2021 - Página 14 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Prefeitura do Recife não promoverá shows no Réveillon

Da Prefeitura do Recife Em função das incertezas do atual cenário sanitário mundial, com notícias de nova variante que acendem o alerta sobre um possível agravamento da pandemia de covid-19, a Prefeitura do Recife não realizará os tradicionais shows da programação de Réveillon, no próximo dia 31 de dezembro, que costumam marcar a virada do ano na orla do Pina e Boa Viagem. O anúncio foi feito ontem (30) pelo prefeito João Campos, que garantiu a realização da queima de fogos na orla de Boa Viagem, e também descentralizada em outros bairros da cidade. “Não haverá shows promovidos pela Prefeitura do Recife no Réveillon da nossa cidade. Então não vai haver grandes shows como sempre acontece na avenida Boa Viagem, no Polo Pina, que são as principais praias do Recife. Mas nós vamos fazer queimas de fogos sem estampidos descentralizadas na cidade. Vamos ter na Zona Sul, na Zona Norte e na Zona Oeste e a queima tradicional de fogos na orla de Boa Viagem, mas sem promoção de shows, que promovem grandes aglomerações, chegando a registrar mais de 1 milhão de pessoas na orla”, disse o prefeito em entrevista ao programa Em Ponto, da GloboNews. Ainda de acordo com o prefeito João Campos o momento de incertezas no cenário da pandemia, causado com o surgimento de uma nova variante exige responsabilidade e cautela do poder público. “Entendendo que vivemos um momento no qual aparece uma nova variante, de muitas incertezas em torno dela. Nós temos avançado muito na vacinação, mas o momento ainda não chegou para promover um encontro de tal tamanho. Então vamos manter a queima de fogos, de forma descentralizada, mas não vamos promover shows pela Prefeitura do Recife na orla de Boa Viagem”, afirmou. Para receber o ano de 2022 com cores e a mensagem de esperança, a Prefeitura do Recife vai realizar a tradicional queima de fogos na Orla de Boa Viagem, com 17 minutos de um show no céu recifense. Serão quatro balsas dispostas no mar e que serão responsáveis por dar suporte aos fogos que serão projetados sem estampidos. Para levar a celebração a ainda mais recifenses, também haverá cinco minutos de fogos em polos descentralizados no Ibura, Jardim São Paulo, Morro da Conceição e Lagoa do Araçá. Todos os espetáculos acontecem usando apenas fogos sem estampido, em cumprimento ao decreto municipal, vigente desde o último dia 4 de novembro, que proíbe a utilização de artefatos e fogos de artifício que provoquem poluição sonora em eventos públicos e festivos organizados pelo poder público municipal. No ano passado, a queima de fogos não aconteceu por conta da pandemia e as medidas restritivas em vigor na época.

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IBGE: desemprego cai 1,6 ponto percentual e atinge 12,6%

