Algomais - Página: 15 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Divulgada programação do Festival Janela Internacional de Cinema (Por Wanderley Andrade)

Foi divulgada, na terça (31), a programação do Festival Janela Internacional de Cinema. Serão exibidos, ao todo, 120 filmes de 50 países. A mostra competitiva contará com dez longas de 11 países. O evento também fará uma homenagem à diretora argentina Lucrecia Martel, com uma retrospectiva de sua obra. O festival é realizado desde 2008 por Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux. “O Janela se pauta na ideia de diversidade em muitos níveis, por formas de olhar o mundo, formas de entender o que é cinema e manusear suas ferramentas, diferentes durações, épocas e origens também nos mais diversos sentidos da palavra. Ao mesmo tempo não nos esquivamos dos diálogos que têm sido feitos em torno dos filmes dentro e fora do Brasil, e naturalmente tomamos parte neles. É um caminho espontâneo, mas é também um dever das curadorias, já que o cinema se faz e se mostra em sociedade”, destaca Kleber Mendonça Filho. O tradicional circuito de cursos e oficinas do Janela será marcado pela presença da homenageada Lucrecia Martel e do vencedor da Palma de ouro o cineasta francês Laurent Cantet. Os convidados ministrarão as aulas nos dias 4 e 5 de novembro, respectivamente. A sessão Clássicos do Janela trará este ano o tema “Heroínas”. Serão 11 títulos com grandes personagens femininas. Entre as produções, destaque para Aliens, o Resgate (1986), Uma Canta, a Outra Não (1977) e Garota Negra/La Noire de...(2015) longa da África subsariana. Os ingressos para o festival terão vendas online para as sessões do Cinema São Luiz a partir de hoje através do endereço virtual: http://www.sympla.com.br/xjaneladecinema. Programação completa: http://www.janeladecinema.com.br/2017/programacao-dia-a-dia/

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Cinema de animação em Pernambuco é destaque em livro (Por Wanderley Andrade)

Pouco se divulga, mas Pernambuco tem mostrado grande potencial em relação ao cinema de animação. Um bom exemplo disso é o Mundo Bita, desenho infantil que virou febre no Brasil, da produtora pernambucana Mr. Plot. Inspirado nesse mercado, o professor Marcos Buccini, doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, lançou na Bienal do Livro de Pernambuco, no sábado (14), o livro História do Cinema de Animação em Pernambuco. Em entrevista à Algomais, Marcos, que também é cineasta, conta detalhes de como surgiu o projeto e faz uma análise do mercado atual do cinema de animação no estado. Como surgiu o projeto do livro? Teve origem na minha tese de doutorado feita no PPGCOM da UFPE. Mas na minha pesquisa da tese fiz um levantamento até 2010. Daí consegui um patrocínio do Funcultura Audiovisual para estender a pesquisa e lançar o livro. Por que falar sobre o cinema de animação em Pernambuco?  Porque era uma história não contada. O primeiro e único texto que abordava o cinema de animação do estado foi a monografia de Christiane Quaresma, que estudou os filmes animados do Ciclo do Super-8 do Recife. Eu como participante da cena sentia falta de conhecer a nossa história, quantos filmes foram produzidos, quais as características do nosso cinema e quem faz parte dele. Qual maior desafio você enfrentou na realização da obra?  O maior desafio foi com certeza não ter praticamente nenhum texto para me basear. Pois fora a monografia de Christiane, citada anteriormente, o que se tinha eram textos esporádicos e superficiais sobre a animação de Pernambuco. Tive de fazer um trabalho de garimpo em catálogos de festivais e mostras. Mas foi através das entrevistas com os realizadores que eu consegui as principais informações. Quando e como começou sua relação com o cinema de animação? Desde cedo queria fazer cinema, mas não era fácil no fim da década de 1980. Acabei entrando no curso de Design Gráfico e quando o cinema de Pernambuco começou a ganhar fôlego, notei que a animação seria a linguagem ideal para mim, pois envolvia o cinema com as artes gráficas. Assim, em 2002, junto com alguns amigos, realizei A Árvore do Dinheiro, co-dirigido por Diego Credidio. Em seguida, em 2005, já professor, fui chamado para coordenar o Núcleo de Animação da Faculdade Aeso Barros Melo. Hoje dou aula na UFPE, no campus de Caruaru, lá tenho vários projetos com animação, inclusive um laboratório, o Maquinário. Como está atualmente o mercado de animação no Estado? A animação em Pernambuco nunca esteve melhor. Temos um dos melhores editais do país para o audiovisual, o Funcultura. E, por conta da Lei 12.485/2011, a Lei da TV Paga, as séries para TV têm crescido muito no Brasil e isso acabou reverberando em Pernambuco. Hoje temos pelo menos 4 produtoras realizando séries no estado. Isso é muito bom, pois é um produto que tem forte chances de dar lucro, gera muito emprego e também cria outras oportunidades, como licenciamento de produtos. Até o momento o caso de sucesso é o Mundo Bita, da Mr. Plot, que já conquistou as crianças do Brasil e muitos pais nem sabem que seus filhos estão consumindo um produto 100% pernambucano. Mas é bom dizer que ainda estamos engatinhando. Falta mão de obra especializada, especialmente para as séries, e o mais preocupante é que, assim como 99% das filmografias do mundo, ainda precisamos de patrocínio governamental, e com o atual governo, que está cortando o investimento nas artes e educação, não temos nenhuma garantia que o crescimento dos últimos 10 anos da animação (e do cinema em geral) não sofra um enorme retrocesso. Como diz uma amiga animadora carioca, Aída Queiroz: "O futuro da animação brasileira depende do futuro do Brasil".

