Arquivos Algomais Saúde - Página 26 De 171 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Ruy Lyra assume a presidência da Sociedade Brasileira de Diabetes

Uma das metas do médico pernambucano é reduzir a disparidade entre os tratamentos oferecidos nas redes privada e pública O médico endocrinologista Ruy Lyra, natural de Pernambuco, tomou posse como presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes para o biênio 2024-2025. A SBD é a principal instituição médica dedicada ao diabetes, mantendo seus membros e interessados atualizados sobre as últimas novidades em prevenção e tratamento da doença. Durante sua gestão, uma das principais metas é colaborar com o governo federal para diminuir a discrepância entre os tratamentos oferecidos na rede privada e pública. Além disso, pretende realizar pesquisas para identificar com precisão o número de pessoas com diabetes, a fim de determinar a quantidade adequada de insumos e medicamentos necessários. O novo presidente destaca a importância de uma pesquisa atualizada, já que a última grande realizada pelo governo foi em 1988. Professor de Endocrinologia na Universidade Federal de Pernambuco, Ruy Lyra possui graduação em Medicina pela Universidade de Pernambuco (1985), Mestrado em Genética pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e Doutorado em Genética pela mesma instituição (2010). Sua experiência abrange a área de Medicina, com especialização em Endocrinologia, concentrando-se em diabetes mellitus, obesidade, dislipidemia e risco cardiovascular, com diversas publicações nessas áreas. Dr. Ruy Lyra já ocupou a presidência da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia de 2007 a 2009, além de ter desempenhado outros cargos na Federação Panamericana de Endocrinologia e na Federação Latinoamericana de Endocrinologia. Ele foi vice-presidente da SBD na gestão 2014-2015. Além de suas atividades médicas, ele é conhecido por ministrar conferências no Brasil e no exterior, participar de pesquisas científicas como coordenador científico e ter diversos artigos publicados. O médico também é autor de quatro livros na área de Diabetes: “Diabetes Mellitus” (3 edições), “Diabetes, perguntas e respostas” (1 edição), “Diabetes Vision Latino-americana” (3 edições) e “Diabetes e Doenças Cardiovasculares” (01 edição). Ele já ocupou a presidência da Federação Latino-Americana de Endocrinologia e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Ruy Lyra “Queremos que os pacientes do SUS tenham acesso aos mesmos medicamentos e insumos que estão disponíveis na rede particular”

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Revista Algomais capa praia

Desperte sua energia na praia: treino funcional na areia impulsiona a vitalidade. Confira!

Com a chegada do verão, as praias se transformam em verdadeiros refúgios para aqueles que buscam não apenas o sol e o mar, mas também uma abordagem mais saudável para suas atividades físicas. O cenário encantador se torna o palco perfeito para a prática de exercícios funcionais, uma tendência que ganha cada vez mais adeptos em busca de um estilo de vida ativo, nas praias da Região Metropolitana do Recife (RMR). Reportagem feita com o Profissional de Educação Física, Daniel Houly.

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Médica veterinária destaca cuidados com os pets durante o verão

No período de temperaturas ainda mais elevadas é importante que os tutores evitem expor os animais ao sol O verão é uma das épocas mais aguardadas por muitos brasileiros, contudo, as altas temperaturas tendem a ser prejudiciais aos pets e os tutores devem redobrar os cuidados. Por conta do calor, os animaizinhos podem sofrer por desidratação e doenças como: verminoses, infecções por pulgas e carrapatos ou até problemas intestinais. Outro problema que pode ser desencadeado pelo aumento da temperatura é conhecido como hipertermia, quando o bichinho sofre com a temperatura corporal acima de 41 ºC. Por isso, para proteger os pets é importante que durante o verão os tutores evitem expor os animais ao sol, explica Vanessa Lima, médica veterinária e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. “Durante o verão, os tutores devem evitar a exposição dos seus animais em locais quentes, não passear nos horários mais quentes do dia, deixar sempre potes de água espalhados em diversos locais da casa, pois sol pode provocar queimaduras nas patinhas dos animais, desidratação e aquecimento do corpo, que é uma condição muito grave e pode provocar a morte em pouco tempo”, enfatiza. A especialista traz ainda algumas dicas de como promover uma melhor qualidade de vida e refrescância para os pets durante a estação. “Fornecer picolé com frutas que podem ser consumidas pelos animais, passear com eles nos horários com baixa incidência solar, manter os animais em locais arejados e ventilados e ficar atento, porque no verão há um aumento da incidência das doenças alérgicas, principalmente a dermatite atópica, que é uma alergia de caráter hereditário que acomete cães”, destaca Vanessa Lima.

