Claudia Santos – Página: 139 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Suco de laranja contra o peso e o envelhecimento

O suco de laranja pode ser um aliado em dietas de emagrecimento segundo estudos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Um benefício proporcionado pela substância chamada leptina, responsável pela sensação de saciedade e que pode funcionar como moderador de apetite. A bebida também é um poderoso antioxidante e pode ajudar a combater o envelhecimento, de acordo com outro estudo desenvolvido também na Unesp. Já em outra linha de pesquisa, que investigou a inclusão do suco de laranja na dieta de obesos, observou-se melhora significativa nos níveis do LDL colesterol e do PCR, que é uma substância inflamatória. “Nos últimos anos contamos com a participação de 400 a 500 voluntários e em todos os casos podemos constatar que a inclusão do suco de laranja na dieta, além de não gerar ganho de peso, ainda melhorou os marcadores inflamatórios”, afirma a professora-doutora Thais Borges César, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp e responsável por coordenar os estudos realizados na instituição. Nos últimos 16 anos o departamento de nutrição da Unesp de Araraquara desenvolveu uma série de pesquisas sobre o suco de laranja que comprovam que o consumo dessa bebida proporciona uma série de benefícios para a saúde, muito além da conhecida vitamina C. De acordo com os estudos, o suco é fonte de substâncias importantes como cálcio, o ácido fólico e o potássio, entre outros. Essa rica combinação de fitonutrientes fazem com que a inclusão do suco no cardápio ajude no controle do colesterol ruim, na diminuição da pressão arterial, prevenção do câncer e até mesmo no combate à obesidade. Situada no maior polo citrícola do mundo, a Unesp Araraquara tornou-se referência nos estudos relacionados às propriedades do suco de laranja. Entre as principais linhas de pesquisas da universidade está o alto poder antioxidante desse suco.  

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Produção industrial de PE recua

A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) divulgou a pesquisa de Sondagem Industrial referente a janeiro de 2016. Apesar de apresentar pequenas progressões quando comparadas ao mês de dezembro de 2015, a maioria dos índices não exibiram boa performance. A pesquisa detectou queda em três itens avaliados, um deles, volume de produção, diminuiu 1,5 pontos e ficou com 41,3, índice inferior ao resultado obtido no mês anterior quando registrou 42,8 pontos. A utilização da capacidade instalada obteve 37,7 pontos, queda de 3,6 pontos e a evolução do número de empregados sofreu decréscimo de 4,2 pontos, totalizando 43,5 pontos na pesquisa. Dos itens avaliados no estudo o único que apresentou acréscimo foi estoques de produtos finais (47,0 pontos) com aumento de 2,5 pontos comparado a dezembro. A pesquisa de sondagem avaliou também as expectativas dos industriais pernambucanos para os próximos seis meses e mostrou um aumento em dois dos índices pesquisados. O número de empregados marcou uma discreta evolução de 0,3 ponto, alcançando 40,7 pontos e a quantidade exportada (51,1 pontos) voltou a registrar aumento, neste caso, de 8,1 pontos, refletindo expectativa de ampliação das vendas no exterior. Em sentido oposto, a demanda por produtos (40,9 pontos) e compras de matérias-primas (38,2 pontos) caíram, cada, 5,5 pontos, atingindo o menor nível dos últimos meses. De acordo com o gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da Fiepe, Thobias Silva, o resultado da pesquisa reflete o momento da economia nacional que tem impacto direto na economia do Estado e sobre as indústrias em Pernambuco. “Soma-se a isso, a inflação elevada, instabilidade cambial, elevada taxa de juros e um complexo ambiente de negócio no País, o que não permite as empresas no momento melhorar suas expectativas, pelo menos por enquanto,” afirma. Indústria da Construção – O ano de 2016 também inicia com queda para a indústria da construção que apresentou baixo nível de atividade e resultados semelhantes aos encontrados em dezembro de 2015, de acordo com a pesquisa de Sondagem Industrial da Construção. O ano de 2016 também inicia com queda para a indústria da construção que apresentou baixo nível de atividade e resultados semelhantes aos encontrados em dezembro de 2015, de acordo com a pesquisa de Sondagem Industrial da Construção. O estudo revelou que houve variações negativas em todos os índices analisados em Pernambuco. O nível de atividade em relação ao mês anterior reduziu-se em 7,6 pontos, marcando 27,2 pontos em janeiro, ao mesmo tempo, o nível de atividade em relação ao usual registrou queda de 2,3 pontos, chegando a marcar 25,5 pontos. Por fim, o índice evolução do número de empregados obteve redução de 11,7 pontos, alcançando 27,4 pontos este mês. A sondagem aponta também variações negativas na maioria dos índices das expectativas dos industriais pernambucanos do setor da construção para os próximos seis meses. Nesse contexto verifica-se que o nível de atividade (39,5 pontos), o número de empregados (40,7 pontos) e os novos empreendimentos e serviços (33,7 pontos), demonstram quedas de 0,3, 0,9 e 9,0 pontos, respectivamente. Em sentido oposto, o índice expectativa de compras de matérias-primas foi o único a apresentar crescimento (5,6 pontos), registrando 39,8 pontos na pesquisa do primeiro mês de 2016. O estudo trouxe uma discreta evolução no resultado nacional em dois dos seus índices: nível de atividade em relação ao mês anterior (33,6 pontos) e a evolução do número de empregados (33,8 pontos) que obtiveram, respectivamente, uma modesta elevação de 0,3 e 0,8 ponto. Em contrapartida, o nível de atividade em relação ao usual registrou queda de 0,2 ponto marcando 26,5 pontos na pesquisa de janeiro de 2016. A região Nordeste acompanhou a tendência nacional com a permanência dos seus índices abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Assim, o nível de atividade em relação ao mês anterior (36,1 pontos) encontra-se 0,1 ponto abaixo do valor registrado do mês de dezembro. Por outro lado, o nível de atividade em relação ao usual (29,2 pontos) obteve acréscimo de 1,3 pontos e a evolução do número de empregados se manteve constante, indicando os mesmos 34,9 pontos registrados na sondagem do mês anterior.

