2021 - Página 53 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Prefeitura do Recife e Porto Digital abrem 2 mil vagas para formação na área de TI

Da Prefeitura do Recife Com o objetivo de ofertar formação na área de tecnologia, melhorar a empregabilidade dos jovens, e consequentemente, impactar positivamente a economia do polo de tecnologia e inovação da cidade através da ampliação da oferta de mão de obra qualificada para o setor, a Prefeitura do Recife, em parceria com o Porto Digital, lança o Programa Embarque Digital. Coordenado pela Secretaria de Educação do Recife, o Programa tem como foco principal estudantes egressos da rede pública. Ao todo serão 2 mil vagas abertas até 2024, num investimento total de R$ 30 milhões. A ação faz parte do Programa Recife Virado, lançado pelo prefeito João Campos na semana passada, com ações voltadas para o momento de virada da economia, após o avanço da vacinação e melhora dos indicadores da pandemia. O gestor municipal lançou o Embarque Digital, no Teatro Hermilo Borba Filho, na manhã desta terça-feira. “A gente tem um desafio, que o mundo inteiro enfrenta, de precisar aumentar o número de pessoas formadas na área de tecnologia. O Recife já tem um grande polo de tecnologia que é o Porto Digital. Qual é o gargalo para o crescimento dele? É formar mais pessoas. Então a Prefeitura lança o Embarque Digital, serão 2 mil vagas disponíveis para um curso de formação superior pago integralmente pela Prefeitura, com recursos próprios do município, para a gente garantir que 2 mil jovens recifenses vão ter a oportunidade de se formar em nível superior e trabalhar de maneira imediata na tecnologia”, explicou João Campos na ocasião. “Toda pessoa que fez a sua formação de ensino médio na rede pública vai poder concorrer às bolsas. Já estão abertas agora, no Conecta Recife, 200 vagas. A partir do próximo ano serão 600 vagas. Então quem fez a formação na escola pública pode ter acesso, e é necessário para acessar a vaga ter feito o ENEM ou sistema seriado de avaliação. Lembrando que 50% das vagas serão para pessoas negras ou pardas, e temos como critério de desempate a priorização das vagas para mulheres”, finalizou. Inicialmente, estão sendo ofertadas 200 vagas para os estudantes egressos da rede pública. As inscrições são gratuitas e já podem ser realizadas pelo aplicativo ou site Conecta Recife (https://conectarecife.recife.pe.gov.br ) e pelo portal da Educação do Recife (http://www.portaldaeducacao.recife.pe.gov.br/) . A seleção para o Embarque Digital levará em consideração as notas do ENEM ou SSA, considerando as provas dos últimos cinco anos. É necessário também que o candidato tenha cursado todo o ensino médio na rede pública e os que tiveram cursado também o ensino fundamental terão prioridade no processo seletivo. “O período de inscrição para o Embarque Digital começa hoje. De imediato, as pessoas já podem se inscrever tanto pelo portal da Educação do Recife quanto pelo Conecta Recife. As inscrições vão até o dia 26 e as aulas já começam em outubro. A parceria é com o Porto Digital, que vai ofertar esses cursos, e que também fez parcerias com três instituições de ensino superior que são o SENAI, a Unicap e a Universidade Tiradentes para este momento, e queremos trazer mais instituições. Há toda uma estrutura nova montada, o curso inclui a residência pedagógica”, ressaltou o secretário de Educação do Recife, Fred Amancio. O presidente do Porto Digital Pierre Lucena também apresentou alguns detalhes sobre o programa: “Embarque Digital é um programa de formação do Porto Digital onde a gente oferta vagas de graduação de 2 anos e meio de sistemas para internet e análise de desenvolvimento de sistemas, inicialmente, em três universidades: Universidade Católica, Unit e também Faculdade Senac. Com isso, desde o primeiro semestre, das cinco disciplinas que ele faz, uma é uma residência dentro do Porto Digital, já resolvendo problemas reais das empresas, até para empresa ficar de olho e já poder contratar o jovem já no começo do curso”. Ainda segundo ele: “é um programa de empregabilidade, voltado para os alunos de escola pública que tiraram mais de 600 pontos no ENEM e, às vezes, não entraram na Universidade Federal de Pernambuco em Ciências da Computação. Mas vale ressaltar que os alunos podem fazer Universidade Federal em algum outro curso e também esse curso pelo Porto Digital. A gente espera que todos estejam empregados até o final do seu curso”. Custeados pela gestão municipal, o Porto Digital desenvolverá cursos através do mapeamento de vagas no mercado de trabalho e oferta de uma residência tecnológica altamente inovadora. É importante frisar que o programa beneficia jovens egressos da rede pública, sendo que 50% destas vagas deverão ser preenchidas por pessoas negras ou pardas, tendo como um dos critérios de desempate a prioridade para mulheres. Durante a concepção do programa, observou-se que a falta de força de trabalho adequadamente qualificada para desempenhar funções tecnológicas é um desafio, não apenas na capital pernambucana, mas no Brasil e no mundo. Em Pernambuco as empresas de tecnologia enfrentam dificuldade para suprir a demanda por profissionais. De acordo com o Porto Digital, parque tecnológico localizado na cidade do Recife com atuação nas áreas de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e economia criativa (EC), no final do ano passado o mercado contabilizava mais de 2500 vagas em aberto nas 340 empresas que integram o Porto Digital, mesmo com uma contratação de mais de 1700 colaboradores no ano de 2020. Soma-se a isso a expectativa da oferta de cerca de 3000 novas vagas ao longo deste ano de 2021. A falta de experiência ou de qualificação profissional no perfil adequado foi o principal motivo para o não preenchimento destas vagas, segundo 43% das empresas do parque tecnológico. Com o objetivo de superar este desafio, o Programa Embarque Digital vai contemplar quatro grandes eixos: mapeamento qualitativo e quantitativo das demandas do setor produtivo da cidade do Recife nas necessidades de mão de obra qualificada em tecnologia; desenho de cursos de tecnologia que atendam as demandas do mercado, controle de qualidade e atualidade dos cursos durante todo o programa; oferta de cursos de graduação tecnológicos com currículo aderente às demandas do mercado; e