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Burnout: o que as empresas podem fazer para evitar o esgotamento de seus funcionários

A síndrome do esgotamento profissional, conhecida como Burnout e reconhecida como doença relacionada ao trabalho pelo Ministério da Saúde desde 2022, afeta 30% dos trabalhadores brasileiros, segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Nesse cenário, o Brasil está atrás apenas do Japão, com um índice de aproximadamente 70%. Tanto o indivíduo quanto a empresa precisam estar atentos aos sintomas do Burnout, que afetam áreas mental, física e social. Identificar precocemente esses sinais e buscar ajuda profissional são passos essenciais para evitar que o distúrbio evolua para transtornos mais graves, como a depressão. Psicóloga credenciada Omint, Prof. Dra. Denise Pará Diniz “O Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional caracteriza-se por ser um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. É bastante interessante observarmos a intensidade e a frequência dos sintomas, para estabelecermos diagnósticos diferenciais”. A Dra. Denise destaca alguns dos principais sintomas do Burnout, que incluem cansaço excessivo, oscilações de humor, dificuldades de concentração, sentimentos de derrota e desesperança, negatividade constante, mudanças comportamentais, irritabilidade, dores difusas, insônia, isolamento, alterações no apetite e problemas gastrointestinais. Embora muitas pessoas enfrentem rotinas estressantes, nem todas desenvolvem o Burnout. A forma como cada indivíduo percebe e lida com os desafios diários varia de acordo com fatores ambientais, genéticos, históricos de vida e outros elementos. O suporte social disponível no trabalho e fora dele também desempenha um papel crucial na capacidade de enfrentar o estresse. A psicóloga destaca que as organizações desempenham um papel fundamental na prevenção e manejo do esgotamento profissional. Investir em ações internas de promoção à saúde mental pode reduzir os índices de absenteísmo e presenteísmo, criar um ambiente de trabalho positivo e atrair e reter talentos. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indicam que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos globalmente devido a depressão e ansiedade, gerando uma perda de aproximadamente 1 trilhão de dólares à economia. Portanto, promover a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho fortalece a cultura organizacional e ajuda a prevenir o Burnout. Algumas empresas, como a Omint, oferecem programas de saúde mental para apoiar os colaboradores, como o Pontual Mente, que proporciona acolhimento psicológico online para alívio de estresse, tensão e angústia. Essas iniciativas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de cada demanda.

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Prefeitura do Recife anuncia concurso público na área de saúde, com 300 vagas