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Aeroporto do Recife tem recorde de cargas

O terminal de logística de carga (Teca) do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre (PE) registrou em 2015 um crescimento histórico na movimentação de cargas de importação. No acumulado do ano, o complexo processou 8.435 toneladas no setor de importação, um crescimento de 103,79% em relação às 4.139 toneladas movimentadas em 2014. O resultado representa cerca de 27% da movimentação total do Teca em 2015, que foi de 31.042 t. O terminal também apresentou resultados positivos no processamento de cargas de exportação: 8.435 t, movimentação 25,8% superior às 3.801 t processadas em 2014. Os principais produtos movimentados pelo complexo logístico pernambucano no setor de cargas de importação são peças do setor automobilístico, medicamentos e insumos, reagentes químicos, instrumentos e equipamentos médico-hospitalares, instrumentos e equipamentos de informática, sendo os setores automotivo e farmacoquímico os carros-chefes do crescimento registrado no ano passado. Já no setor de exportação, os principais volumes transportados são de frutas (especialmente mamão e manga), pescados resfriados como atum e meca, sandálias, produtos ortopédicos e painéis eletrônicos para ônibus. Outro fator que contribuiu para os resultados obtidos foi a fidelização de duas empresas importantes: a Fiat Chrysler Automobiles, no setor automotivo, e a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, no setor médico-hospitalar. A fidelização da Fiat, em particular, acompanha a efetivação do polo automotivo da empresa no Estado de Pernambuco. “A sequência de recordes de movimentação comprova a qualidade do serviço prestado pela área de cargas do terminal do Guararapes”, pontuou o gerente de Negócios em Logística de Carga do aeroporto, Geovanni Costa. “Isso motiva as equipes da Gerência de Negócios em Logística de Carga a superar-se ainda mais nos desafios futuros, garantindo a consolidação do Teca como elo de destaque da cadeia logística pernambucana”, concluiu. Características do Teca do Recife O terminal de logística de carga do Aeroporto do Recife é o segundo mais movimentado da Rede Teca da Infraero, respondendo por 10,8% da movimentação de cargas na malha logística da estatal em 2015. Com uma área total de 6.951,95 m², o terminal conta com 1.562 m² de área total para cargas de importação e 625 m² para volumes de exportação. O complexo conta com uma infraestrutura moderna e variada para o processamento das cargas, contabilizando empilhadeiras com capacidades de 3 e 7 toneladas, aparelho de raios-x para carga, câmaras frigorificadas, porta-paletes para armazenamento verticalizado, balanças de capacidades variadas (30, 500 e 7.000 Kg), racks fixos e móveis para movimentação de cargas, paleteiras manuais, plataformas hidráulicas, entre outros.  