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CNI: confiança do empresário cai 5,2 pontos em setembro

Da Agência Brasil O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 5,2 pontos em setembro de 2021, para 58 pontos. O indicador é medido pela a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foi divulgado nesta terça-feira (14). O Icei havia registrado em agosto o maior índice do ano, chegando a 63,2 pontos. Porém, com a queda, regride para patamar próximo ao de maio. O resultado, segundo a CNI, interrompeu sequência de quatro altas consecutivas. Como o Icei permanece acima da linha divisória de 50 pontos, indica que os empresários seguem confiantes. Abaixo dos 50 pontos, o índice significa falta de confiança. A queda em setembro mostra que o otimismo no setor se tornou menos intenso que em meses anteriores. Para o levantamento, foram entrevistados 1.611 empresas, das quais 635 de pequeno porte, 608 de médio porte e 368 de grande porte, entre os dias 1º e 13 de setembro.

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"O trabalho híbrido é onde o presencial e o remoto se complementam"

O tempo do trabalho forçado em home office está ficando no passado. A maioria das empresas que fecharam seus escritórios e começaram a trabalhar com suas equipes de modo remoto vive um momento diferente: ou permanecem por opção no regime que conheceram na pandemia, ou retornam ao formato presencial ou adotam um modelo que mescla os dois. Nesse cenário o trabalho híbrido ganha força, mas é importante observar para o fato de que muitas empresas sequer planejam voltar ao expediente tradicional. Para compreender os benefícios e dificuldades desses modelos conversamos com a consultora e sócia da TGI e da ÁgilisRH Andréa Carvalho. O tema ganhou a capa da edição 186.2 da Revista Algomais. Quais os principais aprendizados você destacaria que as empresas tiveram durante esse período forçado de trabalho remoto? Com a pandemia e a necessidade de se reinventar, as empresas tiveram que resignificar o seu modelo de trabalho e adotar novas medidas de funcionamento em pouquíssimo tempo. O home office é um modelo de trabalho exigente e traz uma dinâmica diferente. Não diz respeito apenas ao fato de trabalhar em casa, mas se trata de uma mudança de cultura, de foco e de comportamento. As pessoas precisam ter mais disciplina, estarem mais organizadas para poderem trabalhar em casa e saber lidar bem com o tempo. Nesse sentido, alguns ganhos e aprendizados percebidos com o trabalho remoto estão relacionados à necessidade de aprender a identificar prioridades, de otimizar os processos, aprender uma nova forma de comunicação, de organização e de gerir o tempo e as equipes. E para os profissionais? Você acredita que haverá resistência em retornar ao trabalho presencial? Algumas pessoas que experimentaram esse modelo de trabalho podem não querer retornar? Acredito que não se trata de resistência, mas sim, da necessidade de se adaptar a uma nova realidade já presente no nosso dia a dia. Nos deparamos com as mais diversas situações vivenciadas durante essa pandemia, Por um lado, muitos profissionais conseguiram se adaptar bem ao home office, identificando ganhos, principalmente em relação à flexibilidade, redução de tempo e custos com deslocamento e melhoria da qualidade de vida com essa nova dinâmica de trabalho mas, por outro lado, um alto percentual de pessoas tiveram muitas dificuldades para conciliar o trabalho em casa devido à falta de foco por ter inúmeras distrações ou a falta de infraestrutura, com acesso tecnológico não apropriado para a necessidade de trabalho, além da perda da interação social entre os empregados. Por essas e outras razões, especialmente considerando a realidade dessas pessoas que não tiveram uma experiência positiva no trabalho em casa, o retorno ao trabalho presencial se torna ainda mais necessário. As empresas que aprenderam a trabalhar bem com suas equipes usando as novas tecnologias ganharam competitividade? A necessidade de se adaptar a uma nova realidade com a utilização de novas tecnologias trouxe ganhos para as empresas e para os profissionais no âmbito da dinâmica do trabalho, planejamento, organização e melhoria da produtividade, garantindo maior eficiência no trabalho à distância. Muitas ferramentas e tecnologias de comunicação (em nuvem), já existentes no mercado, mas ainda pouco conhecidas e utilizadas, proporcionam uma maior flexibilidade e otimização do tempo, uma vez que fronteiras geográficas deixaram de existir (aproximando pessoas de diferentes localidades), além de funcionarem como facilitadores para a organização e o acompanhamento das atividades (ferramentas de controle que facilitam o gerenciamento da produtividade dos profissionais). Portanto, aquelas empresas que saíram na frente e que souberam aproveitar bem esses novos recursos e tecnologias, tiveram ganhos de produtividade e se mantiveram competitivas no mercado. O modelo de trabalho híbrido é a grande tendência que veremos nos próximos anos no mercado profissional? O que isso impactará na preparação dos profissionais? É fato que com a pandemia, cada vez mais o modelo híbrido tem ganhado espaço no mundo empresarial e dificilmente vamos enxergar as relações de trabalho da mesma maneira. A grande maioria das empresas constatou na prática que é possível manter suas atividades, produtividade e engajamento dos empregados com o trabalho remoto. No geral, o home office funcionou bem e algumas empresas já anunciaram que vão seguir com o modelo híbrido. Outras, foram ainda mais longe decretando que não voltam mais para o escritório físico... Portanto, o trabalho híbrido é uma tendência relevante, onde o presencial e o remoto se complementem, e é certo que a pandemia trouxe mudanças definitivas para alguns processos, mas o momento é de mapear as forças e fraquezas da empresa durante este período de home office, o desempenho e a preferência dos empregados, bem como os ajustes e investimentos que seriam necessários para uma mudança permanente. Afinal, o modelo precisa ser sustentável a longo prazo para valer a pena! Sendo assim, as organizações devem estabelecer o seu próprio esquema, já que não existe “o melhor” modelo e nem todas as empresas estão preparadas para colocar em prática essa nova modalidade de trabalho. Cada caso merece uma análise diferente. É preciso repensar os modelos do passado e avaliar, considerando a sua realidade, qual o formato mais adequado para atender às demandas e necessidades das empresas e das pessoas diante das exigências desse novo contexto empresarial.

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Projeto Cultural desenvolve reabilitação de centros urbanos

