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2021

Prefeitura do Recife vai sortear prêmios para incentivar imunização contra a covid-19

Da Prefeitura do Recife O Recife mais uma vez inova para avançar no plano municipal de vacinação contra a covid-19 e lança o Vacina é Mais Vantagem. O prefeito do Recife João Campos anunciou a nova ação da PCR no auditório do 15º do edifício-sede da Prefeitura da Cidade do Recife na manhã de ontem (13). A iniciativa consiste em sorteios de prêmios realizados pela Prefeitura do Recife em parceria com a iniciativa privada e o ciclo de sorteios já começa hoje (14) e segue até o dia 30 de dezembro. Já na primeira rodada, serão sorteados 90 smartphones doados pelo Movimento Atitude por Pernambuco. As premiações são um incentivo a mais para que o Recife alcance a cobertura de pelo menos 90% da população com o esquema vacinal completo em 60 dias. Esse percentual colocará o Recife entre as metrópoles que mais aplicaram vacinas no mundo, superando, por exemplo, Nova York, Londres e Berlin. Para realizar os sorteios, a Prefeitura fará uso do banco de dados do Recife Vacina, não havendo a necessidade de cadastramento para participar. Atualmente a cidade possui 82% de cobertura vacinal completa. “Nós temos hoje 82% da população elegível já vacinada com as duas doses. Essa marca é bem acima da marca brasileira, que é de 65%, mas a gente ainda quer crescer mais e mais. Então a gente lança o primeiro módulo do sorteio e a nossa meta é poder levar esse número a pelo menos até 90% da cobertura total, as duas doses, para a população elegível. A gente tem se dedicado muito, toda a equipe de saúde e a de transformação digital, para aumentar esse número de vacinados. O Recife tem marcas melhores do que as marcas do Brasil, de várias cidades, mas a vacinação é uma estratégia de imunização coletiva, então nós precisamos intensificar a vacinação, já lançamos várias frentes e agora é o Vacina é Mais Vantagem”, esclareceu João Campos. “Quem se vacinou já concorre no dia seguinte ao sorteio de seis smartphones. Então do dia 14 ao dia 30, vão ter esses sorteios nessa primeira fase, são 90 smartphones que serão sorteados. E nós aqui queremos agradecer ao Movimento Atitude, grupo que reúne 24 empresas pernambucanas e que fez essa doação ao município para viabilizar mais uma ação de incentivo à vacinação”, acrescentou ele. Serão realizados seis sorteios diários. Destes, três prêmios serão destinados a sorteio dentre as pessoas vacinadas contra a covid-19 que tenham tomado a primeira dose e ainda não superado o prazo para tomar a segunda dose (28 dias para a Coronavac e 60 dias para a Astrazeneca e Pfizer); que estejam com o esquema vacinal completo (1ª e 2ª doses), independentemente da dose de reforço ou que estejam vacinadas com a primeira dose da vacina da Janssen. E dois prêmios serão destinados a sorteio dentre as pessoas que tomarem a primeira dose da vacina contra a covid-19 a partir de 06 de dezembro de 2021. O primeiro sorteio acontecerá nesta terça-feira (14.12), às 16h e os demais nos dias seguintes. “A gente tem dois sorteios por dia, os primeiros sorteios são destinados a três pessoas que já estão com o seu esquema vacinal completo, quem já se vacinou já está automaticamente concorrendo. E o outro sorteio é - quem se vacinar, do dia 13, hoje, ou nos dias seguintes, 2ª dose ou dose de reforço, também estará automaticamente concorrendo”, detalhou Rafael Figueiredo, Secretário Executivo de Transformação Digital do Recife. Os sorteios acontecerão diariamente, até o dia 30 de dezembro, e serão gravados no canal do YouTube da Prefeitura do Recife, com auditagem da Controladoria-Geral do Município e apoio da superintendência CGU. Além disso, os nomes dos vencedores serão anunciados dentro do site e do aplicativo Conecta Recife e receberão comunicado da Prefeitura a partir dos contatos registrados na plataforma Recife Vacina. Depois dos resultados anunciados, os ganhadores terão até 30 dias para resgatar o prêmio. A iniciativa do Vacina é Mais Vantagem chega para se somar a outras frentes de busca ativa para que mais pessoas sejam vacinadas na cidade, a exemplo do Carro da Vacina, que em 15 dias chegou a marca de 10 mil doses aplicadas. Uma alternativa que não exige agendamento para tomar a vacina são os postos descentralizados montados nos shoppings da cidade. “A gente só se engaja em causas que são boas para toda a sociedade de Pernambuco. A gente confia muito no cidadão recifense, na responsabilidade individual de cada um, e a gente acredita que esse incentivo a mais vai fazer com que em última instância beneficia todo o povo do Recife”, destacou Guilherme Cavalcanti, diretor-executivo do Movimento Atitude por Pernambuco, grupo multissetorial que reúne 24 empresários e executivos. Eles esclareceu ainda o que é o Movimento: “o Movimento Atitude por Pernambuco existe há 3 anos, é uma associação empresarial formada por 24 grandes grupos empresariais de Pernambuco e a gente se dedica exclusivamente a trabalhar em defesa de grandes causas em prol da sociedade, principalmente aquelas causas que demandam comprometimento da gente a longo prazo”. O site do grupo é atiutude.pe. De acordo com a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, a Prefeitura está constantemente aprimorando a sua estratégia para imunizar cada vez mais pessoas na cidade. “Hoje o Recife celebra mais um momento importante da sua campanha de vacinação, uma campanha que tem evoluído ao longo desses meses a partir da cobertura vacinal que a gente vem a alcançar, foram várias estratégias até agora. A gente começou com as equipes volantes vacinando os trabalhadores de saúde, nos seus locais de trabalho, para que eles não precisassem sair do local de trabalho porque estavam na linha de frente; depois montamos os 26 centros de vacinação e drives-thru; a gente vacinou nas escolas, entendendo a importância da vacinação para os adolescentes; vacinamos nas comunidades, chegando mais perto das pessoas, onde a cobertura estava mais baixa; hoje a gente também está vacinando em cinco shoppings que não precisam de agendamento. A cada passo que a gente foi dando,

