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2022

Cepe lança livro sobre a vida e obra Tereza Costa Rêgo

Da Cepe Principal voz feminina do modernismo pernambucano, Tereza Costa Rêgo (1929-2020) ganha livro de arte A liberdade em vermelho, editado pela Cepe. A obra é repleta de fotografias de suas criações, além de textos inéditos assinados por artistas, curadores e escritores como Raimundo Carrero, João Câmara, Clarissa Diniz, Marcus Lontra, Bruno Albertim, Denise Mattar, Cida Pedrosa e Ana Mae Barbosa. Além de depoimentos de amigos e da própria Tereza, que permeiam as páginas do livro, cujo projeto editorial é assinado pela jornalista, escritora e neta de Tereza, Joana Rozowykwiat. O lançamento ocorre dia 20 de janeiro, às 19h, no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, e é acompanhado de uma exposição no Espaço Cultural Cícero Dias, com curadoria dos jornalistas Bruno Albertim e Marcus Lontra. A mostra é realizada pela Cepe, Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE/ Fundarpe) e Mepe. Filha da aristocracia açucareira já decadente, Tereza nasceu “para enfeitar o piano da sala”, como ela mesma dizia. “Não hesitou, contudo, em quebrar o piano”, escreve Bruno, escritor e biógrafo de Tereza. Aos 15 anos, ela entrou na Escola de Belas Artes do Recife. Foi lá que conheceu e ficou amiga de artistas como Francisco Brennand, Aloísio Magalhães e Reynaldo Fonseca, e teve como professores Vicente do Rego Monteiro e Lula Cardoso Ayres. Em 1949, ganhou do Salão de Artes Plásticas de Pernambuco uma viagem a Paris. Nessa época já ficaram conhecidas obras povoadas por sinhazinhas como instituição do patriarcado, como escreve Bruno. . . Depois começou a pintar mulheres despidas, figuras constantes em seu trabalho. Engajada na pintura regionalista, transpassa os limites do modernismo brasileiro. Formada em História pela USP, acompanhou de perto também os acontecimentos políticos da época, quando começou a viver uma história de amor com o dirigente do Partido Coomunista Diógenes de Arruda Sampaio. Com ele, entrou na clandestinidade e passou a se chamar Joanna. Exilou-se no Chile, na Europa e na China. Em 1979, quando o casal voltou ao Brasil, Diógenes morreu de infarto fulminante. Com a perda, a pintora decidiu que não seria mais a companheira do líder revolucionário; seria mulher e pintora. “A Cepe vê com muita responsabilidade e alegria essa ideia de publicar uma obra sobre a trajetória e a arte de Tereza Costa Rêgo. Focamos na obra de um dos principais nomes da arte moderna pernambucana para apresentá-la nacionalmente”, declara o editor da Cepe, Diogo Guedes. O curador Marcus Lontra costuma dizer que o Brasil tem não apenas o dever, mas o direito de conhecer Tereza Costa Rêgo, para quem a obra “é fundada em três pilares: o feminino como regência, a história como base e o vermelho como caminho”, resume. Se no início vieram as figuras femininas misteriosas, como diz Lontra, “meninas-bonecas inanimadas e sufocadas por uma estrutura social opressiva que agredia a intimidade corajosa e determinada da artista”, com o exílio ao lado do grande