Reabilitar os centros urbanos das grandes cidades brasileiras que passam por processos de esvaziamento e degradação em função da forma de ocupação e crescimento. Esse é o objetivo do Projeto Cultural para Reabilitação de Áreas Centrais, construído pelo Porto Digital e apoiado pelo BNDES, que visa a desenvolver modelagens econômico-financeiras e legal-jurídicas, com base no modelo aplicado no Centro do Recife, num projeto piloto que poderá ser reaplicado em outras cidades brasileiras. E para pensar os centros das cidades trazendo vivências, experiências e olhares distintos para o debate, o Projeto Cultural realiza o 1° Seminário Internacional de Reabilitação de Áreas Centrais. O evento, em plataforma online e gratuito, acontece nos dias 29 de setembro e 1º, 4, 6, 8 e 11 de outubro, e se propõe a ser um espaço de troca e aprendizado sobre as complexidades que envolvem a reabilitação dos centros urbanos no contexto brasileiro e internacional. As inscrições para o seminário podem ser realizadas em bit.ly/inscricaoseminarioareascentrais. SEMINÁRIO Entre os temas, o seminário apresenta a ‘Reabilitação de Centros Urbanos’, com discussões sobre o case ‘Distrito de Inovação 22@’, um dos mais destacados exemplos de transformação de uma cidade. O projeto Distrito de Inovação 22@ teve início no ano 2000 e está transformando 200 hectares de área industrial em um distrito inovador de Barcelona, oferecendo espaços para a concentração estratégica de atividades intensivas em conhecimento. A palestra será ministrada pelo arquiteto e urbanista catalão Joaquim Sabaté. Outro tema, ‘Uso Habitacional, Gentrificação e Contexto Pandêmico’, também será discutido no 1° Seminário Internacional de Reabilitação de Áreas Centrais. Ministrada pelo arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, a palestra vai tratar alternativas habitacionais em áreas centrais, destacando os desafios e as oportunidades na inserção do uso residencial, através de diferentes públicos-alvo, modalidades de atendimento e tipologias arquitetônicas. Além da realização de seminários internacionais, as atividades para o modelo de reabilitação de áreas centrais também irão englobar o detalhamento do modelo de referência, a definição do perímetro, a consolidação de metodologia, seleção de modelo de gestão, desenvolvimento de diretrizes e apresentação de resultados, com foco na reabilitação urbana de área do bairro de Santo Antônio, no Recife. O apoio para desenvolver as modelagens do projeto será de R$ 2,75 milhões, e ocorre no âmbito da Linha BNDES Fundo Cultural. “Ao conseguirmos construir esse modelo, ele poderá ser replicado para todo o País. Vamos buscar fazer no bairro de Santo Antônio o mesmo que fizemos no Bairro do Recife, case de sucesso de revitalização de centro histórico no País”, considera o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. Para dúvidas e mais informações, acompanhe as redes sociais em @portodigital (Instagram), @porto_digital (Twitter), linkedin.com/portodigital e facebook.com/portodigital. Ou entre em contato pelo e-mail seminariobndes@portodigital.org Confira a programação: Dia 29/09 - 13h às 16h Tema: Reabilitação de Centros Urbanos + Case: 22@ (Barcelona - Espanha) - Com Joaquim Sabaté (UPC-Barcelona) Case: Casco Antíguo (Barcelona - Espanha) - Com Pere Cabrera Debate com mediação de Amélia Reynaldo (UNICAP)   Dia 01/10 - 13h às 16h Tema: Mecanismos de regulação do uso do solo para implantação de projetos urbanos - Com Daniel Todtmann Montandon (UNINOVE) Tema: Mecanismos e estratégias para a governança de projetos urbanos, com foco na participação privada - Com Marcelo Ignatios (Consultor em Planejamento Urbano) Case: Porto Vivo (Porto - Portugal) - Com Margarida Guimarães Debate com mediação de Milton Botler   Dia 04/10 - 13h às 16h Case: Reabilitação Centro Histórico de Quito (Equador) - Com Ana Maria Armijos Case: Altos y Bajos de la Regeneración Urbana del Centro de Santiago de Chile - Com Pablo Contrucci (Universidad Católica de Chile) Debate com mediação de Nivaldo Andrade (UFBA)   Dia 06/10 - 13h às 16h Case: Centro do Rio - Porto e Reviver (Rio de Janeiro) - Com Washington Fajardo (Secretário de Planejamento Urbano do município do Rio de Janeiro) Case: Iniciativas de Reabilitação de Áreas Centrais de São Paulo - Com Regina Meyer (USP) e Marlon Rubio Longo (USP) Debate com mediação de Pedro da Luz (UFF)   Dia 08/10 - 13h às 16h Palestra: A Experiência da França - Christophe Chevallier Case: Nantes (SAMOA Project) - Alain Bertrand Debate com mediação de Pierre Fernandez (Université Fédérale de Toulouse)   Dia 11/10 - 13h às 16h Tema: Uso Habitacional, Gentrificação e Contexto Pandêmico - Com Nabil Bonduki (USP) Case: HafenCity (Hamburgo - Alemanha) - (palestrante por confirmar) Debate com mediação de Renato Anelli (USP São Carlos)

