okoye, um primatologista que cuida e tem como grande amigo um gorila albino chamado George. A rotina de Okoye é violentamente sacudida quando um experimento genético que havia sido realizado no espaço cai na Terra, contaminando alguns animais, entre eles, George. O contato com a substância desconhecida acelera o crescimento do animal e altera seu comportamento, tornando-o violento. Dá-se início, então, à principal proposta do longa, como o próprio título já revela: trazer à tela grande muito barulho e destruição.   Rampage: Destruição Total mais parece uma reciclagem de filmes clássicos de monstros como King Kong e Godzilla. A diferença, claro, está na qualidade dos efeitos especiais que, aliada a boa edição de som, proporciona ao espectador uma impressionante imersão na história, com direito a momentos de tensão e muitos sustos. O roteiro é bem confuso. Alguns personagens surgem e logo somem da história sem muita explicação, como os dois jovens auxiliares de Okoye no zoológico. O elenco também é ruim, tanto que (acredite!) apenas Dwayne Johnson se salva, talvez porque não arrisca muito nas expressões (rsrs). A dupla de vilões é, sem dúvida, a pior coisa do filme. A atriz sueca Malin Maria Åkerman e o americano Jake Lacy, que interpretam os irmãos Claire e Brett, proprietários do laboratório responsável pela pesquisa que resultou em toda a confusão, são fortes candidatos a figurar na próxima edição do Framboesa de Ouro. Completam o elenco Naomi Harris e Jeffrey Dean Morgan. Apesar dos pontos negativos, Rampage: Destruição Total deve agradar aos fãs do gênero. E Dwayne Johnson seguirá honrando o legado deixado pelos clássicos arrasa-quarteirões do passado.  

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Náutico volta ao topo em Pernambuco

*Por Houldine Nascimento O Náutico coroou o bom início de temporada com o título do Campeonato Pernambucano. Neste domingo (8), o Timbu levou a melhor sobre o Central ao vencer por 2 a 1. O cenário parecia desenhado para um triunfo alvirrubro, com quebra de recorde de público para clubes na Arena de Pernambuco, palco da final. Ao todo, 42. 352 pagantes estiveram no estádio. A torcida do Central também compareceu em peso, lotando a área reservada para os visitantes. O jogo começou como se imaginava, com pressão do Náutico. Logo aos 4 minutos, o atacante Wallace Pernambucano quase abriu o placar para o anfitrião, em boa cobrança de falta na trave. Após os 20 minutos iniciais, o Central se estabilizou e foi tomando conta. Da entrada da área, Fernando Pires mandou uma bomba, para defesa de Bruno aos 25. Dois minutos depois, Gildo recebeu lançamento, driblou Camutanga e empurrou para as redes. O gol legítimo foi anulado em decisão conjunta do assistente Cleberson Nascimento e do árbitro Nielson Nogueira. Além deste lance prejudicial, a Patativa sofria com a postura rigorosa da arbitragem para seus atletas e com um critério mais brando com os jogadores do Náutico. Aos 43, no entanto, o Náutico fez 1 a 0: Júnior Timbó quebra a marcação, invade a área e rola para Ortigoza, que finaliza. A bola sofre desvio de Danilo Quipapá, dizimando qualquer chance de defesa do goleiro França. No início da segunda etapa, outro lance decisivo: Jobson enfia o pé no rosto de Douglas Carioca e recebe apenas um cartão amarelo. Aos 11, o mesmo Jobson marca o segundo gol do Náutico ao driblar dois defensores do Central. A equipe de Caruaru ainda descontou aos 25, com Leandro Costa, de pênalti. E poderia ter empatado aos 34 minutos com Júnior Lemos, o atleta mais habilidoso da Patativa, que arrematou da entrada da área e acertou a trave. Ficou nisso. Festa alvirrubra na Arena. Após 14 anos, o torcedor volta a gritar “é campeão”. O Náutico foi o melhor time da primeira fase e soube jogar o mata-mata. Méritos do técnico Roberto Fernandes e dos jogadores, que compraram a ideia de resgatar o clube. Com casa cheia nas fases decisivas, a torcida provou que o Náutico ainda é um clube viável. A conquista dá força para o Alvirrubro buscar o acesso na Série C. Parabéns ao Timbu! Ao Central, fica a certeza de ter montado um time competitivo e muito forte para a disputa da Quarta Divisão nacional. Agora, a diretoria tem de trabalhar para segurar as principais peças. *Houldine Nascimento é jornalista