amor, Diógenes de Arruda Sampaio, Tereza trava “conhecimento próximo com as ideias marxistas e com o materialismo histórico”, o que lhe dá “instrumentos necessários para a elaboração de uma pintura comprometida com a história e com o seu tempo”, analisa Lontra. A arte-educadora Ana Mae Barbosa conclama em seu texto a reescrita da história, reconsiderando as artistas mulheres. “Acho que ainda é tímida a reconstrução da história da participação das mulheres na arte dos países ocidentais. Devíamos começar a escrever a história do machismo nas artes”, defende Ana, lembrando que, no ano 2000, quando aconteceu a exposição dos 500 anos de colonização do Brasil, na Bienal de São Paulo, não havia nenhuma artista mulher na arte do século XIX. “Por isso, pesquisando textos sobre Tereza Costa Rêgo, fico tão feliz em ver que depois de um grande tempo tendo sua obra mal divulgada, no século XXI o sistema das artes acordou para sua importância e são muitos os artigos sobre sua pintura na internet”. Vencedora do Prêmio Jabuti 2020, a poetisa Cida Pedrosa teve publicado na íntegra seu discurso de homenagem à artista, proferido em 2019, quando era secretária da Mulher da Prefeitura do Recife, e descreve Tereza como a artista que empodera mulheres. “A pintura dela é toda a minha dor já vivida. É toda a tristeza esquecida. É a minha alegria possível. É toda a capacidade que eu tenho de morrer e renascer em um vermelho único, que ela criou como marca para um mundo que nem sempre está pronto para saber quantas Terezas existem no coração de uma mulher”. Já para o artista João Câmara, Tereza cumpriu com dignidade e beleza uma longa vida de artista e de mulher. “No seu caso, seria difícil separar as duas coisas. Minha melhor e mais feliz lembrança dela é seu belo sorriso, irmão de um olhar de sabedorias e encantos”. EXPOSIÇÃO O co-curador, escritor e jornalista Bruno Albertim, amigo íntimo de Tereza, conta que essa exposição está sendo pensada há alguns anos, antes mesmo de a artista falecer, com o objetivo de “nacionalizar” o nome da artista pernambucana. “Ela queria muito ver sua obra exposta em grandes museus do Brasil. Com seu falecimento, surge a necessidade de adicionar um caráter biográfico à mostra”, declara Bruno, autor da biografia Tereza Costa Rêgo: Uma mulher em três tempos (2018, Cepe Editora). O jornalista pretende levar a exposição para vários museus do País. O conceito curatorial ressalta o caráter épico e histórico da produção de um dos grandes nomes femininos da pintura modernista pernambucana, “ainda não devidamente reconhecida pela historiografia oficial do Brasil”. Para possibilitar o contato com as obras, de acordo com Joana Rozowykwiat, houve um trabalho prévio de pesquisa, que localizou obras de períodos diversos. “Algumas delas muito antigas, da década de 40, quando a artista ainda assinava como Terezinha; outras mais recentes, mas que nunca haviam sido expostas”, revela a jornalista. "A liberdade em vermelho é um convite a conhecer e se aprofundar no trabalho de Tereza Costa Rêgo. É uma forma de ampliar o alcance da sua produção, levando toda a sua beleza,