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Cinema francês em alta com a estreia de “O Melhor Professor da Minha Vida” (Por Wanderley Andrade)

Histórias inspiradoras sobre professores que transformaram a vida de alunos através de métodos bem à frente do seu tempo, há muito rendem bons filmes. Difícil esquecer de clássicos como Ao Mestre com Carinho (1967) e Sociedade dos Poetas Mortos (1989). Outro belo exemplo, desta vez mais recente, é a coprodução EUA/Reino Unido/Quênia, Uma Lição de Vida (2009). O longa narra a jornada de Kimani Marug, um queniano de 84 anos que, com a ajuda da professora, decide voltar à escola. Essa relação de amizade entre professor e aluno mostra ser fonte inesgotável de inspiração para roteiristas e produtores. Seguindo a mesma temática, chega aos cinemas, nesta quinta, a produção francesa, O Melhor Professor da Minha Vida. No filme, Denis Podalydès interpreta François Foucault, um professor de Literatura de uma importante escola de Paris. Um encontro com uma funcionária do Ministério de Educação resultará na proposta para lecionar em um colégio de periferia. François terá como desafio mudar a realidade de alunos indisciplinados como Seydou (bela interpretação de Abdoulaye Diallo), que sofre com a mãe doente e busca refúgio na marginalidade. O Melhor Professor da Minha Vida discorre sobre transformação. Seydou não será o mesmo após o encontro com François Foucault e a Literatura. Em contrapartida, a experiência com a nova turma marcará profundamente a vida de François e afastará medos e preconceitos acumulados até então. Sua boa relação com os alunos despertará ciúmes nos outros professores. Este é o primeiro longa-metragem dirigido por Olivier Ayache-Vidal, que também assina o roteiro. A fotografia é de David Cailley, que tem no currículo filmes como Amor à Primeira Briga (2014) e In Califórnia (2015). A câmera trêmula de Cailley confere às cenas de conflito maior tensão e um tom mais intimista. A história, fundamentada em um tema já exaustivamente explorado no cinema, poderia, sem cerimônia, atar-se à comodidade e falta de inspiração característicos ao clichê. Mas o roteiro bem escrito, livre de pontas soltas, e a competente direção de Olivier Ayache-Vidal dão ao filme a simplicidade e paradoxal profundidade de uma boa aula. Confira os horários de exibição.

