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Capa David Haluli

A contribuição da avaliação física para melhoria contínua da performance dos treinos

O professor David Haluli diz que a avaliação física deve ser um procedimento contínuo e sistemático realizado em pessoas comuns até alunos mais experientes em qualquer tipo de modalidade física ou esportiva Por Jademilson Silva Nos últimos anos vem aumentando o número de pessoas que praticam atividade física. Com este crescimento o número de praticantes que treinam por conta própria nas academias, clubes ou em suas próprias residências também aumentou. Isso é causado pela produção e o acesso a informações sobre treinamentos adquiridos na internet, sites, revistas, vídeos ou simplesmente pela vivência nas academias. Neste contexto entra a avaliação física. Mas, o que é uma avaliação física? Para que serve? Como funciona? “Eu sempre falo que a avaliação física é o marco zero de todo o processo de um planejamento para prescrever um plano de treino coerente e diretivo, com exercícios, intensidades e volumes de treino individuais e personalizados”, relata David Haluli Sobrinho, que é Profissional de Educação Física e Avaliador Físico. E a ciência concorda com isso quando diz: “A avaliação física determina a importância ou valor da informação colhida previamente. Deve refletir a filosofia, as metas e os objetivos do profissional, que sempre faz comparações com algum padrão de referência.” (MARINS, 1998) Assim sendo, avaliar consiste na coleta de informações quantitativas e qualitativas, e na interpretação desses resultados com base em critérios previamente definidos, informações estas baseadas em questionários, que fornece ao Profissional de Educação Física subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos, métodos e técnicas. “A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais amplo que é o processo ensino aprendizagem, nele se integrando. E ela é funcional, porque se realiza em função de objetivos, ou seja, para se avaliar, efetivamente, todas as medidas devem ser conduzidas com os objetivos do programa em mente. Sua importância, para quem deseja iniciar uma atividade física, define o futuro de seu progresso durante a trajetória de um planejamento de prescrição de treinos. É necessário entender que, os testes realizados na avaliação física, mostrarão os pontos fortes e fracos e nisto, direcionando as melhores estratégias, seja na utilização dos melhores exercícios para você e até informando possíveis comprometimentos musculares e articulares, ou até da sua saúde física”, revela Haluli. Com a avaliação física, consegue-se analisar parâmetros e dados específicos: “Pessoas treinadas tendem a ter melhores respostas quando avaliadas constantemente”, diz especialista “Para quem já frequenta um centro de treinamento, box de crossfit ou uma academia tradicional, a avaliação física tem sua importância mais refinada, pois, além de aumentar a probabilidade de melhores resultados, minimiza as “quebras” de sessões de treinos, devido a lesões ou perda de condição física ativa. Pessoas treinadas tendem a ter melhores respostas quando avaliadas constantemente”, informa David Haluli. Professor David Haluli realiza cursos de Avaliação Física para estudantes e profissionais em todos o Brasil – Foto: Divulgação De quanto em quanto tempo deve ser feita a avaliação física? A constância da realização de uma avaliação física é necessária para comparar respostas do treinamento físico. Porém não há nada na literatura científica que especifique sobre a necessidade de uma periodicidade aritmética entre as avaliações. O senso comum, entre profissionais do movimento e da saúde (Profissionais de Educação Física, Fisioterapia e Nutrição), é a cada 3 ou 4 meses, dependendo da necessidade do profissional. David Haluli informa que este senso comum tem suas falhas. “Ele dá certo com pessoas que iniciaram alguma atividade física de resistência (musculação ou corrida) nos últimos 6 meses, mas vai por água abaixo em pessoas com maior tempo de treinamento ou com atletas de alto rendimento”, diz. Para o especialista, há pessoas que necessitam de avaliação mensal, como os acometidos de algum grau de obesidade, idosos ou gestantes, por exemplo: “Atletas são avaliados de acordo com tempo de treinamento intenso, pré-competição e pós-competição, ou caso tenha alguma lesão artromuscular. Então a resposta para a periodicidade é DEPENDE. Depende da resposta do treino prescrito e objetivo do aluno. Então a minha dica é: Sentiu ou viu alguma modificação benéfica da sua prescrição? Solicite uma avaliação física a um profissional qualificado, de preferência que tenha a pratica da avaliação física, em contexto amplo, e não apenas preocupado com percentual de gordura”, informa David Haluli. Quais os melhores testes de uma avaliação física? Cada pessoa tem uma necessidade individual. E na avaliação física não é diferente. Os Profissionais de Educação Física, podem ter um processo de avaliação para cada público. A seguir, exemplos de testes e protocolos para IDOSOS, ACOMETIDOS DE OBESIDADE E ATLETAS, conforme orientação de David Haluli: IDOSOS: Testes metabólicos (massa muscular, massa gorda, percentual de gordura); índice de risco cardíaco, IMC e relação cintura-quadril; testes de dupla tarefa (falar e tocar no nariz, por exemplo) e questionários de cognição; caminhada de 6 minutos (ou o teste ergométrico), elevação de braços, sentar e levantar e teste para o equilíbrio (em conjunto com dupla ou múltipla tarefa, como por exemplo, ficar em um pé só, falar e olhar pro lado). OBESOS: Testes metabólicos (excluindo percentual de gordura); Indice de risco cardíaco, IMC, relação cintura-quadril; sentar e levantar, caminhada de 6 minutos ou o teste de 12 minutos de COOPER; elevação de braços, teste de força muscular (exercícios simples na musculação). ATLETAS: Quantidade de massa muscular, quantidade de massa gorda; testes de força muscular da ação dominante, especifica de cada modalidade; Testes de agilidade especifica de cada modalidade e teste de movimento (protocolo do FMS é o mais indicado). “Estes foram apenas exemplos de sequencias de testes e protocolos que o Profissional de Educação Física poderá realizar com o seu público ou nicho”, informa Haluli. O professor David Haluli ainda informa que é importante o praticante de qualquer modalidade física ou esportiva, procurar profissionais especializados em avaliação física para fazer a consulta, além de especificar o protocolo para cada indivíduo. Portanto, a avaliação física deve ser colocada na rotina de treino de todas dos alunos e