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Petrobras anuncia R$ 10 milhões para programas culturais

A Petrobras vai investir R$ 10 milhões, por meio do programa Petrobras Cultural, em patrocínios a projetos em museus, instituições e centros culturais de todo o país, e que destaquem a cultura brasileira. Uma chamada pública foi lançada ontem (13), e a proposta deve contemplar pelo menos um dos temas: Arte/cultura brasileira; Cultura popular/regionalidades; Folclore brasileiro; e História do Brasil, que poderá incluir também ações comemorativas ao bicentenário da independência, bem como outros temas históricos. Os projetos inscritos podem ser realizados de forma presencial, digital ou híbrida, em qualquer cidade do Brasil. As iniciativas podem incluir mostras e exposições; oficinas, seminários, encontros temáticos; propostas educativas em espaços ou em exposições; e outros projetos que incrementam a experiência do público nos espaços culturais. Os projetos devem já estar aprovados para uso de recursos de lei federal ou estadual de incentivo à cultura. As inscrições podem ser realizadas pelo site da Petrobras, de hoje até 17 de janeiro. O resultado tem previsão de ser divulgado em maio, com os projetos começando a ocorrer em julho do mesmo ano. Mais informações: https://ppc.petrobras.com.br/

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Pernambuco e Alagoas ganham núcleo de qualificação para exportação

