De acordo com o estudo “Futuro da Saúde” conduzido pela PwC, espera-se que a área da saúde se torne ainda mais personalizada, digitalizada e impulsionada pela inteligência artificial (IA) até o final desta década. Essa transformação trará soluções integradas à rotina diária dos pacientes, promovendo avanços significativos na forma como recebemos cuidados médicos.
Os sistemas de saúde enfrentam o desafio de adaptar sua infraestrutura e evitar a obsolescência. Apesar dos esforços para atender às expectativas dos consumidores e integrar inovações tecnológicas, a tecnologia antiga, modelos de negócios desatualizados e infraestrutura desgastada dificultam a transformação da experiência do paciente e do médico. Além disso, a persistente inflação, escassez de mão de obra, êxodo de talentos e problemas na cadeia de suprimentos contribuem para o aumento dos custos e a redução dos lucros.
Bruno Porto, sócio da PwC e líder do setor de saúde na empresa, conta que o hospital do futuro será composto por um ecossistema conectado, capaz de oferecer atendimento de qualidade além das suas fronteiras tradicionais. “Ele deverá ser uma rede de ativos de entrega física e virtual conectada por um único sistema e recursos digitais, que permitirá a prestação de atendimento em comunidades, em casa, empresas ou em estabelecimentos, de acordo com a necessidade dos médicos e a preferência dos pacientes”.Os consumidores querem assistência com conveniência
O estudo indica que os sistemas de saúde precisam repensar seu modelo atual e buscar uma mudança transformadora para se prepararem para o futuro. Caso contrário, corre-se o risco de serem interrompidos por agentes inovadores em tecnologia e saúde, que oferecem atendimento conveniente e econômico, atendendo às necessidades dos consumidores.
Princípios-chave para o hospital do futuro
Os sistemas de saúde precisam adaptar os modelos atuais e redesenhá-los pensando no futuro. Para tanto, devem atualizar, reaproveitar e (re)projetar espaços para permitir a prestação de cuidados, além das paredes físicas, de desafiar os usos convencionais do espaço, criar áreas flexíveis que podem ser reaproveitadas ao longo de décadas e, ainda, criar um ambiente de colaboração equipado com tecnologia, 5G, nuvem e ferramentas de colaboração, para apoiar as equipes híbridas de atendimento. “Os sistemas de saúde devem repensar seus investimentos de capital e fazer investimentos programáticos para avançar em direção ao hospital do futuro”, prevê Porto.