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Psicologa Frinea Andrade Instituto Dimitri Andrade

16 de novembro: Dia Nacional de Atenção à Dislexia

Hoje, 16 de novembro, celebra-se o Dia Nacional de Atenção à Dislexia, um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta as habilidades básicas de leitura e linguagem, resultando em baixo rendimento escolar. Além das dificuldades na aprendizagem, as crianças com dislexia enfrentam desafios na construção da autoestima e no progresso acadêmico, muitas vezes devido à percepção negativa por parte de colegas e professores. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a dislexia afeta aproximadamente 5% a 17% da população mundial, tornando-se o distúrbio mais prevalente nas salas de aula. No Brasil, estima-se que oito milhões de pessoas vivam com dislexia, conforme dados do Instituto ABCD. A dislexia tem origem genética, sendo causada por uma alteração cromossômica hereditária. Estima-se que entre metade e um terço das pessoas com dislexia possuam um parente afetado pelo mesmo transtorno. Em diversos graus, as pessoas com dislexia enfrentam dificuldades na formação da memória fonêmica. “Por razões ainda desconhecidas, o cérebro do indivíduo tem dificuldade de organizar as letras e formar as palavras, não associando os sons às sílabas. A dislexia é carregada de estigmas sociais e, por isso, é importante destacar que o distúrbio não está ligado a baixo Q.I. Além disso, não há um padrão de comportamento estabelecido entre pessoas com dislexia. Elas podem ser desorganizadas ou metódicas, falantes ou tímidas”, afirma a psicóloga Frínea Andrade (foto acima), do Instituto Dimitri Andrade.  O diagnóstico da dislexia geralmente ocorre durante a infância, especialmente durante a fase de alfabetização. Os principais sinais incluem dificuldade para ler, escrever e soletrar, troca de letras e sílabas, especialmente aquelas com sons semelhantes, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas, além de desafios na organização espacial e motora, como dificuldade em reconhecer ‘direita’ e ‘esquerda’. Outros sintomas podem incluir discalculia e dificuldade na compreensão do texto escrito. “Se esses sinais persistirem é importante buscar ajuda com especialistas. O diagnóstico é feito por psicólogos, fonoaudiólogos e neurologistas que vão diferenciar a dislexia de outros transtornos, como o TDAH, por exemplo, e ainda, descartar problemas emocionais que interfiram na leitura. Vale lembrar que muitos adultos recebem o diagnóstico quando levam o filho para uma consulta. Durante a anamnese para entender o histórico do filho é que o pai ou mãe se dá conta que tinha as mesmas questões na infância”, aponta a psicóloga.  A dislexia não possui cura, mas com diagnóstico precoce e acompanhamento especializado desde a infância, é possível levar uma vida normal. O tratamento envolve a participação de pedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos, que trabalham em conjunto para auxiliar a criança. Eles desenvolvem estratégias para que ela supere as dificuldades com as palavras, ao mesmo tempo em que estimulam o desenvolvimento de outras habilidades. “A criatividade costuma ser um traço marcante entre as pessoas com dislexia. Então, aconselha-se que os pais estimulem a criança a desenhar, pintar, aprender a tocar instrumentos musicais e praticar esportes. O diagnóstico precoce e a discussão do tema é a melhor maneira de evitar prejuízos no desempenho escolar e social e rótulos depreciativos que levam essas pessoas a desenvolverem baixa autoestima e até mesmo ansiedade e depressão”, alerta a psicóloga Frínea Andrade, diretora do Instituto Dimitri Andrade.