Da Agência Brasil A taxa de desemprego atingiu 12,6% no terceiro trimestre deste ano, o que significa queda de 1,6 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre de 2021. O número de pessoas em busca de emprego no país recuou 9,3% e, com isso, chegou a 13,5 milhões. Os ocupados tiveram um crescimento de 4%, alcançando 93 milhões de pessoas. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento da ocupação no período foi relevante. “No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, observou. A população fora da força de trabalho é o contingente daqueles que não estão ocupados e nem buscando emprego. Com o crescimento no número de ocupados, o nível da ocupação, que é o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão no mercado de trabalho, subiu para 54,1%, enquanto no trimestre anterior tinha sido de 52,1%. Doméstico De acordo com a coordenadora, dentro desse crescimento, a informalidade representa 54%. Os empregados do setor privado sem carteira assinada (10,2%), que somaram 11,7 milhões de pessoas, estão entre as categorias de emprego que mais cresceram na comparação com o trimestre anterior. No mesmo período, o número de trabalhadores domésticos atingiu 5,4 milhões - o que equivale a uma expansão de 9,2%, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. No primeiro trimestre do ano passado, seis milhões de pessoas eram trabalhadores domésticos. Se considerados apenas os trabalhadores sem carteira, houve aumento de 10,8%, sendo 396 mil pessoas a mais. Segundo Adriana Beringuy esse é um processo de recuperação que já vinha ocorrendo desde junho. “A categoria dos empregados domésticos foi a mais afetada na ocupação no ano passado e, nos últimos meses, há uma expansão importante. Embora haja essa recuperação nos últimos trimestres da pesquisa, o contingente atual desses trabalhadores é inferior ao período pré-pandemia”, afirmou. Conta própria O contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%) também cresceu. As 25,5 milhões de pessoas nessa categoria representam o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. Aí estão incluídos os trabalhadores que não têm CNPJ, que cresceram 1,9% ante o último trimestre. Com isso, a taxa de informalidade chegou a 40,6% da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação. Conforme a pesquisa, o crescimento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades de comércio (7,5%), que equivale a mais 1,2 milhão de trabalhadores; indústria (6,3%), 721 mil pessoas a mais; construção (7,3%) com 486 mil pessoas a mais; e serviços domésticos (8,9%), com adição de 444 mil pessoas. Rendimento O avanço no número de pessoas ocupadas não veio com melhorias no rendimento real habitual de todos os trabalhos. Ficou em R$2.459, uma queda de 4% relativo ao último trimestre e de 11,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Com o valor de R$223,5 bilhões, a massa de rendimento ficou estável nas duas comparações. Para a coordenadora, esses números indicam que o aumento da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, completou. Regiões A queda na taxa de desocupação do país se estendeu a todas as regiões. No Sudeste, que é a região com o maior número de pessoas desempregadas (6,3 milhões), a taxa passou de 14,6% no segundo trimestre para 13,1%. No Nordeste, saiu de 18,3% para 16,4%. Ainda assim, a região permanece tendo a maior taxa de desocupação do país. “Essa queda na desocupação no nível nacional também está sendo observada regionalmente em vários estados. Isso indica que há um processo de recuperação de trabalho que ocorre de maneira disseminada no país”, disse. Mesmo com a a maior taxa de desocupação do país (18,7%), a Bahia apresentou estabilidade nesse indicador e no número de pessoas que estão buscando por uma vaga no mercado de trabalho (1,3 milhão). O número de ocupados do estado cresceu 6,5%. O motivo foi o aumento de trabalhadores domésticos (18,3%) e por contra própria (12,3%). Conforme a pesquisa, depois da Bahia, as maiores taxas de desocupação foram registradas por Amapá (17,5%) e Rio Grande do Norte (14,5%). Entre os 93 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, após a alta de 4,0% no terceiro trimestre, 66,4% de empregados, 4,1% de empregadores, 2,1% de trabalhadores familiares auxiliares e 27,4% de pessoas que trabalhavam por conta própria. Este último grupo foi maior no Norte (34,5%) e no Nordeste (31,1%). Conforme a pesquisa, dos 17 estados que tiveram taxas de informalidade maiores que a nacional, 16 são do Norte e do Nordeste. O Pará (62,2%) registrou a maior. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE disse que essas regiões, de maneira geral, têm um percentual grande desse tipo de trabalho. “A informalidade é maior nessas duas regiões. E esse perfil de trabalhador está contribuindo para a recuperação do trabalho local. Parte importante do trabalho nessas duas regiões é atribuída aos trabalhadores informais, que tem nos trabalhadores por conta própria um contingente importante”, concluiu. Pretos e pardos Enquanto a taxa de desocupação das pessoas brancas (10,3%) ficou abaixo da média nacional, a dos pretos (15,8%) e dos pardos (14,2%) teve movimento contrário. Todos tiveram queda frente ao último trimestre. Os pardos representavam 46,8% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (43,1%) e pelos pretos (8,9%). Já se comparada ao segundo trimestre, a participação dos pardos diminuiu e a dos brancos e pretos aumentou. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o nível de ocupação aumentou para todas as pessoas. Os brancos saíram de 51,4% para 55,8%, os pardos, de 46,7 a 52,1% e os pretos, de 49,0% a 55,6%. Reponderação A divulgação de hoje

