Pedro Cunha – Página: 11 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Pedro Cunha

Natural do Recife, é jornalista com 10 anos de experiência. Tem passagem por redações como Diario de Pernambuco e Folha de Pernambuco, atuando em editorias de cultura, economia e cotidiano; e assessoria de comunicação de grandes eventos regionais e nacionais. Vencedor dos prêmios Cristina Tavares de Jornalismo e Urbana de Jornalismo.

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Nando Cordel, Renato Teixeira e Xangai apresentam o “Encontro de Cantadores”

Nando Cordel, Renato Teixeira e Xangai , três dos maiores cantores da música popular brasileira, apresentam o show Encontro de Cantadores, pela primeira vez, no Teatro Guararapes, em Olinda, nesta sexta (29), a partir das 21h. O evento, que promete ser histórico, visa revisitar histórias e reviver momentos marcantes de suas carreiras, em única apresentação, que promete emocionar e encantar o público. Nando Cordel, conhecido por centenas de canções e sucessos no Brasil, adianta que o show é uma grande homenagem ao cancioneiro popular. “Reunimos o que há de melhor nas nossas carreiras para apresentar ao público. Esse show, realmente, está muito bonito. Estou muito emocionado em dividir o palco com Renato Teixeira e Xangai, artistas e amigos que eu admiro profundamente”, revela. Renato Teixeira, autor de clássicos como “Romaria” e “Amora” e Xangai, um dos maiores representantes da música sertaneja e nordestina, autor de “Estampas de Eucalol” e “Curvas do rio”, também apresentam grandes sucessos de suas carreiras em um espetáculo que promete ficar na memória afetiva do público. Para Nando Cordel, o show é uma oportunidade única para o público que acompanha e valoriza da música popular brasileira. O setlist, mantido em segredo, está repleto de sucessos que atravessaram gerações. “Esse encontro é, sem dúvidas, uma celebração e uma exaltação da música brasileira, com todas as suas nuances mais profundas”, finaliza o cantor. SERVIÇO:QUANDO: sexta-feira, dia 29 de setembro de 2023ONDE: Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco – Avenida Professor Andrade Bezerra, S/N, Salgadinho, Olinda/PEHORÁRIO: 21hINGRESSOS: a partir de 87 reais, à venda no site Sympla e na bilheteria do Teatro Guararapes

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FAM Festival reúne gastronomia, arte e música neste fim de semana no Recife

O Recife recebe, neste sábado (23) e domingo (24), o FAM Festival, que vai reunir gastronomia, arte e música no Parque Santana, na zona norte da cidade. O evento gratuito já teve cinco edições em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma em Salvador. Os ingressos devem ser retirados no site www.famfestival.com.br. A programação de shows inicia, em ambos os dias, às 12h, alternando DJS com bandas, e encerrando às 22h. A programação do festival contempla desde o frevo dançante de Maestro Spok ao chamego cadenciado de Forró na Caixa, passando pela performance enérgica da artista Flaira Ferro. A curadoria é de Luiza Morandini, da Jazz Tempo. PROGRAMAÇÃONo sábado quem sobe ao palco é DJ Sarah Falcão, Laís de Assis Trio, Karol Maciel, Forró na Caixa e Maestro Spok. Já no domingo será a vez de DJ Numa, Ivison Trio convidando Laíz de Oyá, Coco Raízes de Arcoverde, Flaira Ferro e Academia da Berlinda. Prezando pela acessibilidade em sua programação, o evento conta com intérpretes de Libras durante os shows. GASTRONOMIADentre os chefs e restaurantes já confirmados no evento estão: Cesar Santos (Oficina do Sabor – pratos regionais), Biba Fernandes (Chiwake – comida peruana), Chef Salvadori (gastronomia italiana e mediterrânea), Bruno BBQ (carnes), Marcela Soares (Doces) , Beethoven Picui (Comida Regional PE). A curadoria é do pernambucano Marcos André, do perfil @essediafoifood. SUSTENTABILIDADE E INCLUSÃOA responsabilidade ambiental é uma das prioridades do festival e esse compromisso está presente na Instalação “2050”, do Coletivo Maravilixo, desenvolvida exclusivamente para o FAM Recife. A intervenção é um convite à reflexão em torno do tema do descarte incorreto do plástico nos oceanos e o quanto essa realidade é alarmante e precisa de uma tomada de consciência coletiva. Além disso, foi firmada uma parceria com o Coocencipe, cooperativa de reciclagem pernambucana que trabalha com coleta, triagem e separação, para garantir que todos os resíduos recicláveis gerados no evento sejam descartados da forma mais adequada. A estrutura também vai contar com purificadores de água no lounge da Electrolux, disponíveis para todo o público com o objetivo de reduzir o consumo de garrafas plásticas no evento. Para isso, a organização do FAM irá disponibilizar copos reutilizáveis que serão trocados por uma doação para a Cooperativa Ecovida Palha de Arroz.  O FAM Festival, segundo a organização do evento, é inspirado nos festivais de verão da Europa cujo propósito é permitir com que as pessoas curtam os espaços verdes da cidade entre amigos e em família. No Recife, o FAM tem incentivo da Electrolux, do Ministério da Cultura e apoio da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife.