Ao todo, são 306 vagas, para as mais diversas categorias profissionais que atuam no SUS. Desde 2021, mais de 2,5 mil profissionais aprovados em concursos foram nomeados. (Fotos: Edson Holanda/ Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife anuncia a abertura de novo concurso público e seleção pública voltados para profissionais da área de saúde, com a publicação dos editais prevista para a edição desta terça-feira do Diário Oficial do Município. Os certames oferecem um total de 306 vagas, das quais 212 são destinadas a diversas categorias profissionais de nível médio/técnico e superior, e 94 vagas são especificamente para Agentes Comunitários de Saúde na rede municipal da capital, sob gestão da Secretaria de Saúde. A responsabilidade pela organização do processo seletivo será do Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade). O período de inscrições estará aberto de 16/01/2024 a 20/02/2024, através do site www.ibade.org.br, onde também serão disponibilizados os editais. Conforme o cronograma estabelecido, as provas escritas estão programadas para os dias 10 de março, destinadas aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Saúde Ambiental e Combate às Endemias, e 17 de março, voltadas para as demais categorias profissionais de nível médio/técnico e superior. Os certames abrangem a seleção de profissionais de nível superior, técnico e médio, contemplando diversas áreas da saúde. Entre as vagas, destacam-se 124 para médicos de diversas especialidades, 94 para agentes comunitários de saúde (ACS), 06 para agentes de saúde ambiental e endemias (Asaces), e outras para posições como técnicos de enfermagem, cirurgiões-dentistas, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, sanitaristas e profissionais de educação física. Desde 2021, a Prefeitura do Recife já nomeou 2.558 profissionais aprovados em concursos, encerrando a necessidade de algumas categorias profissionais do concurso realizado em 2019. Além disso, cerca de 90 gestores, responsáveis pela administração de distritos sanitários e unidades de saúde, foram selecionados com base em critérios de competências e experiência, enquanto aproximadamente 130 estão em processo de seleção, com a implementação de metas para avaliação de desempenho. Prefeito João Campos “A gente está fazendo muito pela saúde, reformando unidade, construindo um hospital, expandindo nossa rede, mas vem aí uma notícia esperada. O edital do novo concurso vai estar publicado amanhã no Diário Oficial para pelo menos 300 vagas. E eu fecho um compromisso com vocês: no primeiro ato de nomeação, eu vou nomear no mínimo as 300 vagas”. Secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque “Esse é mais um passo importante que damos no projeto de expansão da Atenção Básica para todo o território do Recife. Hoje, temos 63% de cobertura da Estratégia de Saúde da Família e, como novos profissionais, além da requalificação e construção de novas unidades, poderemos atingir a meta de 100% da cobertura. Estamos investindo em infraestrutura, tecnologia, saúde digital e na qualificação de toda a rede, porém, nada disso terá efetividade se não fortalecermos o maior patrimônio do SUS, que são os seus recursos humanos”.

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Revista Algomais Capa Lucas Clemente

Mergulhe no bem-estar: natação é equilíbrio para saúde física e emocional

Prepare-se para mergulhar em um mundo de saúde e bem-estar! Em nossa mais recente reportagem, exploramos os profundos e inúmeros benefícios que a natação oferece. Dos impactos positivos no condicionamento físico à transformação do bem-estar mental, descubra como cada braçada vai muito além das superfícies. De maneira paralela, doenças neurológicas e neurodegenerativas podem se beneficiarem da prática da natação. O nosso entrevistado é o Profissional de Educação Física e especialistas em modalidades aquáticas, Lucas Clemente.

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Apesar do preconceito, uso medicinal da Cannabis avança no País