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teste vacina

Vacina da chikungunya induz resposta imune em 98,8% dos vacinados

Da Agência Brasil A vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva induz resposta imune em 98,8% dos adolescentes que integram a fase 3 do ensaio clínico conduzida no Brasil. Segundo o estudo, o imunizante também demonstrou um bom perfil de segurança, independentemente da exposição prévia à chikungunya. As informações de segurança e imunogenicidade servirão de base para solicitar a aprovação do produto no Brasil na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e na Europa, na European Medicines Agency (EMA). A expectativa é submeter o pedido de aprovação para a Anvisa no primeiro semestre de 2024. Na última semana, a vacina foi aprovada para adultos pela agência reguladora dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), tornando-se o primeiro imunizante autorizado para uso no mundo contra chikungunya. “Os dados são excelentes e mostram que estamos no caminho certo. É uma vacina segura e com alta capacidade de induzir anticorpos protetores. Estamos otimistas que, respeitando todas as etapas de estudos e validação pelos órgãos reguladores, poderemos oferecer essa vacina para proteger as pessoas desta doença que infelizmente acomete o país”, afirmou, em nota, Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan. O estudo clínico brasileiro incluiu a participação de 750 jovens de 12 a 17 anos que residem em áreas endêmicas nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Laranjeiras (SE), Recife, Manaus, Campo Grande e Boa Vista. Entre os voluntários, 500 receberam uma dose da vacina e 250 receberam placebo. A análise de imunogenicidade foi feita 29 dias após a aplicação de uma única dose da vacina. Entre os participantes sem contato prévio com o vírus da chikungunya, 98,8% apresentaram anticorpos protetores contra a doença. Já para o grupo que tinha histórico de infecção prévia, a positividade de anticorpos foi de 100%. A candidata a vacina de vírus atenuado contra chikungunya (VLA1553) é resultado de um acordo de transferência de tecnologia firmado entre o Instituto Butantan e a empresa francesa de biotecnologia Valneva, em 2020. Por meio da parceria, será possível produzir e disponibilizar o imunizante no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segurança Durante o período do estudo feito no Brasil, não foi identificado nenhum ponto de preocupação. A pesquisa sugere que a vacina é segura e bem tolerada, inclusive em participantes com exposição prévia ao vírus. A grande maioria das reações adversas foram consideradas leves a moderadas e se resolveram em cerca de três dias. Os efeitos mais comuns foram dor e sensibilidade no local da injeção, dor de cabeça, dor no corpo, febre e fadiga. Impactos da chikungunya O vírus da chikungunya circula em mais de 110 países. No Brasil, só em 2023, foram registrados 143.739 casos prováveis de chikungunya, com maior incidência no Sudeste, seguida das regiões Nordeste e Centro-Oeste, segundo o Ministério da Saúde. Em relação aos óbitos, apenas neste ano foram confirmadas 82 mortes, grande parte delas com comorbidades associadas (73,2%). Entre 2021 e 2022, houve um aumento de mais de 100% nos casos da doença. Transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, a infecção pode deixar fortes dores crônicas nas articulações como sequela, além de gerar complicações graves em recém-nascidos infectados durante o parto e idosos com comorbidades.

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cancer de prostata

Câncer de próstata provoca uma morte a cada 38 minutos

A cada hora, sete homens recebem o diagnóstico; Rastreamento ativo e detecção precoce são a chave para aumento das chances de cura Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) sobre o câncer de próstata revelam um quadro preocupante: durante o triênio 2023-2025, 72 mil novos casos serão diagnosticados a cada ano, totalizando 216 mil, fazendo deste o mais incidente entre os homens depois do carcinoma de pele não-melanoma no Brasil. No âmbito mundial, a tendência é igualmente inquietante, sendo este responsável por 3,8% das mortes somadas a todos os tipos de tumores segundo os dados mais recentes da GLOBOCAN, levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde que avalia os impactos do câncer nos diferentes países. O câncer de próstata é um tipo de neoplasia maligna (tumor) com uma perspectiva de cura otimista caso seja identificado rapidamente. “De maneira didática, podemos dizer que durante toda a vida, nossas células se multiplicam e as antigas são substituídas pelas novas. Contudo, quando há um crescimento descontrolado, são formados tumores tanto benignos, quanto malignos – como é o caso do câncer de póstata”, diz Denis Jardim, oncologista líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas. O