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Inscrições para processo seletivo do Censo 2022 terminam na sexta (21)

Do IBGE As inscrições para os processos seletivos simplificados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegam à sua semana final após uma prorrogação realizada no final de dezembro. Os interessados nas 8.993 vagas em Pernambuco, divididas em 241 vagas para Agente Censitário Municipal (ACM), 791 oportunidades para Agente Censitário Supervisor (ACS) e 7.961 postos de trabalho para recenseador podem se inscrever até a próxima sexta-feira (21). Há vagas em todos os municípios do estado. A taxa de inscrição para as funções de agente censitário, que exige nível médio, é de R$ 60,50 e para recenseador, cujo requisito mínimo é o ensino fundamental completo, é de R$ 57,50. Os valores podem ser pagos em qualquer banco, casa lotérica ou pela internet até 16 de fevereiro. As inscrições devem ser feitas via internet no site da banca organizadora do processo seletivo, a FGV. As provas para os dois cargos serão aplicadas em 10 de abril. O teste será realizado pela manhã para os candidatos a recenseador e à tarde para os candidatos a agente censitário municipal e supervisor. O resultado final será divulgado em 20 de maio. Os profissionais aprovados irão trabalhar na coleta de informações do Censo 2022, que vai entrevistar moradores de todos os domicílios brasileiros. Os contratos para ACM/ACS terão duração prevista de cinco meses; para recenseador, o prazo é de até três meses, podendo ser renovados de acordo com as necessidades do IBGE e a disponibilidade orçamentária. Os Agentes Censitários Municipais (ACM) e os Agentes Censitários Supervisores (ACS) têm jornada de 40 horas semanais. Os candidatos aos dois cargos farão a mesma prova, e os mais bem colocados em cada cidade vão ocupar a vaga de Agente Censitário Municipal, que tem como função coordenar as atividades do censo nas cidades onde foram aprovados. Já os ACS vão supervisionar as equipes de recenseadores. As remunerações são de R$ 2.100 para ACM e R$ 1.700 para ACS. Além do salário, os aprovados terão direito a auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escola, férias e 13º salário proporcionais, de acordo com a legislação em vigor e conforme o estabelecido no edital. Os recenseadores irão visitar todos as residências do país, entrevistando seus moradores. Eles serão remunerados por produtividade, de acordo com o número de domicílios visitados e também terão direito a 13º e férias proporcionais. No hotsite do Censo 2022, há um simulador no qual os recenseadores podem verificar a remuneração a ser obtida, com base nos valores pagos por setor censitário nas diferentes localidades do país. A jornada de trabalho recomendável para os recenseadores é de, no mínimo, 25 horas semanais. O ideal é que os aprovados no processo seletivo para o cargo sejam moradores das próprias localidades onde irão trabalhar, para economia de custos com deslocamentos e maior produtividade nas visitas domiciliares. Assuntos das provas para ACM, ACS e Recenseador Os candidatos a ACM e ACS farão prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório, com questões de Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico Quantitativo, Ética no Serviço Público, Noções de Administração / Situações Gerenciais e Conhecimentos Técnicos. O conteúdo programático está disponível no edital. Já os candidatos a recenseador farão prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, com questões de Língua Portuguesa, Matemática, Ética no Serviço Público e Conhecimentos Técnicos. O conteúdo também está no edital. O IBGE também disponibilizou uma apostila de conhecimentos técnicos para que o candidato obtenha os conhecimentos necessários para responder as questões sobre a operação censitária. A apostila e o Código de Ética do IBGE estão disponíveis no site da FGV. Treinamento para recenseador é eliminatório Além da prova, os recenseadores receberão treinamento presencial e à distância, de caráter eliminatório e classificatório, com duração de cinco dias e carga horária de oito horas diárias. O treinamento é composto por duas etapas: autoinstrução, que consiste na leitura do Manual do Recenseador, e curso presencial. Ao final da etapa presencial, o candidato realizará o Teste Final do Treinamento. Quem não obtiver o mínimo de 50% de acertos e, pelo menos, 80% de frequência será eliminado do processo seletivo. Os candidatos que tiverem pelo menos 80% de frequência no treinamento presencial receberão uma ajuda de custo, referente aos dias em que compareceram integralmente. Isenção de taxa para pessoas de baixa renda Os processos seletivos para o Censo 2022 permitem a solicitação da isenção do pagamento da taxa de inscrição para pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico. O pedido deverá ser feito até o dia 21 de janeiro. Após o envio dos dados, a solicitação passará por uma análise da organizadora. O resultado preliminar dos pedidos de isenção de taxa será no dia 2 de fevereiro, cabendo recursos nos dias 3 e 4 de fevereiro. No dia 15 de fevereiro, sai o resultado definitivo. Caso o pedido de isenção seja indeferido, o candidato poderá pagar a taxa até o dia 16 de fevereiro. Candidato que descumprir protocolos sanitários contra a Covid-19 pode ser eliminado Todas as etapas do Censo 2022, incluindo as provas, treinamentos e a coleta dos dados, seguirão protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. O candidato que descumprir as medidas de proteção será eliminado do processo seletivo. Será exigido o uso obrigatório de máscaras e o distanciamento seguro entre candidatos e aplicadores de prova, além de álcool gel. Todos os candidatos e aplicadores também deverão seguir as medidas para evitar aglomerações, respeitando as legislações locais. Os mesmos procedimentos deverão ser seguidos nos treinamentos presenciais dos recenseadores.

