Arquivos Rivaldo Neto - Página 10 De 10 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Rivaldo Neto

As cervejas MADE IN PE (Por Rivaldo Neto)

Que o pernambucano é bairrista todo mundo sabe. Quem já não ouviu que foram os judeus do Recife que fundaram Nova York? Ou que o mar é um braço do rio Capibaribe? Partindo desse orgulho em ser de Pernambuco que alguns produtores de cervejas locais criaram o BebaLocal, um movimento que fortalece os produtores locais e estimula a cultura cervejeira no Estado. Uma oportunidade em conhecer algumas delas pode ser no estande montado na Fenearte com a participação de 7 cervejarias pernambucanas, são elas: Debron, Pat Lou, Ekäut, Duvália, Babylon, Estrada e Capunga. Experimentando alguns rótulos, tive uma impressão muito boa das cervejas aqui produzidas. Logo de entrada, a cervejaria Patt Lou, localizada em Vitória de Santo Antão, e que produz a Maracatu, uma IPA leve e refrescante com notas de maracujá e contendo 2 tipos de lúpulo e 6%vol. A 4All, cerveja de trigo, cítrica, suave e com dryhopping de Amarillo (lúpulo americano) e Galaxy (lúpulo neozelandês) dá um equilíbrio interessante a bebida. Uma outra cerveja presente no estande, a Babylon German Lager é leve com seus 5%Vol e com lúpulo alemão em sua composição. Da cervejaria Capunga Draft Beer, a APA (American Pale Ale) é uma cerveja leve, clara, suave, pequeno amargor e refrescante, bom para nosso clima. A Debron também presente e com uma novidade: a cervejaria, que já produz chopes Weizen, Pale Ale e Pilsner, agora recentemente lançou uma IPA. Experimentei o chope Debron Weizen tem boa textura, aromático e com boa carbonatação, com seu tom amarelo claro e levemente turva. Destaco três rótulos, a American IPA Route 66, da cervejaria Estrada, com seu amargor intenso, muito aromática amarelo escuro, e muito lupulada. Da cervejaria Duvália, para quem gosta de uma boa Stout é a pedida perfeita. Acertaram em cheio. Uma cerveja com uma espuma consistente, cremosa, bem ao estilo das inglesas com um aroma marcante de maltes torrados e com mel de engenho, dando com isso um toque marcante.   Albert Eckhout foi um desenhista holandês que participou da comitiva de Maurício de Nassau, quando Pernambuco estava sob domínio da Holanda, em 1637, e retratou os habitantes locais e assim foi dado o nome Ekäut a esta cervejaria pernambucana. A American IPA da Ekäut é uma cerveja com muito amargor, muito aromática, refrescante, notas florais, excelente retrogosto, que é a sensação que líquido deixa ao ser tomado. Contém o dois lúpulos, o Cascade (lúpulo americano) e o Magnum, que é alemão. A junção destes dois insumos dão uma excelente drinkability deixando a cerveja levemente picante e frutada.   E sabendo como nós pernambucanos somos, eu posso dizer com orgulho: cerveja feita em Pernambuco não vai demorar pra ser as melhores do mundo! Não duvidem! Aplicativo #BEBA LOCAL Para fortalecer ainda mais foi criado o aplicativo #BebaLocal, já disponínvel na Apple Store e no Google Play e também uma versão web (bebalocal.com), onde o foco é achar locais onde se bebe cervejas artesanais feitas aqui. Segundo Felipe Magalhães, idealizador do aplicativo e produtor da Babylon: “A ideia surgiu quando senti vontade de beber uma Capunga e senti dificuldade de achá-la onde estava sendo comercializada” afirmou.     *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas rivaldoneto@outlook.com

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Cervejas com mel, uma experiência que vale a pena (Por Rivaldo Neto)