especialista explica que a próstata é uma glândula do tamanho de uma noz, que tem a função de produzir o chamado líquido seminal, responsável por nutrir e transportar os espermatozóides. Presente apenas em pessoas do gênero masculino, está localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, e envolve a parte superior da uretra, canal por onde passa a urina. Por ser um tumor silencioso, a principal ferramenta para diagnóstico em fases iniciais da doença é o exame de PSA. No Brasil, segundo o Inca, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. Além disso, cerca de 75% dos casos atingem homens com 65 anos ou mais e a doença mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. “Diante do aumento contínuo nos índices de longevidade da população, o cenário tende a se agravar e levar a uma situação preocupante para a saúde pública, com um alto volume de casos, sendo alguns deles em estágios mais avançados que necessitarão de tratamentos mais intensos”, ressalta Denis Jardim. A percepção do oncologista da Oncoclínicas é reforçado por um dado adicional e preocupante no que se refere aos efeitos da doença sobre a população masculina: um homem morre a cada 38 minutos no Brasil em decorrência de tumores de próstata. Diagnóstico precoce é palavra de ordem Por conta desses números, as ações de conscientização do Novembro Azul se mostram ainda mais importantes. Um dos principais objetivos é alertar para o diagnóstico precoce, que além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos, promove chances de cura que podem passar de 90% em 5 anos na doença localizada, assegurando mais qualidade de vida e evitando que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. “Pacientes que têm o diagnóstico tardio de um câncer de próstata, além das consequências de passarem por tratamentos mais agressivos para controle da doença, muitas vezes necessitam de terapias de longa duração que podem apresentar consequências para a saúde no geral”, explica Denis Jardim. No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, a doença comumente é detectada a partir da avaliação clínica e/ou exame de PSA. Quando aparentes, os sinais mais comuns são: dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, parada de funcionamento dos rins – indicam estágio avançado -, além de problemas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor, nos casos de metástases ósseas. Por isso, a conscientização sobre a rotina de acompanhamento médico e o rastreamento ativo é sempre a melhor opção. Homens que se encontram no grupo de risco, composto por quem tem mais de 50 anos ou com histórico familiar, devem estar atentos aos exames necessários para rastreamento do câncer de próstata. “Por apresentar sintomas mais evidentes quando a doença já apresenta evolução, é recomendável que homens a partir de 50 anos façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) – feita em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml) por meio de um exame simples de sangue – para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença. Quando há suspeita da neoplasia, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico, precedida muitas vezes de uma ressonância”, destaca. O oncologista da Oncoclínicas ressalta que casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Afrodescendentes também devem iniciar o rastreio preventivo antes. “A indicação é que para quem tem histórico da doença na família e/ou outros fatores que levam à maior propensão ao risco de desenvolver tumores de próstata, o acompanhamento comece mais cedo, a partir dos 45 anos”, diz. O problema, aponta o médico, é que muitos homens deixam de detectar o câncer nos estágios iniciais, quando as chances de cura são mais altas e os tratamentos menos invasivos, pelo preconceito cultural em torno do tema, o que aumenta os índices de mortalidade pela neoplasia e dificulta a detecção da condição em estágios iniciais – ponto crucial no aumento das chances de cura. “A grande barreira para os homens é fazer esse acompanhamento médico de prevenção. Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após um agravamento perceptível da saúde ser notado por pessoas próximas, como familiares e amigos”, enfatiza Denis Jardim. Para a definição do tratamento, é necessário analisar o estágio e agressividade do tumor e, com isso, o oncologista irá projetar individualmente alternativas terapêuticas. Já nos casos da doença localizada, a cirurgia, radioterapia associadas ou não ao bloqueio hormonal e a braquiterapia podem ser uma opção. “Em estágio inicial e de baixa agressividade, devemos manter um acompanhamento contínuo de consultas e exames, além do tratamento. Quanto aos pacientes que apresentam metástases, temos uma série de abordagens que podem ser realizadas, como quimioterapia, bloqueio hormonal, medicamentos para controle da ação da