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De olho em novos negócios e investimentos, Suape vai revisar Plano Diretor

Do Complexo de Suape O consórcio formado pelas empresas TPF e Ceplan será responsável pelo desenvolvimento de estudos técnicos multidisciplinares, elaboração da revisão e atualização do Plano Diretor Suape 2030. A iniciativa tem por objetivo revisitar todo o planejamento físico-territorial e estratégico da empresa frente às novas demandas de mercado e aos desafios impostos pelo atual cenário econômico. Os serviços serão executados num prazo de 15 meses a partir da assinatura da ordem de serviço, que deve ocorrer ainda em janeiro. O investimento total do projeto é de R$ 6,8 milhões, preço vencedor da licitação. O extrato foi publicado no Diário Oficial do dia 8 deste mês. O Plano Diretor Suape 2030 foi elaborado em 2011, após o Complexo Industrial Portuário registrar o período de maior progresso de sua história. Na época, o Governo Estadual havia anunciado aportes de recursos em investimentos da ordem de R$ 710 milhões. Esse volume era superior aos R$ 643 milhões já investidos, desde a criação de Suape, há 43 anos. Na ocasião, foram elaborados três cenários de referência para orientar a visão de futuro do complexo com metas e objetivos até 2030: um de curto, um de médio e um de longo prazo. Com a crise econômica instalada a partir de 2014, Pernambuco sofreu forte redução nas transferências federais, além de maior limitação de acesso ao crédito. Outras variáveis, como queda no produto interno bruto (PIB) e alta no desemprego, mudaram alguns dos cenários previstos. Com isso, diversos planos e investimentos esperados ou iniciados não chegaram a ser concluídos ou retomados. Essa nova realidade econômica, com impacto sobre os diversos sistemas produtivos locais e nacionais, exigiu o redirecionamento do próprio modelo de desenvolvimento vigente no país e, consequentemente, no Estado. Considerando esse cenário e a necessidade de atendimento às demandas de mercado, Suape promoverá a revisão crítica e atualização dos instrumentos de planejamento, tomando por base o conjunto desses desafios e das novas variáveis e perspectivas para a economia nacional, regional e local para os próximos anos. Em particular, a revisão do zoneamento do complexo, incluindo a atualização do leiaute portuário frente às novas tecnologias e inovações previstas para o setor. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, a iniciativa promoverá a atualização do conjunto de diretrizes, instrumentos e parâmetros que orientarão o desenvolvimento e a expansão do complexo no curto, médio e longo prazos. “Isso ocorrerá de forma ordenada e ajustada à evolução da demanda sobre o Complexo de Suape, tanto no que se refere ao parque industrial do Estado, como ao transporte marítimo. Estamos fazendo tudo isso mirando a otimização na atração e implantação dos investimentos públicos e privados”, pontua Geraldo. CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL “Vamos dotar a empresa de um instrumento normativo de planejamento e gestão territorial atualizado, inovador e alinhado às políticas públicas de desenvolvimento. Queremos, desta forma, promover o crescimento sustentável de Suape, com a conservação integrada do patrimônio ambiental e cultural em todo o território do Complexo Industrial Portuário”, acrescenta o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão. A gestão dos trabalhos será conduzida pela equipe da Diretoria de Planejamento e Gestão da estatal portuária. Ao final do processo, são esperados, ao menos, 13 produtos, que incluem a atualização e complementação do cadastro das empresas, diagnóstico situacional, leitura da realidade, cenários alternativos, construção da visão de futuro, com plano urbanístico e atualização do leiaute portuário, entre outros relatórios que vão embasar o documento final. “O cronograma será dividido em sete etapas, que se iniciam com as atividades preliminares e incluem mobilização social, preparação de um plano de comunicação, diagnóstico situacional, prospecção de futuro, análises temáticas prospectivas, elaboração do plano propriamente dito e aprovação do corpo de diretores de Suape”, salienta o diretor de Planejamento e Gestão, Francisco Martins.

