A pandemia do novo coronavírus modificou a vida da sociedade. Novos hábitos foram integrados à rotina das pessoas, proporcionando experiências inéditas ou aperfeiçoando antigas, chegando a forçar uma adaptação cada vez mais intensa ao tecnológico e digital.
Um grande exemplo é a intensificação da interação virtual entre empresas e consumidores, o que elevou a necessidade de tornar o comércio digital e a reforçar os sistemas de delivery. Outra tendência estabelecida foi o home office, que trouxe os desafios de realizar trabalhos de dentro de casa. Desta maneira, a vida passou a ser visualizada sob uma outra ótica e a pergunta que fica é “como será a vida depois da pandemia”? As novidades serão mantidas? Como ficarão as relações de trabalho, as práticas econômicas e tantos outros setores diretamente atingidos pela crise instaurada? Essas perguntas são integradas às adaptações que as pessoas precisarão continuar fazendo para viver o chamado “novo normal”. Os padrões diferem dos antigos, mas seguem a atual realidade.
Para algumas pessoas, o distanciamento social trouxe momentos de reflexão pessoal. Para outros, uma oportunidade para se dedicar mais à família e a projetos pessoais. Ainda existem aquelas que desenvolveram iniciativas a fim de ajudar pessoas afetadas pelo Coronavírus. No entanto, há também um grupo que permanece atento à nova fase profissional, inclusive analisando se é dessa forma que deseja continuar.
De acordo com a especialista em Gestão de Qualidade, Lu Bazante, a ideia não é apenas trazer à luz a satisfação profissional, muito avaliada nesse período, mas também a forma de realizar as atividades. “Se considerarmos o sentido da palavra, ser normal é, de certa forma, seguir normas. Ou melhor, normal seria entrar nas normas. A gente nasce de um jeito e então começa a se expor aos padrões esperados pela sociedade, e esses tais padrões podem mudar de acordo com as diferentes culturas. Será que o que é normal pra você é o mesmo normal de uma pessoa que vive em outro continente? Afinal, alguém é tão similar assim ao outro que a palavra normal passa a ser igual e padronizada para todos?”, questiona Lu Bazante.
A especialista relata que para viver com sucesso a fase do “novo normal” as pessoas precisam seguir observando os cenários que vão surgindo, fazer autoavaliações constantes, adquirir novos aprendizados e adotar novas formas de agir, flexibilizando padrões anteriormente aprendidos, quebrando os próprios paradigmas e estando abertas a novas ideias. Ela destaca que Para ela, o novo normal vivido hoje já é diferente do normal de ontem, e diante das incertezas que acompanharão o período pós-pandemia, a única coisa certa é viver, a seu tempo, cada normalidade que vai se impondo.