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Fatores emocionais atrapalham o processo de emagrecimento

Para o prof. Flama Elias, traumas e crenças que interferem negativamente na questão da obesidade podem ser tratados através da reprogramação mental Por Jademilson Silva A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade como doença. E tem até Código Internacional de Doenças (CID) – E66. A obesidade, como patologia multifatorial, além das questões biológicas e sociais, também têm grau de condições emocionais, como detalha Flama Elias, que é Profissional de Educação Física e Especialista em Emagrecimento. “Existe uma relação muito forte entre processos depressivos, níveis altos de estresse e ansiedade com o ganho de peso. Além disso, existem fatores emocionais mais profundos que provavelmente começaram na infância, como abandono, rejeição, bullying, abuso sexual, entre outros”, relata. Um ponto interessante que deve ser observado pelos diversos profissionais de saúde é a questão do trauma emocional. “Trauma é um evento emocional que ocorreu em algum momento da vida. O trauma pode ocorrer por intensidade, como, por exemplo, um abuso sexual; ou por repetição, um indivíduo abandonado pelo pai, depois abandonado pela mãe”, diz o especialista. E como funciona a mente do obeso? Escape na comida – A mente do obeso está inflamada e o sistema racional e lógico não funcionam muito bem. O sistema emocional, ligado à recompensa, que atua de forma potencializada para que o obeso busque recompensa e alívio na comida, não está ajustado diante de todos os traumas e preconceitos que ele sofre. “A fome é fisiológica, inerente ao hábito humano, já a vontade de comer é emocional e, geralmente, é por um alimento específico”, relata Flama Elias, que observa que essa é uma chave interessante para verificar o modelo mental da pessoa gorda. A compreensão da mentalidade é importante para o tratamento da pessoa obesa A reprogramação mental é um processo onde ocorre ressignificação de traumas e crenças, fazendo com o que o obeso consiga entender porque ele tomou determinadas atitudes no passado ou porque determinadas pessoas tomaram atitudes que naquele momento o prejudicou. Processo de amenização de culpa, onde se busca o autoperdão e o perdão ao próximo. A hipnose clínica, como técnica terapêutica, tem sido uma abordagem cada vez mais usada na busca pelo tratamento e controle da obesidade e compulsão alimentar. A hipnose é uma técnica que nos auxilia no acesso ao subconsciente, local onde estão guardadas as crenças, traumas, culpas, mágoas, que interferem diretamente no processo de emagrecimento. “Imagine uma pessoa que escutou do pai o tempo inteiro que não podia fazer isso, que não conseguia fazer aquilo… essa crença é transformada em ‘não consigo emagrecer’. A hipnose auxilia na busca por uma ressignificação desse processo”, revela Flama Elias. Emagrecer nada mais é que gerar queima de gordura. Diversas intervenções podem fazer isso, desde o uso de chá, shakes, até o treino com ou sem dieta. Porém, tratar a obesidade envolve a regulação dos fatores hormonais, da microbiota intestinal e, principalmente, o gerenciamento das emoções. Colaborou com a reportagem Prof. Flama Elias é Profissional de Educação Física, pós-graduado em Fisiologia do Exercício, Mentor em Emagrecimento e Hipnólogo, tem aperfeiçoamento em neurociência pela Harvard School, docente de pós-graduação, além de palestrante e autor de 3 livros sobre emagrecimento e obesidade. Coordenador do Movimento Emag em Pernambuco (comitê científico para estudo da obesidade e sobrepeso). Contato: @eliasflama Qual a importância da boa qualidade do sono para a recuperação muscular dos adeptos de musculação? Quem responde é o neurologista e especialista na Medicina do Sono, Igor Figueirêdo “Para os adeptos da prática de musculação, um sono de boa quantidade e qualidade é FUNDAMENTAL para o ganho de massa muscular. Um dos principais hormônios envolvidos no ganho de massa muscular é o Hormônio de Crescimento, também conhecido como GH. Esse hormônio é produzido principalmente na primeira metade da noite, durante o sono profundo. Então, dormir mais tarde do que deveria, pode prejudicar bastante a produção de GH e, consequentemente, o ganho de massa muscular. Outro fator importante a se considerar é a redução de testosterona em indivíduos que dormem pouco. Estudos já comprovaram que dormir menos do que o recomendado por uma semana já provoca uma redução de testosterona de 10% do seu valor normal. Por fim, vale destacar que um treino de musculação bem feito exige dedicação e empenho. Se o seu sono não é reparador, você já começa o seu dia sem energia e disposição e, consequentemente, não vai conseguir treinar como deveria. Portanto, se o seu objetivo é ganhar músculos, dormir bem é tão importante quanto um treino bem feito e uma alimentação balanceada”, informa. Contato: @medicodossonhos UNINASSAU promove Congresso de Saúde Nos dias 16, 17 e 18 de novembro, a UNINASSAU Recife promove, no Centro de Convenções de Pernambuco, a 8ª edição do Congresso Nacional Multidisciplinar de Saúde com temas em diversas áreas, como Educação Física, Fisioterapia e Nutrição. Podem participar profissionais e estudantes. Inscrições AQUI Instituto Assaí firma parceria com a “Corrida dos Morros” A Corrida dos Morros, marcada para o dia 25 de novembro na Zona Norte do Recife, anunciou uma parceria social com o Assaí, Atacadista oficial da corrida. A principal iniciativa dessa colaboração é a doação de alimentos, em que o Instituto Assaí, organização social da Companhia, irá dobrar a quantidade de alimentos doados pelos atletas ao retirarem seus kits. Inscrições AQUI “Corrida e Caminhada para a Luz” com inscrições abertas A “Corrida e Caminhada para a Luz 2023” será realizada em 17 de dezembro, em Camaragibe. Trata-se de um dos maiores eventos esportivos da região, sendo considerada a São Silvestre do Nordeste. As categorias são: caminhada (5Km), corrida (5Km e 10Km), além da corrida kids (6 a 15 anos).  Inscrições AQUI Atleta pernambucana conquista troféu em Campeonato Sul-americano de Fisiculturismo Disputa ocorreu em Fortaleza/CE A atleta de Petrolina, sertão do Estado, Juliana Oliveira, de 29 anos, ganhou no dia 05 de novembro passado, o Campeonato Sul-americano de Fisiculturismo. A nutricionista, que há quase seis anos se dedica à arte do culturismo, trouxe o troféu na categoria Wellness para Pernambuco.   “Amei, gostei muito do resultado, depois de

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novembro

Inteligência Artificial reforça campanha Novembro Azul

A Sociedade Brasileira de Urologia – seccional Pernambuco, em parceria com a Oncoclínicas, promove mais uma edição da campanha Novembro Azul com foco na conscientização sobre o câncer de próstata. Sob o tema “Um toque que muda sua realidade: entre no universo de prevenção do Novembro Azul”, a SBU-PE destaca a importância da prevenção e utiliza a inteligência artificial como metáfora para enfatizar a necessidade de ações efetivas. Em um evento aberto ao público, médicos urologistas estarão disponíveis para tirar dúvidas na Av. Rio Branco, no Recife Antigo, no dia 12/11, a partir das 9h. O stand, em sua terceira edição, oferecerá uma experiência com óculos 3D, proporcionando informações sobre a doença por meio da realidade virtual. Além disso, a campanha inclui palestras em hospitais, ações de conscientização em estádios de futebol, entrega de material promocional e a tradicional “pelada” com os urologistas no Clube Alemão em 11/11. Serviço:

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Psicóloga enfatiza a importância da saúde mental no diagnóstico do câncer de próstata