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Porto do Recife fecha 2021 com crescimento de movimentação

Do Porto do Recife O final de 2021 foi de celebração para o Porto do Recife. A movimentação de cargas terminou dezembro com um crescimento de 30,37% no mês e de 1,96% no ano. Foram 147.810 toneladas movimentadas em dezembro e 1.306.452 toneladas nos doze meses do ano passado. Esses números se devem principalmente à importação que fechou 2021 com crescimento de 8,66%, o que representou 1.304.410 toneladas, superando as 951.931 do ano de 2020. Quanto às cargas movimentadas, o açúcar segue com a posição de destaque, seguido pelo malte de cevada, milho e material metalúrgico. O adoçante pernambucano fechou o ano com 317.395 toneladas movimentadas, sendo 136.235 de açúcar a granel e 181.160 do ensacado. Em comparação com o ano anterior, o açúcar a granel cresceu 51,59% e o ensacado 14,44%. O “ouro branco” é o principal produto de exportação do Porto do Recife, saindo das usinas do Estado e chegando a países como Estados Unidos, Canadá, Romênia e, o principal exportador, o continente africano. O malte de cevada ficou em segundo na movimentação com 248.822 toneladas descarregadas e 18,29% de crescimento. O destino do malte que chega à capital pernambucana é o polo cervejeiro, atendendo as indústrias como AmBev, Heineken e Petrópolis. Já o terceiro produto mais movimentado foi o milho. A carga abastece as indústrias avícolas pernambucanas como Mauricéa, Notaro e Asa, assim como a Guaraves, que fica na Paraíba. No ano de 2021 foram 81.978 toneladas de milho movimentadas no ancoradouro recifense, o que representou um crescimento de 32,20% em comparação com 2020. O material metalúrgico ficou na quarta colocação, mas teve o maior crescimento acumulado. Foram 23.691 toneladas em comparação com 8.693 toneladas em 2020, crescendo 172,53%. As bobinas de aço compõem essa categoria e abastecem a indústria metalúrgica do Estado. INCREMENTO NA RECEITA – A boa maré no Porto do Recife não ficou só na movimentação de cargas. O terminal também teve um incremento na arrecadação do ano de 2021. No final do ano passado, o ancoradouro teve uma arrecadação de R$26,8 milhões, o que representou um crescimento de 11,7% comparado a 2020. No mês de outubro, por exemplo, tivemos um crescimento de 98,70% na movimentação de cargas, o que resultou num incremento de 24,52% na receita do mês. O aumento no faturamento se deve ao operacional, que representou 71,04% do valor total arrecadado em 2021. Dentro do percentual operacional, as operações ligadas ao segmento de armazenagem contribuíram com 35,76% da receita do ano passado. Em 2022 o Porto deve ampliar a receita e as operações com a realização da obra de dragagem. O presidente José Lindoso reforçou que ainda neste primeiro semestre a obra sai do papel. “A expectativa para 2022 é atrair novos investimentos e crescer ainda mais. Nossas apostas estão na obra de dragagem, que vai estar concluída ainda no primeiro semestre, e possibilitará a chegada de navios com maior tonelagem, incrementando a receita e movimentação do Porto do Recife”, afirmou Lindoso.

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Banco Central diz que atividade econômica cresce 0,69%

Da Agência Brasil O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), registrado em novembro de 2021, apresentou alta de 0,69% na comparação com outubro, percentual já dessazonalizado para compensar eventuais diferenças entre os períodos, como o número maior de feriados ou fins de semana. O dado, uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) foi divulgado ontem (17), em Brasília, pelo Banco Central. Apesar da alta, o trimestre ainda apresenta número negativo (-0,79%), devido a uma sequência anterior de recuos, segundo os números apresentados pela autoridade monetária. Na comparação com novembro de 2020, quando os efeitos da pandemia estavam mais acentuados, o indicador tem alta de 0,43%; e no acumulado do ano (janeiro a novembro de 2021) a variação observada, sem ajuste sazonal, ficou em 4,59%. No acumulado de 12 meses, novembro tem alta de 4,30%. Selic e câmbio O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos. O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 9,25% ao ano. A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2022, é de 11,75% ao ano, conforme boletim divulgado pelo Banco Central no início do mês.