*Por Rafael Dantas Eitor Araújo, hoje com 14 anos, era uma criança que não conseguia se socializar e nem dormir direito até os 7 anos. Autista não verbal, grau 3, ele acordava de hora em hora gritando à noite. Quando ele nasceu, sua mãe, Elisângela Araújo, teve de deixar o emprego de promotora de vendas para se dedicar exclusivamente ao cuidado do filho. Não era chamado para nenhuma festinha de crianças porque as famílias não sabiam como ele se comportaria. Até que ele teve acesso ao uso medicinal da cannabis. “Foi um divisor de águas na nossa vida”, contou a mãe. Não era a falta de acesso à escola que mais incomodava Elisângela mas a impossibilidade de o filho conviver com outras crianças, sair em família para um passeio ou mesmo para situações típicas do cotidiano. Sem rede de apoio, os dias dela e de Eitor eram muito difíceis. Mas a terapia certa transformou sua qualidade de vida. “Nunca me preocupei com o fato do meu filho ainda não ser alfabetizado, o que me deixava triste era ele não se permitir socializar. Hoje vamos ao cinema, ao shopping, ao mercado. É o meu companheiro. Nossa vida mudou 100% após o uso da cannabis”. Ela chegou ao óleo originado da erva após os medicamentos tradicionais deixarem vários efeitos colaterais a Eitor. Ele estava desenvolvendo compulsão alimentar, ficava a maior parte do tempo sonolento, se autoflagelava e se tornou cada vez mais agressivo. De tanto buscar alternativas para garantir maior qualidade de vida ao filho, Elisangela encontrou outra mãe que conhecia a cannabis, depois teve acesso a um médico prescritor. Participou da criação de associações junto com outros pacientes e até hoje ela segue na luta pela garantia da terapia ao filho. “Precisamos desmistificar, quebrar barreiras, enxergar a erva como um medicamento e não como droga. É preciso abrir a mente para ver essa possibilidade. Não é cura, mas a qualidade de vida que é fundamental. A condição de vida que meu filho tem hoje só com a cannabis consegui”, afirmou a mãe. Com a melhoria da condição de vida do filho, o preconceito contra o medicamento segue como um dos desafios com que ela tem que lidar. Como Eitor, cada vez mais brasileiros são beneficiados com as descobertas da ciência sobre a erva. O Brasil registrou 430 mil pessoas fazendo tratamentos com derivados da cannabis em 2023. Em apenas um ano, o salto foi de 130%, segundo o Anuário da Cannabis Medicinal, estudo produzido pela empresa Kaya Mind. Ao passo que os benefícios da planta vão sendo mais conhecidos pelos pacientes e pela classe médica, avança o número de prescrições e também a pressão para uma maior regulamentação da fabricação desses produtos em solo brasileiro. Ainda existe preconceito por uma parcela da população com a planta, mas é uma percepção cada vez menor. Embora 72% dos brasileiros sejam contrários à legalização da cannabis para uso geral, atualmente 76% é favorável ao seu uso medicinal. Os dados são de uma pesquisa recente do Instituto Datafolha. Entre os entrevistados, 67% declararam inclusive apoiar a legalização do cultivo da cannabis no Brasil com o propósito de produzir medicamentos. Dentre as diversas enfermidades que podem ser tratadas com medicamentos derivados da cannabis estão câncer, Alzheimer, Parkinson, epilepsia, fibromialgia e, até mesmo, doenças autoimunes. Há ainda portadores de HIV que são muito beneficiados com as terapias com cannabis. “Para pacientes que têm muitos enjoos, com depressão, ansiedade, a cannabis tem uma ação maravilhosa. Eles saem de processos de perda de peso, de vômitos, de anorexia, porque antes não conseguiam comer. Aumentam o apetite. Pacientes também com lúpus, asma, glaucoma, distrofia muscular, insônia, dores crônicas, espasmos musculares, artrite, convulsões, síndrome de Tourette, uma gama de situações”, afirmou o médico Wilson Freire, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da UPE. O médico explica que o carro-chefe das terapias com cannabis são as epilepsias refratárias, que já passaram por todo tipo de tratamento sem bons resultados. A procura é grande também por pacientes de dores crônicas, fibromialgia, com câncer (e dores intensas), insônia, entre outros. Na área odontológica, os cirurgiões-dentistas estabeleceram uma parceria de longa data com profissionais médicos que recomendam o uso desse fitofármaco. “A cannabis é fantástica também na odontologia, desde a prevenção de cáries, de gengivite e da síndrome da boca ardente, além das dores orofaciais que podem não ter origem odontológica”, declarou o professor da Unicap e da UFPE, Hélio Mororó. “Fomos acostumados a ver a maconha como uma droga ilícita e, por isso, muitos colegas ainda têm preconceitos por desconhecer o poder de cura da cannabis sativa, por seus princípios ativos”, completou. O posicionamento da opinião pública favorável e o aumento de publicações científicas sobre os usos da planta promoveram avanços na legislação brasileira em favor dessas terapias. Desde 2015, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) já autoriza a importação de produtos terapêuticos da cannabis, como óleos, pomadas e alguns medicamentos. O cultivo e a produção em solo nacional, porém, só têm ocorrido por meio de autorizações judiciais, solicitadas por associações criadas por pacientes e familiares com prescrição para o uso desses produtos. Apesar do progresso recente do acesso aos medicamentos, o Anuário da Cannabis Medicinal estima que 6,9 milhões de brasileiros poderiam ter benefícios ao utilizar essa terapêutica. O estudo apontou que 219 mil pacientes contam com autorização ativa na Anvisa para realizar a compra online dos produtos importados, 97 mil adquirem em farmácias e 114 mil junto às associações (organizações formadas por pacientes, familiares, profissionais da saúde e ativistas que se unem com o objetivo de promover o acesso seguro à cannabis para fins medicinais). Uma diferença significativa entre os produtos importados e os nacionais, que funcionam em geral com autorização judicial, é o preço. Os médicos falam em até 10 vezes a redução de valores quando a produção não depende de importação. O custo acaba excluindo muitos pacientes de terem melhores tratamentos ou impõe um peso nos cofres públicos. Várias decisões judiciais têm exigido que os sistemas de saúde custeiem essa