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Mau humor prejudica a saúde

Quem nunca teve um dia de fúria? Nesse mundo acelerado em que vivemos, com uma montanha de coisas para fazer num dia de “apenas” 24 horas, estresse e preocupações, não é difícil se render ao mau humor. Mas cuidado: esse sentimento de irritação pode fazer mal a sua saúde, o que vem sendo comprovado por estudos científicos. Mau humor é uma resposta emocional a uma situação desagradável, que nos tira o bem-estar. “Nosso humor tem variações durante o dia”, informa o psicólogo Leopoldo Barbosa, professor da Pós-graduação de Psicologia da Faculdade Pernambucana de Saúde. E nem sempre, reconhece Barbosa, é tarefa fácil manter o alto astral no cotidiano. Imagine um dia em que você está atrasado para o trabalho e no meio do caminho o seu carro quebra. Como não ficar irritado? Porém, segundo Leopoldo Barbosa existem estilos de vida que podem levar um indivíduo a ser um verdadeiro rabugento. “Pessoas com nível de estresse elevado, em estado de esgotamento, tornam-se mais irritadas”, esclarece o psicólogo. Esse dia a dia estressado acaba por afetar o sono e uma noite mal dormida é um ambiente fértil para o mau humor. “Um sono irregular deixa você cansado e consequentemente irritado” explica Barbosa. A privação do sono inibe a produção de hormônios, como a serotonina, que geram a sensação de prazer e relaxamento. É certo, porém, que algumas pessoas são mais mal-humoradas que outras. Muitas incorporam o jeito “Seu Lunga” de ser e são o que se pode chamar de pavio curto. Reagem de forma irascível a situações que provocam um mínimo de desconforto. O que leva um indivíduo a se comportar dessa maneira? Para responder a essa pergunta, segundo o segundo o psiquiatra Everton Botelho Sougey, professor do Departamento de Neuropsiquiatria da UFPE, é necessário compreender como é composta a personalidade de uma pessoa. Ela é constituída por três dimensões: o ambiente cultural que estamos inseridos, a herança familiar e o temperamento, isto é, como somos afetivamente, como nos relacionamos com as pessoas e como como reagimos às situações favoráveis e desfavoráveis. “Uma pessoa pode ter um componente da personalidade que a faz de reagir às situações de forma pouco tolerante, instável, às vezes, explosivas”, explica Sougey, que também é presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria (SPP). A maneira como se convive com as adversidades tem relação, de acordo com Leopoldo Barbosa com a história de vida de cada um, de como se aprendeu a lidar com os problemas, ou seja, pelos traços da personalidade que se moldam ao longo da vida. “Há casos em que se tem um sentimento de culpa, frustração ou tristeza e na tentativa de se livrar desse sentimento buscam respostas como o mau humor. É uma resposta automatizada, um mecanismo de defesa”, resume. Existem casos, porém, que vão muito além da mera irritação, e se constitui de fato uma doença chamada distimia. A principal característica é quando o estado de mau humor perdura por no mínimo dois anos. São indivíduos com baixa autoestima, de difícil relacionamento, que reclamam muito e só veem o lado negativo das situações. “Trata-se de um humor depressivo, mas não que chega a preencher os critérios de um quadro depressivo”, distingue Souvey. Para tratar é imprescindível acompanhamento psiquiátrico. Porém o presidente da SPP ressalta que esse tratamento aliado à psicoterapia traz melhores resultados. Mesmo em indivíduos que não apresentam distimia, a psicoterapia pode ser de grande ajuda. E esta é a boa notícia: é possível reverter o mau humor! Na linha psicoterapêutica denominada terapia cognitiva comportamental, o processo acontece levando o paciente a desenvolver o raciocínio para entender o emocional e praticar um pensamento de bom senso. “Ter flexibilidade cognitiva é ter repertório de habilidades para não se chegar ao estado de mau humor. Pessoas mal-humoradas entram num ciclo vicioso e reclamam tanto que se tornam alvo de críticas”, destaca Barbosa. Um bom exemplo disso é o trânsito. Aí, tem-se duas opções: ou aumenta-se o nível de irritação com os congestionamentos ou aceita-se a situação e busca-se soluções. Leopoldo Barbosa, por exemplo, conta que sai para o trabalho às 6h30. “Se eu sair às 6h40 fico no engarrafamento”. Mais do que se irritar com a situação é pensar nas alternativas. Outra dica é identificar o que causa alteração de humor para poder modificar a reação. Muitas vezes, como salientou o psicólogo, pode estar relacionado com algum sentimento, como frustração ou tristeza e a psicoterapia também pode ajudar nesse caso. Também é fundamental ter tempo para você, ter horário para se alimentar e manter uma dieta saudável, além de realizar atividade física. “Exercícios físicos são um grande modelador do nosso bom humor, porque estimulam a liberação no nosso corpo das substâncias endorfina, dopamina e serotonina, que são relacionadas ao bem-estar e ao sono”, aconselha Barbosa. E como mente corpo não podem estar dissociados, saiba que o mau humor traz um prejuízo enorme para o nosso organismo. As pessoas mal-humoradas apresentam tendência a terem mais adrenalina, o que provoca o aumento da glicogenose, isto é, altera a quantidade de glicogênio, substância que está presente nas células e com mais abundância no fígado e nos músculos. Nela são armazenados a glicose obtida pela alimentação. “Essa situação pode provocar falta de ar, hipertensão e aumentar o risco para desenvolver a diabetes tipo 2”, alerta Souvey. O estado de mau humor também eleva a quantidade de cortisol, hormônio que em excesso pode interferir no sono, provocar desequilíbrios da quantidade de açúcar no sangue e até causar problemas os neurológicos. “Pode inibir a proteína necessária para realizar a conectividades entre os neurônios, a BDNF (sigla em inglês para fator neurotrófico derivado do cérebro). Portanto, se você quer manter sua saúde física e psíquica, espante o mau humor do seu cotidiano.

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Isadora Melo no ExcentriCidades

O projeto ExcentriCidades recebe em sua segunda edição de 2016, um show especial da cantora Isadora Melo, amanhã (24). O show acontecerá no sexto andar do Edf. Pernambuco, na Dantas Barreto, a partir das 19h. O ingresso custa R$ 10 (antecipado no local do evento) e R$ 15 (na hora). Para a apresentação, que faz uma prévia de algumas canções do primeiro álbum autoral de Isadora, o Vestuário, a cantora virá com a formação completa. Acompanhada dos músicos Juliano Holanda (violão e guitarra), Walter Areia (baixo acústico), Rafael Marques (bandolim) e Julio César (acordeon), ela executará algumas canções contidas no álbum, além do cover da música “Pra Marte”, de Maurício Pereira. Aninha Martins também é participação confirmada no show. Num dueto, elas interpretarão canções de ambas. Confira no vídeo a voz delicada e cheia de personalidade de Isadora Melo.  