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"A gente pretende transformar o Centro Histórico do Recife para diversos usos e atividades".

Durante muito tempo assistimos à deterioração do Centro do Recife. Imóveis abandonados, calçadas ocupadas de forma ilegal, assaltos e ruas vazias, principalmente à noite e fins de semana. De uns anos para cá, houve uma mobilização da sociedade civil, de empresários e do poder público para reverter esse cenário de decadência. Debates sobre alternativas para revitalizar a área onde o Recife nasceu ficaram cada vez mais frequentes e soluções, aos poucos, começam a ser implantadas. Faltava uma governança que congregasse todas essas ações e impulsionasse a melhoria da região, preservando seu rico patrimônio. Até que no final do ano passado, foi criado pela Prefeitura do Recife o Escritório de Gestão do Centro do Recife, chefiado por Ana Paula Vilaça. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ela abordou as ações para executar o Recentro, um amplo programa que prevê o incentivo a moradias na região central e novos empreendimentos, além de estimular a tecnologia e a inovação. O objetivo é tornar o Centro “um lugar bom para morar, para investir e para viver”. Quais são seus planos à frente do Escritório de Gestão do Centro do Recife? Estou muito confiante de que o Programa Recentro vai colocar a área central do Recife em um novo patamar de desenvolvimento, combinando o estímulo à moradia com a chegada de novos empreendimentos privados e investimentos públicos, modificando o cenário atual e tornando o ambiente favorável para quem deseja investir e fixar moradia de longa duração no centro histórico de nossa cidade. Essa região que o Recentro engloba está no coração e no imaginário de todo morador do Recife. É lá que o comércio popular é pulsante, tem força. É lá que boa parte da atividade cultural da cidade se materializa. Onde encontramos os principais equipamentos turísticos e de lazer, sem falar no potencial econômico de ter o maior ecossistema de tecnologia e inovação às margens dos rios Capibaribe e Beberibe, com o Porto Digital. Diante de tudo isso, a expectativa é muito boa e, ouvindo os diversos setores com atuação nos bairros do Recife, São José e Santo Antônio, conseguiremos ao longo dos próximos meses estabelecer canais de diálogo e estruturar projetos para termos entregas concretas à população. Uma das propostas para o centro é o Corredor do Comércio, um projeto da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). O que a senhora acha desse projeto e quais as chances de ser implantado? Com o passar dos anos e a presença cada vez maior dos shopping centers no dia a dia da população, o tradicional comércio de rua da cidade, aquele que remonta à nossa ideia de “vamos no Centro”, foi se perdendo com o tempo. Mas é lá no “Centro da cidade” que a gente, ainda hoje, encontra uma variedade muito grande de produtos, na maioria das vezes, com preços muito mais competitivos do que encontramos nos shoppings. Temos um polo comercial pujante que começa na Rua da Imperatriz, emendando com a Rua Nova e desembocando na Avenida Dantas Barreto. Nesse itinerário e no seu entorno, encontramos tradicionais lojas do Varejo. É que é importante a gente aglutinar ações, enquanto poder público municipal, para estimular o retorno dos consumidores à região, gerando emprego e renda e movimentando nossa economia. Dois problemas apontados pela CDL para a viabilidade do projeto são a segurança e a ocupação ilegal das calçadas. Quais as propostas para resolver essas dificuldades? A ideia de estimular a moradia e a ocupação desses bairros em todos os horários do dia e todos os dias da semana vai nos ajudar a resolver o gargalo da segurança pública. Isso porque, com as pessoas morando e vivendo o cotidiano nesses locais, a vigilância social, combinada com a atração de novas atividades econômicas, a exemplo de supermercados, farmácias, minimercados, restaurantes e várias atividades, provocam uma nova dinâmica e ativação do nosso Centro Histórico, restaurando a sensação de segurança na área. Leia a entrevista completa na edição 190.2: assine.algomais.com