Lembra de Robin Hood? Do simpático Frei Tuck? Se você lembra vai lembrar ainda mais que em meio a uma ou outra batalha contra o Xerife de Nottingham, o simpático monge entornava canecas e mais canecas de uma bebida produzida por ele. Mas que bebida era essa? O Mead, como chamam alguns, um fermentando alcoólico variado do mel, muito similar ao Hydromel. O mel é uma mistura complexa de açúcares, como a glicose (cerca de 30%) e frutose (40%), água (18%) e outras substâncias como carboidratos, proteínas e aminoácidos. A inclusão do mel em bebidas é ancestral. Esse estilo vem sendo cada vez mais resgatado por produtores de cerveja da Inglaterra, Irlanda e até pelos franceses na Bretanha. Os efeitos ao adicioná-lo a cerveja é que o mel é tão fermentável quanto o açúcar e que gera uma cerveja mais seca, aumenta a quantidade de álcool, mas mesmo assim causa uma sensação alcoólica mais suave se comparada ao açúcar comum. Com isso o mel também acrescenta notas sutis de florais dando mais aroma à bebida, isso se dá devido aos vários pólens e néctares utilizados pelas abelhas em sua produção. Das cervejas importadas, a inglesa Honey Dew, da Fullers, é um verdadeiro deleite. Primeiro que é uma cerveja orgânica, turva,levemente picante, em que logo no primeiro gole o mel aparece. Os maltes e o lúpulo acrescentados tornam essa cerveja uma das melhores. Tem uma variação alcoólica de 5%Vol e é vendida em garrafas de 500ml. Devido a tudo isso a Honey Dew é a cerveja orgânica mais consumida pelos ingleses. Ao servi-la deve-se sempre mexer a garrafa em movimentos circulares no final para que os insumos orgânicos e o mel se misturem mais, proporcionando uma gratificante experiência. Uma outra opção de cerveja com mel também vem da Inglaterra e chama-se Waggle Dance, da cervejaria Wells. O nome é um curiosidade, pois trata-se de uma dança praticada pelas abelhas quando descobrem uma nova fonte de néctar. Uma cerveja igualmente saborosa, leve, de cor âmbar, com leves notas de mel e amargor na medida certa com os seus 5,2%Vol em garrafas de 500ml. A cervejaria americana Rogue Ale produz a Rogue Farms 19 Original Colonies Mead, um nome tão exótico quanto a experiência que você irá embarcar. A pedida é interessante tanto que na sua produção foram postos leveduras de champagne. Corpo bem leve, carbonatação baixa e boa drinkability em garrafas de 650ml. Aroma é o que não falta, florais mais ainda, nada mais lógico, pois estamos falando do que mais se assemelha ao hydromel. No mercado nacional, a cervejaria Colorado, recém adquirida pela Ambev, produz a Appia, que é uma cerveja de trigo com mel de laranjeira em garrafas de 600ml. É uma cerveja amarela escura, turva, ligeiramente doce e que harmonizada com uma torta de chocolate amargo dará o tom certo de amargor e o doce. Uma experiência que deliciosamente vale muito a pena. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas rivaldoneto@outlook.com

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O mundo das Weissbiers (Por Rivaldo Neto)