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CASACOR Pernambuco: obras de Roberto Burle Marx em destaque na mostra

A sala de entrada da CASACOR Pernambuco, no histórico Edifício Chanteclair, no Bairro do Recife, é um dos destaques da nova edição da mostra. O espaço traz o paisagismo exuberante e uma exposição de telas pintadas pelo arquiteto paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx. A sala tem projeto arquitetônico de Diogo Viana e texto crítico assinado por Guilherme Moraes, ambos da Galeria Marco Zero. A CASACOR abre as portas nesta sexta (22) e vai até 5 de novembro. O ambiente de entrada foi nomeado como Sala Burle Marx, inspirada no paisagismo e na obra artística de Burle Marx, onde foram paginados em um jardim vertical e uma exposição reunindo doze pinturas assinadas pelo artista, cuja mãe era pernambucana. “A proposta da sala é oferecer, ainda no primeiro olhar, uma rica experiência de imersão às artes visuais, com a assinatura de um dos mais importantes nomes da história da arte brasileira e  é considerado a principal referência do paisagismo tropical moderno em todo o mundo”, explica Diogo Viana. Segundo Guilherme Moraes, que assina o texto crítico, o foco da é reforçar que “para além de um grandíssimo paisagista, Marx é reconhecido também pela magnitude de sua produção pictórica enquanto artista plástico, pois é onde se consegue vislumbrar o funcionamento de sua mente que cria a partir de tantas portas e vias de acesso”, conta o curador. A Galeria Marco Zero selecionou doze obras de seu acervo, entre elas algumas inéditas no Recife, para compor mostra e celebrar multiplicidade da obra deste grande artista que é Roberto Burle Marx. A exposição traz um olhar fundamental do multiartista. O trabalhos do acervo da Marco Zero também irão compor outros ambientes da mostra, nos projetos de Luiz Dubeux e João Vasconcelos, Luíza Nogueira, André Carício e Duda Jungmann.  A CASACOR é reconhecida como a maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas. Anualmente, o evento reúne renomados arquitetos, designers de interiores e paisagistas em 21 praças nacionais e mais seis internacionais. Em Pernambuco, ela acontece pelo segundo ano consecutivo no Edifício Chanteclair, um dos mais importantes marcos arquitetônicos da cidade. Nesta edição, 27 escritórios participam da mostra, unindo jovens talentos a nomes consagrados da arquitetura e do design brasileiros, escolhidos pelo olhar multidisciplinar da curadoria – que sempre busca revelar variados estilos, olhares e vivências. SERVIÇOGaleria Marco Zero leva olhar inédito de Burle Marx para a 36ª CASACOR Pernambuco 2023 Quando: de 22 de setembro a 5 de novembro de 2023Onde: Edifício Chanteclair – Av. Marquês de Olinda, 286 / Bairro do RecifeHorário: de terça a sexta-feira, das 15h às 22h. Sábados e feriados, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 21h.Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada). Crianças até 12 anos não pagam. Obrigatória a apresentação de documento comprobatório.