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O que falta ser tombado

O governador Paulo Câmara empossou, em data de 29 de dezembro último, o novo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, além de lançar o Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco e o Prêmio Ariano Suassuna de Cultura e Dramaturgia. Composto por 14 membros, sendo sete representantes da sociedade civil e sete designados pelo Governo, o colegiado tem entre suas atribuições a missão de deliberar sobre tombamentos de patrimônios, eleição para novos patrimônios vivos, além de outros assuntos relacionados à política de preservação cultural. Diante da existência de um novo conselho, começo por voltar a arruar pelas ruas, becos, ladeiras, praias, pontes e avenidas do Recife e de Olinda, e vejo, em cada passo, elementos originários dos séculos 17 e 18, tão presentes neste início de século 21, apesar da degradação levada pelo abandono e pelo descaso de que foram vítimas. Aqui e ali uma paisagem, um recanto de praça, uma rua deserta ou mesmo um prédio isolado, são marcos de um passado a necessitar do amparo do competente tombamento por parte desse Conselho, com base Lei Estadual nº 7970, de 18 de setembro de 1970, regulamentada pelo Decreto nº 6239, de 11 de janeiro de 1980. No âmbito da preservação da paisagem, eu chamaria a atenção para o panorama da calha do Rio Capibaribe, em sua extensão que vai da BR-101 até a sua foz no Bairro do Recife, que, dia a dia, vem sendo ameaçada por causa da necessidade do disciplinamento de suas margens, merecendo assim um estudo por parte desse conselho visitando sua preservação. No âmbito do patrimônio construído, surge como primeiro conjunto necessitado de urgente preservação o Cemitério do Senhor Bom Jesus da Redenção de Santo Amaro das Salinas, projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira, no governo de Francisco do Rego Barros (futuro Conde da Boa Vista) e inaugurado em 1º de março de 1851. Possui arquitetura radial com os túmulos distribuídos ao longo de ruas que convergem para um ponto central, onde está localizada a capela (1853), o nosso primeiro templo religioso em estilo gótico, disposta no formato de cruz grega, fechada por uma só abóbada, tendo ao centro um grande crucificado de origem francesa fundido em ferro. Seguem-se no rol das propostas o tombamento das sedes dos sítios urbanos do século 18, ainda presentes em nossa paisagem como os Sítios e Capelas de João de Barros, do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, do Manguinhos, a qualquer momento passíveis de uma incorporação imobiliária. Outros espaços urbanos, como a Praça Maciel Pinheiro, com seu casario e fonte de mármore, esculpida em Lisboa pelo artista Antônio Moreira Ratto, em 1875, hoje ameaçado pelo abandono e degradação que vem sofrendo, e o Pátio da Fundição Capunga, com todo o casario do seu entorno, localizado na Avenida Joaquim Nabuco no mesmo bairro. A praça central da cidade, a Praça da Independência, popularmente conhecida como Pracinha do Diario, é outro objeto de nossa proposta por nela estar situado o primitivo prédio do Diario de Pernambuco, cuja redação nele funcionou até o ano de 2005. Fundado em 7 de novembro de 1825, por Antonino José de Miranda Falcão, o Diario é em nossos dias o mais antigo jornal da América Latina e o decano da imprensa diária em língua portuguesa. A nossa lista sugere também o tombamento dos jardins públicos criados no Recife de forma pioneira pelo paisagista Roberto Burle Marx, ao tempo que dirigia a Diretoria de Parques e Jardins do Recife (1934-1937), notadamente a Praça de Casa Forte (1934), Praça Euclides da Cunha no Benfica (1935), a Praça Farias Neves Sobrinho e todo Horto de Dois Irmãos, a Praça Dezessete, o Parque Treze de Maio, a Praça do Derby e outros que se seguiram como a Praça Salgado Filho (Aeroporto). Não poderiam ser esquecidos, nesta relação, os conjuntos arquitetônicos que se tornaram marcantes na vida do Recife que hoje sobrevivem pelo simples acaso, não pairando sobre eles qualquer diploma específico de preservação, como é o caso do casario característico da Rua Benfica, de Apipucos, do Poço da Panela, de Ponte D’Uchoa (com antiga estação dos trens da maxambomba), das casas contíguas ao Museu da Abolição, os gradis de ferro das casas existentes ao longo das avenidas Dois Irmãos, Dezessete de Agosto, Parnamirim e Rui Barbosa; os exemplares da arquitetura eclética do século 19 e início do século 20 presentes nas ruas da Imperatriz Tereza Cristina, Nova e Imperador D. Pedro II, no Pátio do Livramento, Pátio do Terço e nas ruas do bairro de São José. Na Rua das Flores, exatamente esquina com a Avenida Dantas Barreto, encontra-se clamando por tombamento o notável mural do artista Francisco Brennand, com 32 m de comprimento, iniciado em 24 de agosto de 1961 e concluído em 24 de abril de 1962, alusivo às duas Batalhas dos Montes Guararapes (1648 e 1649), com versos escritos pelos poetas César Leal e Ariano Suassuna. Um destaque especial para os velhos solares pernambucanos, tão importantes como as antigas vivendas do Barão Rodrigues Mendes (Academia de Letras) e Barão de Beberibe (Museu do Estado), estes tombados nacionalmente, mas outros encontram-se à espera da iniciativa do novo colegiado, como o Solar da Família Baptista da Silva, o Colégio Damas, o Colégio Agnes, o Palácio do Arcebispado, o Solar dos Tavares da Silva e o Solar dos Amorins. Como se não bastasse os exemplos aqui citados, restam ainda os templos construídos no século XVIII, verdadeiras joias da nossa arquitetura religiosa, todos desprovidos de proteção, a exemplo das igrejas de Nossa Senhora do Livramento, Santa Rita de Cássia, Rosário dos Pretos da Boa Vista, Nossa Senhora da Saúde do Poço da Panela, Nossa Senhora da Boa Viagem, da matriz da Várzea, da Moita do Engenho da Torre merecendo a atenção do novo conselho de preservação, visando o seu urgente tombamento. São todos eles testemunhas de um patrimônio construído e hoje ameaçado, para usar a imagem do poeta Ascenso Ferreira, pelas “panzer divisões de prédios-cimento-armado” que “estão tomando de assalto nossa Recife colonial…”