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Eventos e oportunidades para o final do ano

Tempest Talks acontece no dia 10 de dezembro Em meio a uma crise econômica e social de âmbito global, a digitalização das empresas ganhou ritmo ainda mais acelerado e trouxe desafios do ponto de vista da segurança da informação. É sobre esse cenário que será focada a 11ª edição do Tempest Talks, que acontece no dia 10 de dezembro. O tema do painel central de debate será Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, recursos tecnológicos de ponta que começam a ser utilizados na gestão de riscos cibernéticos, mas cuja aplicação ainda precisa ser melhor compreendida tanto por CISOS e times de segurança, quanto pelos executivos e conselheiros. A adoção de soluções baseadas em IA ainda é tímida, pois os investimentos são altos e a capacidade de operacionalização é limitada. Essa roda de conversa será mediada pelo CEO da Tempest, Cristiano Lincoln Mattos, tendo como convidados Bruno Motta, CISO da Magazine Luiza, Marcello Zillo Neto, Customer Success Director e Chief Security Advisor na Microsoft e o Head de Sales Engineering da Tempest, Paulo Alessandro Silva. O evento contará ainda com palestras sobre "Open Revolution: A complexidade da Inovação Tecnológica em ambientes ultraconectados", "Tecnologias de proteção da identidade: adoção e implantação com foco na evolução da segurança", e "Open Banking: O que já é possível falar sobre a segurança desse ecossistema?" O evento poderá ser acompanhado online gratuitamente. As inscrições são no link https://www.tempest.com.br/tempest-talks-2021/ . LUP Beach Club abre seleção de trabalho temporário para alta temporada Para atender a demanda da alta temporada, que ocorre entre os meses de dezembro e janeiro, o primeiro Beach Club da Praia de Guadalupe, o LUP, localizado no município de Sirinhaém, no litoral Sul pernambucano, está contratando. Segundo o empresário Ricardo Moreira, diretor da Holding DouroMar, empresa proprietária do Beach Club, o local está com 30 vagas temporárias em aberto. Entre as funções disponíveis, estão a de garçom, auxiliar de cozinha e cozinheiro (a). “Comemoramos um ano de operação no dia 26 de dezembro e estamos muito felizes em poder fomentar a economia da região com a geração de empregos, que serão, a princípio, temporários. Atualmente, contamos com cerca de 50 funcionários para atender a demanda que com o fim das restrições vem se fortalecendo a cada dia”, afirma Moreira. De acordo com ele, a capacidade do Lup Beach Club é de até 600 pessoas e até pouco tempo operava com 50% por conta das restrições da pandemia. Agora, com o avanço da vacinação, o Beach Club, que funciona no sistema day use, deverá atingir os 100% de sua capacidade. Os interessados podem enviar o currículo para o selecaodehotelaria@gmail.com, informando, no título do e-mail, a vaga que pretende concorrer. . TIM de olho no e-commerce A pandemia da Covid-19 mudou as dinâmicas de consumo e fez o varejo, em especial o e-commerce, passar por um processo de aceleração. O meio de compra teve recorde com o período de isolamento social. Acompanhando essa mudança, a TIM acaba de criar uma diretoria estratégica 100% voltada para canais remotos, comandada pelo executivo Bruno Vasconcellos. A operadora viu o tráfego de sua loja virtual crescer 110% de 2019 a 2021. A tendência é uma linha ascendente na empresa, que tem investido na digitalização de toda a companhia. Os números também provam que os clientes TIM estão cada vez mais migrando para o mundo digital: atualmente cerca de 80% deles, por exemplo, optam por pagar suas faturas pelos canais online.