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Espetáculos inéditos arrecadam fundos para reforma do Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara

Teatro do Parque, no centro do Recife, vai ser palco das apresentações do Afoxé Oyá Alaxé e do projeto solo “Ose Nibu Omi: A Guardiã de Òrúnmìlá” O Teatro do Parque, no centro do Recife, vai ser ocupado por representantes da tradição Nagô Egbá de Pernambuco, descendente do Africano Aparí Obá. Nesta quinta (21), dois espetáculos musicais inéditos vão se apresentar no equipamento histórico partir das 20h: a gravação do DVD Ilê Idilê Mimó – Terreira da Família Sagrada Afoxé Oyá Alaxé, digirido pela ialorixá do Ilê Obá Aganjú Okoloyá (Terreiro de Mãe Amara), Maria Helena Sampaio; e o solo “Ose Nibu Omi: A Guardiã de Òrúnmìlá”, dirigida por Gabriela Sampaio, cantora e ìyápẹ̀tẹ̀bí do Ilê. Os ingressos estão disponíveis no Sympla. Toda a renda arrecadada será revertida para a reforma do Terreiro de Mãe Amara, localizado em Dois Unidos, bairro da zona norte do Recife. Primeiro projeto solo gestado, dirigido e produzido por Gabriela Sampaio, “Ose Nibu Omi: A Guardiã de Òrúnmìlá” vai contar também com as participações da irmã da cantora, Helayne Sampaio, iyálaxé, mestre em Educação Contemporânea pela UFPE, coreógrafa e bailarina, além do cantor e compositor pernambucano Afroito. O projeto nasce do agradecimento e devoção de Gabriela aos orixás Òrúnmìlá e Oxum. SERVIÇOLocal: Teatro do ParqueEndereço: Rua do Hospício, 81 – Boa Vista, Recife – PEAbertura da bilheteria: 18h Abertura dos portões: 19h30Horário do show: 20hDuração: 2h Classificação: Livre*Tolerância de 10 min para entrar no Teatro após o início do show. Após às 20h10, os portões serão fechados e não será permitida nenhuma entrada de público.

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Musicais infantis são opções de lazer para a criançada neste fim de semana

Neste final de semana no Recife, os pais contam com duas opções para levar a criançada ao teatro. No sábado (23), tem releitura do clássico “Alice no País das Maravilhas”, já no domingo (24), tem a peça “O mundo mágico de Peter Pan”. As duas apresentações contam com sessão única, começando sempre às 16h30, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Com ingresso a partir de R$35, os bilhetes estão à venda na bilheteria do local e na internet. A companhia Helena Siqueira Produções é a responsável pelas montagens. Os espetáculos tem adaptação teatral e direção de Ivaldo Cunha Filho, as coreografias são assinadas por Kássio Soares.  Alice no País das Maravilhas O musical conta a história de Alice, uma jovem que segue curiosa um coelho branco apressado, que sempre está olhando o relógio. Ela cai em um buraco que a leva ao País das Maravilhas. Lá ela é recepcionada pelo Sr. Gato e pelo Chapeleiro Maluco e passa a lidar com seres fantásticos e mágicos, além da ira da poderosa Rainha de Copas. Com efeitos especiais e muita música, “Alice no País das Maravilhas” é um musical cheio de emoção e aventuras. A peça aborda assuntos pertinentes aos aprendizados, como o respeito às diferenças, a importância de ajudar ao próximo e sobre não desistir dos sonhos. O mundo mágico de Peter Pan O musical embarca na história de Peter Pan, um menino que vive na tão sonhada Terra do Nunca, lugar onde não há as obrigações da vida contemporânea, apenas muitas aventuras. Em uma noite ao tentar procurar a sua sombra, ele viaja até Londres e entra no quarto dos irmãos Darling: Wendy, João e Miguel. Durante a procura pela sombra, os irmãos acabam conhecendo Peter Pan, o protagonista das histórias que costumavam ouvir e são convencidos por Peter e Sininho a ir à Terra do Nunca junto a eles. Na Terra do Nunca, os irmãos Darling conhecem um mundo novo, onde também vivem os Meninos Perdidos. Os irmãos se deparam com a total liberdade de criarem suas próprias regras e viverem da maneira que quiserem em um lugar que a vida adulta nunca irá chamá-los. SERVIÇO:Quando: sábado (23) e domingo (24)Horário: sempre às 16h30Onde:  Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, S/N, no Recife)Entrada: a partir de R$35Faixa etária: livreOnde comprar: bilheteria do teatro e na internet: https://onne.link/helenasiqueiraproducoesoficial