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Água é tão bom que ajuda até a emagrecer!

Se você só toma água na hora em que sente sede, é melhor mudar seus hábitos. Quando se está sedento é sinal de que o organismo já está com déficit desse precioso líquido. E bota precioso nisso, afinal 60% do nosso corpo é composto por água e nas crianças esse percentual eleva-se para 80%. Toda essa abundância hídrica é necessária para realizar as inúmeras reações químicas que ocorrem no nosso corpo para mantê-lo funcionando. Por meio dessas reações é que se realiza, por exemplo, a digestão. Presente nas células e tecidos, a água também compõe boa parte do sangue, que é responsável por transportar os nutrientes dos alimentos que ingerimos – como as vitaminas, o ferro, entre outros. Portanto, trata-se de um arsenal importante para nos manter nutridos e fortalecer nossas defesas contra infecções. E pasme: a água também emagrece! “Ela ajuda a ter uma sensação de saciedade, ou seja, a não ter fome”, revela a endocrinologista Lúcia Cordeiro, do Instituto de Endocrinologia do Recife. Esse benefício, segundo a especialista, foi constatado num recente estudo norte-americano que pesquisou crianças em escolas onde o acesso à água era facilitado pela existência de bebedouros e comparou-as com as de colégios onde não havia essa facilidade. “Os alunos com acesso à hidratação tiveram ganho de peso 35% menor quando comparado ao outro grupo de estudantes”, informa a médica, que alerta, no entanto, não ser verdadeira a ideia de que água gelada acelera ainda mais o emagrecimento. “Não existem estudos que comprovem esse benefício”, rechaça Lúcia. A água também auxilia na prevenção da chamada retenção de líquido que provoca os desagradáveis inchaços no corpo, que são comuns nos dias quentes e na tensão pré-menstrual. Isso acontece porque a água presente na circulação sanguínea acaba extravasando para a região abaixo da pele, se acumulando em certos locais do corpo causando o edema. Ao beber muita água, faz com que o líquido retorne para os vasos e saia pela urina. Para que isso ocorra os rins precisam estar em bom funcionamento. E nesse caso, mais uma vez, a água tem papel fundamental. “Eles filtram tudo o que entra no nosso organismo e precisam da água para realizar essa função. Pessoas com tendência a ter cálculo renal devem ter atenção redobrada”, orienta a nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do Curso de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde. Para os que sofrem com problemas intestinais como a prisão de ventre, a água pode ajudar e muito. Ela hidrata e amolece o bolo fecal, reduzindo seu volume e facilitando a excreção das fezes. “Muitos pacientes revelam nos consultórios que comem alimentos com muita fibra, mas não resolvem seus problemas de constipação. Isso ocorre porque eles não ingerem água na quantidade necessária”, aponta Fabrícia. Na verdade, consumir fibras alimentares sem a devida hidratação pode, segundo Lúcia Cordeiro, até aumentar a prisão de ventre. Numa situação extremamente oposta, isto é, na diarreia, o precioso líquido também exerce uma função importante. Isto porque há uma perda excessiva de água no corpo que precisa ser reposta para não provocar desidratação. O mesmo acontece nos quadros de vômitos e também de febre. FEBRE Nos estados febris há um aumento da temperatura corpórea e da transpiração, causando o risco de desidratação. “Quando a temperatura corporal excede os 37 graus perde-se 100 ml de água por hora em cada grau acima dos 37”, alerta Lúcia Cordeiro. Exemplificando podemos entender melhor: quando se está com 38 graus de febre, perde-se 100 ml de água a cada hora. Se alcança 39 graus, a perda eleva-se para 200 ml a cada hora. Portanto, se uma pessoa ficar 6 horas em estado febril e não for hidratada perderá 600 ml! E as consequências advindas por não repor a hidratação poderão ser sérias. “Caso um paciente esteja com febre e diarreia e não for hidratado pode sofrer uma lesão grave nos rins ao tomar um medicamento para a dor”, adverte Lúcia. É por isso, que quando estamos com alguma infecção e somos atendidos numa emergência, sempre nos oferecem analgésicos juntamente com soro fisiológico que combate a desidratação. E falando em febre, saiba que a água também é peça chave no controle da temperatura corporal, que é realizado pela transpiração. Sintetizado pela glândula sudorípara, o suor é produzido no momento em que o corpo atinge a temperatura acima dos 37 graus. Algo não muito difícil de acontecer em quem mora em localidades quentes como Pernambuco e quando se realiza atividades físicas. Pois sabia que o suor é 99% composto de água. Quanto devemos beber? Agora que já está ciente da importância da água para o nosso corpo, você deve estar se perguntando qual a quantidade ideal que devemos consumir para manter o organismo hidratado. Em média, uma pessoa que não realiza exercícios físicos intensos perde nada menos que 2,5 ml de água por dia, por meio da transpiração e da urina. E todo esse volume precisa ser reposto diariamente. Por isso, os médicos aconselham que sejam ingeridos de 2 a 3 litros por dia, algo como de 8 ou mais copos diários. Mas quantidade a ser consumida por um indivíduo que pratica atividade física intensa é diferente, assim como pessoas que apresentam certas doenças, como os que sofrem de insuficiência renal. Pode-se mesclar a hidratação com sucos de frutas e água de coco, porém com certa moderação. As frutas não substituem a água, porque contêm calorias e algumas substâncias que em excesso pode fazer mal a saúde. E fique longe dos isotônicos – que também são calóricos e possuem muito sódio e potássio – e dos refrigerantes, que também apresentam sódio, além de muito açúcar e não oferecem nenhum valor nutritivo. “Nos dias quentes do verão ou em situações como no Carnaval, quando se está exposto ao sol e suando muito, é necessário aumentar a quantidade de água ingerida”, recomenda a nutricionista Fabrícia. Falando em Carnaval, muitas vezes, pessoas passam mal e se sentem tontas no meio da folia. Um estado que pode configurar como falta de hidratação. “Na desidratação, o rim,

