AMORES DE CHUMBO (PE) faz sua estreia nacional próximo dia 11 no Festival do Rio

Com direção de Tuca Siqueira, que também assina o roteiro ao lado da carioca Renata Mizrahi, o filme “Amores de Chumbo” (“Black Amber”, PE, 98 minutos) tem consultoria de roteiro de Miguel Machalski. Miguel, Maria Eugênia e Lúcia, personagens entre 65 e 70 anos, vivem um triângulo amoroso nos dias atuais sob o pano de fundo da ditadura militar no Brasil. O filme foi rodado em dezembro de 2015 na cidade do Recife e conta com produção da Plano 9 Produções, em coprodução com a Garimpo e produção associada da Alumia, incentivo do Funcultura/Governo de Pernambuco e recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Ancine. Sua estreia será no Festival do Rio 2017, entre os dias 5 e 15 de outubro, dentro da programação Première Brasil – Mostra Novos Rumos de Longas.

Permeada por segredos, inversões de culpa e afetos interrompidos, a trama de “Amores de Chumbo” é centrada na interpretação dos personagens. O elenco é sustentado por um trio de intérpretes renomados da dramaturgia brasileira. Juliana Carneiro da Cunha, bailarina carioca radicada na França (integrante do Thêtare du Solei, atuou no filme “Lavoura Arcaica”, de Luiz Fernando Carvalho), Augusta Ferraz, referência do teatro pernambucano e o ator Aderbal Freire Filho, diretor teatral consagrado com quase 50 peças no currículo, foram convidados por Tuca Siqueira para compôr o triângulo amoroso. Com “Amores de Chumbo”, Aderbal volta a atuar no cinema após um hiato de quase dez anos.

Com orçamento total de R$ 1,4 milhão, o filme é produzido por Mannu Costa, da Plano 9, e também por Tuca Siqueira, da Garimpo Audioviovisual, em produção associada com Carol Vergolino, da Alumia Produções e Conteúdo. Parte dos recursos para realização da obra foram captados junto ao edital do Funcultura 2013/2014, do Governo de Pernambuco, via Secretaria de Cultura e Fundarpe.

“Amores de Chumbo” também foi contemplado pelo edital de desenvolvimento do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual – PRODAV 5 (Ancine/Brde), em 2014. Nesse mesmo ano, o longa integrou ainda o BrLab, laboratório de desenvolvimentos de projetos da América Latina, realizado em São Paulo, e, em 2015, participou do programa Cinéma en Développement do Festival Cinélatino, de Toulouse (França).

“O filme é um movimento de resgate dentro de uma perspectiva original quando, na atualidade, trata de um período histórico brasileiro, utilizando cenários da região Nordeste, para falar de relações amorosas e sexuais entre pessoas com mais de 60 anos, comunidade pouco explorada na cinematografia brasileira”, explica a produtora Mannu Costa.

A direção de fotografia do filme é assinada por Beto Martins, fotógrafo baiano radicado no Recife e premiado pela fotografia de “Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos”, de Camilo Cavalcante. Também trabalhou em “Loja de Répteis”, de Pedro Severien, nos longas “Rio Doce – CDU”, de Adelina Pontual, e “História da Eternidade”, de Camilo Cavalcante e no curta “Enjaulado”, de Kleber Mendonça Filho. Já a direção de arte ficou a cargo de Séphora Silva (“Amarelo Manga”, de Cláudio Assis, e “Cinema, Aspirina e Urubus”, de Marcelo Gomes).

Sinopse

Drama ficcional em formato de longa-metragem, “Amores de Chumbo” questiona os limites de cada um numa trama de conflitos que se desenrola à medida que segredos guardados há mais de 40 anos aparecem. Um triângulo amoroso misterioso é o ponto central da trama de “Amores de Chumbo”. Muitos sentimentos confluem na história, baseada nas virtudes e fragilidades dos personagens. O filme trata da capacidade do ser humano em cometer erros e do quanto um determinado contexto social e político pode interferir na vida das pessoas, numa perspectiva que é ao mesmo tempo individual e coletiva.

Quarenta anos separam Maria Eugênia (70), ou Maê (Juliana Carneiro da Cunha), escritora pernambucana radicada na França, do casal Miguel (70) (Aderbal Freire Filho) e Lúcia (65) (Augusta Ferraz), que acaba de comemorar união matrimonial de quatro décadas. O retorno de Maê suscita dúvidas e desconfianças há muito tempo guardadas. Miguel, professor de Sociologia e ex-preso político, deseja encarar a verdade, e Lúcia, parceira de vida que se dedicou a tirá-lo da prisão, quer fugir dela. É pelo ponto de vista desses três personagens centrais que conhecemos acontecimentos políticos e sociais dos anos de chumbo no Brasil; uma história que mudou o rumo de muitas vidas.

Produção e desenvolvimento do filme

“Amores de Chumbo” é o quarto longa-metragem produzido pela Plano 9 Produções (“Avenida Brasília Formosa”, dir.: Gabriel Mascaro; “Eles Voltam”, dir.: Marcelo Lordello, uma coprodução com a Trincheira Filmes; e “Em Nome da América”, dir.: Fernando Weller, em coprodução com a Jaraguá Produções). A Plano 9 finaliza atualmente “Maria Prestes”, documentário com direção de Ludmila Curi (RJ) e está em fase de produção da 2a temporada da série documental “Entrenós”, dirigida por Pablo Polo e Dea Ferraz e de “Fãtásticos, série ficção de André Pinto e Henrique Spencer. Produtora e sócia da Plano 9 Produções, Mannu Costa é professora no curso de Cinema e Audiovisual da UFPE e doutora pela UFRJ, desenvolvendo pesquisas na área de políticas públicas para o cinema no Brasil. Há mais de dez anos, ocupa várias funções na área de produção audiovisual, como produtora, produtora executiva, diretora de produção, assistente de produção e outros, além de ter participado do Programa de residência artística e profissional “Talents 2014”, da Berlinale (Festival de Cinema de Berlim).

Produtora associada do filme, Carol Vergolino, da Alumia, é formada em jornalismo pela UNICAP-PE e trabalha com audiovisual há mais de 15 anos, acumulando experiência em produção executiva. É produtora executiva do longa “Câmara de Espelhos”, dir.: Dea Ferraz o do próximo filme do diretor Camilo Cavalcante, “King Kong em Assunción”, além das séries “Saudade”, com direção de Paulo Caldas e “Borboletas e Sereias”, dirigida por Bárbara Cunha. Atualmente é executiva de mais de dez projetos de cinema e TV, além de dois Núcleos Criativos, liderados por Paulo caldas e Kleber Mendonça Filho. Como diretora, realizou o documentário “Alumia”, que acumulou mais de dez prêmios nacionais e internacionais.

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