Muitos historiadores relatam que a descoberta da cerveja foi acidental. Especula-se que tenha se deixado um pedaço de pão de centeio que se misturou a água, e com isso deu-se a fermentação alcoólica e assim surgiram as primeiras cervejas. Isso na Suméria, antiga Mesopotâmia, e em torno de 4.000 a.C. Depois disso o processo padronizou-se e o malte, constituído de grão de cevada germinados era moído e depois misturado com água e assado. Na Antiguidade, a cerveja era um alimento importante, o líquido era turvo e cheio de resíduos, onde se colocava uma palha para filtrá-los. Desde os primeiros momentos o trigo é um dos principais ingredientes na produção das cervejas. Mas foi na Alemanha que ela ganhou um destaque especial com as Weissbiers. A palavra Weiss, no alemão significa “branco”, ou seja, “cerveja branca”, que é a coloração natural das cervejas produzidas por esse cereal. Esse estilo tem uma variação alcoólica em torno de 5% a 6% não filtrada, característica que permite a ação das leveduras adicionadas na bebida, isso permite que o líquido fique turvo, frutado e bastante aromático. A grande maioria das cervejas Weiss remetem ao cravo, à banana e à maçã, ou podem ocorrer na mistura de várias outras frutas. Como não podia deixar de ser é na Alemanha onde se encontram as principais cervejarias que produzem cervejas de trigo como as cervejas Paulaner, a Erdinguer, a Flensburger e a minha preferida que são as produzidas pela Schneider Weisse.   Muito se confunde em relação as nomenclaturas desse estilo. Só para se ter um exemplo são denominadas de Weiss,Weizen, Hefeweizen, Kristallweizen, Dunkelweizen ou Weizendoppelbock. Mas nada de se assustar, isso nada mais é que os variados estilos de coloração e regiões onde são produzidas. O importante é saber que a palavra weiss como disse anteriormente, quer dizer “branco”, Weizen significa trigo e Hef está relacionado com as leveduras, consequentemente a sua turvação. As cervejas Weiss e Weizen são turvas pálidas e claras, já as Kristallweizen são ainda mais claras. As Witbiers são também cervejas de trigo, fabricadas com o estilo belga, como por exemplo a cerveja Hoegaarden, e são mais cítricas que as weiss alemãs. Vale a pedida: Importadas: Schneider Weisse Tap 7: Cerveja clássica de trigo, excelente. Schneider Weisse Tap 6: Cerveja forte, com graduação maior que média 8,2%. Erdinguer Weissbier: Clássica, leve e com aroma muito agradável. Flensburguer: Cerveja frutada e muito marcante. Paulaner Weiss: Leve e clara, excelente para iniciar nesse estilo. Hoegaarden: Cítrica e aromática. Nacionais: Fun: Frutada, cítricas e aromática, excelente. Weiss Schornstein: Clássica e leve. Schloss: Witbier nacional, cítrica e leve. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas rivaldoneto@outlook.com.br

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Cervejas Lendárias: A Guinness (Por Rivaldo Neto)

Sempre que se fala da Irlanda, os cervejeiros de plantão logo lembrarão da cerveja Stout mais famosa e consumida no mundo. Quando Arthur Guinness fundou a cervejaria St. James's Gate Brewery, responsável pela Guinness em 1759, talvez não tivesse a dimensão que a marca fosse alcançar. Ela é responsável por um consumo diário de 10 mil Pints de cervejas, este volume é tão grande que chega a metade do consumo de cerveja na Irlanda. Uma curiosidade é que o seu fundador que era protestante, alugou a fábrica e os terrenos em sua volta por míseros 45 libras (aproximadamente R$ 223,00), incluindo o fornecimento de água para sua produção em um contrato de arrendamento de 9 mil anos. A Guinness sempre teve um ousado processo de expansão, chegando em 1908 a ser a cerveja mais consumida no mundo. A Guinness é mais facilmente encontrada no mercado nacional em latas de 440ml. Ela contém uma cápsula de nitrogênio (N2) e ao abrir a lata inicia-se uma reação química entre gás carbônico e o líquido resultando em uma carbonatação semelhante a um chope. Isso confere a cerveja uma formação de espuma de alta qualidade e duração, além de preservar de forma quase impecável suas notas e aromas. Beber um chope da Guinness é interessante desde o momento em que está sendo servido. Quando o copo é inclinado em uma ângulo de 45graus, o líquido fica com uma coloração marrom, e em aproximadamente um minuto ele começa a decantar e a sua cor preta característica aparece dando o tom certo da cerveja, causando assim um belo efeito visual. A Guinness deve ser servido em um Pint ou caldereta, pois tal processo em outros tipos de copos fica comprometido. A Guinness é uma cerveja leve de 4,1%vol, muito equilibrada, e com uma sabor intenso de maltes de cevada tostada utilizados em sua fabricação. Para cervejeiros que gostam de café, esta cerveja é um pedida ideal, pois sua aromatização irá agradar em cheio. Para uma harmonização a Guinness cai bem com um lombo de porco defumado, carnes e linguiças para opções salgadas e para as doces um bom petit gateau. Outro lado interessante dessa cerveja é que a mesma é muito utilizada no preparo de pratos culinários. A cerveja ajuda a amaciar e dar sabor a ensopados de carne com batatas, o famoso Irish Stew (cozido irlandês), além de dar um toque especial com sorvetes. Por estas e outras a deliciosa e polivalente cerveja Guinness é um lenda, se você tem a oportunidade de degustá-la não pense duas vezes, afinal são mais de 250 anos de tradição em forma de cerveja! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Cerveja para celíacos (Por Rivaldo Neto)