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Festival de Cinema Francês chega ao Shopping ETC, nos Aflitos

Das quatro salas disponíveis na capital Recife para exibição do Festival Varilux de Cinema Francês, duas estão no Shopping ETC, nos Aflitos. Consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França e somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde quando foi criado, o Varilux está na 12ª edição e terá exibição no centro de compras até o dia 8 de dezembro. O Festival é realizado pela produtora Bonfilm. A programação geral conta com dois clássicos e 17 longas-metragens inéditos e recentes. Os roteiros apresentam drama, romance, comédia, animação e documentário. Nesta edição, há obras com diretores novos e consagrados. François Ozon (Está Tudo Bem), Xavier Giannoli (Ilusões Perdidas); Emmanuelle Bercot (Enquanto Vivo), Albert Dupontel (Adeus, Idiotas); Julia Ducournau (Titane) e Jacques Audaiard (Paris, 13 Distrito). “Estamos felizes em poder receber mais uma edição do festival em nossas salas de cinema. A exibidora MovieMax segue um rigoroso sistema de segurança para acomodar os visitantes”, conta Jaqueline Andrade, gerente geral do Shopping ETC. SERVIÇO: Festival de Cinema Francês chega ao Shopping ETC Onde: Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 1460, Aflitos, Recife Quando: até dia 8 de dezembro Ingresso: https://www.veloxtickets.com/Portal/Local/Cinema/Recife/PMC-Moviemax-Rosa-e-Silva/RSV Informações: (81)3243.8212

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Cinema do Porto abre as portas no dia 19

O Cinema do Porto já tem data marcada para abertura. No próximo dia 19 de dezembro, às 16h, a terceira sala de exibição da marca Cinema da Fundação estreia com uma programação especial. Localizada no 16º andar do Edifício Vasco Rodrigues, no Bairro do Recife, esta sala conta com 138 lugares e consolida a parceria entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Porto Digital. "Há um ano, a Fundaj teve a honra de embarcar no Porto Digital. Nós sabemos da vocação empreendida pela modernização desta ilha e pretendemos contribuir ainda mais com a vida social e cultura do Bairro do Recife", declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. "A nossa instituição está comprometida há mais de 70 anos com a pesquisa, a cultura e o conhecimento. Agora, também, com a tecnologia." Para Pierre Lucena, presidente do Porto, o principal objetivo do equipamento é atender ao povo. "Tínhamos dois grandes objetivos: atender às 48 mil pessoas que trabalham no Bairro do Recife, mas, também, aquelas que vem aos fins de semana. O Recife Antigo é o bairro no coração de todo recifense. Estamos felizes de entregar isso para a população", declarou, ao recordar que a parceria começou a ser discutida antes da pandemia. Com 511 m² de espaço e telão de 7x3 metros, o novo equipamento é inteiramente digital. Ao todo, foram investidos, pelo Porto Digital, R$ 1,3 milhão nas obras de reforma do local e mais R$ 500 mil nos equipamentos. O investimento em acessibilidade, claro, não ficou de fora. Além de elevador e rampas, há espaços reservados exclusivamente para cadeirantes na ampla sala de exibição.

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Assaí Atacadista investe R$ 59 milhões e abre nova loja em Pernambuco

O Assaí Atacadista abriu mais uma loja em Pernambuco, com um investimento de R$ 59 milhões. O município do Cabo de Santo Agostinho é o destino do empreendimento que marca a expansão da rede na região sul litorânea. A nona loja da marca em Pernambuco fica localizada na Rodovia PE 60, nº2520, em Garapu. Para a operação da loja, foram gerados 250 empregos indiretos e mais de 260 diretos, sendo mais de 80% das contratações são de moradores do munícipio. A loja é climatizada e conta com um extenso estacionamento próprio para carros (340 vagas) e motos (55 vagas). “Os pernambucos sempre nos receberem muito bem desde a chegada do Assaí no Estado em 2010, o que nos deixa otimistas com essa inauguração. A cidade do Cabo, além de sua inegável contribuição histórica ao nosso país e a beleza natural, tem se destacado cada vez mais pelo setor econômico aquecido motivado principalmente pelo desenvolvimento acelerado da região de Suape. Estamos muito felizes em chegar ao município, entregando à população da cidade e do entorno uma loja ampla e com diversos diferenciais, além de muita economia no carrinho de compras”, afirma o Diretor Regional do Assaí, João Miguel de Almeida Gouveia. O Assaí conta com um modelo de compra baseado no “preço de atacado”, ou seja, ao adquirir mais de um item do mesmo produto, o cliente ganha desconto (a informação de preço consta na etiqueta de cada item). A unidade recebeu uma atenção especial na seção de açougue e para a população cabense será possível usufruir do serviço de televendas. Com esta abertura, a empresa chega à marca de 199 lojas distribuídas em 23 Estados (incluindo o DF). Pernambuco permanece ainda no plano de expansão e o Assaí realizará a abertura de mais duas lojas nos próximos meses: uma em Recife e outra em Petrolina.