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Soluções para a escassez hídrica

Pesquisas apontam uma piora da seca nas próximas décadas, para enfrentar o futuro com menos água é necessário recorrer às novas tecnologias e melhorar o abastecimento   Pernambuco é um dos Estados do Brasil com pior potencial hídrico, de acordo com pesquisa da Agência Nacional de Águas (ANA). As imagens do gado morrendo de sede e da vegetação da caatinga no solo rachado, no entanto, contrastam com a vasta produção de manga e uva nos perímetros irrigados ou mesmo com o verde dos canaviais da Zona da Mata. Além de uma precipitação média muito abaixo da média nacional, ela é concentrada em parte do território estadual. Uma terra de realidades extremas quando assunto é disponibilidade de água. Mas, com a redução das chuvas nos últimos anos, ambos os lados desse cenário sofreram. Como as previsões pluviométricas para os próximos anos não são das melhores – e ainda são agravadas pelas mudanças climáticas – o caminho para um futuro com maior produtividade e menor sofrimento para a população humana e animal passa por infraestrutura e pelo uso de soluções tecnológicas. O balanço de chuvas da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) em 2015 mostra o impacto da seca na produção agrícola e na qualidade de vida da população. Na região sertaneja, a precipitação média foi de 323,3 milímetros, o que é 47% menor que a média histórica. Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife tiveram redução na média de chuvas respectivamente de 31%, 17% e 24%. “Identificamos um ciclo natural das chuvas do Nordeste que em um período de 10 anos, seis estão abaixo do normal e apenas um ou dois anos há chuvas acima da média. Frente a esse cenário, o ideal é que sejam tomadas providências para minimizar os efeitos dos períodos mais secos. A seca no Estado sempre ocorreu e sempre irá ocorrer”, afirma o doutor em meteorologia Roberto Pereira. Ele alerta ainda que em oposição ao decréscimo da precipitação há um aumento populacional. Uma fórmula matemática que provoca a cada ano uma diminuição da disponibilidade de água. Outro problema apontado é a grande diferença na ocupação espacial do território pernambucano que desafia a gestão do consumo da água. “Na verdade temos situações e realidades completamente diferentes ao longo do Estado. Áreas com pouca gente e pouca água, com muita gente e pouca água, lugares com pouca gente e muita água e de muita gente e muita água. Cada situação precisa de formas de lidar diferentes, além de possuírem vocação para atividades produtivas distintas”, aponta o professor da Faculdade Guararapes, Alexandre Ramos, que é especialista em saneamento e recursos hídricos e mestre em tecnologia ambiental. Ele lembra que a RMR e a Zona da Mata dispõem de água suficiente, mas precisam de infraestrutura para acumulação e distribuição. Na Mata Norte há muita água, mas não possui reservatórios, tendo o desempenho da sua produção agrícola vulnerável à intensidade das chuvas. No relato do professor, o Sertão, apesar das baixas precipitações, possui grandes reservatórios e está com novas infraestruturas de distribuição hídrica em andamento, além de possuir uma população reduzida. No Vale do Ipojuca, com uma grande população, a situação é mais crítica. Se o lençol é curto, cada um puxa para um lado. O uso dos recursos hídricos em geral são divididos entre a irrigação agrícola, o consumo humano e animal, o uso industrial e a produção de energia. Em Pernambuco, 63% da água vai para a irrigação e outros 9% para a indústria. Os consumos urbanos, rural e animal juntos somam 28% do uso da água no Estado. Para o diretor-presidente da Apac, Marcelo Asfora, sempre a prioridade deve ser o consumo humano e a dessedentação (consumo de água) animal . “Pelas características do nosso clima nós enfrentamos esse dilema. É necessário priorizar esses usos e incentivar o desenvolvimento agrícola, industrial e de produção de energia do Estado com tecnologia. É urgente partir para uma produção agricícola com maior eficiência do uso de água, além de optar por culturas com maior valor agregado, como é o caso da frutivinicultura no Vale do São Francisco”. Os especialistas são unânimes em relação à urgência de garantir um uso mais eficiente da água na produção agrícola. Os investimentos que aconteceram nas últimas décadas no Estado focaram mais na infraestrutura para disponibilidade da água para essa produção, como acontece nos perímetros irrigados. “Se é a agricultura que consome aproximadamente dois terços do volume de água do planeta, isso nos dá uma orientação de que se conseguirmos reduzir 5% disso com sistemas eficientes, já faremos uma grande economia. Temos uma agricultura irrigada que usa ainda processos muito perdulários. O desafio é aprender a produzir ocupando menos áreas, com maior produtividade por hectare”, afirma Asfora. O presidente da Apac lembra ainda que a atividade rural que mais ocupa pessoas é a de sequeiro, que depende apenas das chuvas, correndo um grande risco de colapso nos períodos de maior escassez. Um case para inspirar o desenvolvimento de sistemas mais eficientes de produção no campo é o de Israel. Mesmo tendo metade do seu território tomado por regiões desérticas, o País do Oriente Médio produz 90% da demanda interna de alimentos e ainda gera excedentes para exportar. “Israel enfrentou o desafio de transformar o deserto em área cultivável. Para enfrentar a situação natural adversa, os dois carros-chefes foram o desenvolvimento de tecnologia para geração de recursos hídricos aproveitáveis e para geração de energia, além da criação de sistemas para economia e reúso de água”, explica Ramiro Becker, diretor regional da Câmara Brasil-Israel de Comercio e Industria. No país, onde a situação de disponibilidade hídrica é muito mais complicada que em Pernambuco, uma das tecnologias usadas é a de dessalinização da água do Mar Mediterrâneo. A maior usina do mundo de dessalinização está localizada na cidade de Hadera, gerando 130 milhões de litros de água potável por ano. Só o volume desse equipamento, que foi instalado em 2010, é capaz de abastecer um a cada seis israelenses. “Isso tornou possível a Israel ser