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Filme de Angelina Jolie retrata os horrores da guerra civil do Camboja

Era esperado que a relação estreita de Angelina Jolie com o Camboja renderia um filme algum dia. Produzido pela Netflix, First They Killed My Father (Primeiro Mataram Meu Pai, em uma tradução livre) estreou no serviço de streaming no último dia 15. Baseado no livro de memórias da ativista Loung Ung, narra sua luta pela sobrevivência ao lado da família durante o regime do Khmer Vermelho, período em que morreram cerca de 2 milhões de cambojanos. O filme acompanha a jornada de Loung que, aos cinco anos, recebeu treinamento militar para defender o Khmer Vermelho durante a guerra civil cambojana. Retrata sem cortes e muito realismo os horrores de uma guerra que arrancou precocemente sua infância. First They Killed My Father foi gravado inteiramente no Camboja e a base do elenco formada por atores locais. Destaque para a boa atuação de Sareum Srey Moch, que encarna a protagonista. O filho adotivo de Angelina, o cambojano Maddox Jolie Pitt, também atua no longa, além de acumular a função de produtor. Este é o quinto trabalho de Angelina como diretora, função que abraçou desde 2007 com o documentário A Place in Time. A partir de 2011, seguiu para a ficção com Na Terra de Amor e ódio. Em 2014, dividiu opiniões da crítica especializada com o filme de guerra, Invencível. Já em 2015, recebeu duras críticas pelo insosso À Beira Mar, longa em que contracena com Brad Pitt. First They Killed My Father prova que Angelina amadureceu como diretora. É um tratado sobre a perda da inocência, um retrato cru da insanidade da guerra e da contradição de um regime que prega igualdade de direitos tolhendo a liberdade. A história de Loung Ung ecoa como um grito de denúncia de uma realidade, infelizmente, ainda tão palpável para muitos em pleno século XXI. Confira o trailer:

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Black Sabbath: Documentário registra último show da banda (Por Wanderley Andrade)

4 de fevereiro de 2017. Data difícil para os fãs da banda Black Sabbath. Noite em que Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler subiram ao palco pela derradeira vez, após quase meio século em atividade. A banda, natural de Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido, revolucionou o rock, popularizando o estilo Heavy Metal. Começaram em Birmingham e lá realizaram seu último show. Todos os detalhes da apresentação histórica estão registrados no documentário Black Sabbath: The End Of The End, que terá sessão única nos cinemas, na quinta (28). Difícil desassociar o Black Sabbath da palavra "polêmica". Quem nunca ouviu falar do show em que Ozzy Osbourne arrancou a cabeça de um morcego com uma mordida? O fato ocorreu em 1982 durante uma apresentação na cidade americana de Des Moines, Iowa. Em The End Of The End o grupo relembra algumas dessas histórias que tornaram a banda conhecida mundialmente. Falam sobre as críticas negativas recebidas no início e sobre o preconceito que sofreram. Histórias como a do guitarrista Tony Iommi, que durante as gravações do 13º álbum fora diagnosticado com câncer linfático. Geezer Butler destaca a persistência da amigo durante a fase de quimioterapia: costumava sair do hospital direto para o estúdio. Iommi também recebe o carinho de Osbourne, que exalta a força de superação do companheiro de banda. Ele acha incrível a forma como Iommi toca guitarra, mesmo sem a ponta de dois dedos da mão direita, consequência de um acidente na época em que trabalhava numa fábrica. O documentário intercala entrevistas e interpretações completas de algumas músicas tocadas em Birmingham, entre elas, “Iron Man”, “Snowblind”, “War Pigs” e “Paranoid”.  Também há bons momentos gravados durante um encontro do grupo em um estúdio dias depois do último show. Para os fãs, oportunidade de ver a banda em ação longe da pressão de um palco. Mas o melhor de The End Of The End vem justamente no fim, ou melhor, após os créditos finais. A entrevistas continuam, agora, divididas por temas. O grupo discute a suposta ligação da banda com o ocultismo, resultado de, segundo eles, interpretações erradas de suas canções. Em outro momento, Ozzy Osbourne fala sobre a relação com as drogas e o alcoolismo e as consequências ruins que trouxeram à sua vida. Conta detalhes de como largou o vício. The End Of The End é um presente aos fãs do Black Sabbath que não puderam estar em Birmingham. Fecha com excelência o ciclo de uma das grandes bandas da história do rock mundial. Cinemas e horários: https://www.ucicinemas.com.br/Home/CinemaHorarios/8113?origem=filtro  