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Poesia Real (por Paulo Caldas)

*Paulo Caldas O olhar poético, ora intimista ora universal, da escritora e pianista Raquel Lopes perpassa temas cotidianos em cenários que exibem dramas sociais e críticas contidas em recados diretos. Vislumbra afetos e afagos em quadras amorosas e acompanha o girar do tempo em torno de reflexões múltiplas, nutridas por emoções e sentimentos libertos. Noutros momentos, contempla a musicalidade dos tons, sequências rítmicas, cacoetes sonoros incorporados pela lida da poesia com o tocar suave do piano de Raquel. Há juventude na atmosfera do livro, em 85 páginas de textos de prosa quase verso, despidos da rigidez comuns às fórmulas convencionais. Poesia Real, Edição do Autor, tem o projeto visual assinado por Leandro Rosevaldo e diagramação de Raquel Lopes. O exemplares podem ser adquiridos pelo e-mail: raquelpoeta@outlook.com *Paulo Caldas é escritor

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Estudantes pernambucanas da rede pública são destaque em programa internacional

Duas alunas que até 2020 estavam na Escola Municipal Olindina Monteiro de Oliveira França, da rede municipal do Recife,  e hoje são estudantes da rede estadual em Pernambuco foram destaque no programa “Jóvenes Promesas Menores de 30 Internacional”, que é organizado pelo Colégio de Pós-graduados em Administração da Republica Mexicana. O objetivo dessa iniciativa é conceder reconhecimentos no sentido de divulgar, incentivar e auxiliar no desenvolvimento de jovens promissores em todas as áreas da ciência. Entre as representantes brasileiras estavam Vitorya Rebeca Edyvam Cavalcanti e Ana Grazielly Da Silva. Além das brasileiras, participaram do programa estudantes da Colombia, Panamá, Peru, Porto Rico e Paraguai. As estudantes foram reconhecidas por pesquisas realizadas na escola e que continuaram mesmo durante o difícil período da pandemia. "Participar de evento como esse é surreal. A gente batalha pensando grande e quando acontece não conseguimos acreditar. Estou muito feliz, nunca imaginei chegar tão longe e ainda mais sendo aluna de rede pública. É muito importante para todos nós, só consigo agradecer a Deus por ter nos ajudado a chegar onde chegamos, sou muito grata ao meu professor Edson Gomes por ter insistido no nosso projeto e todo apoio dos familiares e amigos da escola. Fico muito feliz por isso. Ser reconhecida pelo Jóvenes Promesas é surreal para qualquer aluno e eu sou um deles", afirma Vitorya, de 15 anos, atualmente no Ginásio Pernambucano. Quem também celebrou o reconhecimento foi Ana Grazielly Da Silva, 18 anos. "O Jovens Promessas me ensinou que é super importante acreditar no que sou capaz de conquistar, pois não levo comigo apenas o fato de ser uma jovem sonhadora, mas uma jovem negra, lésbica e sonhadora, o que para muitos é difícil de ver essa realidade. Viver em um mundo onde a mulheres só tem o direito de pilotar o fogão é complicado. Até aqui a caminhada foi tensa. Ainda não cheguei onde quero chegar de fato com esse projeto. Quero ganhar o mundo e mostrar que cada palavra maldosa direcionada a mim e meus companheiros nos fortaleceu e deu mais força para não perdermos o foco!", afirmou. Ela atualmente estuda na Escola Pedro Celso, em Beberibe. Para dar continuidade às suas pesquisas. as alunas receberam apoio também do Instituto Ailton Santos, no bairro de Beberibe, que as convidou para serem monitoras de alunos do 6º ao 9º ano, também com o professor Edson Gomes. De acordo com o presidente da COLPARMEX, o professor Francisco Moyado, o processo de seleção é realizado com base em parâmetros de classe mundial e com processos transparentes até chegar aos estudantes homenageados. "Tudo isso consolida o caráter de classe mundial deste programa". . . LEIA TAMBÉM Alunos da rede municipal desenvolvem projetos inovadores

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Frevo é mais que carnaval: é o encanto através dos passos