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“Sou nordestino. Falo ‘Ólinda’ e não ‘Ôlinda'”

Ao comemorar 40 anos como repórter da Globo, Francisco José, 71 anos, coleciona feitos como ter descoberto o Escândalo da Mandioca, ter realizado reportagens com os maiores índices de audiência no Globo Repórter e ficar 40 dias vivendo como índio numa aldeia. Nesta entrevista ele conta sua trajetória como jornalista, que teve momentos hilários como o início do seu trabalho na TV. Você nasceu no Crato e quando veio para o Recife? Meu pai morreu quando eu tinha 7 anos de idade . Ele era um coronelzão do Sertão, era o Chico de Brito, tinha muitos filhos. Há muita história de cordel sobre ele. Minha mãe se casou com um senhor daqui do Recife três anos depois e me mudei para cá e fiquei até hoje. Cheguei aqui com 11 anos e estou com 71. Então sua infância foi mais no Recife? Foi. Primeiro viemos morar no bairro das Graças, e depois meu pai tinha uma empresa de vidros em Areias, onde moramos um tempo por lá, e o restante do tempo em Boa Viagem. Na época da minha adolescência eu nadava no mar de Boa Viagem até perder de vista, sem problema com tubarão (risos). Como foi o início da sua carreira profissional? Não tinha o curso de jornalismo quando entrei no jornal. Entrei no jornal por acaso, aos 20 anos, através de Aramis Trindade que era o editor de esporte do vespertino da empresa Jornal do Commercio, que era o Diário da Noite, e tinha um caderno esportivo. Eu era fanático por futebol até hoje acompanho bem o futebol, gosto de assistir aos jogos do Barcelona, dos times bons. Eu anotava tudo no caderno. Eu anotava as estatísticas do campeonato. Percebi que no jornal tinha 32 erros e fiz uma carta ao jornal, dizendo que aquilo era um absurdo, estavam enganando o leitor. Havia uma resenha esportiva da rádio Jornal do Commercio e Aramis convidou o leitor que havia corrigido a estatística e fiquei fazendo a estatística para eles. Um dia faltou um repórter e eu comecei a fazer reportagens. Com seis meses ganhei um concurso para ir para a Copa do Mundo e com mais seis meses ele saiu para ficar apenas no escritório de advocacia dele e me indicou para substituí-lo como editor de esportes. Por causa da crise o vespertino fechou e eu passei para o Jornal do Commercio, onde meu professor era o Ronildo Maia Leite, que é pai do Iuri (diretor da TV Globo Nordeste), e para mim quem tem um professor como aquele não precisa de faculdade. E só 10 anos depois é que surgiu o curso de comunicação eu já era presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (Abrace). Muita gente que trabalhava comigo foi ser professor. Aí eu cheguei a conclusão que eu não ia aprender muito na faculdade e fui estudar direito na Universidade Católica. E onde trabalhava antes do jornal? Trabalhava com meu pai na empresa de vidro, não tinha nem carteira assinada. Na verdade, o padrasto que se tornou meu pai, porque foi ele quem me criou. Você tem quantos irmãos? Ao todo são 14. Tenho 39 sobrinhos. Quando se reúnem todos numa casinha que a gente tem em Porto de Galinhas é uma esculhambação (risos). Como começou seu interesse por futebol? Começou com a rivalidade de irmãos. Só eu torcia pelo Náutico, os outros todos pelo Sport. E aí era uma rivalidade. Meu pai também era Sport, me levava pro campo pra assistir ao jogo do Sport. Eu ficava lá querendo torcer pelo Náutico sem poder (risos). O fato de ter um time de botão que era do Náutico tinha muito a ver. E sua passagem na publicidade? Saí do Jornal do Commercio porque entrou num processo de falência. Quem me formou na publicidade foi o Queiroz (Severino), assim como Ronildo Maia Leite foi importante para eu me formar em jornalista, o Queiroz me formou como publicitário. Na Abaeté (agência) trabalhei de 1970 a 1973. Eu passei a me destacar sendo contato do Banorte, que na época era uma potência. Daí o Banorte falou com a Abaeté para me levar para lá. Aceitei o convite e fiz especialização em marketing bancário pela Fundação Getúlio Vargas, na Universidade de Michigan. E na Globo começou na área de esportes? Entrei na Globo em 1º de janeiro de 1976. Fui contratado pela Globo para ser apresentador do Globo Esporte que estava chegando na Rede Globo Nordeste. Aí Armando Nogueira que tinha me visto trabalhando nas pautas pelo show disse: contrata o Chico José porque esse aí tem experiência para trabalhar. Só que eu não tinha experiência nenhuma de televisão, nunca tinha trabalhado nem em rádio. Foi dramático meu primeiro dia na Globo (risos), porque quando me chamaram disseram: “você vai ter que vir aqui na quarta-feira de qualquer maneira. Estamos esperando você às 4 da tarde no Morro do Peludo”. Eu fui, acertei, passei a ganhar 50% a menos do que eu ganhava no Banorte, onde eu era gerente de marketing. Na época o banco pagava bem. Fui casado duas vezes, a primeira com Socorro, com quem tive duas filhas, e depois Beatriz (Castro), nós temos uma filha. A minha primeira mulher odiou essa história de ir pra Globo e ganhar metade do salário. Achava que jornalismo não dava futuro pra ninguém. E o que o motivou a ir para Globo? Eu queria voltar a ser jornalista. Eu estava no Banorte pelo salário, mas eu não era bancário, não conseguia me realizar com aquilo ali, então eu queria voltar a ser jornalista e na Globo era uma grande oportunidade. Bem eu acertei, ia ganhar menos, e aí perguntei: quando é que eu vou começar, me responderam: “hoje!”. Eu disse: hoje, às 5 da tarde, fazendo o quê? Disseram: “você vai narrar o jogo Santa Cruz e São Paulo”. Eu disse: mas este jogo é no Morumbi e eles responderam que eu gravaria em off-tube. Aí perguntei: o que é off-tube? E explicaram: “dentro de uma cabine e quando