A doença celíaca é um distúrbio inflamatório crônico do intestino delgado que afeta 1% da população mundial. Estima-se que no Brasil exista um celíaco para cada 400 indivíduos. Essa doença é causada pela intolerância ao glúten, que é uma proteína que está presente na cevada que se produz as cervejas. Durante um tempo, os amantes da cervejas, quando diagnosticados positivamente com a intolerância tinham de deixar de tomá-las (infelizmente). Mas hoje no mercado existem boas opções de cervejas 100% Glúten Free e de excelente qualidade. Alguns rótulos muito interessantes tanto nacionais quanto importados dão um leque de variados estilos para a que as pessoas portadoras da intolerância possam usufruí-las sem causar mal a sua saúde. A cervejaria brasileira Lake Side (RS) tornou-se especialista nesse tipo de bebida através de um processo exclusivo da própria fábrica, fazendo assim a quebra da proteína no glúten. A cervejaria espanhola Estrela da Galícia também produz cervejas com essas características. Da brasileira Lake Side três ótimas indicações. A sua Lager é uma cerveja vendida em garrafa de 600ml , com uma graduação de 4,5%Vol, leve, consistente e de muito agradável sabor e muito refrescante. Tem boa presença de malte e um amargor sutil. Outra que chama a atenção é a Malzebier (300ml), com os mesmos 4,5% da Lager. Do mesmo fabricante, esta cerveja tem uma bonita espuma, levemente doce, com maltes torrados, caramelo e com um final de chocolate, excelente para quem quer fazer uma harmonização com doces, tipo: um chessecake, um torta de nozes ou até mesmo um mousse de chocolate. Já para quem gosta de uma cerveja com um amargor mais intenso, a APA (American Pale Ale) preserva as características desse estilo, possui acentuado aroma de lúpulo (usando o sistema dry hopping), coloração alaranjada, aromas cítricos e leve caramelo. A graduação é um pouco maior, com seus 5,2%Vol, em garrafas de 300ml. E pra finalizar a Espanhola Daura Damm, da Estrela da Galícia. É um cerveja clara, muito agradável, de leve amargor e com uma graduação maior que as citadas acima, 5,4%Vol. Excelentes rótulos para os amantes da cerveja em geral e principalmente aos celíacos, que podem tomar uma sua “santa” cerveja, sem lhe causar dano a saúde! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Quer levar chope pra casa? Compre um Growler (Por Rivaldo Neto)