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“Um Lugar Silencioso” prova que ainda é possível inovar no terror

Com tantos filmes de terror ruins e genéricos chegando aos cinemas todo ano, não tinha como não desconfiar de mais um, ainda mais se tiver o nome de Michael Bay na produção, figura responsável pela barulhenta e sem noção franquia Transformers. "Um Lugar Silencioso" provou quão desnecessária fora minha desconfiança. Na história, uma família é perseguida por criaturas extraterrestres cegas, mas de audição bem aguçada. Para se protegerem, essas pessoas terão que viver em silêncio total. Além disso, serão assombradas por um trauma fruto de uma tragédia do passado, que marcou profundamente suas vidas. A luta pela sobrevivência frente a ameaça alienígena norteia o desenrolar da trama, mas o filme vai além dos sustos e cenas de perseguição característicos ao gênero.   Um Lugar Silencioso segue fielmente a cartilha de filmes como Tubarão, explorando a ideia de trabalhar o suspense sem mostrar muito, apenas sugerindo o perigo. O longa consegue prender a atenção do espectador com sua narrativa engenhosa, ainda que fugindo do convencional, com silêncio quase que absoluto durante boa parte da exibição. A ausência de som serve de prenúncio para grandes sustos. Parte do sucesso da produção está relacionada ao bom elenco. John Krasinski e Emily Blunt (casados na vida real) esbanjam boa química e carisma no papel do casal de protagonistas, Lee e Evelyn. John também é responsável pela direção, mostrando ter segurança e grande talento na função. Outra que se destaca é Millicent Simmonds, que interpreta Regan, filha do casal. Este é o segundo filme da atriz de apenas 15 anos, que já atuou também ao lado de Juliane Moore no filme Sem Fôlego. Krasinski, responsável também pelo roteiro, mostra ser possível inovar, trazer novas propostas até para gêneros que já se mostram bem saturados. Um Lugar Silencioso está, sem dúvida, entre as boas surpresas do cinema em 2018.

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Central e Náutico: 90 minutos para fim de jejum

Noventa minutos para o fim de um jejum. Torcedores de Central e Náutico aguardam com ansiedade o próximo domingo (8), data em que as duas equipes decidem o Campeonato Pernambucano, na Arena de Pernambuco. Já são 14 anos que o Timbu não conquista um título. Muito tempo para um clube considerado grande. Para a Patativa, a espera é ainda maior. É a primeira vez que o time de Caruaru chega à final do estadual, que é realizado desde 1915. Em 1986, o Central terminou o Brasileiro Série B na primeira posição do grupo F. Naquele ano, o campeonato foi dividido em quatro grupos e os primeiros colocados subiram para a Série A no mesmo ano. Dessa forma, não houve disputa pelo título. Por isso, o Alvinegro do Agreste se considera campeão, embora não reconhecido oficialmente pela CBF. No último domingo (1º), mais de 14 mil torcedores encheram o estádio Luiz Lacerda para acompanhar a inédita final. Num jogo com poucas chances de gol, Central e Náutico ficaram no 0 a 0 e tudo será definido mesmo na última partida. O destaque maior veio do técnico Roberto Fernandes, que divulgou uma escalação falsa minutos antes do jogo, o que irritou o treinador adversário, Mauro Fernandes. A Arena de Pernambuco também deve contar com um ótimo público. Isso porque mais de 30 mil ingressos já foram vendidos para a decisão. O grande motivo, evidentemente, é o bom começo de temporada do Náutico, que resgatou o orgulho de seu torcedor. Dessa forma, o Timbu bate o próprio recorde, atingido em 2014 em clássico contra o Sport pelo Pernambucano. Naquela ocasião, 30.061 pagantes compareceram. Por mais notório que seja o baixo nível técnico dos campeonatos estaduais, em geral, as fases finais sempre empolgam por mexer com rivalidades históricas. Quem ganha tem razão para celebrar. A quem perde, resta o lamento. *Por Houldine Nascimento

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