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Crítica: Duna

Escrita por Frank Herbert, Duna é considerada uma das obras mais importantes da ficção científica. Ao todo, foram mais de 22 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. O sucesso entre os fãs do gênero resultou na adaptação cinematográfica dirigida por David Lynch. O longa estreou em 1984 e fracassou em crítica e público. Nem o próprio Lynch gostou do recorte final, que sofreu consideráveis interferências dos produtores. Resultado: narrativa confusa, diálogos carregados de exposição e fãs enfurecidos. Mas há esperança. Ao menos é o que acredita e vende o diretor Denis Villeneuve com sua versão de Duna que estreia esta semana nos cinemas. Na trama, em meio ao domínio de um império intergaláctico feudal, a família de Paul Atreides (Timothée Chalamet) recebe a missão de administrar o planeta-deserto Arrakis. Do lugar brota a especiaria mais valiosa de todo o universo, conhecida como "melange". A substância desperta a ganância de outro clã, os Harkonnens, que lidera uma conspiração contra a Casa Atreides. Porém, algo maior está em curso, o cumprimento de uma profecia relacionada ao futuro de Paul e aos nativos do planeta Arrakis. Sob as cenas grandiosas e efeitos especiais é possível enxergar o subtexto: imagine um lugar que tenha suas riquezas exploradas por outra nação e que a "solução" para os conflitos locais será a chegada de outros estrangeiros. Lembra de algo parecido no mundo real? A história será contada em duas partes, decisão acertada do diretor franco-canadense. O filme de Lynch (ou seria dos produtores?) falhou ao tentar condensar a grandiosa jornada de Paul Atreides em pouco mais de duas horas. Só o primeiro livro na versão em português tem quase 700 páginas. Villeneuve escalou elenco de primeira para o projeto. Além de Timothée Chalamet no papel de Paul Atreides, estão no filme o excelente Oscar Isaac, firme como o Duke Leto Atreides, a atriz sueca Rebecca Ferguson, encarnando Jessica Atreides, Jason Momoa, que interpreta o guerreiro e amigo de Paul, Duncan Idaho, personagem com maior peso e presença na nova adaptação e Zendaya como Chani, personagem ainda pouco explorada na primeira parte. Completam o cast, Stellan Skarsgård, Javier Bardem, Josh Brolin e Dave Bautista.     Duna é o grande projeto de Villeneuve, nome de peso da nova geração de diretores. Sicario, A Chegada, Blade Runner 2049 dispensam apresentações. Em 2016, o diretor revelou à revista Variety o sonho de levar a obra à tela grande. Tela grande que foi pivô de grande polêmica. Duas semanas antes da estreia no Festival de Veneza, Villeneuve não permitiu à imprensa acesso a qualquer link de visualização do filme. Dessa forma, a obra só poderia ser vista, no primeiro momento, nas telonas. Reconheço que essa é daquelas obras que precisam ser vistas no cinema, com som e imagem de qualidade. A experiência não será a mesma na pequena tela de um celular. O longa deve se destacar nas grandes premiações, principalmente nas categorias técnicas como design de som, que aqui auxilia no processo de imersão, atuando como ferramenta narrativa. A trilha sonora é assinada pelo eclético Hans Zimmer, que já compôs para gêneros diversos como terror (It, Annabelle 2), animação (O Rei Leão, Kung Fu Panda) e ficção científica (A Origem, Blade Runner 2049). Duna tem aura de blockbuster, ainda assim, dificilmente agradará ao público que costuma procurar produções do gênero, como Os Vingadores e a franquia O Senhor dos Anéis. Cenas contemplativas como as que acontecem no deserto, momentos de ação pontuais, além do universo complexo criado por Herbert, podem entediar o espectador que não está familiarizado com os livros do autor.  