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Iquine se torna o 3º maior grupo em tinta imobiliária do País

A Iquine anuncia a formação do Grupo Iquine, após a finalização do processo de integração da aquisição das empresas Hidracor e Hipercor, que aconteceu em 2020. Com a consolidação, a corporação pernambucana se torna a maior do País 100% nacional e a terceira em volume de produção de tintas decorativas. Juntas, as três marcas produzem 220 milhões de litros por ano. Apesar da nova organização, o grupo decidiu manter as marcas (Tintas Iquine, Hidracor e Hipercor) e agregar o portfólio de produtos. “Nos últimos meses, estivemos focados no processo de integração entre as operações e na condução e gestão das pessoas para agregar as competências e conhecimentos de ambas as empresas. Com a formação do Grupo Iquine, damos um novo passo na estratégia de fortalecer nossa presença no mercado, atendendo diversos públicos, canais e regiões. Essa conjunção é importante para o fortalecimento e diversificação do nosso portfólio”, destaca Eduardo Moretti, CEO do Grupo Iquine. AMARANTE CRESCEU 30% EM 2021 Com sede no Recife e com três equipamentos hoteleiros em Alagoas, a Amarante, administradora dos resorts Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort, fechou o ano de 2021 com R$ 240 milhões de receita. O número representa o crescimento de 30% em relação ao ano de 2019. Para a empresa, com mais de 30 anos atuando no mercado do turismo de lazer no Nordeste, as projeções para 2022 são ainda mais animadoras. “Esperamos um aumento de 50% em relação ao resultado alcançado em 2021”, comenta o diretor de vendas da Amarante, Igor Castelo. Com o crescimento das operações, o quadro de funcionários da empresa cresceu 23% no ano passado. MAIS GÁS CANALIZADO NO ESTADO O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, sancionou no início do ano uma lei que amplia a comercialização do gás canalizado em todo o Estado. No novo marco legal, os usuários com uso anual médio igual ou superior a 50 mil metros cúbicos de gás por dia podem buscar o insumo em outros fornecedores. “Isso significa uma abertura maior, principalmente para a indústria, que poderá adquirir esse gás de outros fornecedores, não obrigatoriamente por meio da Copergás. Eles poderão comprar diretamente, caso consigam por um preço melhor. Então, é mais uma oportunidade e significa mais um grande incentivo às empresas”, justificou o governador. ESCOLA TRILÍNGUE NO RECIFE A escola Sunny Place, em Casa Forte, franqueada IPC (Currículo Pré-escolar Internacional, em tradução), a partir do primeiro semestre de 2022 contará também com o ensino do francês, após parceria com a Aliança Francesa de Recife. Agora com ensino trilíngue, além da vivência da língua e cultura nacionais e da imersão na língua inglesa, os alunos aprenderão sobre a França, seus costumes e seu idioma.

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Advogado previdenciário explica mudanças na aposentadoria para este ano

Desde o dia 1º de janeiro de 2022, quem está perto de se aposentar deve ficar atento às mudanças estabelecidas pela Reforma da Previdência em 2019. As mudanças abrangem as três regras de transição. Com as novas regras, em relação à regra mínima da idade, a cada ano as mulheres terão um acréscimo de seis meses na idade mínima para se aposentar. Em 2022, é necessário que as mulheres tenham no mínimo 61 anos e meio para se aposentar. A regra vale até 2023, quando a idade mínima estabelecida chegará em 62 anos. Para os homens, a idade mínima definida em 2019, de 65 anos, continua. Ambos os sexos devem ter no mínimo 15 anos de contribuição. Além dessas mudanças, o tempo de contribuição com idade mínima progressiva e a regra de pontos também sofrem mudanças em 2022. O advogado previdenciário Elizeu Leite explica as alterações. “A regra de tempo de contribuição com idade mínima progressiva vai para 62 anos e 6 meses para os homens e 57 anos e 6 meses para as mulheres, sendo 35 anos de contribuição para os homens e 30 para as mulheres. A cada ano, seis meses serão somados à idade anterior até chegar em 62 anos para as mulheres e 65 para os homens, até 2031. E a regra de transição por pontos, que é a soma de contribuição com a idade, vai para 99 para os homens e 89 para as mulheres. Ou seja, as mulheres terão que ter no mínimo 59 anos e 30 de contribuição e os homens 64 anos e 35 de contribuição”.