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Em Defesa de Cristo: a história do jornalista ateu que se entregou à fé cristã

Apoiado em boas histórias e em campanhas de marketing junto a igrejas e líderes religiosos de destaque, o cinema cristão vem a cada ano levando mais pessoas às salas de cinema. Para se ter uma ideia, em 2015, o filme Quarto de Guerra ficou em 2º lugar na média de público por salas, na sua semana de estreia, perdendo apenas para o blockbuster Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2. Outro bom exemplo é o longa Deus Não Está Morto, produzido pela Pure Flix Entertainment, atualmente, uma das grandes produtoras do gênero. Ele custou apenas (levando em conta, claro, o que se gasta atualmente em Hollywood na produção de um filme) US$ 2 milhões e arrecadou, só nos EUA, US$ 60,7 milhões. Trilhando o mesmo caminho, estreia este mês a nova aposta da produtora, o filme Em Defesa de Cristo, cercado (não poderia ser diferente) por uma forte campanha de divulgação e o apoio de nomes importantes do segmento gospel, como a cantora Aline Barros, que canta a música tema da produção. Em Defesa de Cristo é baseado na história real do jornalista americano outrora ateu Lee Strobel. Revoltado, após sua esposa Leslie (Erika Christensen) converter-se à fé cristã, decide usar seus dotes jornalísticos para provar que tudo o que se registrou e pregou até hoje sobre Cristo não passou de uma farsa. A jornada o levará, ironicamente, a um caminho inverso ao que um dia escreveu o autor bíblico da carta aos Hebreus: “a fé é a prova das coisas que se não veem”. Strobel precisará ver, ou melhor, ouvir os relatos das fontes, para, então, crer. E a fé, coincidentemente ou não, tem servido de tema para a maioria dos filmes cristãos lançados nos últimos anos, como o recente Você Acredita? além dos já citados no início. Ainda que insista em uma temática já tão explorada, Em Defesa de Cristo é superior, tecnicamente, às outras produções do gênero. A pegada e ritmo da narrativa lembra muito o clássico de 1976 estrelado por Robert Redford e Dustin Hoffman, Todos os Homens do Presidente. Destaco também a boa fotografia, marcada em alguns momentos por imagens trêmulas, bem no estilo câmera na mão. O elenco é formado por nomes importantes do cinema mundial, como a ganhadora do Oscar Faye Dunaway, conhecida por interpretar Bonnie Parker no filme Bonnie & Clyde: uma Rajada de Balas, grande sucesso de público e crítica de 1967. Tem também Robert Forster, indicado ao Oscar por sua atuação em Jackie Brown, de Quentin Tarantino. Mike Vogel interpreta o protagonista. O ator trabalhou em séries de sucesso, como Under The Dome e Bates Motel. No cinema, atuou em grandes filmes, como Histórias Cruzadas e Cloverfield – Monstro. Em Defesa de Cristo chega aos cinemas no dia 14 de setembro.  

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