A ApexBrasil e o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac inauguraram núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex). Durante o biênio 2021-2023, o programa será desenvolvido por meio da Faculdade Senac Pernambuco (FacSenacPE). A ideia é qualificar 175 empresas, sendo 150 de Pernambuco e 25 de Alagoas, para exportar com qualidade. O Sistema Fecomércio foi o vencedor de chamamento público realizado em 2020 e irá, pela primeira vez, ficar à frente das qualificações. “Ao todo, fizemos 19 missões, passando por vários países como Portugal, Espanha, França, Itália, África do Sul, China, Angola e Belgica, entre outros. Levamos empresários de do Nordeste e Brasil para lá, e trouxemos de lá, para investir em Pernambuco e tivemos vários resultados. Com o Peiex, iremos, com certeza, facilitar e dar condições para que as empresas possam exportar”, ressalta Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE. De acordo com dados do setor de Inteligência de Mercado da Apex, o nosso estado possui 275 CNPJs exportadores, que o colocam na 15º posição entre os estados brasileiros que mais exportam, com 0,9% de participação no cenário nacional. A boa notícia é que 88% das exportações pernambucanas são de produtos da indústria de transformação, que têm alto valor agregado. Em comparação, no Brasil, essas exportações representam 50% e, no Nordeste, 64%. No novo ciclo, é esperado um crescimento da qualificação para exportação no setor de serviços, com foco em soluções tecnológicas, como jogos digitais, aplicativos e plataformas digitais.

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Feira de Plantas da Atmosfera acontece nesta semana

A Ferreira Costa da Tamarineira recebe até o dia 24 de dezembro a Feira de Plantas da Atmosfera. São mais de 500 tipos de flores ornamentais, cactos, suculentas, Bonsai, orquídeas, palmeiras, arbustos e muitas outras variedades. No momento da compra, o cliente também recebe orientações de cuidados para cada planta.  Plantas que podem ser cultivadas tanto em ambientes internos quanto nos externos.  

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TSE apresenta novo modelo de urna eletrônica para eleições de 2022

Da Agência Brasil O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou o novo modelo de urna eletrônica que será usado nas eleições de 2022. O lançamento foi feito em Manaus, na fábrica da Positivo Tecnologia, empresa responsável pela produção dos equipamentos. Conforme a licitação feita pelo TSE, serão fabricadas 225 mil urnas do novo modelo. No total, 577 mil serão utilizadas nas eleições. A entrega está prevista para maio do ano que vem. A vida útil do equipamento é de dez anos. Entre as novas funcionalidades, está a maior duração das baterias, processadores mais rápidos e o terminal do mesário com comandos sensíveis ao toque (tela touch). Segundo o TSE, essa tecnologia permitirá mais rapidez na identificação do eleitor na seção eleitoral. Enquanto um eleitor vota, o terminal poderá identificar os próximos que vão votar, diminuindo o tempo de espera nas filas. Durante o evento, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reforçou que a urna eletrônica e o sistema de votação são seguros. “Estamos trabalhando para proteger os sistemas do TSE quase por uma questão de imagem, porque, quanto ao conteúdo, não tem como fraudar as eleições. Nós todos estamos nos aperfeiçoando com os mecanismos de proteção. Isso se tornou um problema relevante nos últimos dois, três anos. Na verdade, ataques cibernéticos do porte que temos visto são fenômenos recentes”, afirmou.

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Incentivo à doação de medula óssea é essencial para reverter queda na pandemia