Growlers? Com toda certeza alguns amantes das cervejas não sabem do que se trata, mas com a expansão do mercado de cervejas importadas e artesanais, esse item vai começar a se popularizar. Mas o que é isso? Bem, vamos lá. Os Growlers são garrafas de porcelana ou vidro, de capacidade variada, sendo o de 2 litros o mais popular dentre eles, mas podendo chegar até a 5 litros. Servem para armazenar chope fresco, quando o bar oferece o sistema “On tap”, que são as torneiras com vários rótulos, e assim enchê-lo e levá-lo para a comodidade do lar. Alguns estabelecimentos já dão até desconto aos clientes que encherem seus recipientes. Os descontos são variados, mas não deixa de ser interessante para reuniões com os amigos e assim degustar variados estilos de cervejas. Eles possuem uma tampa que conserva o liquido em até uma semana na geladeira. Além do ecologicamente correto,melhor que latas e frascos, o Growler é um objeto bonito, e alguns são até personalizados e também são muito práticos. Se você resolver adquirir um, algumas medidas são importantes como: – Se o seu Growler estiver cheio, mantenha-o sempre refrigerado. – Se resolver abrir, melhor consumir o conteúdo em até 48 horas devido à gaseificação da bebida. – Não o exponha ao sol quando estiver cheio, isso afetará a qualidade do chope. -Depois do uso, lave-o bem e evite deixar restos de detergente para que na sua próxima compra de chope a bebida não se misture com resíduos de sabão. – Evite batidas forte, são recipientes que podem ser danificados facilmente. Você pode encontrá-los em lojas na internet e em alguns estabelecimentos aqui no Recife como as lojas do Mestre Cervejeiro, ao preço de R$ 159,90, ou na BeerDock por 114,90. Serviço: Beerdock – R. des Luís Salazar, 98 – Madalena. Fone: (81) 3236-2423 Mestre Cervejeiro – Av. 17 de Agosto, 1609 – Casa Forte. Fone: (81) 3040-3210 R. Ribeiro de Brito, 830, Loja 06 – Boa Viagem. Fone: (81) 3132-0680 *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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As cervejas IPAS e suas variações (Por Rivaldo Neto)

Recebi algumas mensagens de leitores que queriam mais esclarecimentos sobre os mais diversos tipos de cerveja, para assim entendê-las e causar o desejo de degustá-las. Na coluna anterior fiz uma indicação de uma IPA, bastante lupulada e com amargor intenso. Mas o que seria uma IPA? O que fazem no universo das cervejas ela ser assim chamada? E quais são suas variações? Vamos tirar as dúvidas que surgiram. O termo IPA, quer dizer Indian Pale Ale. Este estilo de cerveja é originalmente inglês, foi criada durante a colonização da India e era servida aos oficiais britânicos.  Como demandava meses o tempo da travessia da Europa para o continente asiático, essa cerveja era carregada com doses extras de lúpulo, que funciona como conservante, e também curiosamente, tem um leve efeito antibiótico. Fora esses fatores, tanto a aromatização, quanto o sabor estão diretamente ligados a essa planta. Na verdade a IPA é uma variação das cervejas denominadas ALE, que são cervejas de alta fermentação. Ou seja, cervejas mais encorpadas e com características marcantes. Geralmente possuem uma cor âmbar, que pode variar dependendo do insumo inserido no processo de produção. Sendo a cerveja IPA uma variação das ALE (cervejas de alta fermentação), as IPAS também têm suas variações das quais citarei algumas das mais populares.   As English IPA Um inglês chamado George Hodgson criou este estilo no século XVIII. O lúpulo também é característico desta cerveja, que quando é prontamente servida o aroma é logo sentido. A cor pode variar do ambâr dourado ao cobre, outro detalhe é que a espuma é pouco persistente. Ex: Fullers London Pride.   As American IPA   Mais amarga que o estilo inglês, possui um diferencial devido aos insumos americanos, no caso o lúpulo que são mais perfumados, mais cítricos e florais. Ex: Colorado Indica. As Imperial IPA É mais recente que as inglesas e as americanas. É a que possui o maior amargor dentre todas elas e foi criada para uma fatia de consumidores que apreciam este estilo. A graduação é outro diferencial, pois pode chegar a 10%, uma cerveja essencialmente forte. Ex: BrewDog Hardcore IPA.       *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas.