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Pernambucano Hugo Alvarez canta com Zezé di Camargo em São Paulo

O cantor e compositor Hugo Alvarez subiu ao palco do Zezé di Camargo, no Vibra São Paulo, na capital paulista. Durante a apresentação do projeto solo “Rústico”, Zezé convidou o artista para cantar “Mentes Tão Bem”. Wanessa Camargo também participou do espetáculo especial dirigido por Emanoel Camargo. Durante o evento, Zezé apresentou Hugo Alvarez ao público: “Hugo está surgindo agora na música sertaneja e é a nova aposta da família Camargo”, afirmou. O músico de Recife, mas que mora atualmente em Goiânia (GO), está em estúdio com o produtor Felipe Duran preparando para a gravação do primeiro DVD, em Goiás.  A performance de Hugo Alvarez foi aplaudida por milhares de pessoas, entre elas: Mariana Rios, Jade Magalhães, Ceará, Kika Sato, Tierry e Glenda Kozlowski. Apadrinhado por Zezé, Hugo de apenas 18 anos, se emocionou ao falar da representatividade do astro em sua vida: “Foi uma honra cantar com Zezé que é um ícone da música brasileira. Ele é uma inspiração para mim. Foi um sonho realizado, emocionante demais, sem explicação”, disse Hugo.

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Dia do Frevo: entenda por que duas datas homenageiam o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

O Dia Nacional do Frevo é celebrado nesta quinta-feira (14). Em Pernambuco, o dia 9 de fevereiro também homenageia o ritmo, que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2012. Em 9 de fevereiro de 1907, segundo explica o historiador Luiz Santos, o frevo foi citado pela primeira vez pela imprensa, sendo o registro feito no antigo “Jornal Pequeno”, do Recife. O descobridor dessa publicação foi o historiador Evandro Avelar, há 30 anos. O dia 9 também marca o momento em que o frevo recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no ano de 2007, cem anos depois desse primeiro registro da palavra “frevo”. Já o dia 14 de setembro tem relação com o aniversário do jornalista Osvaldo da Silva Almeida, um grande defensor e propagador do frevo.   “Osvaldo Almeida foi um cronista importante na primeira metade do século 20. Ele alimentava os jornais da cidade com várias notícias sobre carnaval, falava muito sobre os clubes, divulgava o trabalho desses clubes no carnaval do Recife”. Luiz Santos, historiador. Celebração com encontro entre Homem da Meia- Noite e Cariri Olindense  Para celebrar a data, dois gigantes desfilam pelas ruas do Bairro do Recife, nesta quinta-feira (14).  A partir das 19h, o Homem da Meia-Noite e o Cariri Olindense vão desfilar ao redor do Paço do Frevo ao som de orquestras de frevo. A festa marca também o início das comemorações de dez anos do Paço do Frevo, que fará aniversário em 2024. A abertura da noite fica por conta do Bloco da Saudade, com a Orquestra do Maestro Bozó.  Acompanhado da Orquestra do Maestro Carlos, o calunga do Clube Carnavalesco de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite virá em desfile pela Rua do Bom Jesus. Ao mesmo tempo, pela Rua da Guia, embalada pela Orquestra do Maestro Oséas. No fim dos cortejos simultâneos, os dois gigantes se encontrarão em frente ao Paço do Frevo, quando as orquestras também se juntarão. Ao longo do dia, o Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, que fica no museu, está com programação especial e entrada gratuita para todos os públicos, funcionando em horário ampliado, das 10h às 21h.  O equipamento cultural receberá o público com Doses de Frevo, que são visitas mediadas abordando aspectos históricos e curiosidades sobre o 14 de setembro, às 10h e às 14h.  A programação traz ainda aulas curtas para todo mundo aprender os passos básicos e o ritmo essencial do Frevo. As Vivências em Música ocorrem pela manhã, às 10h30, 11h20, 12h e 12h40. Já as Vivências em Dança serão à tarde, às 14h30, 15h20, 16h e 16h30. 