A pandemia do coronavírus é associada pelos especialistas à queda no número de doadores de órgãos e tecidos. Entre janeiro e agosto de 2021, por exemplo, 124.920 indivíduos foram incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). O número equivale a apenas 54,5% do total registrado em 12 meses de 2020, ano em houve queda significativa no cadastro de doadores. No total, entre janeiro e dezembro do ano passado foram incluídos 229 mil indivíduos no REDOME, 21% a menos do que em 2019. “A tendência de queda no número de voluntários é um dado que deve servir de alerta para retomarmos as ações de incentivo à doação”, explica o hematologista e professor do IDOMED – Instituto de Educação Médica, Vitor Paviani. Ainda segundo o REDOME, em agosto o País tinha 5,429 milhões de doadores voluntários. Em média, há no País 650 pacientes em busca de tecidos compatíveis. A ampliação constante no banco de doadores é essencial por causa da dificuldade em identificar a compatibilidade de tecidos entre doadores e pacientes. Em 2020, o número de transplantes de medula óssea realizados no País (279) foi o menor visto desde 2014. Para mudar esse quadro, é preciso estimular a doação. Paviani diz que o ideal é atender quatro quesitos principais para ser um voluntário: ter entre 18 e 35 anos; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Após o registro, o voluntário retira sangue para análise e os dados são mantidos em um sistema nacional consultado sempre que há um novo paciente com necessidade de tecidos. O transplante de medula óssea é usado no tratamento de alguns casos graves de leucemia. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é identificada em 10.810 brasileiros a cada ano. Quando há compatibilidade entre doador cadastrado e receptor, a coleta do material pode ser feita de duas formas: por uma máquina semelhante à usada na doação de plaquetas sanguíneas ou com uma punção na medula do doador. “São procedimentos seguros. O doador pode passar por algum desconforto, mas estará salvando uma vida”, diz Paviani. À procura por uma medula 100% compatível A fila de espera por uma medula que seja compatível não para de crescer. Além dos pacientes com leucemia, há casos (mais raros) de outras doenças que exigem o transplante como tratamento. É o caso da pequena Isabela Feckinghaus, que irá completar 5 anos de idade no próximo dia 20 de dezembro. Filha da médica Carolina Monteguti Feckinghaus, a menina foi diagnosticada com uma doença rara, a linfohistiocitose hemofagocitica. “Em junho de 2020 ela teve febre e várias lesões pelo corpo. Após várias consultas, chegamos ao diagnóstico da doença, uma síndrome de hiperativação imunológica. Em palavras simples: quando tem uma infecção, o sistema imunológico dela responde de forma exagerada, o que provoca danos a vários órgãos: fígado, coração, baço, medula óssea”, diz a mãe de Isa. “Quando soubemos o diagnóstico da Isa, eu estava gestante de 34 semanas. Fomos orientados a guardar o cordão umbilical. Caso a Isa precisasse de transplante de medula, teríamos essa opção. Infelizmente, porém as irmãs não são compatíveis. Então iniciamos a nossa busca pelo REDOME, fizemos campanha nas redes sociais. Em quase 6 meses de procura, ainda não encontramos um doador 100% compatível”. Carolina conta que a equipe médica que atende a menina decidiu tentar um transplante mesmo sem um doador 100% compatível. A medula usada foi a do pai da menina, procedimento chamado transplante haploidêntico. “Estava tudo indo bem, mas infelizmente houve uma recidiva em outubro de 2021. Ela voltou a fazer quimioterapia e precisamos encontrar um doador 100% compatível para um novo transplante”. Atualmente, a família e amigos de Isa promovem uma campanha pelo Instagram @todospelaisa onde estimulam a doação de medula óssea e consequentemente a busca por um doador 100% compatível. Banco Nacional de Doadores Pai de uma criança de 4 anos, Frederico Borges, foi um dos novos doadores cadastrados em 2020. Comovido com a situação da Isabela, o advogado que reside a mais de 800 quilômetros de distância na menina, buscou o hemocentro mais próximo da sua cidade para fazer parte do Cadastro Nacional de Doadores. “Acredito que um dos maiores obstáculos para qualquer pessoa é o desconhecimento. Eu não sabia que podia fazer a diferença para a Isabela e outras pessoas que estão aguardando o transplante de medula. Quando descobri o quanto era simples ser um doador, não consegui não fazer nada. Saber que entrar no cadastro é dar uma chance a mais para todos eles, já foi a maior recompensa que eu poderia receber ” comentou o advogado. A esperança para a cura da pequena Isabela e dos mais de 10 mil pacientes diagnosticados por ano está no cadastro de doadores. O REDOME disponibiliza no site http://redome.inca.gov.br/ todas as informações importantes para quem deseja salvar uma vida. Na página é possível encontrar os hemocentros que efetuam o cadastro nos diferentes estados do País. E, para quem já é cadastrado, vale lembrar que é importante manter as informações atualizadas. No caso de haver um paciente compatível, será preciso encontrá-lo. Por isso é importante manter os dados, principalmente endereço e telefone, sempre atualizados. A atualização é simples e pode ser realizada pela internet.