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Uma IPA Hop com personalidade (Por Rivaldo Neto)

A Burgman é uma cervejaria da cidade de Sorocaba-SP, vem se destacando na produção de cervejas artesanais e já dispõe de interessantes estilos, com muito equilíbrio e destaque no sabor. Há 10 anos no mercado, a cervejaria tem uma produção mensal de aproximadamente 100 mil litros/mês. Sempre em processo de inovação e lançando novos rótulos, a Burgman usa na sua produção, maltes e lúpulos importados, insumos que fazem toda a diferença para os apreciadores de plantão. Para os amantes de uma cerveja que agregue frescor e amargor marcante, mas sem ser agressivo, uma excelente pedida é a Ipa Hop. Vendida em garrafas de 600ml, possui uma graduação de 6%vol, tendo uma tonalidade amarelo escura, sendo um pouco turva, pois não é filtrada, para receber o dry-hopping, contendo boas porções de lúpulo Cascade. Explicando melhor, o dry-hopping é um processo que faz com que a cerveja fique mais “potente”, é um método essencialmente inglês, que se popularizou nos EUA, que consiste em colocar o lúpulo durante o processo de fermentação, o que também intensifica a aromatização da bebida. Deve ser servida em copos estilo “Pints” ou caldereta. Esse tipo de cerveja pode ser harmonizado com um simples caldinho de feijão, ou queijos como o Gouda, roquefort ou Brie. Ou também com comida mexicana, pois a sua refrescância, dá um toque ideal para contrabalancear com sabores, digamos, mais intensos. Essa cerveja tem um preço que varia de R$ 22,00 a R$ 28,00, sendo facilmente encontrada nos estabelecimentos que comercializam cervejas artesanais, ou bares que tenha uma boa carta da bebida. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas  

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A importância das taças e copos (Por Rivaldo Neto)

Muito se fala de como devemos beber uma cerveja ou vinho. Esses dois tipos de bebidas fermentadas têm um lado comum. Do vinho muito já se falou. E de cervejas? A importância das taças, copos, canecas e “pints”? Não é necessário ser um conhecedor profundo para entender os seus valores estéticos e funcionais. Assim como vinho, cerveja também necessita desse universo. Uma diferença básica é que para vinhos, a taça de cristal é item obrigatório para preservar as suas características. Pra cerveja é mais “solto”, não há uma necessidade de ser de cristal ou um vidro mais nobre. É importante, frisar que 60 a 80 por cento do gosto das cervejas é determinado pelo olfato, sendo assim, tomá-las nos copos corretos, irá proporcionar aos amantes cervejeiros, experiências mais gratificantes e prazerosas. O formato é realmente um diferencial, isso conta muito, pois dará o toque certo na carbonização e graduação. Existem muitos tipos de copos, mas vamos aos mais comuns. Para cervejas de trigo, ideal é um copo longo com uma largura maior no topo para a espuma da Weizen, geralmente cervejas nesse estilo vêm em garrafas de 500ml. No Brasil as cervejas mais consumidas são as chamadas Pilsers e agora as Lagers também vêm ganhando cada vez mais adeptos e já são responsáveis por uma grande fatia no mercado. O copo que chamamos de “tulipa” possui uma diferença sutil para esses dois estilos. o Pilsner tem a boca mais larga, enquanto o de Lager tem a boca levemente fechada. As calderetas comumente vistas em choparias é usada para se tomar English e American Ales e também para algumas lagers escuras e IPAs (Indian Pale Ale). Os copos estilo Pint, ideal para as Bitter e as Stouts, são populares em Pub’s ingleses e que comportam uma boa quantidade de cerveja, em torno de 430ml. Possuem um formato simples com um anel no topo, contendo uma boca bem maior que a base. Um detalhe curioso do anel dos Pints é que os mesmos foram incorporados por volta de 1960 para facilitar o empilhamento de copos, evitando que eles ficassem presos e quebrassem. As Goblets, têm como diferencial uma haste mais longa, para evitar o aquecimento do líquido pelas mãos, e que são ideais para serem usadas quando estamos tomando cervejas Trapistas, também conhecidas como “Cervejas de Abadia”, que são cervejas feitas sob supervisão de monges, e que assim garantem as suas origens monásticas que só esse estilo possui. Então não nos façamos de rogados, se vamos curtir uma boa cerveja, que seja da forma mais correta, isso com certeza vai fazer a diferença para que possamos aproveitar essa bebida secular, tão admirada no mundo todo! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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