Até o dia 31 de outubro, os cidadãos da Região Metropolitana do Recife (RMR) ainda podem contribuir com a Pesquisa Origem Destino Metropolitana. A pesquisa continua disponível no site do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão técnico urbanístico da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano: http://pesquisaodmetropolitana.recife.pe.gov.br. O material também pode ser acessado e respondido pelo celular ou tablet. Na RMR, as pesquisa anteriores foram realizadas nos anos de 1972 e 1997. Em 2008, uma atualização estatística foi realizada. Hoje, todas essas bases de dados estão desatualizadas. Nesta nova edição, até o momento, a pesquisa metropolitana já foi respondida por 120 mil pessoas e conta com a parceria da Secretaria das Cidades de Pernambuco e do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitanos.
O objetivo da pesquisa é o de fundamentar os municípios na construção dos seus Planos de Mobilidade Urbana, a exemplo do trabalho que já vem sendo realizado pela Prefeitura do Recife e Olinda. Os planos deverão estar alinhados com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012) atendendo a princípios e diretrizes como: acessibilidade; desenvolvimento da sustentabilidade da cidade; segurança para pedestres e ciclistas; eficiência, eficácia e efetividade da circulação urbana; prioridade dos transportes não motorizados; integração entre os modos e serviços do transporte urbano; promoção da inclusão social; consolidação de uma gestão democrática como instrumento e garantia da consolidação contínua do aprimoramento da mobilidade urbana, entre outros pontos.
A Região Metropolitana conta com um conjunto de 15 municípios com áreas limítrofes que, muitas vezes, se confundem e se interligam muito facilmente. O reflexo da proximidade dessas áreas e tendo o Recife como grande polo gerador de viagens, a mobilidade passa a ser uma questão que vai além dos limites da capital. É nesse sentido que a coleta de dados, aparentemente simples, gera informações importantes e ajuda a mapear as necessidades de mobilidade da população de toda a RMR. “A participação das pessoas nesse processo é sempre fundamental para a geração de informações que sejam capazes de nortear a elaboração de projetos e de captação de recursos voltados para a melhoria da mobilidade urbana da Região Metropolitana”, explica Sideney Schreiner, diretor executivo de Planejamento da Mobilidade do ICPS.
Com uma metodologia totalmente desenvolvida pelos técnicos que fazem parte da equipe do Instituto, o formato da pesquisa permite maior alcance, confiabilidade dos dados gerados em tempo real, atualização anual e com custo quase zero para os municípios. “A contratação de uma pesquisa indo às ruas, com coletas de dados a partir dos domicílios, custaria em torno de R$ 5 a 6 milhões. O modelo que desenvolvemos vem sendo elogiado por várias outras administrações municipais, como Palmas (Tocantins), Joinville (Santa Catarina), Belo Horizonte (Minas Gerais) e Uberaba (Minas Gerais), devendo ser implementado também em algumas delas. Esse reconhecimento é sinal de que desenvolvemos um trabalho eficiente”, complementa Schreiner. A primeira edição dessa nova metodologia foi realizada em 2015 focando apenas no município do Recife e alcançou 84.220 pessoas. “Quem participou na pesquisa de 2015 também pode participar nesta edição que se encerra no final de outubro. A participação de todos é muito importante para melhorarmos as condições de mobilidade da RMR”, finaliza Schreiner.
(Da PCR)