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"Se não enfrentarmos a doença crônica e o envelhecimento na população mais pobre, o SUS vai quebrar em 10 anos".

O médico sanitarista Cláudio Duarte foi secretário nacional de políticas do Ministério da Saúde, na gestão de José Serra e diretor geral do Hospital do Servidor. Após ser aprovado em concurso, hoje atua como médico da família na comunidade Vila Arraes, no bairro da Várzea, no Recife. Com toda essa experiência, Duarte avalia que o SUS respondeu bem às demandas da pandemia e que executa um serviço de qualidade em áreas como o Samu e os programas de imunização e de transplante, além de apresentar progressos no atendimento de emergências e urgências. Mas por que a população reclama da saúde pública e os corredores dos hospitais estão lotados? Segundo Cláudio Duarte, o grande gargalo do SUS está nas políticas voltadas ao idoso e às doenças não transmissíveis. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o sanitarista detalha a sua análise e alerta para a necessidade de levar à atenção primária as mesmas estratégias que permitiram a programas como o de imunização oferecer um serviço de qualidade a todos os brasileiros. O senhor acredita que a pandemia reforçou para a população importância do SUS? Com a capacidade de resposta do SUS a esta epidemia, a população sentiu a presença desses serviços. A última pesquisa nacional de saúde feita pelo IBGE constata que 159 milhões de brasileiros usam o SUS, ou seja, 71% da população. No primeiro momento da pandemia, houve o gargalo da atenção especializada, a má distribuição dos leitos de UTI, muito concentrados nos grandes centros urbanos. O sistema foi posto à prova e, de certa maneira, ele apresentou uma capacidade de resposta, com exceção do Rio de Janeiro e de Manaus, onde sistemas locais de saúde vivem em crise em razão de processos políticos e de gestão. Houve uma grande incorporação de profissionais, os gestores fizeram parcerias público-privadas para expandir esses leitos, já que a área pública tem uma capacidade mais lenta de produzir expansão – um vez que precisa fazer licitação para comprar equipamentos, etc. O segundo momento, foi mais crítico, quando chegamos a ter em Pernambuco – sou médico plantonista da Central de Regulação – 320 pessoas na fila da UTI. Em cada plantão transferíamos cerca de 50 a 80 pessoas por dia. Foi um momento crítico, também porque a medicina ainda não sabia lidar com a doença. Em Pernambuco, tivemos pacientes intubados nas UPAs, em hospitais no interior, aguardando leitos de UTIs, que estavam sendo abertos, mas não tivemos pacientes desassistidos como ocorreu em Manaus. Depois, com a disponibilidade de vacina, surge um momento mais positivo que foi a capacidade de resposta que o SUS teve naquilo que ele vem fazendo nos últimos anos, que é o PNI (Programa Nacional de Vacinação). Houve a dificuldade de fornecimento de vacinas – que o ministério teve que correr atrás em razão da pressão da opinião pública, da academia e dos especialistas – mas quando a vacina chegou, foi aplicada e houve um grande reconhecimento do SUS que também chegou à classe média, aos formadores de opinião. O PNI tem uma grande capilaridade, tem insumos de alta qualidade, gratuitos, bem padronizados e baseados na evidência científica, com produção nacional. A Fiocruz e o Instituto Butantan praticamente conseguem abastecer para algumas vacinas 100% da necessidade nacional e em qualquer unidade desse País existe a instituição “sala de vacina”. Esse é um grande exemplo de que o SUS quando tem programas nacionais ou áreas de atuação que são padronizadas, há insumos, há regras de execução, de supervisão, nacionalmente, essa ação consegue ter um nível de qualidade. Outro programa que funciona da mesma forma é o Samu, que tem o mesmo padrão de qualidade no País, tem uma central de regulação, as ambulâncias são bem conservadas, não são liberadas por critérios políticos, obedecem a critérios de liberação de regulação, os profissionais são capacitados. É um serviço que tem visibilidade e consegue atender 100% da população. Mesmo aquela pessoa de classe média que tem um acidente, o primeiro socorro é do Samu, que a leva para um hospital público, faz um primeiro atendimento e depois essa pessoa é transferida para um hospital privado. Outro exemplo é o Programa Nacional de Transplante, uma área de alta complexidade. O Sistema Nacional de Transplante, criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso – eu era diretor do Ministério naquela época – tem uma central nacional de regulação de captação de órgãos, uma fila nacional baseada em critérios clínicos, é financiado pelo Ministério da Saúde e executado por meio dos gestores estaduais, usando uma parceria público-privada. Os hospitais de transplantes são unidades públicas ou privadas contratadas pelo SUS. Praticamente os planos de saúde não financiam esses procedimentos. Pernambuco é uma grande referência, temos áreas de excelência em transplante de fígado, rins, córnea, coração. O SUS, quando define um objetivo assistencial, quando constrói um sistema de financiamento de pactuação, quando é implantado baseado em critério nacionais de qualidade, consegue atingir objetivos com níveis de eficiência comparáveis a países de primeiro mundo. Como foi criado o SUS? O primeiro momento político e de formulação de um conceito de um sistema nacional de saúde que foi na Constituinte. Conseguimos, com alguns embates na área privada, vencer as resistências liberais e fundar aquilo que em 1991 se consolidou com a lei orgânica para a criação do SUS. O segundo momento foi a descentralização, que teria de ser executada com uma parceria dos níveis de governo federal, estadual e municipal. A municipalização foi fundamental para promover a extensão de cobertura, da capilaridade. Com os fundos de transferência dos recursos em escala nacional, os municípios passaram a ter verbas para ampliar essa rede de atenção básica, para contratação das primeiras equipes, a expansão das unidades básicas de saúde, a melhoria dessas ações voltadas para criança, mulher, vacinação, diarreia, pneumonia. Nos últimos 10 anos, fizemos um avanço progressivo na área de média complexidade, com as UPAs, um movimento que começou no Rio e se expandiu. Na gestão de Eduardo Campos, esse modelo foi implantado aqui, com 14 unidades de pronto atendimento na Região Metropolitana do Recife, que funcionam 24 horas,