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Corpo ativo, mente sã: fortalecendo corpo e mente para uma vida equilibrada

Presidente do CREF/PE, Lúcio Beltrão, orienta sobre a importância do exercício físico e a saúde mental. Por Jademilson Silva Manter uma rotina de exercícios físicos orientados por Profissionais de Educação Física traz benefícios não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental, conforme já mencionou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em diversas ocasiões. Existe, inclusive, um bom nível de evidências científicas que sugerem que os exercícios físicos orientados melhoram a cognição, reduzem os riscos de doenças psiquiátricas (como depressão e ansiedade) e as chances de desenvolvimento de enfermidades neurodegenerativas (como o Alzheimer). Dados divulgados em 2022 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que quase 1 bilhão de pessoas vivem com transtorno mental, sendo 14% adolescentes. Segundo a pesquisa, depressão e ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mudança de estilo de vida O presidente do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) e especialista em Saúde Mental (UPE), Prof. Lúcio Beltrão (CREF 003574-G/PE), informa que é importante buscar sempre a orientação com um Profissional de Educação Física. “A diferença entre o medicamento e o veneno está na dose. O mesmo pode ser dito a respeito da prática de exercício físico, uma vez que é preciso respeitar, dentre outros, o princípio da individualidade, pois cada pessoa responde de maneira diferente a um mesmo estímulo. Duração, local, horário, frequência, volume, cadência, ritmo, intensidade, especificidade, regime de treinamento, tempo de repouso, modalidade, dentre outras, são variáveis determinantes para o alcance de resultados positivos. A partir de uma boa avaliação física o Profissional de Educação Física é capaz de prescrever com segurança um treino específico baseado nas características individuais e nos objetivos almejados por cada aluno” aponta o especialista. Alguns efeitos do exercício físico podem ser sentidos no mesmo dia, como ficar mais ativo e atento. No entanto, os maiores benefícios dos exercícios são alcançados com a prática regular. Esses efeitos podem ser potencializados quando combinados com outros hábitos saudáveis como não fumar, evitar consumo excessivo de álcool e ter um sono regular. “É preciso uma mudança de mindset. Precisamos ter equilíbrio em nossas vidas. Ter tempo para a família, amigos, trabalho, estudo, lazer e bons hábitos. O cuidado deve ser integral. Exercício físico orientado, alimentação saudável, espiritualidade, convívio social, religiosidade, sono e propósito fazem a diferença quando se trata de prevenir a ocorrência de lesões e de doenças metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, musculoesqueléticas, psiquiátricas e neurológicas. A sociedade precisa entender que não há hierarquia entre os profissionais de saúde. Todos são fundamentais e precisam trabalhar de maneira multiprofissional com muita comunicação, interação e planejamento com vistas ao cuidado integral do paciente” explica Lúcio Beltrão. É incontestável os benefícios do exercício físico sobre os diferentes sistemas corporais, inclusive para melhorar a saúde mental. O exercício físico feito com frequência pode ter um impacto profundamente positivo na depressão, na ansiedade, no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, dentre outros. Também alivia o estresse, melhora a memória e o estado de humor e ajuda a dormir melhor. O Profissional de Educação Física é, sem dúvidas, essencial no tratamento e prevenção dos transtornos mentais. Em diversas cidades há serviços nas Academias da Saúde, Academia da Cidade, Unidade Básica de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), aulões, Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), entre outras opções públicas e privadas. Para se movimentar e melhorar o equilíbrio mental, há diversas opções gratuitas. Colaborou com a reportagem Prof. Lúcio Beltrão é Profissional de Educação Física, presidente do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) e especialista em Saúde Mental, (CREF 003574-G/PE). Fez Residência Multiprofissional em Saúde Mental na Faculdade de Ciências Médicas da UPE. @luciobeltrao A dor lombar também pode afetar a saúde mental? Quem responde é o professor Gustavo Arruda, que é Profissional de Educação Física e especialista em coluna “Um dos aspectos mais interessantes da dor lombar é que, caso permaneça mais de 12 semanas sem resolução (de maneira contínua ou intermitente), ela recebe a contribuição de mecanismos neurofisiológicos específicos, que também estão presentes em fenômenos que dizem respeito à saúde mental. Um dos pontos estudados em pacientes com depressão, por exemplo, é o processo de ruminação mental. Esse processo consiste na repetição de pensamentos tristes ou sombrios, e isso não é incomum para quem sente dor lombar crônica. “Será que vou ficar assim pra sempre?” ou “Espero que eu não tenha o mesmo fim de ‘fulano’, ele precisou fazer cirurgia” são pensamentos que habitam a mente de um paciente com dor lombar crônica. Esse espaço mental pode ser nocivo, um terreno fértil para germinar a depressão. Além disso, a dor lombar crônica, a depender da severidade, pode provocar a quebra da função social e relacional. Afinal, é muito difícil alguém querer sair de casa para se divertir quando está com dor. Esse ponto também está presente nos estados depressivos, que por sua vez, retroalimentam o sistema num ciclo vicioso: a função social é quebrada por conta da dor, a depressão aparece e reduz ainda mais a função social — agravando também o quadro de dor. É um buraco sem fundo. A boa notícia é que o remédio mais eficaz no tratamento da dor lombar crônica também é excelente para afastar a ruminação mental (e assim, diminuir o risco ou a profundidade de processos depressivos): o bom e velho tênis no pé, para gastar um pouco de energia por pelo menos 20 minutos, de 5 a 7 vezes por semana. Escolha aquela opção que mais agrada, adote o acompanhamento de um profissional especializado e familiarizado com os processos de dor e depressão, e tenha um ótimo 2024”. Professor M.Sc. Gustavo Arruda @treinadordecoluna Escola realiza colônia de férias A Escola Primeiro Passo, em Boa Viagem, realiza colônia de férias até 19 de janeiro, voltada para crianças a partir de um ano com autonomia para caminhar. Durante a semana, das 8h às 12h e das 13h30 às