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Peça com Freud e C.S. Lewis sobre ateísmo e a crença em Deus retorna ao Recife

Ateísmo ou crença em Deus? Um dos dilemas mais antigos da humanidade é a premissa de “A Última Sessão de Freud”, peça que coloca Sigmund Freud, pai da psicanálise, e C.S. Lewis, escritor e crítico literário, frente a frente, em um encontro fictício, para um diálogo existencial. A trama, que já foi vista por mais de 70 mil pessoas, volta ao Recife nesta semana, nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Teatro Santa Isabel. Na peça, dirigida por Elias Andreato, Freud (interpretado por Odilon Wagner), 83 anos, crítico da crença religiosa, convida Lewis (papel de Claudio Fontana), 40 anos, renomado professor de Oxford e influente propagador da fé baseada na razão, para debater o dilema entre ateísmo e crença. O neurologista austríaco quer entender como um ex-ateu e brilhante literato pôde “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa”, deixando o ateísmo e tornando-se um cristão convicto. A dramaturgia, do norte-americano Mark St. Germain, é baseada no livro “Deus em Questão”, escrito pelo Dr. Armand M. Nicholi Jr., professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. A conversa é ambientada no consultório de Freud, na Inglaterra, onde ele se exilou após fugir da perseguição nazista na Áustria, durante a Segunda Guerra Mundial. Os dois dialogam sobre a existência de Deus, perpassando assuntos como crença, sentido da vida, natureza humana, sexualidade, sofrimento, morte e relações humanas. Com direção de Elias Andreato, a peça utiliza ainda ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa, apresentando os temas com certa leveza. Freud e Lewis também são irônicos e se provocam e se analisam a todo instante. O cenário é assinado por Fábio Namatame, indicado ao Prêmio Shell melhor cenário, e reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Para Odilon Wagner, a experiência de interpretar Freud é fascinante. “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela o ator, que foi indicado ao Prêmio Shell e ao Prêmio APCA 2022 pelo papel do médico. O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem. “O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é uma realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta Andreato. SERVIÇO“A Última Sessão de Freud”, de Mark St. GermainLocal: Teatro Santa IsabelEndereço: Praça da República, bairro de Santo AntônioTemporada: 15, 16 e 17 de setembro (sexta e sábado, às 20h, e domingo às 19h)Vendas online: www.freud.art.br e pelo Sympla. Os ingressos custam entre R$ 40,00 e R$ 120,00Classificação: 14 anos

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Guerreiros do Passo: maioridade com sinônimo de resistência