Ruas animadas, roupas coloridas, marchinhas aceleradas, pulos no ar e sombrinhas. Esses elementos fizeram você lembrar de algo, não foi? Todo pernambucano e, até brasileiro, conhece o frevo, dança típica pernambucana. Famosa e difundida principalmente no Carnaval, ela surgiu em Pernambuco entre os séculos XIX e XX, sendo instituída primeiro como um ritmo carnavalesco. Desde então, ela não largou o pé – e nem o coração – das pessoas. Experiência apaixonante Essa paixão também comoveu logo cedo a bibliotecária do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Joana Lima. “Comecei a aprender com quatro anos de idade. Morava numa avenida central do Recife e, por lá, passavam troças carnavalescas. Fui crescendo e vendo tudo isso. Quando tinha idade suficiente, ingressei na turma infantil do Balé Popular do Recife, com a professora Ana Madureira”, contou. A partir daí, Joana ingressou no mundo da dança e vivenciou experiências incríveis, tudo a partir do frevo. “Desfilei por dez anos no Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda e, já adolescente, comecei a dançar profissionalmente na Cia Forrobodó de Dança Tradicional e no Balé Popular do Recife. Sobre dançar Frevo, um evento que me marcou demais, foi a inauguração do Macau Fisherman's Wharf, em Macau, na China, pois cheguei lá com o pé esquerdo engessado. Me recuperei durante os dias de ensaio e, na data marcada para o grande evento, consegui dançar representando o Brasil e toda a América do Sul! Foi lindo e inesquecível”, relembrou Joana Lima, que também é presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 4ª região de Pernambuco e Alagoas. História e cultura O frevo é muito diversificado e cheio de história e cultura. Ele nasceu através dos passos de capoeira, em pleno Carnaval, e só foi nomeado em 1908, pelo Jornal Pequeno. As marchinhas são compostas apenas de banda, sem letras, e seus passos são variados, com rodopios, giros, malabarismos e muito improviso. Muita gente não sabe mas, além disso, existem três tipos da dança. O frevo-de-rua, que é feito para dançar com notas agudas, o frevo-de-bloco, nascido das serenatas e tocado com violão e cavaquinho, e o frevo-canção, mais lento e cantado. “O frevo é a cara do Brasil! Pra mim, ele é literalmente o deixar-se ferver, é permitir-se efervescer. Apesar de não ser tão conhecido (ainda) mundo afora, ele representa o Brasil e a resistência do povo brasileiro. Nascido do jogo da capoeira, é através dos seus passos que a gente se confraterniza e se identifica como sendo um povo rico em coragem, em força e em vitalidade”, explicou Joana. Legado Sendo Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a dança é motivo de orgulho para os pernambucanos. Afinal, tendo nascido na região, difundido pelo Carnaval em Olinda e muito praticado Brasil afora, o frevo é exemplo da união de culturas históricas, representação de antepassados e amor pelo ritmo brasileiro. E o papel da sociedade em tudo isso? O de valorizar e respeitar dançarinos e a dança não só no Carnaval, mas também o ano todo. “Nossa identidade cultural se mistura com a história do frevo. Defendê-lo é um papel nosso, já que somos privilegiados por podermos ostentar um patrimônio imaterial da humanidade. O ensino do frevo e dos nossos folguedos populares oportuniza a confraternização social indistintamente, já que o ritmo é mais que convidativo. A força musical, a riqueza dos movimentos (são mais de duzentos passos catalogados e outros tantos que surgem como variações destes), o produto dos arrastões do frevo seja ele de rua, de bloco ou canção dizem tudo! O título é merecido e deve ser perpétuo!”, salientou a bibliotecária e dançarina.

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Revista Algomais é finalista do Prêmio Urbana de Jornalismo 2021