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A importância da saúde mental no tratamento contra o câncer

O câncer emerge como uma causa de mais de 10 milhões de óbitos em todo o mundo, e no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta a ocorrência de 704 mil novos casos da doença anualmente até 2025. Diante desse expressivo cenário, o setor de Saúde se vê desafiado a fornecer uma atenção adequada que transcende os medicamentos e seus efeitos. O tratamento, em muitos casos, desencadeia ansiedade e depressão nos pacientes. Conforme dados da American Cancer Society, aproximadamente um terço dos indivíduos com câncer enfrenta algum tipo de distúrbio de saúde mental ao longo do tratamento da doença. Esses distúrbios podem, por vezes, ser confundidos com reações naturais de medo e angústia, resultantes do desafio enfrentado pelo organismo nesse período. Eduardo Inojosa, oncologista da Multihemo Oncoclínicas “O impacto emocional do diagnóstico de câncer é geralmente brutal. O medo da morte, no primeiro momento, seguido de incertezas sobre os resultados e efeitos adversos do tratamento, bem como de possíveis mudança na rotina das atividades profissionais, físicas e conjugais trazem uma série desses sintomas” Acompanhamento Psicológico Durante essa jornada desafiadora, a importância do suporte psicológico como uma ferramenta valiosa para auxiliar nesse período é amplamente reconhecida. Estudos indicam uma correlação entre a saúde mental positiva e uma maior adesão ao tratamento. Pacientes que enfrentam o câncer com resiliência emocional tendem a seguir de maneira mais rigorosa as orientações médicas, comparecer às consultas e adotar comportamentos saudáveis, influenciando positivamente nos resultados. A psicóloga Renata Sales, da Multihemo Oncoclínicas, destaca que a saúde da mente também desempenha um importante papel nas reações do organismo. “Na prática clínica, a partir da observação, inferimos que quanto mais equilibrado emocionalmente está o paciente, melhor será sua resposta imunológica e menor será o impacto do tratamento, ou seja, menos efeitos colaterais e/ou recuperação mais rápida. O acompanhamento psicológico pode conduzir o paciente inseguro e amedrontado para um lugar de enfrentamento favorável das dificuldades reais”, complementa. A psicóloga reforça que os sinais de melhora do paciente, depois de algum tempo de acompanhamento, são individuais e pessoais, devendo ser analisados caso a caso. Para ela, todo esse processo evidencia o benefício de um trabalho em conjunto: paciente, família e equipe multidisciplinar, no qual todos os envolvidos colaboram para a manutenção e/ou resgate do equilíbrio emocional. Equilíbrio x desenvolvimento tumoral Promover a qualidade do sono ao estabelecer uma rotina noturna que envolve desligar aparelhos eletrônicos uma hora antes de dormir; praticar atividades físicas, pois estas estimulam a liberação de hormônios e endorfinas, contribuindo para a melhoria do aspecto emocional; adotar uma alimentação saudável, através do consumo de alimentos frescos e naturais; evitar o isolamento e fortalecer os laços com familiares, amigos e outros indivíduos que também estejam enfrentando situações semelhantes são passos cruciais no cuidado integral durante esse período desafiador. Essas práticas não apenas promovem o bem-estar físico e emocional, mas também oferecem suporte vital para enfrentar os desafios associados ao tratamento do câncer. A psicóloga explica que na Multihemo Oncoclínicas, o Programa de Promoção à Saúde (PAPO) promove encontros presenciais para favorecer o diálogo e o convívio em grupo. “A programação é elaborada por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, oncologistas, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas com o objetivo de munir o paciente com informação e proporcionar o alívio do estresse. São oferecidas rodas de conversas e palestras, além de oficinas que abrangem áreas como artesanato, culinária, entre outras”.