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Após a folia, cuide dos pés

Depois da folia, cuide dos pés Como começar o ano com todo gás se seus pés estão exaustos após o Carnaval? De acordo com a dermatologista Daniela Ribeiro, membro da American Academy of Dermatology (AAD), o primeiro sinal de que seu pé foi castigado pela folia é a dor e o inchaço. Mas não se desespere há solução, o inchaço (ou edema) pode ser resolvido colocando as pernas para cima, para facilitar o retorno venoso e deixando as veias funcionarem melhor. Uma drenagem linfática também ajuda, bem como a ingestão de alimentos diuréticos e diminuição da ingesta de sal “A dor pode ser, diminuída massageando bastante a região da planta do pé com um creme refrescante a base de mentol”, acrescenta a médica. Porém, se você acabou abusando e machucando seu pé o que resultou em bolhas tome bastante cuidado. Veja as dicas da dermatologista: –  Evite usar qualquer sapato que possa apertar a região; –  Não fure a bolha pois assim você evita o aumento da dor e o aparecimento de infecção. –  Se a bolha furar sozinha lave bem a região com sabonete antisséptico e faça um curativo no local (nada de colocar somente um band-aid). –  Na hora de trocar o curativo, tire-o no banho para que se solte da pele e não cause uma nova lesão. – Se algum sapato provoca machucados, mesmo que pouco, e tem risco de causar mais bolhas aplique vaselina sólida na região do pé para evitar o atrito. Os calos geralmente também são causados por um excesso de atrito na pele do pé somado a uma pisada errada. Nesse caso, você pode usar bastante hidratante na forma de pomadas ou vaselina sólida contendo ureia e ácido salicílico (substâncias queratolíticas, ou seja, capazes de afinar a camada córnea que neste caso, está muito espessa). Agora, uma das piores coisas para seu pé é levar um pisão na unha. E dói. Mas não é nada incomum, principalmente para aqueles que passam o Carnaval em locais com muita aglomeração. Se esse foi o seu caso e uma das lembranças da folia é uma mancha roxa ou marrom escura na sua unha, Daniela sugere consultar um médico urgente. Isso porque muito provavelmente você está com um hematoma subungueal (hematoma embaixo da unha) o que pode infectar (formar pus) e depois surgem a dor e a inflamação, o que pode, inclusive, causar deformidades definitivas nessa unha. Nesses casos, em geral, o ideal é drenar o hematoma e muitas vezes o médico prescreverá antibióticos e anti-inflamatórios.

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