Na próxima quinta-feira (16), serão anunciados os nomes dos vencedores do 17º Prêmio Urbana de Jornalismo – Engenheiro Pelópidas Silveira. O concurso vai premiar reportagens inscritas sobre mobilidade urbana e que destaquem o papel do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife e a importância social desse serviço à população e ao desenvolvimento urbano e econômico. A Revista Algomais é mais uma vez finalista da premiação, desta vez com a reportagem Soluções para um transporte público seguro e sustentável, do repórter Rafael Dantas. A iniciativa é da Urbana-PE em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco. Ao todo, concorreram 24 trabalhos que foram avaliados por uma comissão julgadora composta por jornalistas profissionais e comitê técnico. Os 16 finalistas nas sete categorias - Reportagem Impressa – Matéria Especial, Reportagem Impressa – Série, Estudante, Fotojornalismo, Radiojornalismo, Telejornalismo e Jornalismo Online -, estão na lista abaixo. Por conta da pandemia do coronavírus, o anúncio dos vencedores deste ano será, novamente, no formato virtual, transmitido a partir das 19h no canal do Youtube da Urbana-PE. Os finalistas poderão assistir de casa, com conforto e segurança, ao anúncio dos nomes dos vencedores. Finalistas da 17ª edição: Categoria Matéria Especial: Á beira do colapso – de Arthur Ferraz, da Folha de Pernambuco Soluções para um transporte público seguro e sustentável – de Rafael Dantas, da Revista Algo Mais Eles não podem parar e estão morrendo – de Roberta Soares, do Jornal do Commercio Categoria Estudante: Os desafios de quem usa o transporte público na pandemia do coronavírus– de Betânia Ribeiro, da Rádio Jornal A importunação sexual como fator limitante para a mobilidade das mulheres no Grande Recife, de Katarina Moraes, do Portal NE10. Categoria Jornalismo Online: Á beira do colapso – de Arthur Ferraz, da Folha de Pernambuco Escalonamento em discussão – de Roberta Soares, do Jornal do Commercio O futuro do transporte público no pós-pandemia – de Roberta soares, do Jornal do Commercio Categoria Fotojornalismo: Condução pandêmica - de Yacy Ribeiro, do Jornal do Commercio Desgovernado – de Bruno Campos de Souza, do Jornal do Commercio Paralisação – de Felipe Ribeiro, do Jornal do Commercio Categoria Radiojornalismo: Impactos da pandemia na mobilidade urbana – de Anderson Souza, da Rádio CBN Recife Categoria Telejornalismo: A nova cara da Conde da Boa Vista, velha conhecida dos recifenses – de Roberta Cardoso, Jaíne Cintra, Juliana Aragão e Fernanda Siqueira, do Diario de Pernambuco TV Caminhos incertos – de Wagner Oliveira e César Braga – TV Clube Pouco sono, muito trânsito e a poesia que nasce da adversidade, de Roberta Cardoso, Jaíne Cintra, Débora Dantas e Thamyres Oliveira, do Diario de Pernambuco TV Categoria Série de Reportagem: Escalonamento em discussão– de Roberta Soares, do Jornal do Commercio Futuro do transporte público no pós-pandemia - de Roberta Soares, do Jornal do Commercio Anúncio dos vencedores Quando: 16/09, às 19h Onde: YouTube da Urbana PE (https://www.youtube.com/channel/UCELbQCwe6KCV5P9za9YWWYA)

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Nova Ocupação do Itaú Cultural é dedicada ao centenário do educador Paulo Freire