No Novembro Azul, a conversa vai além da prevenção do câncer de próstata. É um mergulho profundo na saúde mental dos pacientes, um tema há muito negligenciado pela sociedade. Nossa cultura, moldada por conceitos de masculinidade tóxica, muitas vezes silencia as lutas emocionais dos homens, especialmente daqueles que enfrentam o câncer. Neste mês de conscientização, a psicóloga especialista em saúde mental, Jullyanna Cardoso, destaca a importância de cuidar do bem-estar emocional diante de um diagnóstico tão impactante. O câncer de próstata é o tumor mais frequente entre homens com mais de 50 anos, representando a segunda forma mais comum de câncer entre indivíduos do sexo masculino no Brasil. Responsável por 10% de todas as mortes causadas por essa doença, fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, espera-se um alarmante total de 71.730 novos casos. Na região Sudeste, o risco é ainda maior, com 77,89 casos a cada 100 mil homens, enquanto o Nordeste se mantém próximo, registrando 73,28 casos por 100 mil homens – um cenário que demanda atenção. “Tristeza, medo, angústia e insegurança são algumas das reações experimentadas por homens que recebem o diagnóstico de câncer de próstata,” observa a psicóloga. Além disso, para muitos pacientes, a possível ameaça à saúde sexual como resultado do tratamento pode levar a uma diminuição da autoestima e abalar a saúde emocional. Essa realidade se conecta diretamente à saúde mental dos homens, evidenciando-se nos índices de suicídios. Conforme um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) anterior à pandemia, os homens apresentam uma taxa de suicídio mais elevada do que as mulheres (12,6/100 mil homens em comparação com 5,4/100 mil mulheres), mesmo que estas tenham uma maior propensão a desenvolver depressão e bipolaridade. Jullyanna Cardoso destaca que não reconhecer suas próprias emoções, ou mesmo negá-las, interfere diretamente na saúde mental, e quando relacionamos ao câncer de próstata, isso reflete na prevenção, no diagnóstico e no tratamento. O diagnóstico do câncer de próstata pode provocar um sofrimento psíquico significativo nos homens. “O medo da morte e da dor, assim como a preocupação com a sexualidade e possíveis alterações no funcionamento familiar, interferem sensivelmente no modo de pensar do paciente e alteram sua maneira de enxergar a vida,” ressalta Jullyanna Cardoso. Esses sentimentos podem ser gatilhos para a aparição de episódios de transtornos de humor ou, até mesmo, para o desenvolvimento da ideação suicida. Para promover uma jornada de cura mais eficaz, é crucial que os homens e suas famílias entendam que cuidar da saúde mental não é sinal de fraqueza, mas sim uma necessidade vital. “A conscientização e as campanhas relacionadas ao “Novembro Azul” desempenham um papel crucial, rastreando o risco de desenvolvimento de doenças secundárias em pacientes oncológicos. Além disso, é vital abordar fatores como alcoolismo e dependência química, que podem piorar a saúde mental, dificultando a adoção de hábitos saudáveis para lidar com o estresse e os sintomas de transtornos mentais. A procura precoce pelos serviços de saúde emerge como uma das maiores aliadas na melhoria da saúde masculina, oferecendo mais possibilidades de controle de doenças e transtornos mentais, além de incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a eliminação de comportamentos de risco”, alerta. “É importante que os homens e suas famílias entendam que sofrimento psiquiátrico não é sinal de fraqueza, mas sim de necessidade de acompanhamento médico”, enfatiza a especialista em saúde mental.

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Quiropraxia: caminho para o bem-estar emocional. Confira.