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"A economia enfrentará uma tempestade perfeita em 2022"

Na noite de ontem (29), Francisco Cunha apresentou o tradicional evento de final de ano da Agenda TGI, com projeções desafiadoras para o mundo, para o País, para Pernambuco e para o Recife em 2022. O cenário nacional é o mais complexo na análise do consultor. "Saímos de uma pandemia após uma década perdida. Ao olhar para 2022, usando imagem de referência da nuvem de poeira, a economia enfrentará a tempestade perfeita", afirmou. Francisco Cunha considera que a pandemia promoveu uma catástrofe no cenário de emprego e renda nacional, que são afetados por problemas da cadeia de suprimendos mundial e da desvalorização do real (um combinado da fragilidade fiscal e política do País). Com uma inflação nos mesmos patamares do pior momento vivido pelo Governo Dilma, o País tem pela frente um grave risco de passar o próximo ano o fenômeno da "estagflação", que é a associação de inflação alta e estagnação econômica. O enfrentamento contra a Covid-19 e o avanço no controle da pandemia com a vacinação em massa foram destacados nas projeções como fatores decisivos para a construção de um cenário mais promissor em 2022, em especial diante do surgimento das novas variantes do vírus. A cultura de vacinação dos brasileiros é o ponto positivo nesse complexo horizonte para o próximo ano. MUNDO No cenário global, Francisco Cunha ressaltou as tenções na liderança da economia mundial entre a China e os Estados Unidos. "Há uma questão essencial que hoje move a geopolítica internacional. Os Estados Unidos, como primeira nação do mundo, sendo ameaçada pela China, que deseja se tornar a primeira. A maior economia e a mais desenvolvida, inclusive do ponto de vista tecnológico". A Rota da Seda da China está no centro das estratégias chinesas para tomar o protagonismo da economia global. O consultor destacou ainda uma série de tendências mundiais para o cenário pós-pandemia, na economia, no consumo e no comportamento dos cidadãos. PERNAMBUCO E RECIFE No contexto local, o consultor destacou a necessidade de estimular à atividade econômica. Francisco Cunha ressaltou o Plano de Retomada promovido pelo Governo do Estado, com recursos bilionários e distribuídos em todo o território estadual, principalmente com projetos de infraestrutura. Na capital, Francisco Cunha voltou a destacar o papel de projetos como o Parque Capibaribe e o Mais Vida dos Morros, que foram mencionados em edições anteriores da Agenda, além de novas iniciativas, como o Recife Virado. ASSISTA A AGENDA TGI Todo o conteúdo do evento ficou disponível no canal do Youtube da TGI.

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George Cabral é o novo imortal da Academia Pernambucana de Letras

O historiador George Cabral foi escolhido ontem (29) como o mais novo membro da Academia Pernambucana de Letras. Ele passa a ocupar a cadeira de número 11, que ficou vaga com o falecimento do acadêmico Roque de Brito Alves. Ele venceu com 25 votos. O professor do Departamento de História da UFPE e pesquisador do CNPq é doutor em história pela Universidade de Salamanca, ele fez pós-doutorado na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Universidade Sorbonne) em Paris, França. George Cabral publicou 13 livros (como autor, coautor ou organizador). A sua publicação mais recente é “1817: uma história em objetos”, em parceria com Betânia Corrêa de Araújo e Dirceu Marroquim. Como autor de “Tratos & Mofatras: o grupo mercantil do Recife colonial (c. 1654 – c. 1759)”, publicado em 2012, ele recebeu em 2013 o Prêmio Amaro Quintas de História de Pernambuco. Ele também foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria fotografia com o livro “O fotógrafo Cláudio Dubeux”, publicado em 2011. George Cabral também foi presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano em duas ocasiões (2011-2013 e 2017-2019) e preside atualmente o Instituto Histórico de Olinda.