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14º Festival de Flores VillAldeia acontece no Parque Dona Lindu

O Parque Dona Lindu está recebendo neste mês o 14º Festival de Flores VillAldeia com todos os protocolos de segurança sanitária. Serão doze mil flores expostas até o dia 19 de dezembro das 8 às 17 horas, com a reposição contínua, ou seja, a qualidade será mantida até o último dia do evento. Estarão entre as queridinhas para presentes neste período natalino as tradicionais poinséttias, também conhecidas por bico-de-papagaio, noche buena, christmas star e flores de natal ou christimas flower que, segundo um dos organizadores Paulo Vilar, a preços bem acessíveis. “Já é uma das nossas marcas registradas apresentarmos os valores bem abaixo dos normalmente praticados, isto porque também somos produtores”, ressaltou. Ele ainda lembrou que, para favorecer a comodidade aos visitantes, haverá embalagens para presente como graciosos cachepôs de papel para que se possa sair do local já para a entrega. É importante ressaltar que o festival de flores já tem história no Recife e público fiel, pois tem condições de agradar inúmeras pessoas também pela variedade de flores e plantas apresentadas como orquídeas, antúrios, bromélias, cactos e suculentas dentre muitas outras. Com entrada franca, o evento aguarda grande público com espaço confortável não apenas para as compras, mas também para a visitação. “Isto porque o nosso principal objetivo sempre foi trabalhar para mudar a cultura das pessoas com relação ao consumo de flores e plantas, pois nós acreditamos que são capazes de contribuírem para o nosso bem estar, portanto o seu cultivo deve exceder ao gesto mecânico da troca de presentes para propagar mais afetuosidade, principalmente no Natal”, finalizou Paulo. No festival haverá a obrigatoriedade do uso de máscaras na área interna da exposição de flores, com a disposição de álcool em gel na entrada do local.

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