Roberto Junior é fisioterapeuta quiropraxista e desenvolveu protocolos baseados em evidências científicas na busca pela qualidade de vida e bem-estar dos pacientes que procuram a Quiropraxia para o tratamento de questões físicas e emocionais Você sabia que a quiropraxia pode ser uma aliada na busca por equilíbrio emocional? A saúde mental tem se destacado nos últimos anos como tema de extrema relevância. Diante das inúmeras estratégias de promoção do bem-estar, a Quiropraxia se destaca por ser uma ferramenta poderosa, especialmente quando se fala em conexão entre corpo e mente. Um estudo recente, publicado em conceituada revista, a “Acta Biomedica”, trouxe descobertas animadoras sobre como essa prática pode ajudar pessoas que enfrentam a depressão, por exemplo. “A depressão pode afetar nossa disposição e ânimo. Ela está relacionada a desequilíbrios em nosso sistema nervoso, o grande controlador de nosso corpo. A quiropraxia, por sua vez, é uma técnica que trabalha na nossa coluna para ajudar o corpo a funcionar melhor”, diz o fisioterapeuta e quiropraxista, Roberto Junior. Entendendo a quiropraxia A quiropraxia é uma profissão da área da saúde que se dedica a diagnosticar, tratar e prevenir disfunções do sistema neuromusculoesquelético, especialmente da coluna vertebral, e os efeitos dessas disfunções na saúde em geral. Como funciona a quiropraxia? Imagine sua coluna como a estrutura de um prédio: se houver um tijolo fora do lugar, tudo pode ficar comprometido. A quiropraxia ajuda a colocar os “tijolos” da sua coluna no lugar certo, promovendo equilíbrio e bem-estar. “O estudo citado acima revelou algo muito interessante: quando a quiropraxia age na coluna, ela também influencia nosso sistema nervoso, especialmente o sistema autônomo, que controla nossas emoções e respostas ao estresse”, revela Roberto Junior. O papel do Sistema Nervoso Autônomo Esse sistema é como o maestro de uma orquestra, coordenando cada parte do nosso corpo. Quando está desequilibrado, podemos sentir sintomas como ansiedade, insônia e nervosismo, que são comuns na depressão. “A quiropraxia age de forma a equilibrar nosso sistema nervoso, ajudando a acalmar os sentimentos de agitação e ansiedade. Isso acontece porque ela estimula uma parte chamada sistema parassimpático, que age como um freio para o sistema nervoso, trazendo sensações de tranquilidade”, informa o quiropraxista. Além disso, a quiropraxia também ativa o chamado nervo vago, que é como uma fonte natural de bem-estar para nosso corpo e mente. Isso libera substâncias importantes para nos sentirmos melhor. Essas descobertas trazem uma nova luz para o tratamento da depressão. A quiropraxia, aliada a outras práticas, pode ser um caminho para quem busca se sentir melhor emocionalmente. Como a quiropraxia atua na saúde mental? Dicas para quem busca quiropraxia Com qual frequência devo buscar a quiropraxia? A frequência com que alguém deve buscar a quiropraxia depende de vários fatores, incluindo o motivo da consulta, a severidade dos sintomas e os objetivos de tratamento. Em geral, a frequência de visitas pode ser considerada da seguinte forma: É importante notar que cada paciente é único e a recomendação ideal de frequência pode variar. A melhor abordagem é consultar-se com um quiropraxista licenciado que possa fazer uma avaliação individualizada e fornecer orientações específicas com base nas necessidades e objetivos de cada paciente. “Lembre-se: cuidar do corpo e da mente é um ato de amor-próprio. Ao priorizar sua saúde física, você está também cuidando da sua saúde emocional. A quiropraxia é aliada poderosa no seu autocuidado”. adverte Roberto Junior. A abordagem holística da quiropraxia A quiropraxia, frequentemente reconhecida por seu foco na coluna vertebral e em desalinhamentos (conhecidos como subluxações), adota uma abordagem holística da saúde, considerando não apenas o aspecto físico do corpo, mas também a interconexão entre o físico, o mental e o emocional. Conceito holístico na quiropraxia A palavra “holístico” deriva do grego “holos”, que significa “todo”. Assim, a abordagem holística vê o corpo como um sistema integrado, onde cada parte está interligada e tem impacto sobre as demais. Por que a abordagem holística é importante? A abordagem holística da quiropraxia reconhece que o corpo humano é um sistema complexo e interconectado. Ao tratar o corpo de maneira integrada, buscando equilíbrio e homeostase, a quiropraxia pode oferecer benefícios que vão além do alívio da dor física, influenciando positivamente a saúde mental e emocional do paciente. Protocolos de tratamento em Quiropraxia Roberto Junior destaca: “A coluna vertebral é o eixo central do corpo. Qualquer desalinhamento pode perturbar a comunicação entre o cérebro e outras partes do corpo. Corrigindo isso, nós não apenas aliviamos a dor física, mas restauramos o equilíbrio mental.” 1. Protocolos baseados em evidências: Roberto Junior enfatiza a importância da prática baseada em evidências. Isso significa que os tratamentos e técnicas que ele emprega são fundamentados em pesquisa científica robusta e estudos clínicos. “Sinto que nosso papel vai além de simplesmente tratar sintomas. Devemos olhar para o paciente como um todo, considerando não apenas sua saúde física, mas também seu bem-estar emocional e mental”, afirma Roberto. “A quiropraxia transformou minha vida. Eu procurava alívio para minha dor nas costas, mas o que encontrei foi muito mais profundo. Meu sono melhorou, minha ansiedade diminuiu e, pela primeira vez em anos, me sinto mais equilibrado emocionalmente.” – João M., 34 anos. Este testemunho é um dentre muitos que mostram como a abordagem holística da quiropraxia pode fazer a diferença na vida das pessoas. Avaliação Detalhada: Cada paciente passa por uma avaliação completa, que inclui exames físicos e imagens, como raios-X ou ressonâncias magnéticas, para determinar a presença de “subluxações” ou outras disfunções nas articulações. Abordagem Personalizada: Com base nas evidências coletadas, é desenvolvido um plano de tratamento individualizado que atende às necessidades específicas do paciente. 2. Incorporação da abordagem holística: Roberto Junior reconhece que o corpo e a mente estão profundamente interligados. Por isso, além dos tratamentos quiropráticos tradicionais, ele incorporou elementos holísticos em seus protocolos. Resultados e benefícios para os pacientes A combinação de tratamentos baseados em evidências com uma abordagem holística tem resultado em benefícios tangíveis para os pacientes: À medida que a ciência avança, torna-se claro que a saúde física e mental estão profundamente interligadas. Colabourou

Quiropraxia: caminho para o bem-estar emocional. Confira. Read More »

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Poluição aumenta risco de câncer de mama

Mulheres que residem e trabalham em áreas com níveis mais elevados de poluentes têm uma probabilidade 28% maior de desenvolver câncer de mama, em comparação com aquelas que moram em locais com o ar menos contaminado. Esse foi o resultado de um estudo apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (Esmo 2023) realizado nessa semana em Madri. Segundo especialistas, a descoberta é um marco na compreensão dos fatores de risco da doença. “Os nossos dados mostraram uma associação estatisticamente significativa entre a exposição a longo prazo à poluição atmosférica por partículas finas, em casa e no trabalho, e o risco de câncer de mama. Isso contrasta com pesquisas anteriores que analisaram apenas a exposição a partículas finas onde as mulheres viviam e mostraram pequenos ou nenhum efeito no risco de câncer da mama”, destacou, em nota, a professora Béatrice Fervers, do Léon Bérard Comprehensive Cancer Centre, na França, e principal autora do ensaio.