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Como orientar os filhos sobre o uso consciente de celular, tablet e TV nas férias?

As férias escolares estão em curso para muitas crianças, enquanto outras aguardam ansiosamente o início. Enquanto os filhos celebram a pausa na rotina escolar, os pais precisam monitorar atentamente como será o aproveitamento desse tempo livre, especialmente no que diz respeito ao uso de telas, como celular, tablet, videogame, streaming ou televisão. “Infelizmente, para alguns, o período das férias é um momento de intensivão de telas e isso é prejudicial, tanto para as crianças como para os adolescentes, que podem retornar às aulas com uma série de problemas e dificuldades, devido ao uso excessivo de telas”, afirma a psicóloga do Colégio CBV, Dayse Souza. Atualmente, é desafiador imaginar uma realidade sem telas para as crianças, dado que a tecnologia está profundamente integrada ao cotidiano de todos. A psicóloga Dayse enfatiza que “o problema não é a tela em si, mas o mau uso que fazemos dela”. Nesse contexto, os pais são aconselhados a monitorar o conteúdo e limitar o tempo de exposição, promovendo uma abordagem equilibrada. Vera Mendonça, também psicóloga do Colégio CBV, destaca a importância de os pais acompanharem o tempo de uso e a qualidade do conteúdo consumido pelos filhos. Estudos evidenciam prejuízos no desenvolvimento infantil quando há exposição excessiva às telas. Assim, é crucial que os pais estabeleçam limites de tempo, promovendo atividades alternativas para evitar a ociosidade. Ao estipular limites de tempo, os pais contribuem para uma relação mais saudável com o uso das telas. Além disso, a interação familiar, como refeições sem distrações e horas regulares de sono, é destacada como fundamental. Dayse reforça que “os pais têm dois compromissos ao liberar o uso: dosar o tempo e monitorar o conteúdo.” As psicólogas alertam sobre o elevado nível de habilidade das crianças com dispositivos eletrônicos e ressaltam que o perigo não se restringe à exposição a conteúdos inadequados, mas também à curiosidade natural das crianças, que podem acessar informações inadequadas. Recomendam o uso de bloqueadores e apps de monitoramento para garantir um ambiente virtual seguro. Como estratégia para monitorar de perto o que os filhos consomem nas telas, as psicólogas incentivam os pais a aproveitarem as férias para fortalecer os momentos em família. Sugestões incluem assistir a filmes juntos e participar de atividades virtuais preferidas dos filhos. Apesar de permitir mais tempo de tela durante as férias, é enfatizado que as atividades coletivas físicas não devem ser substituídas totalmente, sendo essenciais para um período de descanso verdadeiro.

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