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FGV: inflação medida pelo IGP-10 sobe 1,79% em janeiro

Da Agência Brasil O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 1,79% em janeiro deste ano, depois de cair 0,14% em dezembro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Os preços para compor o indicador são coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, servindo de base para o reajuste de tarifas públicas e contratos antigos de aluguel e planos de saúde. O IGP reúne os indicadores de preços ao produtor, ao consumidor e o custo da construção civil. Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,82% em 12 meses. Na comparação anual, em janeiro de 2021 o IGP-10 subiu 1,33%, com acumulado de 12 meses de 24,49%. De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, o indicador foi influenciado pelo aumento no preço de commodities e pela baixa na gasolina. “As acelerações observadas nos preços do minério de ferro, que passaram de -19,28% em dezembro para 24,56% em janeiro, e da soja, indo de -3,41% para 2,92%, itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com maior influência sobre o IGP-10. Já a inflação ao consumidor e na construção civil apresentou desaceleração em função da queda do preço da gasolina, que foi de 5,50% para -1,51%, e dos preços de vergalhões e arames de aço, que passaram de -0,40% para -1,61%”. Preços Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,27%, após a queda de 0,51% em dezembro. Por estágios de processamento, Bens Finais variaram de 0,42% para 0,75%, puxados pelo subgrupo alimentos in natura, que passaram de -2,84% para 3,14%. O índice dos Bens Finais, que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,87% em janeiro, após variar 0,46% em dezembro. Já o grupo Bens Intermediários teve a taxa desacelerando de 1,98% em dezembro para 0,55% em janeiro. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 4,28% para -1,31%. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui da análise esse subgrupo, variou 0,86% em janeiro, após alta de 1,60%. No grupo Matérias-Primas Brutas, o índice acelerou de -3,78% em dezembro para 5,43% em janeiro. As principais contribuições partiram do minério de ferro, da soja em grão e do milho em grão, que passaram de -4,71% para 2,86%. As principais desacelerações ocorreram nos itens bovinos (11,28% para 2,73%), café em grão (10,83% para 4,24%) e cana-de-açúcar (3,08% para 1,53%). Preços ao consumidor De acordo com o FGV Ibre, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,40% em janeiro, desacelerando em relação ao aumento de 1,08% de dezembro. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco tiveram queda nas taxas. São elas os Transportes (2,49% para -0,26%); Educação, Leitura e Recreação (2,61% para 0,38%); Comunicação (0,08% para 0,00%); Despesas Diversas (0,16% para 0,10%); e Habitação (0,77% para 0,74%). As principais contribuições ocorreram nos combustíveis e lubrificantes (5,60% para -1,61%); passagem aérea (17,18% para -4,37%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,04%); alimentos para animais domésticos (0,78% para 0,45%); e tarifa de eletricidade residencial (1,86% para 1,63%). Registraram aceleração nas taxas os grupos Alimentação (0,59% para 0,88%); Vestuário (0,19% para 1,31%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,15%). As maiores influências foram nas frutas (2,52% para 10,35%), roupas (0,24% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,06% para 0,38%). INCC O último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,50% em janeiro, após a alta de 0,54% em dezembro. Materiais e Equipamentos passaram de 0,81% para 0,91%, Serviços foram de 0,61% para 0,97%; e Mão de Obra foi de 0,28% em dezembro para 0,05% em janeiro.

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