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Urologista Eugenio Lustosa Foto Pedro Franca

Novembro Azul: campanha alerta sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata

O urologista Eugênio Lustosa dá orientações sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de próstata (Foto: Pedro França) Os números referentes ao câncer de próstata são preocupantes: é a forma mais comum de câncer entre os homens, com uma estimativa de 72 mil novos casos a cada ano no próximo triênio, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 1 em cada 7 homens será diagnosticado com câncer de próstata, resultando em 42 mortes por dia causadas por essa doença. Atualmente, cerca de 3 milhões de homens convivem com essa condição de saúde. O câncer de próstata é caracterizado pelo desenvolvimento de um tumor maligno na próstata, tornando-se uma das neoplasias mais comuns entre os homens e a segunda principal causa de morte por câncer nesse grupo. Esse tipo de câncer se origina de anomalias nas células glandulares da próstata, que, sob condições normais, passam por ciclos de crescimento, divisão e renovação celular. No entanto, o câncer ocorre quando essas células sofrem mutações em seu DNA, levando a um crescimento descontrolado e mais rápido do que as células normais da próstata. O câncer de próstata, em geral, tende a se desenvolver de maneira assintomática, conforme informações do médico urologista Eugênio Lustosa. “Este câncer tem a peculiaridade de evolução silenciosa. Geralmente, os pacientes eram assintomáticos e as queixas surgem já em estados avançados da doença” Existem diversos fatores de risco conhecidos e comprovados que aumentam o risco de sofrer de câncer da próstata, entre eles: ·         Idade avançada: homens com mais de 50 anos têm maior risco de desenvolver esta doença. ·         Histórico familiar: o risco é superior se um familiar próximo (como o pai, um irmão ou um tio) sofrer de câncer de próstata. ·         Origem étnica: este tumor é mais frequente em pessoas de raça negra. ·         Testosterona: a causa de degenerescência e multiplicação das células da próstata é a testosterona, o hormônio masculino. No câncer da próstata, os sintomas são sobretudo relacionados com fatores urinários: ·         O câncer da próstata costuma ser assintomático durante anos. Progride sem manifestar a sua presença.  ·         Todavia, existem alguns indícios que levam a suspeitar da presença do tumor. Os sintomas dependem, naturalmente, do estágio de evolução do câncer.  ·         Nos casos em que o câncer é diagnosticado numa fase precoce, os sintomas manifestam-se devido ao aumento local do tumor.  ·         Mas, vale ressaltar que os sintomas do câncer de próstata não são exclusivos desta doença, ou seja, os mesmos sintomas podem ser encontrados em outras doenças. É por isso que é muito importante fazer uma consulta ao urologista. ·         Dividem-se em três categorias: sintomas de esvaziamento, enchimento e pós-miccionais. Rastreamento do câncer de próstata De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer envolve duas estratégias distintas: uma direcionada ao diagnóstico em pessoas que manifestam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para indivíduos sem sintomas aparentes de doença (rastreamento). “Seu rastreamento é feito via exame de sangue (PSA – Antígeno Prostático Específico) e do toque retal, a partir dos 50 anos, ou a partir dos 45 anos para homens da raça negra ou aqueles que têm história de câncer da próstata na família. Ou conforme a orientação do médico, seguindo as particularidades de cada paciente.”, informa o médico Eugênio Lustosa. Quando há alguma alteração no rastreamento do câncer de próstata, é necessária a realização de uma biópsia da próstata. Se o paciente é diagnosticado com câncer de próstata, o médico determinará quais exames de imagem são necessários para concluir o diagnóstico e planejar o tratamento. Os exames de imagem mais comuns incluem cintilografia óssea, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento do câncer de próstata depende do estágio da doença. Para casos de doença localizada, as opções de tratamento incluem cirurgia, radioterapia e, em algumas situações especiais, observação vigilante. Em casos de doença localmente avançada, a combinação de cirurgia ou radioterapia com tratamento hormonal pode ser utilizada. Para casos de doença metastática, em que o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento de escolha é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado é individualizada e deve ser definida após uma discussão entre o paciente e seu médico, considerando os riscos e benefícios de cada opção. “Quando o câncer de próstata é diagnosticado em estágio inicial, são maiores as opções de tratamento a considerar. Além disso, homens mais jovens e sem outros problemas de saúde, podem até mesmo se dispor a enfrentar os efeitos colaterais de terapias que oferecem melhor chance de cura.”, relata Lustosa. Exame de toque retal: informações que não são coletadas em outros procedimentos O exame de toque retal é uma avaliação que oferece dados únicos e imprescindíveis acerca das características deste órgão e necessitaria de experiência para a realização. Informações que nem o PSA ou o Ultrassom disponibilizam, tais como: Tamanho da próstata; Consistência; Tipo e regularidade da superfície; Limites; Presença de zonas dolorosas ou suspeitas (áreas mais duras, irregulares e heterogêneas, nódulos, entre outros achados). “Apesar dos avanços no campo diagnóstico com a Ressonância Multiparamétrica, o toque não pode ser substituído devido ao risco de informações importantes quanto ao diagnóstico e tratamento passarem despercebidas”, informa o médico.

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