Há 18 anos, o grupo representa uma trincheira na salvaguarda do frevo pernambucano, mas carece de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio ritmo De forma datada, o frevo é nosso desde 1906. Veio ao mundo no meio do intenso processo de urbanização e industrialização que o Recife vivia no início do século 20. Esse ritmo que “entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” ganhou novos reflexos há 18 anos com um grupo que faz questão de manter essa tradição que, em sua essência, nada mais é do que uma manifestação musical e corporal urbana. O grupo Guerreiros do Passo chega à maioridade ressente de políticas públicas estruturadoras, assim como o próprio frevo. Enquanto luta, resiste com dança, pesquisa e por conta própria. Sem nenhum auxílio do poder público.   Procurei Eduardo Araújo, pesquisador da história do frevo e um dos fundadores dos Guerreiros, pelo Instagram. Fui em busca do seu contato para entender a realidade do grupo atualmente. Liguei algumas vezes. Sem sucesso. Depois, recebi de Eduardo o retorno de que o grupo estava numa apresentação no lançamento de editais culturais lançado pela ministra da Cultura Margareth Menezes, na última sexta (1°), com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), secretários de Cultura do estado e da capital e outros convidados. Por coincidência ou precisão do destino, dia em que o grupo completou 18 anos de fundação. “Não dá apenas para vender o frevo como atração turística em propagandas governamentais, colocar passistas fazendo acrobacias no aeroporto e em eventos e passar a imagem para quem vê de fora de que Pernambuco é um paraíso para o artista popular, o que na prática não é a realidade. São 18 anos resistindo sem apoio direto, apenas com a seleção de editais de cultura. Então, a gente tira do nosso próprio bolso, na luta de dar continuidade ao legado do nosso Mestre Nascimento do Passo. Tocamos um movimento que chamamos de resistência, de luta. Queremos continuar lutando para que a sociedade possa continuar aplaudindo as nossas atividades”, contou Eduardo Araújo por telefone. História – O grupo nasceu em 2005 dentro da Escola de Frevo Maestro Fernando Borges, no bairro da Encruzilhada, quando o espaço estava sob a gestão do Mestre Nascimento do Passo, falecido em 2009. Sua partida deixou um vasto legado e fez com que seus seguidores criassem uma identidade própria, vivendo o frevo para além da sazonalidade. “A gente sempre achou que o Carnaval era um momento de culminância e não de iniciar o contato com o frevo. O frevo precisa se libertar dessa pecha de só ser música de folia”, disse Araújo.  Para ele, o ritmo tem que ser vivido o ano todo, como ginástica, terapia e lazer.  A escolarização foi o caminho encontrado para a transmissão do passo e é onde a maioria dos amantes do frevo encontram apoio para manter viva sua paixão. Mestre Nascimento do Passo desenvolveu uma metodologia de ensino sistematizando os movimentos e as técnicas que até hoje são repassadas para as novas gerações. Depois da saída da Escola de Frevo por não concordarem com a decisão da diretoria da instituição de mudar o método de ensino da dança, Eduardo Araújo e os professores Lucélia Albuquerque, Valdemiro Neto e Laércio Olímpio decidiram concentrar as atividades na Praça do Hipódromo, na zona norte, com o projeto Frevo da Praça, dando aulas às quartas, às 19h, e aos sábados, às 15h, com uma média de 40 a 50 alunos. No entanto, devido à pandemia, precisaram encerrar as aulas, que foram retomadas no início deste ano, mas a falta de apoio para a compra de materiais não permitiu o grupo voltar às atividades. “A Prefeitura fez uma reforma na praça, retirou todas as tomadas e ficamos sem ter como ligar o som. Conseguimos um caixa recarregável emprestado, mas como dependia muito da disponibilidade de terceiros, não foi possível continuar”, falou Eduardo, acrescentando que desenvolveu um outro projeto, o Quintal do Frevo, também no Hipódromo, com o objetivo de promover oficinas, encontros e aulas. As obras foram iniciadas com recursos garantidos por meio da Lei Aldir Blanc, mas ainda dependem de apoio para a conclusão. O grupo conta os dias para voltar com o projeto Frevo da Praça. Após participação no filme “Retratos Fantasmas”, longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, os Guerreiros firmaram uma parceria com a produtora do filme na missão de comprar um som recarregável para retomar as aulas no Hipódromo, que deve acontecer após a liberação dos recursos. Seja com espetáculo nostálgico que remete às icônicas figuras retratadas pelo fotógrafo franco-baiano Pierre Verger em sua passagem pelo Recife nos anos de 1940 ou por meio das aulas de dança com traçados e trejeitos do frevo nas ruas e nos palcos, o que os Guerreiros do Passo querem é ampliar o conhecimento para manter vivo o ritmo que pertence a todos os pernambucanos.

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