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Pé diabético: uma simples ferida pode levar a sérias complicações

Um milhão de indivíduos com diabetes mellitus (DM) sofre uma amputação em todo mundo. Isso pode ser traduzido em três por minuto. Uma das complicações mais comuns da glicemia alta em países em desenvolvimento é a úlcera de pés diabéticos (UPD), que, em 85% dos casos, precede a amputação. Esse quadro atinge pacientes com DM descompensada, ou seja, que não está seguindo o tratamento. Dados do estudo Eurodiale (European Study Group on Diabetes and the Lower Extremity) apontaram que 77% das UPD cicatrizaram em um ano e que o retardo se deveu a comorbidades (insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal terminal em diálise) e inabilidade para caminhar de forma independente. Além disso, eles também tinham um mau controle glicêmico, ou seja, não estavam fazendo o controle da DM. No Brasil, o estudo multicêntrico BRAZUPA (Baseline characteristics and risk factors for ulcer, amputation and severe neuropathy in diabetic foot at risk) mostrou que a doença arterial periférica (DAP) foi um fator de risco frequente de amputação. A Dra. Denise Franco, endocrinologista do Instituto Correndo Pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes, explica que o pé diabético progride de forma silenciosa. Em alguns casos, o paciente sente um formigamento. “No exame físico é possível perceber pele seca, rachaduras, unha encravada, com micose, calos, machucados, ausência de pelos, entre outros. É a causa mais comum de internações prolongadas e com custos elevados. Grande proporção dos leitos hospitalares em emergências e enfermarias, nos países em desenvolvimento, é ocupada por pacientes com UPD. Aqui no País, o conhecimento dos profissionais de saúde sobre pé diabético é crítico, e a resolução é muito baixa, sobretudo quanto à revascularização. Isso leva ao quadro de amputação e 30% desses casos têm como desfecho a morte”, alerta a especialista. Mas por que isso acontece? Por que o paciente com DM descompensado pode ter feridas nos pés? O diabetes, quando não tratado, pode reduzir a sensibilidade à dor e temperatura nas extremidades do corpo, por causa da hiperglicemia, que impede uma boa circulação sanguínea. Sem a oxigenação correta dos vasos naquela região, a resposta inflamatória fica comprometida, sendo assim, uma simples topada ou um calo de um sapato apertado não se regeneram e a ferida aumenta cada vez mais. Prevenção: É possível levar uma vida sem medo dessas complicações, de acordo com Bruno Helman, Fundador e CEO do Instituto Correndo Pelo Diabetes. “Manter alimentação saudável e equilibrada, seguir o tratamento orientado pelo especialista e a prática diária de atividade física são as principais formas para prevenir a evolução do diabetes e todas as consequências que a doença pode trazer”, explica Helman, diagnosticado com a diabetes aos 18 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, outros itens indispensáveis à prevenção de UPD são: educação sobre o assunto tanto de pacientes como de seus cuidadores e até mesmo de equipes médicas; exames anuais para identificar indivíduos em risco de ulceração; cuidados podiátricos e uso de calçados apropriados; tratamento efetivo e imediato quando houver qualquer complicação nos pés; estruturação do serviço, com o objetivo de atender às necessidades do paciente com relação a um cuidado crônico, em vez de buscar apenas a intervenção de problemas agudos, de urgência. Estima-se que 40% dos pacientes com histórico de UPD apresentem recidiva em um ano; 60%, em dois anos; 65% em até cinco anos. Assim, é importante estimular a adesão do paciente por meio de processo educativo, motivar o autocuidado e consultas regulares para avaliação por equipe especializada.

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