Complementa a Ocupação, uma publicação impressa com artigos, depoimentos e entrevistas de convidados representantes de diferentes áreas de conhecimento e expressão, como saúde, segurança, música, teatro, fotografia, arquitetura, inclusão, educação e sua internacionalização. A arte-educadora Ana Mae Barbosa; Ilse Schimpf-Herken, fundadora e diretora do Instituto Paulo Freire em Berlim, na Alemanha; Eymard Vasconcelos, pioneiro na pesquisa e na prática da educação popular na saúde, e André François, fotógrafo e fundador da ImageMagica, entre outros, contam como têm relacionado o seu trabalho aos saberes apreendidos de Freire. No site www.itaucultural.org.br/ocupacao estão disponíveis parte do material exibido na mostra e conteúdos exclusivos. A curadoria é dos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Educação e Relacionamento. Com expografia assinada por Thereza Faria, a mostra ocupa toda a sala Multiuso, no piso 2 da instituição. Ela acompanha a trajetória de Freire, desde o nascimento, em 1921, passa pelo desenvolvimento do seu método de alfabetização – que, implantado em Angicos (RN) acabou ganhando dimensão internacional – e o segue nos diferentes países onde viveu, durante o exílio forçado pelo período militar, até seu retorno e atuação no Brasil, onde morreu em 1997. Trata-se da 53ª mostra da série Ocupação realizada no Itaú Cultural, desde 2009 com o objetivo de fomentar o diálogo da nova geração de artistas e intelectuais com os criadores que a influenciaram. Ocupação Paulo Freire começou a ser planejada há mais de dois anos. Devido à pandemia, acabou tendo a sua produção realizada inteiramente on-line. Ainda, a mostra integra a rede de instituições parceiras da 34ª Bienal de São Paulo. Exposição Uma animação com as páginas manuscritas de Pedagogia do Oprimido, o mais conhecido livro de Freire, abre o caminho para a exposição. Um mapa interativo, chamado Paulo Freire no mundo, a encerra. Ele mostra todos os lugares que o educador alcançou nos diversos continentes com a sua obra, o trabalho de alfabetização de adultos e o compartilhamento de saber e ideias sobre a educação. O educador chegou a mais de 30 países e a repercussão de suas propostas comporta mais de três dezenas de livros – 28 deles, pertencentes ao acervo do Itaú Cultural, estão em exibição em uma estante na mostra. Freire ainda foi merecedor de pelo menos 29 títulos Honoris Causa e foram realizadas dezenas de pesquisas sobre ele e sua obra, que também se desdobraram em Cátedras, Centros Acadêmicos, institutos e grupos de pesquisa. Homenagens e premiações como cidadão honorário, prêmios, medalhas, placas comemorativas de eventos, troféus, certificados diversos, condecoração e nomes de escolas, são outros dos reconhecimentos ao trabalho de Paulo Freire. Entre a animação e o mapa, a exposição se estende pelos 170 metros da sala Multiuso, dividida em quatro eixos – Formação, Angicos, Exílio e Retorno. No conjunto, apresenta cerca de 140 peças, entre 60 fotografias que registram Freire nas mais diversas situações e localidades no Brasil e no exterior, vídeos e dezenas de seus originais – do Livro do Bebê, feito pelos seus pais quando ele nasceu, a manuscritos de sua autoria, como À sombra desta mangueira, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia. São originais também poemas e cartas, enviadas por ele e recebidas. Ainda, ali se encontram suas marginálias encontradas em livros de autores como o pintor Johann Moritz Rugendas, Erich Fromm, Aldous Huxley, Jacques Maritain ou Caio Prado Júnior, que ele lia e hoje fazem parte do conjunto nomeado pelo Instituto Paulo Freire de Biblioteca Pré-golpe. Cartazes e ilustrações utilizados nas chamadas 40 horas de Angicos, nome do município do Rio Grande do Norte onde, pelo método freireano, cerca de 300 pessoas foram alfabetizadas em alguns dias, também fazem parte da mostra. É farto, ainda, o material documental e imagético de suas passagens pelo Chile e outros países como Quênia, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, além da Suíça, onde viveu e trabalhou nos últimos anos antes de voltar para o Brasil. O eixo Formação traz a nordestinidade de Paulo, com destaque para a sua infância, a família, a casa em que nasceu e se alfabetizou, no Recife – onde havia a mangueira sob a sombra da qual escreveu as primeiras palavras usando gravetos. Em Angicos, de 1960 a 1964, encontra-se grande número de documentos e imagens que remetem a esta pequena cidade do Rio Grande do Norte e esmiúçam a experiência de alfabetização que ali desenvolveu. Entre eles, a documentação elaborada por Freire para a formação dos educadores envolvidos na experiência, material pedagógico e como eram feitas as aulas. Destaque, ainda, para documentos sobre o Plano Nacional de Alfabetização e outras aplicações do Sistema de Alfabetização Paulo Freire – o planejamento dos círculos de cultura pelo país e as experiências de alfabetização aplicadas no Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal. Exílio, abrange 1964 a 1980, quando o golpe civil-militar o fez permanecer em exílio por 16 anos. Há registros de sua saída do Brasil pela Bolívia antes de se instalar no Chile, onde escreveu Pedagogia do Oprimido, além de seus anos vividos nos Estados Unidos e na Suíça, suas atuações, na década de 1970, no Instituto de Ação Cultural (Idac) e a liderança de programas de educação e alfabetização em países africanos. Nesse núcleo encontram-se outros importantes documentos do período, como as 14 folhas grampeadas do inquérito policial sobre a sua atuação na universidade, que acabou resultando em sua saída país. Por fim, o eixo Retorno, de 1980 a 1997, mostra a vida de Paulo Freire quando votou ao Brasil com a anistia e começou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e em outros círculos universitários. Passados três anos, em 1989, se tornou secretário municipal de Educação da prefeita de São Paulo Luiza Erundina. Paulo Freire morreu em maio de 1997, aos 75 anos, um ano após a publicação de Pedagogia da autonomia, sua última obra. Este eixo encerra o percurso pela Ocupação e ainda revela a internacionalização de seu trabalho entre o mapa interativo e uma variedade de itens, como materiais de formação de educadores,

Nova Ocupação do Itaú Cultural é dedicada ao centenário do educador Paulo Freire Read More »